Abatido por escândalo, Braide tenta quebrar agenda negativa com anúncio de novo hospital

Prefeito de São Luís – cuja gestão está sendo questionada por corrupção em um contrato de R$ 7 milhões para o carnaval – foi ao Socorrão II para anunciar que a unidade de saúde será desativada para dar lugar a uma nova; mas deixou claro o incômodo com as denúncias, ao declarar: “enquanto uns falam, eu trabalho”

 

Prefeito vem tentando mudar o foco da agenda que mostra escândalo no carnaval da prefeitura

É visível o abatimento público do prefeito de São Luís Eduardo Braide (PSD) com as suspeitas de corrupção envolvendo o projeto de “Cidade do Carnaval”, que ele anunciou a toque-de-caixa e entregou para uma escola infantil gerenciar.

Nesta terça-feira, 30, um prefeito visivelmente abatido tentou mudar a agenda negativa que marca a prefeitura desde a semana passada e anunciou que vai fechar o Hospital Socorrão II, na Maiobinha, para construir no local uma nova unidade de Saúde.

Enquanto uns falam, eu trabalho e faço o que nunca foi feito pela cidade – afirmou o prefeito.

A frase revela o incômodo com o escândalo de quase R$ 7 milhões que seriam pagos para o “Instituto de Educação Juju e Cacaia” realizar o carnaval em São Luís.

Tentando evitar o desgaste com o escândalo, o prefeito anunciou a suspensão do pagamento e até a demissão de dois servidores graduados da Secretaria de Cultura, bodes expiatórios da gravidade da situação.

Mesmo diante das ações do prefeito, ainda não estão esclarecidas as questões envolvendo a Cidade do Carnaval e o Instituto de Educação Juju e Cacaia.

Afinal, se o pagamento ao instituto foi suspenso, mas a Cidade do Carnaval continua funcionando, quem está pagando a conta?

São respostas que precisam ser dadas à opinião pública…

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Dinheiro público de campanha com sinais de desvio…

Fundo eleitoral criado para financiar candidatos a cargos eletivos pode ter sido desviado por dirigentes partidários, segundo sugere o escândalo envolvendo ministro de Bolsonaro; e há suspeitas também no Maranhão

 

Na campanha do PSL de Bolsonaro, Bebiano pode ter inaugurado uma nova forma de desviar dinheiro público

O escândalo envolvendo o ministro Gustavo Bebiano, da Secretaria Geral da Presidência no governo Jair Bolsonaro (PSL), pode ser a chave para se descobri um novo esquema de desvio de dinheiro público no país.

O dinheiro do Fundo Eleitoral, criado para as eleições de 2018, pode ter sido desviado por dirigentes partidários em todo o país.

No Maranhão, por exemplo, pelo menos um caso já levanta suspeitas.

Em São José de Ribamar, na região metropolitana de São Luis, a candidata a deputada estadual Marisa Rosas, do PRB, mandou fazer 9 milhões de “santinhos”. De acordo com a prestação de contas à Justiça Eleitoral, ela gastou quase R$ 600 mil com campanha. Obteve somente 161 votos.

Além dos milhões de “santinhos”, ela confirmou que mandou fazer 1,25 mil bottons.

A candidata Marisa Rosas, que concorreu a uma vaga na Assembleia Legislativa pelo PRB, gastou, sozinha, nada menos que R$ 540 mil com gráficas.

Ou seja, Marisa gastou, só com “santinhos”, mais da metade do teto de gastos estabelecidos pela Justiça Eleitoral, que é de R$ 1 milhão.

O PRB maranhense é presidido pelo deputado federal Cléber Verde.

O Fundo Eleitoral foi criado a partir das eleições de 2018, com o valor de R$ 1,7 bilhão.

E ao que tudo indica, passou as er mais uma forma de ladrões se locupletarem do dinheiro público.

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Roberto Costa aponta para suposto desvio em Bacabal…

Parlamentar revela que o novo gestor do municípios constatou rombo nos cofres do setor de Educação, praticado pelo antigo prefeito

 

Roberto Costa vai cobrar explicações dos ex-gestores de Bacabal por rombo na Educação

O deputado Roberto Costa (MDB) relatou um suposto desvio de recursos da Prefeitura de Bacabal, na área da educação. Segundo o parlamentar, o novo prefeito do município, Edvan Brandão, constatou que o antigo gestor deixou um rombo nos cofres públicos.

