Desde o pleito de 2012, grupo político liderado por Flávio Dino tem usado candidatos que entram na disputa com missões específicas para desconstruir adversários; em 2020, porém, o alvo está no próprio grupo do governador
Ednaldo Neves assumiu-se laranja de Edivaldo ainda no primeiro turno de 2012, ganhou espaço de poder e hoje é secretário de Comunicação de Flávio Dino
De uns tempos para cá, a relação de candidatos a prefeito de São Luís tem ganhado uma figura curiosa, que registra candidatura, assume programa eleitoral, mas sem o objetivo de se eleger.
São os chamados laranjas, candidatos cujo único objetivo é atacar um adversário específico, atraindo a atenção dele e do público, enquanto outro candidato do grupo segue navegando como verdadeira opção ao eleitor.
O símbolo dos laranjas eleitorais em São Luís é o hoje Secretário de Comunicação do governo Flávio Dino (PCdoB), Ednaldo Neves. Em 2012, assumiu este papel no ataque ao então prefeito João Castelo(PSDB) para favorecer o verdadeiro candidato do grupo de Flávio Dino, Edivaldo Júnior (então no PTC).
Edivaldo venceu Castelo, Ednaldo foi agraciado com cargos e espaços na prefeita e hoje comanda a Secretaria de Comunicação do governo de Dino.
Em 2016, não surgiu um laranja específico, mas o então vereador Fábio Câmara (então candidato do MDB), acabou usado como franco-atirador pela estrutura em torno de Edivaldo – conscientemente ou não – para atacar os adversários Wellington do Curso (então no PP) e Eduardo Braide (PMN).
Em 2008, Flávio Dino, Flávio Dino fazia oposição a Roseana, mas perdeu a eleição para Castelo quando revelado que fazia visitas a ela ás escondidas
Mas o próprio Flávio Dino, que hoje comanda o grupo especialista em laranjas, foi vítima de franco-atiradores nas eleições de 2008.
Naquela época, ele disputou a prefeitura contra Castelo, cresceu muito nas pesquisas, mas acabou sucumbindo quando o também candidato Raimundo Cutrim (DEM) revelou ter visto o comunista em uma visita noturna à ex-governadora Roseana Sarney (MDB), a quem Dino fazia oposição.
Nas eleições de 2020 já surgiram quatro candidatos com amplas chances de disputar o segundo turno: Eduardo Braide (Podemos), Duarte Júnior (PRB), Neto Evangelista (DEM) e Wellington do Curso (PSDB).
Há outros tentando alcançar o primeiro escalão; ou apenas marcando posição.
Quem assumirá o papel de franco-atirador?!?
Façam suas apotas e observem o candidatos…
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