São Luís fica fora da primeira reunião de Brandão com a base sobre 2024

Governador decidiu não incluir a sucessão na capital maranhense neste primeiro momento das conversas por causa da ausência dos presidentes da Câmara Paulo Vitor, e da Assembleia, Iracema Vale; mas deixou claro que pretende todos juntos na maioria das cidades e que não se envolverá onde houver disputa de pelo menos dois aliados

 

Os dirigentes partidários com o governador Brandão; com várias legendas com candidatos em São Luís alguns interessados ausentes a capital ficou fora das conversas

O governador  Carlos Brandão (PSB) decidiu deixar São Luís de fora da primeira conversa que teve com os dirigentes de partidos aliados sobre as eleições de 2024.

Brandão deixou a capital “mais pra frente” por que nem o presidente da Câmara Municipal, vereador Paulo Victor (PSDB), nem a presidente da Assembleia, deputada Iracema Vale (PSB) – ambos com interesse não apenas em São Luís, mas em várias cidades – puderam participar da reunião.

Mas o governador deixou claro que “não irá se envolver nos municípios onde houver pelo menos dois aliados na disputa”, segundo contou ao blog Marco Aurélio d’Eça o chefe da Casa Civil, Sebastião Madeira, que preside o PSDB.

Em São Luís há pelo menos quatro membros da base interessados na disputa; Brandão estaria, portanto, fora do debate eleitoral na capital.

Presidente regional do PCdoB, o deputado federal Márcio Jerry também revelou que “não houve questões específicas” na reunião eleitoral; diferentemente de Madeira, Jerry chegou a afirmar que não foi tratada “nenhuma cidade” no encontro.

– Foi para trocar informações e estabelecer um método de construção de alianças eleitorais nos municípios, respeitando as especificidades locais – explicou Márcio Jerry.

Ouro alcançado por este blog Marco Aurélio d’Eça logo após a reunião com Brandão foi o deputado estadual Roberto Costa, vice-presidente do MDB.

– Foi uma reunião inicial, sem definições – afirmou Roberto Costa, confirmando que a ausência da deputada Iracema levou à restrição; além de Costa, também participou em  nome do MDB o Executivo da Assembleia Marcus Brandão, que assume dia 1º  a presidência do partido.

Além de Madeira, Jerry, Roberto Costa e Marcus Brandão, nas imagens do encontro divulgadas desde a noite desta sexta-feira, 24, é possível reconhecer os seguintes dirigentes partidários presentes: Fábio Macedo (Podemos), Bira do Pindaré (PSB), Eliziane Gama (PSD), André Fufuca (PP), Adriano Sarney (PV), Francimar Melo (PT), Pedro Lucas Fernandes (PV) e Eliel Gama (Cidadania).

Além do secretário de Articulação Política Rubens Pereira…

Paulo Victor deve reforçar o PP na Câmara Municipal…

Presidente do Poder Legislativo vai deixar o PSDB e tem se aproximado do ministro dos Esportes André Fufuca, que já fez o convite a ele para filiação no partido, o que deve ampliar a bancada de vereadores da legenda em quase 10 parlamentares

 

Fufuca tem participado de eventos ao lado de Paulo Victor em São Luís; o PP já fez o convite oficial ao presidente da Câmara Municipal

O presidente da Câmara Municipal de São Luís vereador Paulo Victor (PSDB) deve se filiar ao PP até o final de 2023; ele já recebeu o convite do presidente da legenda no estado, ministro dos Esportes André Fufuca, e também conversou amigavelmente com o presidente tucano Sebastião Madeira.

Além de Paulo Victor, o PP deve receber pelo menos oito vereadores, garantindo ao partido a maior bancada na Câmara Municipal.

Segundo apurou o blog Marco Aurélio d’Eça, pesou na decisão de Paulo Victor deixar o  PSDB o fato de o partido não estar alinhado ao governo do presidente Lula (PT), embora esteja na base do governo Carlos Brandão (PSB).

Fortemente ligado a Brandão, o presidente da Câmara mantém forte liderança na Casa e trabalha para que a base de apoio do governador garanta a maior parte das cadeiras de vereador nas eleições de 2024.

