Ausência do governador-tampão do debate, desconfiança em torno do seu estado de saúde, incapacidade de atrair novas alianças e estagnação nas pesquisas levam membros do governo a questionar possibilidade de mudança de candidato antes mesmo das convenções de agosto
Se já não era bom o clima na campanha do governador-tampão Carlos Brandão (PSB), a pesquisa Exata, que apontou o senador Weverton Rocha (PDT) na liderança isolada da disputa pelo governo, jogou ainda mais dúvidas sobre o futuro da candidatura palaciana.
Afastado há quase um mês do governo, longe do debate e sem um coordenador de peso para a campanha, Brandão já vê, de longe, os próprios aliados a cogitarem sua substituição como candidato.
Os principais líderes do governo tentam manter o moral da tropa; o próprio governador-tampão se esforça para passar a imagem de saúde plena, mas o clima na campanha é cada vez mais desanimador.
Enquanto a campanha do tampão agoniza, o comunista Flávio Dino mostra-se mais interessado em salvar a própria pele, sonhando em ter uma eleição consagradora ao Senado, o que também desestimula aliados. Estes aliados apontam fracasso de Dino na tentativa de desmobilização da candidatura de Weverton.
Na semana passada, diante de mais um pedido de licença de Brandão, aliados do governo na Assembleia passaram a cogitar mais abertamente a substituição pelo ex-secretário Felipe Camarão, o que levou o governador a gravar diversos vídeo tentando se mostrar saudável.
Agora, com a pesquisa Exata, que mostrou Weverton cinco pontos à frente, o clima voltou a desanimar, o que levou o secretário de Comunicação Ricardo Capelli a usar a surrada tática de por dúvida no levantamento.
A sensação entre aliados é que o governo parou e a campanha não avança.
E o resultado disso tudo foi mostrado agora pela Exata…