Deputado federal do PSB já ofereceu até a vaga de vice para um dos três partidos, mas tem dificuldades para agregar aliados ao tentar se impor por cima, via pressão do ministro da Justiça Flávio Dino, enquanto o ex-prefeito – que deve se filiar ao PV – trabalha na base, com apoio de dirigentes comunistas e petistas
Análise da Notícia
Na semana passada, este blog Marco Aurélio d’Eça trouxe o post “Duarte Jr. pode ter Brandão em seu palanque, mas sua briga agora é com Márcio Jerry..”.
Tratava-se da análise dos movimentos do ex-prefeito de São Luís, Edivaldo Júnior, que, com o apoio do deputado federal presidente do PCdoB vem ocupando espaços importantes na federação Brasil-Esperança, formada por PT, PCdoB e PV.
Antes disso, ainda em julho, outro post de Marco Aurélio d’Eça mostrava como Edivaldo Júnior voltou ao jogo da sucessão em São Luís.
Apesar da segunda colocação nas pesquisas – agora já claramente ameaçada pelo próprio Edivaldo – Duarte Jr. tem uma dificuldade absurda de agregar apoios; e diante das recusas, comete o mesmo erro de 2020, quando ofereceu a vaga de vice para diversos partidos antes do início da campanha, o que só gerou mais crise e afastou aliados no segundo turno.
Outro erro do deputado federal socialista é tentar impor o seu nome de cima para baixo, também a exemplo de 2020, com a pressão do ministro Flávio Dino e seus auxiliares, sobretudo do jornalista Ricardo Capelli, que manda recados diários à base ordenando o apoio ao candidato do ministro.
Com outro perfil, Edivaldo age de forma mais simpática, sem negociações antecipadas e sem impor seu nome, costurando nos bastidores, com apoio de dirigentes importantes, a exemplo do deputado federal e presidente do PCdoB, Márcio Jerry, outro interlocutor privilegiado de Flávio Dino.
Com este estilo, o ex-prefeito já conseguiu, inclusive, suplantar o erro que cometeu em 2020, ao se indispor com todo o grupo, o que o levou a fracassar nas urnas em 2022; hoje, consegue alinhar os projetos do próprio Flávio Dino e do governador Carlos Brandão, que devem “decidir juntos” sobre as eleições de 2024.
É diante de todas essas circunstâncias, que o mocotó saboreado por Edivaldo com petistas e comunistas no último sábado virou o símbolo de uma virada para cima de Duarte dentro da base governista.
Situação que tende a piorar para o deputado dinista com a chegadas de novos números nas futuras pesquisas…