Victor chegou a apresentar-se como pré-candidato a prefeito pelo PSDB, mas abriu mão da disputa; sua saída, abre espaço no PSDB para articulação de um novo candidato a prefeito, numa linha mais de centro-direita.

Mas esta é uma outra história…

PSB e PCdoB tentam viabilizar Carlos Lula em Paço do Lumiar…

Deputado estadual é o preferido pela grupo do ministro da Justiça Flávio Dino para a sucessão da prefeita Paula Azevedo, mas ainda tem que convencer o presidente da Câmara Jorge Maru a abrir mão da disputa, antes de se preparar para o enfrentamento a Fred Campos

 

Apesar das boas ações do deputado em Paço do Lumiar, Jorge Maru ainda consegue convencer Paula Azevedo a resistir à candidatura de Carlos Lula

O deputado estadual Carlos Lula tem o apoio das cúpulas do PSB e do PCdoB para entrar na disputa pela Prefeitura de Paço do Lumiar; eleitor do município, ele é o preferido do grupo do ministro da Justiça Flávio Dino para a sucessão da prefeita Paula Azevedo (PCdoB), que tem defendido o nome do presidente da Câmara Municipal, Jorge Maru (PRB).

Maru é o maior empecilho para a viabilização de Carlos Lula; lançado desde o ano passado, o vereador não conseguiu se viabilizar nem mesmo no próprio grupo da prefeita, e amarga índices baixíssimos de intenção de votos.

Carlos Lula tenta a diplomacia para convencer o adversário interno.

– Eu não acredito em política individual; se eu vier, eu venho em missão de paz. Paço do Lumiar já foi vítima das disputas irracionais – ressaltou o parlamentar, em entrevista ao podcast Pinga Fogo, apresentado pelo jornalista Neto Cruz. (Saiba mais aqui)

Questionado sobre a posição irredutível de Jorge Maru, foi direto: – Não existe irredutibilidade na política.

Caso consiga vencer este primeiro obstáculo interno, Carlos Lula ainda tem outro desafio nos próximos meses: superar o adversário Fred Campos (PL), que lidera todas as pesquisas de intenção de votos com o apoio do grupo Sarney, da presidente da Assembleia Iracema Vale (PSB) e do governador Carlos Brandão (PSB).

Mas esta é uma outra história…

Pesquisa Três/Difusora: Braide mantém liderança; Fábio Câmara aparece em quarto na espontânea

Levantamento divulgado nesta segunda-feira, na emissora da Camboa mostra que o prefeito de São Luís mantém-se no patamar de 30% a 35% das intenções de votos, bem à frente do segundo colocado; último pré-candidato a ser apresentado, ex-vereador do PDT pontou com 2,9%

 

A presença de Fábio Câmara no levantamento espontâneo chamou a atenção da pesquisa Três/TV Difusora

O Instituto Três pesquisas iniciou nesta segunda-feira, 20, uma série de levantamentos sobre a sucessão em São Luís, em parceria com o Grupo Difusora; os primeiros números mostram o prefeito Eduardo Braide (PSD) consolidado na liderança, com quase 35% das inenções de voto.

O Instituto também incluiu o pré-candidato do PDT, Fábio Câmara – oficializado pelo partido só agora no início de novembro – que aparece com 2,9%; no caso de Câmara, o que chamou a atenção no levantamento foi sua presença entre os quatro principais candidatos na pesquisa espontânea, com 1,7% de citações.

Empresa genuinamente maranhense, a Três Pesquisas tem atuação consolidada entre as líderes do mercado regional de pesquisas de opinião; a pesquisa da TV Difusora serviu também para o Instituto apresentar sua nova logomarca; a Três Pesquisas foi tema deste blog Marco Aurélio d’Eça ainda em maio, no post “Instituto Três Pesquisas deve ocupar vácuo de credibilidade no Maranhão…”.

Além da intenção de votos estimulada e espontânea, o instituto também mediu a aprovação do prefeito Eduardo Braide, do governador  Carlos Brandão (PSB) e do presidente Lula (PT) na capital maranhense. 

