12

Roseana vira musa do impeachment de novo; agora nos bastidores…

Mesmo sem mandato, ex-governadora sentou praça em Brasília para atuar como articuladora do PMDB na arregimentação de deputados em favor do impeachment

 

Roseana tem estado ao lado de Temer

Roseana tem estado ao lado de Temer

A governadora Roseana Sarney declarou em alto e bom som, logo após decisão do PMDB de romper com o governo Dilma Rousseff (PT), que iria seguir a determinação do partido.

Fez mais que isso.

Passou a ser uma das principais articuladoras do PMDB na arregimentação de deputados – inclusive de outros partidos – para formar a cruzada em favor do afastamento de Dilma.

Roseana sentou praça no Palácio do Jaburu, ao lado do vice-presidente Michel Temer.

E é de lá que tem articulado com deputados federais e senadores maranhenses para que apoiem a mudança de governo no Brasil.

E espera, até domingo, ter a maioria da bancada votando a favor do impeachment.

Por enquanto, tem mostrado força ao convencer boa parte dos 18 deputados.

Com Dilma, devem ficar apenas os quatro que fazem parte de partidos da base – Weverton Rocha (PDT), Rubens Júnior (PCdoB), Zé Carlos (PT) e Pedro Fernandes (PTB).

Fernandes, que foi aliado de Roseana, se declara nos bastidores muito próximo, hoje, do governador Flávio Dino (PCdoB).

mas Dino fracassou na arregimentação da bancada em favor de Dilma.

E Roseana deve levar a melhor…

3

“Não estou tomando partido nesta votação”, diz Sarney sobre o impeachment…

Ex-presidente da República nega que esteja atuando para que o afastamento de Dilma seja aprovado; mas também revela que não faz esforço algum em sentido contrário

 

Dilma com Sarney: ele não está se envovlendo

Dilma com Sarney: ele não está se envolvendo

O ex-presidente e ex-senador José Sarney (PMDB) negou ao blog do Gerson Camarotti que esteja atuando para aprovar o impeachment na Câmara dos Deputados.

– Estou na minha, não estou conversando com ninguém. Não estou tomando partido nessa votação – disse Sarney, em resposta ao jornalista.

Camarotti afirmou em seu blog que tanto Sarney quanto a filha, Roseana, estariam trabalhando a favor do impeachment por que estariam chateado pela cooptação dos aliados pelo Palácio do Planalto. (Leia aqui)

É um equívoco do  jornalista.

Roseana já se posicionou publicamente a favor do rompimento do PMDB com Dilma. Sarney, pelo contrário, chegou a criticar a decisão do partido, ao lado do presidente do Senado, Renan Calheiros.

O outro filho de Sarney, deputado federal Sarney Filho (PV), também é publicamente a favor do impeachment, seguindo orientação da bancada do partido.

O senador João Alberto de Sousa (PMDB), também citado por Camarotti, sempre foi contra o impeachment, assim como o filho, deputado federal João Marcelo Sousa.

Simples assim…

10

Assim como o blog, Flávio Dino também vê tentativa de golpe do Judiciário…

Governador do Maranhão diz à Folha de S. Paulo que existe uma orquestração dos homens do Direito para impedir o governo Dilma Rousseff; comunista criticou também a postura do juiz Sérgio Moro

 

Dino usa a Constituição para criticar o Judiciário

Dino usa a Constituição para criticar o Judiciário

O governador do Maranhão Flávio Dino (PCdoB) confirmou hoje pela manhã uma preocupação manifestada por este blog ainda na sexta-feira 18, no post O risco iminente de um golpe do Judiciário…

De acordo com o que afirmou Dino ao jornal Folha de São Paulo, há uma tentativa de golpe orquestrada por setores do Judiciário, para impedir a continuidade do governo Dilma Rousseff (PT).

Dino usou, inclusive, a mesma comparação feita pelo blog, em relação ao golpe militar, que impôs a Ditadura ao Brasil, em1964:

–  Ontem foram as forças armadas, hoje é a toga, supostamente imparcial e democrática – afirmou o governador. (Leia aqui a matéria da Folha)

Dino participou em Brasília de um ato de juristas e operadores do Direito contra o impeachment, no Palácio do Planalto.

