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De como Flávio Dino controla até os passos da oposição para 2022

Conduzindo como quer as ações dos principais candidatos do governo à sua sucessão – inclusive a do ex-prefeito Edivaldo Júnior, que nem filiado é mais à sua base – governador impõe também aos partidos oposicionistas uma pauta que o beneficia diretamente no processo

 

Do alto do Palácio dos Leões Flávio Dino conduz com maestria os passos de governistas e oposicionistas em sua sucessão

Ensaio

Dois fatos ocorridos na semana passada demonstram que o governador Flávio Dino (PSB) tem o controle absoluto de sua base e manipula como quer as cordas do processo eleitoral de 2022 no Maranhão:

1 – Principais pré-candidatos governistas, o vice-governador Carlos Brandão (PSDB) e o senador Weverton Rocha (PDT) – obrigados a assinar um “pacto” – são conduzidos pelo próprio Dino, que controla suas ações e impõe aos dois uma agenda comum “e sem brigas”, como a ocorrida no interior, no fim de semana;

2 – Mesmo impondo a Brandão e Rocha um “pacto” obrigatório, Dino recebeu o ex-prefeito de São Luís, Edivaldo Júnior (PSD) – que não assinou pacto algum e nem mais faz parte de sua base – acatando sua candidatura a governador por um partido de oposição, o que diminui os dois governistas, em troca do apoio ao seu projeto senatorial. 

Obrigados a assinar um pacto como condição de candidatura, Brandão e Weverton agora são orientados a conviver “sem brigas” dentro da base dinista

Mas se controla com mão de ferro aliados e “ex-aliados”, a força de Flávio Dino se revelou ainda maior com outros dois fatos, também ocorridos semana passada, mas protagonizados pela oposição:

1 – Após noticias dando conta de que a Justiça Eleitoral irá analisar o processo de cassação de  Flávio Dino – pela chamada “farra de capelães” – o MDB, partido hoje presidido pela ex-governadora Roseana Sarney, apressou-se em emitir nota “esclarecendo” que nada tinha a ver com o processo;

2 – Tão logo soube da reunião a portas fechadas de Dino e Edivaldo, o blog Marco Aurélio D’Eça contatou o presidente do PSD, Edilázio Júnior, que admitiu a possibilidade de a chapa de Edivaldo não ter candidato a senador; o ex-prefeito é, agora, uma espécie de candidato “por fora” da base dinista, condição que não foi dada aos demais nomes governistas.

Filiando-se a um partido de oposição, Edivaldo ganhou a condição de “candidato outsider” de Flávio Dino, mesmo sem precisar assinar pacto algum

Se isolados, estes fatos já são quase um tratado de força política; em conjunto, mostram o tamanho do poder de Flávio Dino.

Se for mesmo disputar a eleição de senador, Flávio Dino tem apenas pouco mais de oito meses de mandato; mas a tranquilidade com que controla todos os passos de sua sucessão – conduzindo governistas e oposicionistas – faz parecer que ele acabou de assumir o governo.

Não há na história do Maranhão nenhuma liderança que chegou ao final do mandato com tanta força popular – a ponto de não ter adversário para concorrer à vaga que ele escolheu disputar – e tanto vigor político, controlando quem é quem em seu governo e como deve agir a oposição.

Sem adversário para o Senado, decidindo os rumos da sucessão entre governistas e oposicionistas, Flávio Dino deve chegar a 2022 como o maior líder da história maranhense.

Com essas condições que lhe são concedidas por aliados e adversários, pode se tornar o senador  mais votado da história, tendo ao seu lado o governador que ele quiser eleger.

E com uma oposição do tamanho que ele quiser.

Simples assim…

Edilázio admite que o PSD pode não ter candidato a senador

Apesar de garantir “chance zero de apoio a Flávio Dino” na eleição para o senado, deputado federal diz que a legenda não vai interferir na escolha pessoal do ex-prefeito Edivaldo Júnior que pretende pedir votos no governador

 

Edivaldo pode apoiar Flávio Dino ao Senado sem interferência do PSD, de Edilázio Júnior

O deputado federal e presidente regional do PSD, Edilázio Júnior, reagiu com indiferença à revelação de que o ex-prefeito Edivaldo Júnior reuniu-se com o governador Flávio Dino (PSB) para comunicar-lhe de sua candidatura ao governo e  do apoio pessoal à pretensão do socialista de se eleger senador.