“O levantamento nas contas bancárias do município, realizado pelo prefeito Edvan Brandão, só confirma o que já havíamos falado aqui, nesta Casa, sobre o desvio de dinheiro público. A Secretaria de Educação constatou que foram desviados quase R$ 10 milhões, dinheiro este que era para pagar professores e funcionários. Os salários dos efetivos não foram pagos. Eu mostrarei os extratos bancários e as contas bancárias zeradas da Prefeitura de Bacabal, e vamos denunciar no Ministério Público Estadual e no Ministério Público Federal”, ressaltou.

Roberto Costa afirmou, ainda, que a situação se repete em todas as áreas, como saúde, infraestrutura e saneamento básico. O parlamentar destacou que, mesmo diante das dificuldades e dos desafios, o prefeito Edvan Brandão fará uma gestão de compromisso com o povo bacabalense, e buscará o apoio do Governo do Estado e do Governo Federal para reconstruir a cidade.

“Fico feliz com a determinação do prefeito Edvan Brandão e sei que ele é um homem preocupado com o município, e quer reconstruir a cidade. Ele vai fazer a transformação que a cidade de Bacabal precisa. Eu sei que ele buscará todo o apoio para ajudar o município, e nós estaremos à disposição para ajudar nessa reconstrução. Mesmo diante dos desafios, sabemos que a cidade de Bacabal tem jeito e sei que ele vai trazer a esperança para o povo”, finalizou.

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Os crimes de Levi Pontes…

Além de abuso de poder econômico e político, desvio de recursos públicos e fraude, o deputado do PCdoB também quebrou o decoro ao mentir que o pescado que estava desviando de Chapadinha para outros municípios foi comprado com recursos particulares

 

Levi Pontes foi ladeira abaixo em apenas um final de semana

Não é fácil a situação política do deputado estadual Levi Pontes (PCdoB).

Flagrado em áudio negociando o desvio para outros municípios de pescados que deveriam ser distribuídos durante a Semana Santa, em Chapadinha, o deputado confessou crimes de desvio de recursos públicos, abuso do poder econômico e político e descaminho.

Mas Levi acabou por ser flagrado em outro crime, que pode custar-lhe o mandato.

Ao revelar em nota e na tribuna da Assembleia Legislativa que o pescado havia sido comprado com dinheiro próprio do prefeito de Chapadinha, Magno Bacelar (PV), ele quebrou o decoro parlamentar e pode até ser cassado.

Isto porque, logo depois, o próprio Bacelar desmentiu o parlamentar, ao revelar que o pescado foi comprado com dinheiro da Prefeitura de Chapadinha.

O discurso, a nota pública e o áudio protagonizados por Levi Pontes são provas suficientes para o processo de cassação do comunista.

A menos que, mais uma vez, o governo Flávio Dino (PCdoB) decida interferir para proteger um dos seus…

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Famem deu parecer favorável à contratação da Coopmar por prefeituras…

Departamento Jurídico da Federação dos Municípios orientou prefeitos, com pareceres apontando para a legalidade da contratação da cooperativa, investigada por suspeita de desvios de R$ 230 milhões

 

Este blog publicou em 14 e dezembro o post “Famem indicava Coopmar a prefeitos alinhados”, tratando do provável envolvimento da Federação dos Municípios no esquema que, segundo o Ministério Público, desviou mais de R$ 230 milhões em 17 municípios. (Saiba mais aqui)

No mesmo dia, a Famem negou a indicação aos prefeitos, embora tenha admitido que tinha, ela própria, contratos com a Coopmar, cooperativa investigada no esquema. (Releia aqui)

Mas a resposta foi uma meia-verdade da Famem.

Este blog teve acesso a pelo menos dois pareceres jurídicos da entidade, em que prefeitos são orientados sob a legalidade da contratação da Coopmar.

– A rigor, no termos da Constituição Federal, o serviço público deve ser prestado por servidores públicos efetivos. No entanto, é cabível a transferência da execução dos serviço para entidades que não estejam integradas à administração pública, sem, contudo, retirar o caráter público do serviço, que obrigatoriamente se submetem aos princípios e regras atinentes ao serviço público – diz o parecer da Famem.

A revelação dos pareceres põe de volta a atual gestão da Famem ao esquema da Coopmar investigado pelo Ministério Público.

Há outros indícios de que a entidade era um dos braços da cooperativa: relação entre os sócios e diretores da Famem, além do grau de parentesco entre membros da entidade e da cooperativa.