Braide consolidado; Fábio Câmara cresce

Braide está consolidados nos 35%, seguido por Duarte Júnior, na casa dos 25%; os demais candidatos não chegaram a dois dígitos

Com 59,5% de aprovação do seu governo, Braide aparece no principal cenário com 34,4% das intenções de votos estimulados, quase 10 pontos à frente de Duarte Júnior (PSB) (PSB), que registra 25,09%.

O ex-prefeito Edivaldo Júnior (sem partido) mantém a terceira colocação, com 6,5%, mas é o mais rejeitado; tecnicamente empatado com Holandinha está Neto Evangelista (União Brasil), 4,19%. Logo depois vem Dr. Yglésio com 4,09%, Wellington do Curso  (sem partido), com 3,6%, Fábio Câmara com 2,9% e Diogo Galhardo, com 0,4%.

O Instituto Três Pesquisas ouviu 800 eleitores em São Luís nos dias 11 e 12 de novembro; os números foram divulgados pelo Bom Dia Maranhão, da TV Difusora, e disponibilizados no Portal Difusora On.

Marinaldo do Gesso lidera com folga eleições em Grajaú…

Pesquisa do Instituto Skala aponta o empresário com mais que o dobro das intenções de votos do segundo colocado, com forte penetração na zona urbana do município

 

O cenário principal da pesquisa Skala em Grajaú mostra forte liderança do empresário Marinaldo do Gesso

O empresário Fernando do Gesso lidera a corrida eleitoral no município de Grajaú, revela pesquisa do Instituto Skala. No principal cenário da disputa, ele tem o dobro das intenções de votos do segundo colocado.

De acordo com o levantamento, Marinaldo do Gesso registra 49,2% das intenções de votos, contra 23,4% de Luís Fernando; a candidata do PCdoB, Simone Limeira, aparece com 7,6%, seguida de Elany Jorge, com 5,6%.

Marinaldo do Gesso tem presença constante nos bairros e povoados de Grajaú

Mesmo na sede do município, com maior influência do prefeito Mercial Arruda, Marinaldo do Gesso consegue liderar com folga, mantendo o dobro das intenções de votos em relação ao segundo colocado.

O Instituto Skala ouviu 600 eleitores entre os dias 14 e 15 de novembro.

A margem de erro é de três pontos percentuais, para mais ou para menos.

Luciano vê disputa entre Drª Thaiza e Filuca em Pinheiro…

Para o atual prefeito, o principal adversário deve se unir com o ex-deputado Leonardo Sá, formando apenas um grupo, gerando o confronto direto com a ex-deputada estadual, que será sua candidata

 

Drª Thaiza deve enfrentar uma aliança entre Filuca Mendes e Leonardo Sá, na visão do prefeito Luciano Genésio

Em entrevista ao programa Pinheiro Agora, o prefeito de Pinheiro Luciano Genésio (PP) fez um balanço de sua gestão; durante o bate papo com o apresentador Nelson dos Santos, Luciano falou sobre tudo o que foi realizado em Pinheiro.

Mas foram as eleições de 2024 o principal assunto da entrevista.

De acordo com o prefeito, tudo indica que haverá uma união entre o ex-prefeito Filuca Mendes e o ex-deputado Leonardo Sá, gerando um grupo único na disputa.

– Filuca e Leonardo Sá apoiaram o governador Brandão nas últimas eleições, tudo indica que os dois irão se unir para formar apenas um grupo. Filuca tem três mandatos nas costas, então é claro que tem serviços prestados, Leonardo Sá foi vereador – lembrou Luciano.

O prefeito citou também o candidato João Batista Segundo, que foi secretário de governo e tem atuado em Pinheiro.

– Ao que tudo indica o confronto direto será entre Dra. Thaiza e Filuca – afirmou o prefeito.

Com informações da assessoria

Tem candidatos de mais e partidos de menos em São Luís…

Número de legendas praticamente indisponíveis para a sucessão na capital maranhense deve reduzir pela metade a quantidade de postulantes à prefeitura municipal hoje especulada na mídia. Braide e Duarte devem formar maiores coligações, com União Brasil e PDT tendo candidatos próprios; falta partido para Edivaldo, Wellington e Yglésio

 

Braide, Duarte e Neto eram os únicos consolidados em seus partidos; ganharam agora a companhia de Fábio Câmara, chancelado pelo PDT

Análise da Notícia

Muita gente tem tentado descrever a realidade partidária da disputa eleitoral em São Luís. Mas os setores da mídia realmente bem informados sabem que o número de postulantes à Prefeitura de São Luís deve cair drasticamente até abril de 2024, por uma questão simples e lógica: não há partidos para todos que querem concorrer.