A revelação do encontro entre Edivaldo e Dino foi feita sexta-feira, 23, pelo jornal O EstadoMaranhão; e confirmada por outros veículos no fim de semana.

Para Edilázio, a decisão de Edivaldo de apoiar Dino em nada interfere na posição político-eleitoral do PSD.

– Chance zero de o PSD apoiar Flávio Dino ao Senado; o partido não interfere na decisão do ex-prefeito, mas não pedirá votos para Flávio – afirmou o parlamentar, em conversa direta com o titular do blog Marco Aurélio D’Eça.

Edivaldo reuniu-se com Flávio Dino para comunicar sua candidatura e dizer do seu apoio ao projeto senatorial do governador

Edilázio Júnior, no entanto, chegou a admitir que a eventual coligação de Edivaldo pode nem ter candidato a senador, o que beneficiaria Flávio Dino.

– O que temos de obrigatório é um candidato a vice. Para o Senado, não discutimos nenhum nome. E se não tiver, não há problema em não tê-lo. O principal é que Edivaldo será candidato a governador – afirmou o deputado federal.

Para Edilázio, a posição de Edivaldo pró-Flávio Dino não é empecilho para o PSD.

– O Edivaldo sempre deixou claro sua simpatia por Flávio Dino, e isso nunca foi problema para o PSD. Por enquanto o que há é uma conversa de filiação de Edivaldo. Após isso, vamos abrir diálogo com todas as correntes do nosso campo – afirmou.

A reunião entre Dino e Edivaldo estava sendo mantida em sigilo, mas indica também que o governador não fechou questão em torno de nenhum aliado para a disputa de 2022.

A reação interna no grupo de Flávio Dino ainda não foi avaliada…

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César Pires aponta para racha no grupo de Flávio Dino após escolha de candidato

Líder da oposição na Assembleia Legislativa, deputado estadual diz que já existe na Casa deputados estaduais se alinhando a grupos do vice-governador Carlos Brandão e do senador Weverton, o que gerará insatisfações internas a partir do posicionamento do governador

 

Em entrevista ao jornalista Clóvis Cabalau, César Pires apontou para provável racha no grupo de Flávio Dino

O líder da oposição na Assembleia Legislativa, deputado César Pires (PV) previu nesta quinta-feria, 15, um iminente racha no grupo do governador  Flávio Dino no processo eleitoral de 2022.

Segundo Pires, assim como ocorreu com o grupo Sarney -a  partir do rompimento do ex-governador José Reinaldo Tavares – a decisão de Dino levará a insatisfações que ajudarão neste processo de racha.

– Já existe na Assembleia deputados se posicionando claramente como membro do grupo A ou B,. referindo-se ao vice Carlos Brandão e ao senador Weverton – disse Pires, em entrevista ao quadro Bastidores, do programa Bom Dia Mirante.

Para Pires, este processo de racha beneficiará a oposição, que acabou definhando ao longo dos últimos anos, por não ter um candidato a governador capaz de agregar os votos.

Neste processo, avalia César Pires, a candidatura do ex-prefeito Edivaldo Júnior pelo PSD também ajudará no surgimento de novos grupos.

Pires confirmou que o projeto de candidatura de Edivaldo é nacional, sem interferência direta da sede estadual do partido; e reafirmou que ajudará na construção da candidatura.

Quanto o seu próprio futuro partidário, o deputado confirmou que trocará o PV pelo PSD na janela partidária de abril do ano que vem.

E se manterá como oposicionista na Assembleia…

PSD respeitará relação de Edivaldo com Flávio Dino…

Presidente regional da legenda que terá o ex-prefeito como candidato a governador, deputado federal diz que buscará também diálogo com partidos de oposição

 

Edilázio deixou claro que não imporá restrições a Edivaldo como candidato do PSD a governador

O deputado federal Edilázio Júnior, presidente regional do PSD, afirmou nesta quarta-feira, 14, em entrevista ao quadro Bastidores, do programa Bom Dia Mirante, que vai buscar diálogo com todas as legendas.

Chamou atenção, no entanto, o tom amistoso que o parlamentar usou para tratar da relação do ex-prefeito Edivaldo Júnior – nome do partido à disputa de 2022 – com o governador  Flávio Dino (PSB).

– Eu, Edilázio, como representante do povo, seguirei sendo oposição ao governo Flávio Dino. Com relação ao Edivaldo, essa é uma decisão dele, o PSD é um partido democrático e se o Edivaldo decidir manter uma boa relação com o governador, isso não será problema algum – afirmou.