Mas esta é uma outra história…

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Esquema da Coopmar com prefeituras pode envolver outras cooperativas…

Um dos investigados na operação do Ministério Público e da CGU – que desvendou desvios de R$ 230 milhões em 17 municípios – representou a cooperativa Coopes em pelo menos um contrato, em Vargem Grande; a Coopes, por sua vez, tem o mesmo número de telefone e foi aberta apenas um dia antes da Interativa, que fechou contrato com a mesma prefeitura, no mesmo dia

 

Representantes do Ministério Público e da CGU iniciaram as investigações pela Coopmar

A “Operação Cooperare” do Ministério Público e da Controladoria-Geral da União – que investiga desvio de mais de R$ 230 milhões de 17 prefeituras maranhenses, em contratos com a Cooperativa Maranhense de Trabalho (Coopmar) – pode ter puxado o fio da meada de um esquema bem maior, envolvendo outras cooperativas e outras prefeituras.

Pelo menos um dos investigados na operação da Coopmar, Gleydson de Jesus Gomes Araújo, tem vínculo direto com a Cooperativa dos Profissionais Específicos da Saúde LTDA., conhecida por Coopes.

Extratos dos contratos da Coopes e da Interativa com Vargem Grande; coincidências demais

Foi Gleydson quem representou a Coopes na assinatura de um contrato de R$ 10,9 milhões com a Prefeitura de Vargem Grande, em março de 2011, durante a gestão do prefeito Miguel Fernandes.

No mesmo dia, a mesma prefeitura assinou contrato com outra cooperativa, a Interativa Cooperativa de Serviços Múltiplos LTDA., no valor de R$ 2,5 milhões.

Os CNPJ da Coopes e da Interativa: mesmo telefone e abertura com diferença de apenas 1 dia

Coincidentemente, a Coopes e a Interativa compartilham o mesmo telefone em seu CNPJ; e foram abertas apenas com um dia de diferença uma da outra: a Coopes no dia 7 de janeiro e a Interativa no dia 8 de janeiro de 2009.

Detalhe: a Prefeitura de Vargem Grande não está na lista das 17 investigadas no esquema da Coopmar.

Sinal de que o rombo nos municípios maranhenses pode ser muito maior que os R$ 230 milhões desta fase das investigações.

E envolver muito mais gente…

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Operação cooperare: Famem indicava Coopmar aos prefeitos aliados…

Entidade que chegou ao fundo do poço na atual gestão se vê agora envolvida – às vésperas da eleição – em mais um escândalo de corrupção investigado pela Controladoria-Geral da União e Ministério Público

 

Representantes do Ministério Público, membros da CGU e policiais falaram sobre a operação cooperare

Partia da Federação dos Municípios do Maranhão (Famem) as indicações para que prefeitos ligados á atual gestão contratassem os serviços da Cooperativa Maranhense de Trabalho e Prestação de Serviços (Coopmar).

Investigação da Controladoria-Geral da União e do Ministério Público confirmou que o esquema desviou mais de R$ 230 milhões dos cofres públicos desde 2014.

Com dois funcionários atuando diretamente na sede da Famem, os prefeitos eram chamados a conhecer os supostos serviços da cooperativa e a fechar contratos.

Alguns dos ouvidos pela polícia civil nesta terça-feira, 13, confirmaram que os prefeitos recebiam ligações da Famem para receber os representantes da Coopmar.

A investigação do Ministério Público começou pela Prefeitura de paço do Lumiar, qeu recebeu a indicação da Famem para contratar a cooperativa. Lá, foram apreendidos computadores, notebooks, celulares e pen-drives, que serão analisados pela perícia.

Também foram bloqueados R$ 38 milhões em contas relacionadas a funciona´rios e prestadores de serviço da prefeitura.

Na investigação, descobriu-se que, além da Famem  da Prefeitura de Paço do Lumiar, a Coopmar mantinha contratos com outras 16 prefeituras.