Neste aspecto, estão garantidos pelas suas legendas apenas o prefeito Eduardo Braide (PSD), o deputado federal Duarte Júnior (PSB), o estadual Neto Evangelista (União Brasil) e o ex-vereador Fábio Câmara (PDT); surgirão ainda um ou outro nome das chamadas legendas alternativas, como PSOL/Rede, PSTU e Novo.

A consolidação dessas candidaturas torna quase impossível a viabilização de quem ainda não tem partido político.

É o caso do ex-prefeito Edivaldo Júnior, e dos deputados estaduais Dr. Yglésio e Wellington do Curso, situação já demonstrada neste blog Marco Aurélio d’Eça, no post “Edivaldo, Wellington e Yglésio correm contra o tempo em busca de partido…”.

Maiores coligações

Pela força natural de atração das suas candidaturas, Eduardo Braide e Duarte Júnior devem aglutinar diversos outros partidos. O prefeito espera, por exemplo, aliança com PRB, com o novo PRD, com PMN e até com o MDB, que também é cortejado por Duarte Júnior.

Dependendo do posicionamento do prefeito, ele pode atrair também os partidos da chamada direita, como Agir-36 e Avante.

A aliança entre o ministro da Justiça Flávio Dino e o governador Carlos Brandão deve levar para Duarte, que já tem o PSB, o PT, o PV e o PCdoB, também PSDB/Cidadania, PL, PP, Patriota, PMB e Podemos.

Com o União Brasil garantindo Neto Evangelista e o PDT com Fábio Câmara, será quase impossível para Edivaldo, Wellington e Yglésio conseguir uma legenda até abril de 2024.

Por isso é que eles vêm perambulando sem sucesso em busca de uma agremiação, com portas praticamente fechadas; e em pequenas legendas de aluguel serão meros figurantes, folclóricos na disputa.

Esta é a realidade eleitoral de momento.

Sem tirar, nem pôr…

Edivaldo, Wellington e Yglésio correm contra o tempo em busca de partido…

Pré-candidatos a prefeito de São Luís têm menos de cinco meses para encontrar uma legenda que garanta suas candidaturas em 2024, mas esbarram, por um lado em vetos, por outro, em ações judiciais que devem chegar às últimas instâncias e impedem a transferência para outra agremiação

 

Eles até aparecem nas pesquisas, mas não têm nenhuma garantia de que continuarão na disputa pela Prefeitura de São Luís a partir de abril de 2024

O ex-prefeito Edivaldo Júnior (sem partido) e os deputados estaduais Wellington do Curso (PSC) e Dr. Yglésio Moyses (PSB) têm menos de cinco meses para encontrar um partido que garanta a eles a condição de candidato a prefeito de São Luís.

Mesmo com seus nomes incluídos nas pesquisas, nenhum dos três tem garantias partidárias para ser candidato.

A situação deles – que não mudou nada em quase seis meses – foi retratada pela primeira vez ainda em junho pelo blog Marco Aurélio d’Eça, no post “Os candidatos sem partido e os partidos sem candidatos…”.

Edivaldo não conseguiu abertura em nenhuma agremiação.

Tentou a Federação Brasil-Esperança, formada por PV, PT e PCdoB, mas foi vetado pelo ministro da Justiça Flávio Dino, que quer a trinca com o deputado federal Duarte Júnior (PSB).

Sem grupo político que o ampare e com histórico de abandonar quem trabalhou por ele, Edivaldo vê-se agora isolado e com pouco tempo de reação para entrar na disputa.

Wellington do Curso vive duas situações complicadas.

Além da falta de apoio partidário para ser candidato, ainda corre o risco de perder o mandato na Assembleia Legislativa por fraude eleitoral do próprio PSC nas eleições de 2022.