O blog Marco Aurélio D’Eça já havia adiantado que a entrada de Edivaldo no PSD não significaria que ele estaria automaticamente na oposição ao governo.

Na semana passada, em conversa com o secretário de Cidades, Márcio Jerry, o titular do blog ouviu que esperava qual seria a postura – “não de Edivaldo, mas de Edilázio” – para tratar da relação com o ex-prefeito como candidato a governador.

A possibilidade de ele ser uma espécie de terceira via do governo foi exposta no post “Flávio Dino ainda espera posição política de Edivaldo Júnior”.

– Palácio dos Leões não quer estimular rompimento com o ex-prefeito e aposta, até, em uma redução dos ataques do deputado Edilázio Júnior, um dos mais ácidos críticos do governo – adiantou o subtítulo do post.

Mas apesar do tom menos ferino em relação a Flávio Dino, Edilázio mostra-se aberto a outros partidos, inclusive os da oposição, com quem pretende conversar.

– Vamos abrir diálogo com todos os partidos e buscar uma chapa forte para 2022, para sairmos vitoriosos – destacou.

O blog Marco Aurélio D’Eça também já havia adiantado que o PSD vinha buscando diálogo com PV, MDB e PSC, partidos que fazem oposição a Flávio Dino.

De qualquer forma, Edivaldo Júnior passou a ser o pré-candidato a governador com movimentação mais intensa desde a reunião de Flávio Dino com os partidos da base.

Para quem entrou na disputa com índices de primeiro pelotão nas pesquisas esse é um trunfo importante.

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PSD vai confirmar candidatura de Edivaldo durante ato de filiação…

Presença do presidente nacional Gilberto Kassab deve marcar o início da pré-campanha do ex-prefeito de São Luís, que terá toda a infra-estrutura partidária para o projeto eleitoral de 2022

 

Edivaldo tem conversado diariamente com o deputado Edilázio Jr. e deve ser lançado candidato do PSD ao governo já noa to de filiação, em agosto

O PSD pretende transformar o ato de filiação do ex-prefeito de São Luís, Edivaldo Júnior, em um pré-lançamento de sua campanha ao Governo do Estado.

A filiação, marcada para o dia 4 de agosto, terá a presença do presidente nacional da legenda, ex-ministro Gilberto Kassab, que apresentará Edivaldo como pré-candidato a governador.

Embora ainda não tenha assumido publicamente que pretende disputar as eleições majoritárias de 2022, Edivaldo Júnior já aparece nas primeiras posições.

Para o PSD, a apresentação como candidato pode ampliar o crescimento nas pesquisas e consolidá-lo como favorito.

As perspectivas eleitorais do ex-prefeito de São Luís são observadas, inclusive, pelo Palácio dos Leões, que ainda não descartou a possibilidade de tê-lo como opção do consenso no grupo do governador Flávio Dino.

Mas esta é uma outra história…

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Flávio Dino ainda espera posição política de Edivaldo Júnior

Palácio dos Leões não quer estimular rompimento com o ex-prefeito e aposta, até, em uma redução dos ataques do deputado Edilázio Júnior, um dos mais ácidos críticos do governo

 

A relação de carinho de Flávio Dino e Edivaldo Júnior ainda é esperança no Palácio dos Leões

O anúncio da filiação do ex-prefeito de São Luís Edivaldo Júnior ao PSD ocorreu apenas um dia depois da reunião do governador Flávio Dino (PSB) com sua base de apoio.

Mesmo assim, Dino não pretende estimular o discurso de afastamento do ex-prefeito.

O Palácio dos Leões aposta, inclusive, que a entrada de Edivaldo no PSD pode levar o deputado federal Edilázio Júnior – um dos mais ácidos críticos do governo – a amenizar o discurso contra o governador.

Tanto que, a ordem, é evitar críticas a Edivaldo; e esperar que ele próprio diga alguma coisa sobre relação com Flávio Dino, azedada desde as eleições de 2020.

É fato que o ex-prefeito não participou da reunião com Dino e anunciou sua filiação no dia seguinte; mas é fato também que ele nada disse sobre afastamento da base do governador.

E neste ponto, Edilázio Júnior é a fonte principal para dizer que apito Edivaldo usará em 2022.