O comunista maranhense criticou também, mesmo sem citar nomes, seu ex-colega de turma no Judiciário, o juiz Sérgio Moro, coordenador da lava Jato. Para Flávio Dino, houve abuso de Moro ao fazer média com manifestações contra o impeachment.

– Judiciário não pode mandar carta pra passeata. E se juiz quiser fazer passeata há um caminho; basta pedir demissão. Não use a toga para fazer política. isso acaba com o Poder Judiciário. Quanto um juiz abusa, não significa que todos abusam, mas isso contamina a ordem jurídica – frisou Flávio Dino.

A intromissão do Judiciário no sistema político foi criticada também pelo ex-presidente da República, José Sarney, e pelo desembargador federal Ney de Barros Bello Filho, em artigos reproduzidos e analisados neste blog. (Releia aqui)

A crítica ao Judiciário – sobretudo por causa do comportamento do ministro do STF Gilmar Mendes, e do juiz Sérgio Moro – têm aumentado no país desde a semana passada.

A pressão visa forçar a Suprema Corte a decidir logo sobre a questão…

11

Enquanto isso em Paris…

parsBrasília pegava fogo, semana passada, com a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) e a ameaça de cassação do presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). E o senador maranhense Roberto Rocha (PSB) relaxava em um banco de praça na cidade de Paris, onde uma comissão do Congresso participava de evento internacional. Para se informar, o senador lia o tradicional jornal Le Monde

Flávio Dino e os “golpistas” do seu governo…

Flávio Dino e seus aliados do PSDB: todos golpistas?!?

Flávio Dino e seus aliados do PSDB: todos golpistas?!?

Por Diego Emir

O governador do Maranhão acompanhado do presidente do PDT, Carlos Lupi, e de Ciro Gomes, voltou a falar, no domingo, 6, que o processo de impeachment é uma tentativa de golpe.

Com a constituição na mão e anunciando uma nova versão da Rede da Legalidade, Flávio Dino disse:

“Nós não podemos nos calar, aceitar passivamente uma virada de mesa antidemocrática”.

A questão é que Flávio Dino parece esquecer que está cercado de golpistas em seu governo ou até mesmo que mantém uma aliança com os partidos que defendem o impeachment. No primeiro escalão da administração estadual tem pelo menos três membros que são de legendas apoiadoras do processo de cassação da presidente Dilma.

O segundo homem do governo estadual, o vice-governador, é do PSDB.

Carlos Brandão foi escolhido para compor uma aliança e a administração estadual a partir de uma decisão de Flávio Dino. Deve-se ressaltar que os próprios comunistas afirmavam ser essencial os tucanos na composição de chapa para garantir a vitória.

Mesmo que queira justificar que a composição do PSDB tenha sido necessária para derrotar a família Sarney em 2014, Flávio Dino não deve esquecer que foi por livre e espontânea vontade, ou até mesmo estratégia política para manter governabilidade e favorecer aliados, que colocou nos cargos de secretários: Neto Evangelista do PSDB (Desenvolvimento Social) e Simplício Araújo do SDD (Indústria e Comércio).

Ainda existe o secretário Rodrigo Lago que desenvolve trabalho no Controle e Transparência, que aparentemente é bem alinhado com Flávio Dino no plano das idéias, mas que também é filiado em um partido golpista. O advogado é membro do Solidariedade desde 2013.

Fora isso, ainda existe a figura do líder do governo na Assembleia Legislativa do Maranhão, Rogério Cafeteira, que apesar de não ter opinião alguma sobre quase tudo, também é registrado em um partido golpista, o PSC. A legenda socialista cristã é um dos principais aliados do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), e também faz parte do grupo que faz oposição radical a presidente Dilma, assim como o Solidariedade.

Os aliados golpistas do governador ficam calados sobre o processo do impeachment, tudo para manter seus cargos e suas benesses no governo. O único que já teve coragem de se manifestar abertamente a favor da cassação da presidente Dilma foi o secretário Simplício Araújo, mas hoje em dia está calado com intuito de manter o prêmio de consolação que recebeu, após a fidelidade demonstrada durante a campanha eleitoral de 2014.

Uma reflexão deve ser proposta: Flávio Dino vai manter os “golpistas” em seu governo? E os “golpistas”, como vão conviver com Flávio Dino?