O processo que pede a anulação dos votos do partido já tem parecer favorável do Ministério Público Eleitoral, e data de julgamento marcado para 20 de novembro; qualquer que seja o resultado, cabe recurso, o que deixa mais indefinição na vida do parlamentar.

Mais difícil ainda é a vida do deputado Dr. Yglésio Moyses.

Ele até se empolga como pré-candidato a prefeito, mas – além de enfrentar resistência de outras legendas – vive a agonia da indefinição de seu futuro no PSB, que já decidiu recorrer em todas as instâncias pedindo o seu mandato por infidelidade partidária.

Se esperar a tramitação de todos os recursos dos socialistas na Justiça Eleitoral, ele perde o prazo para troca de partido; se, ao invés disso, decidir desfiliar-se por conta própria, estará dando razão às alegações de infidelidade e confirmará a perda do mandato.

A tendência é que nem Edivaldo, nem Wellington e muito menos Yglésio seja candidato em 2024, o que reduziria a disputa entre Eduardo Braide (PSD), Duarte Júnior (PSB), Neto Evangelista (União Brasil), Fábio Câmara (PDT) e Diogo Gualhardo (PSOL).

E o quadro ainda pode diminuir ainda mais…

Brandão quer candidato a prefeito com “responsabilidade” e “harmonia” em seu grupo

Embora pressionado pelo ministro da Justiça Flávio Dino a apoiar logo o deputado federal Duarte Júnior, governador quer conversar primeiro com todos os membros e pré-candidatos da base, diz que não tem pressa para a definição de seu posicionamento, mas estabelece critérios que excluem nomes na base

 

Carlos Brandão estabeleceu critérios que excluem candidatos a prefeito em sua base aliada

Análise da Notícia

O governador Carlos Brandão (PSB) deu nesta terça-feira, 7, mais uma mostra de que ainda não está totalmente convencido do apoio do Palácio dos Leões à candidatura do deputado federal Duarte Júnior (PSB) a prefeito de São Luís.

Em entrevista à TV Mirante, Brandão admitiu que já acertou com o ministro da Justiça Flávio Dino (PSB) o apoio conjunto, não apenas em São Luís, mas em outros 40 maiores municípios; mas deixou claro não ter pressa para esta tomada de decisão.

– Eu não sou ditador, não tem pressa. Preciso de mais tempo para ouvir a liderança de cada um, vou conversar com eles para tomar uma decisão mais madura – revelou o governador.

Há duas semanas, Brandão chegou a cogitar participar da conferência do PSB que lançou oficialmente a pré-candidatura de Duarte, mas, como revelou em primeira mão este blog Marco Aurélio d’Eça, acabou ignorando o ato na última hora, alegando “ainda não ser o momento” para isso.

Aliados, amigos e excluídos

Nas conversas que pretende ter com “os aliados e amigos”, Brandão inclui nominalmente a presidente da Assembleia Legislativa Iracema Vale (PSB) e o presidente da Câmara Municipal de São Luís, Paulo Victor (PSDB), além dos presidente do PP e do União Brasil, ministro dos Esportes André Fufuca e deputado federal Pedro Lucas, respectivamente.

Mas ignora os pré-candidatos Neto Evangelista (União Brasil), Wellington do Curso (PSC), Edivaldo Júnior (sem partido) e Dr. Yglésio (ainda PSB), também não cogitados pela cúpula da base.

– Eu preciso ouvir aliados e amigos antes de tomar qualquer decisão – disse o governador.

Critérios afastam pretendentes

O governador já tem definido um perfil para o candidato: além da melhor proposta, ele precisa ter “responsabilidade”, seja lá o que isso quer dizer. Dentro do governo, Duarte Júnior e Dr. Yglésio são vistos como pouco enquadrados neste perfil definido por Brandão.

Além do perfil de “responsabilidade e melhor proposta”, o candidato a prefeito em São Luís, na avaliação de Brandão, será aquele aquele que “reunir mais apoio no grupo e tiver mais harmonia”.

Ele disse que irá ouvir o PT, PCdoB, PV, União Brasil, PP, PSB e outros partidos da base antes de bater o martelo.