É aguardar e conferir…

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Para Fábio Câmara, Edivaldo não está preparado para o governo

Ex-vereador e ex-candidato a prefeito de São Luís, suplente de deptuado estadual diz que ex-prefeito deixou um lastro de obras “inauguradas” e inoperantes e precariedade na Saúde e na Educação de São Luís

 

Fábio Câmara fez forte oposição mão a Edivaldo e diz que ele não está preparado para governar o Maranhão

O ex-vereador e ex-candidato a  prefeito de São Luís, Fábio Câmara (PDT), criticou em suas redes sociais a inclusão do ex-prefeito Edivaldo Júnior (sem partido) no rol de pré-candidatos a governador.

Segundo Câmara, a eleição e a reeleição de Edivaldo não deveria servir como credenciais para sua pretensão de chegar ao Governo.

– A realidade educacional do município, a precariedade na saúde, cujos ícones são o hospital da criança, e um secretariado e gestão envolvidos com a polícia federal, além das porcas obras da feira da Cohabe da Fonte do Bispo, “inauguradas” e inoperantes pela quebra do princípio da eficiência apontam o fracasso da gestão de Edivaldo – explicou o ex-vereador.

Fábio Câmara fez oposição nos primeiros quatro anos de mandato de Edivaldo Júnior, o que o credenciou a disputar a prefeitura, em 2016, ficando em quarto lugar.

Para o ex-vereador, Edivaldo não tem preparo para comandar o estado.

– O fracasso em vários setores já citados atestam para quem quiser ver que E. de H. não fez por São Luís e não está preparado para fazer pelo Estado do Maranhão! – afirmou o vereador, usando na postagem uma antiga foto do ex-prefeito assustado em entrevista à rádio Mirante AM.

Edivaldo anunciou nesta terça-feira, 6, sua filiação ao PSD, que o quer como candidato a governador.

A filiação está marcada para o dia 4 de agosto…

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PTB se afasta de Flávio Dino e recua em relação a Edivaldo Jr.

Deputada Mical Damasceno, que preside o partido no estado, afirma ao blog Marco Aurélio D’Eça que não vai estar mais junto à base do Governo do Estado; e diz que que encerrou as conversas com o prefeito de São Luís sobre 2022

 

Mical damasceno elegeu-se na base do governo Flávio Dino, mas agora está na base do governo Jair Bolsonaro

A deputada estadual Mical Damasceno (PTB) foi alcançada nesta terça-feira, 6, pelo titular do blog Marco Aurélio D’Eça com duas perguntas relacionadas às eleições de 2022:

1 – por que ela, como presidente regional do PTB, não participou da reunião com o governador Flávio Dino (PSB) sobre a organização da base governista para o pleito?;

2 – como ela encarou o anúncio do ex-prefeito de São Luís, Edivaldo Júnior, de que iria se filiar ao PSD?

Sobre a primeira pergunta, a deputada foi taxativa.

– Como a gente não vai mais andar junto com o governo eu não tinha o que fazer na reunião; Não fazemos mais parte do grupo do governador; e ele já tinha ciência  – afirmou.

A presidente do PTB chegou a levar Edivaldo para encontros com líder do segmento evangélico, mas decidiu encerrar as conversas com o ex-prefeito

Desde que assumiu o comando do PTB, Mical Damasceno tem fortalecido o  projeto bolsonarista  no Maranhão; e chegou a cogitar a filiação de Edivaldo Júnior para concorrer ao governo.

Sobre o assunto Edivaldo, ela também foi taxativa.

– Encerramos a covnersa com Edivaldo. Por enquanto não temos mais pressa de sentar com ninguém sobre o governo. A prioridade vai ser a proporcional – descartou a parlamentar.

Mical disse que está se dedicando agora à montagem da nova sede do PTB, na Rua do Arizirial, que deve ser inaugurada até o mês de agosto.

Segundo ela, é possível a presença do presidente nacional petebista, Roberto Jefferson, na festa de inauguração.

E é vida que segue…

Fortalecimento da oposição impõe unidade ao grupo de Dino

Bom desempenho da ex-governadora Roseana Sarney e do ex-prefeito de São Luís Edivaldo Júnior – e a articulação do senador Roberto Rocha e do prefeito de São Pedro dos Crentes, Lahésio Bonfim, acendeu sinal de alerta na base do governador

 

Edivaldo e Roseana somam juntos quase metade das intenções de votos para governador; e alcançam mais de 70% na capital maranhense

A decisão do governador Flávio Dino (PSB) de abrir diálogo com seu grupo político em busca de consenso em torno de um candidato único tem razão de ser.

As últimas pesquisas de intenção de votos mostram que a oposição tem, hoje, quase 3/4 das intenções de votos para governador – e pode criar uma chapa forte também para o Senado.

Só a governadora Roseana Sarney (MDB) registra 25% de intenção de votos.

Embora sinalize com a não-candidatura, ela tem influência direta no pleito, seja como apoiadora ou mesmo como candidata a senadora em uma chapa oposicionista.

Não bastasse a força oposicionista após oito anos de mando do grupo dinista, o ex-prefeito de São Luís, Edivaldo Júnior, confirmou seu afastamento da base governista e anunciou filiação ao PSD.

Sozinho, Edivaldo registra quase 20% das intenções de voto; e pode ter em seu palanque, além do PSD, também o PTB, o que garante excelente tempo de propaganda.

Ainda no mês de abril, em conversa pessoal com o titular do blog Marco Aurélio D’Eça, o secretário de Cidades, Márcio Jerry – principal articulador do grupo de Flávio Dino – já havia demonstrado preocupação com a tendência de racha na base.

Jerry foi um dos principais atores para evitar o esfacelamento deste grupo ainda em 2020, quando o vice-governador Carlos Brandão pressionou pela “expulsão” dos que não apoiaram seu candidato a prefeito.

Dino conseguiu, mediante documento ainda não tornado público, garantir a unidade, pelo menos até novembro.

O problema é que aliados de peso de Brandão já pregam uma renúncia de Dino para que o vice assuma logo em 2021, em busca de viabilização da própria reeleição.

Mas esta é uma outra história…

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Ausente da reunião, Edivaldo confirma afastamento de Flávio Dino

Pré-candidato a governador, natural que o ex-prefeito de São Luís fosse convidado ao Palácio dos Leões – até por que muitos não-dirigentes partidários também participaram; e no dia seguinte ao encontro, ele anuncia filiação ao PSD

 

Na foto oficial do encontro com Dino não há registro de Edivaldo Júnior e sua atual fiel escudeira, Mical Damasceno: rompimento consolidado

A reunião desta segunda-feira, 5, entre o governador Flávio Dino (PSB), seus pré -candidatos a governador, dirigentes partidários e aliados políticos só confirmou um fato: seu rompimento com o ex-prefeito de São Luís, Edivaldo Júnior.

Pré-candidato a governador – e até então tido como aliado de Dino – natural que o ex-prefeito fosse convidado ao Palácio, assim como foram o vice-governador Carlos Brandão (PSDB), o senador  Weverton Rocha (PDT), o secretário Simplício Araújo (Solidariedade) e o deputado federal Josimar de Maranhãozinho (PL).

Até por que, vários outros aliados que não  presidem partidos também estavam presentes, como o presidente da Assembleia Legislativa, Othelino Neto, os secretários Rubens Pereira Júnior, Jefferson Portela, Fábio Capelli, Marcelo Tavares, Rodrigo Lago e Felipe Camarão, além dos deputados Zé Inácio, Rafael Leitoa e Helio Soares.

Não há informações de que Edivaldo Júnior tenha sido convidado para o encontro.

E se recebeu o convite, não compareceu.

No dia seguinte ao encontro, o ex-prefeito fez questão de anunciar sua filiação ao PSD, alinhado à base do presidente Jair Bolsonaro e à oposição no Maranhão.

Os gestos de carinho entre Edivaldo Júnior e o governador Flávio Dino, demonstrados ao longo dos últimos nove anos, parecem ter ficado no passado

O ex-prefeito e o governador não se falam desde o segundo turno das eleições de 2020, quando Flávio Dino pressionou, sem sucesso, pelo apoio de Edivaldo ao deputado Duarte Júnior no segundo turno das eleições.

Logo no início do ano, Edivaldo decidiu deixar o PDT, reforçando o afastamento do grupo.

Desde então, passou a flertar com o PSD, do deputado federal Edilázio Júnior, e com o PTB, hoje controlado pela deputada estadual Mical Damasceno; Mical e Edilázio querem Edivaldo candidato a governador.

Aliás, ainda na base de Dino – apesar de declaradamente bolsonarista – Mical Damasceno também não participou do encontro, apesar de comandar o PTB.

Sinal de que Flávio Dino deve contar menos um partido em sua base a partir de agora…