Mas não citou como aliado, por exemplo, o PDT, que Flávio Dino também quer enquadrado no seu projeto de hegemonia…

O projeto hegemônico de Flávio Dino para 2024 e 2026…

Com apoio dos senadores Weverton Rocha e Eliziane Gama já garantido em qualquer circunstância, ministro da Justiça vem usando seu poder e sua influência agora para emparedar o governador Carlos Brandão e outros líderes partidários, antigos ou novos; independentemente do seu futuro em Brasília, o objetivo é reunificar o grupo com o qual venceu as eleições de 2014 e comandou os destinos do Maranhão até 2022

 

Flávio Dino quer esta imagem de volta em 2026, reprisando 2028; resta saber o papel de Eliziane Gama, que pode ser vice de Felipe Camarão

Ensaio

O governador Carlos Brandão (PSB) tem exatos dois anos e seis meses de mandato; é este período que ele dispõe para construir uma imagem e deixar o legado do seu governo, garantindo a eleição do maior número de aliados nos municípios e viabilizando o próprio futuro político

O ministro da Justiça Flávio Dino sabe disso antes mesmo de o governo começar, ou seja, tem consciência do prazo de validade do aliado.

E é com esta conta na cabeça que Dino vem emparedando Brandão a cerrar fileiras com seu candidato a prefeito de São Luís, o deputado federal Duarte Júnior (PSB); Dino quer todo mundo do seu grupo no palanque de Duarte já no primeiro turno.

Isso inclui PSDB e MDB, os dois partidos sob controle direto do Palácio dos Leões; qualquer outro movimento do governador pode ser considerado suicídio político.

Esta falta de carreira de Brandão em relação a Dino já havia sido demonstrada ainda em agosto neste blog Marco Aurélio d’Eça, no post “Encruzilhada à frente para Brandão em 2024…”.

A Brandão é ofertada a primeira vaga de candidato a senador nas eleições de 2026, em que o atual vice-governador Felipe Camarão (PT) será o candidato de todo o grupo ao governo; a segunda vaga de senador é do atual ocupante do posto, o pedetista Weverton Rocha.

A realiança entre Dino e Weverton foi contada neste blog Marco Aurélio d’Eça no post “Em paz, Weverton e Flávio Dino já têm planos para 2026…”.

Já a chapa pacificada para a sucessão de Brandão também foi tema deste blog Marco Aurélio d’Eça, no post “O papel de Eliziane Gama no grupo Dino/Brandão em 2026…”.

No projeto hegemônico de reorganização do grupo Flávio Dino, também é garantido ao governador uma forte articulação em favor do empréstimo que ele espera conseguir para sustentar o governo a partir de 2024; este apoio também inclui Weverton no Senado, ele que já havia se manifestado criticamente em relação ao tema.

Mas para isso, Brandão e seu grupo precisam cerrar fileiras integrais em torno de Duarte Júnior em 2024 e de Felipe Camarão em 2026; o grupo brandonista na visão de Dino, inclui hoje também o MDB sarneysista e o PSDB, partidos sob influência direta do Palácio dos Leões.

Com a família toda em Brasília e parte dos parentes já arrumada no Maranhão, Brandão nem cogita repetir o feito de José Reinaldo, por que sabe a importância que é encerrar a carreira política como senador da República. 

Como já tem garantias do grupo de Weverton Rocha, seu PDT, e do deputado federal Josimar Maranhãozinho e seu PL, Dino começa agora a tratar diretamente com os deputados federais André Fufuca e Juscelino Rezende (ambos ministros do governo Lula) e Pedro Lucas Fernandes.

A articulação com os três visa ter o PP e o União Brasil já a partir do ano que vem e assim consolidar a retomada integral do grupo com o qual passou a comandar o Maranhão a partir de 2014; e desta vez agregando também o que restou do grupo Sarney.

Ficariam isolados na oposição apenas o prefeito de São Luís Eduardo Braide e alguns gatos pingados – na direita e na esquerda – que sobraram das eleições de 2022.

E o ex-comunista consolidaria pelo menos mais 12 anos de poder no Maranhão.

Estando ou não no Supremo Tribunal Federal…