Mas o caso pode ter mais desdobramentos…

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Contrato da Prefeitura de Timon com a Coopmar chega a quase R$ 100 milhões…

Operação do Ministério da Transparência, com apoio da Controladoria-Geral da União, Polícia Civil e Ministério Público desbaratou na manhã de hoje esquema de corrupção envolvendo a cooperativa e mais 17 prefeituras, num montante de R$ 230 milhões desviados

 

Luciano Leitoa foi o prefeito que mai pagou à Coopmar: quase R$ 100 milhões no total

A Prefeitura de Timon manteve, na gestão do prefeito Luciano leitoa (PSB), o maior contrato com a Cooperativa maranhense de Trabalho (Coopmar), cujas operações foram desbaratadas nesta terça-feira, 13, em uma operação conjunta do Minsitério da Transparência, Controladoria-Geral da União, Ministério Público do Maranhão e Polícia Civil.

De acordo com as investigações, as operações da Coopmar em 17 municípios movimentaram R$ 230 milhões. Deste total, R$ 96 milhões foram pagos apenas pela Prefeitura de Timon.

Os investigadores apontam que apesar de registrada como cooperativa, a Coopmar, funcionando como empresa, e distribuída dividendos milionários para seus diretores, diretamente ou por meio de outras empresas.

Em Timon, apesar do pagamento dos R$ 96 milhões – entre 2014 e 2015 – os funcionários da cooperativa fizeram até paralisação em protesto por atraso no salário.

Além de Timon, a Coopmar atuou em Timon, Caxias, Coroatá, Ribamar, Peritoró, Rosário, Presidente Dutra, Arari, São Mateus, São Domingos do Maranhão, Santa Helena, Santa Rita, Chapadinha, Paço do Lumiar, Matinha, Grajaú e Viana…

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Relação do Isec com a prefeitura pode virar escândalo de proporções gigantescas…

Contrato de mais de R$ 33 milhões firmado em meados de 2015 foi desfeito pela gestão do prefeito Edivaldo Júnior, fazendo com que milhares de pessoas deixassem de receber salário desde janeiro, entre elas indicações de políticos e até gente ligada ao Judiciário

 

Wellington pediu investigação, mas teve requerimento negado na AL

Wellington pediu investigação, mas teve requerimento negado na AL

Uma bomba-relógio está prestes a explodir no colo do prefeito Edivaldo Júnior (PDT).

Trata-se do contrato entre a Prefeitura de São Luís e o Instituto Superior de Educação Continuada (Isec), de exatos R$ 33.210.857,00 (Trinta e três milhões, duzentos e dez mil, quinhentos e cinquenta e sete reais), que acabou malogrado e levando milhares de “trabalhadores” a recorrer à Justiça do Trabalho para receber seus salários.

O contrato foi fechado em julho de 2015, entre o Isec e a Secretaria do Orçamento Participativo, sob suspeita de que os recursos serviriam para turbinar campanhas eleitorais de vereadores aliados de Holandinha – uma espécie de cabides de emprego para indicados – e até membros do Judiciário.

– São pessoas que dão o nome apenas para receber salário, sem definição alguma sobre que atividades executarão – alertou o vereador Fábio Câmara (PMDB), em post deste blog, publicado em 9 de setembro de 2015. (Releia aqui)

Contrato não estabeleceu em que trabalhariam os indicados

Contrato não estabeleceu em que trabalhariam os indicados

A Prefeitura fez repasses para o Isec nos meses subsequentes à assinatura do contrato, mas o instituto deixou de pagar os “trabalhadores” desde dezembro.

O caso chegou também à Assembleia Legislativa, por denúncia do deputado Wellington do Curso (PP), que chegou a cobrar explicações sobre o contrato, em requerimento rejeitado por aliados do prefeito.

– Independentemente disso, continuarei sim sendo a voz da população do Maranhão e não permitirei que os ludovicenses fiquem sem ter acesso à informação e, assim, à  justificativa da realização do exorbitante contrato que destina 33 milhões ao ISEC – declarou Wellington, em post do dia 15 de setembro. (Relembre aqui) 

Fábio Câmara: "indicados não precisavam trabalhar"

Fábio Câmara: “indicados não precisavam trabalhar”

Segundo apurou o blog, em abril foi feito um Destrato com o instituto, que já não pagava os trabalhadores há cinco meses, o que gerou a avalanche de denúncias na Justiça do Trabalho.

O caso também está sendo investigado – ou deveria – pelo Ministério Público, pelo Tribunal de Contas e foi denunciado ao próprio Tribunal de Justiça.

O problema é que, à época, surgiram informações que gente ligada a esses próprios órgãos também indicaram nomes para o quadro de “trabalhadores” do instituto.

O objetivo das investigações, agora, é saber quanto, efetivamente, foi repassado ao Isec no período entre julho de 2015 e abril de 2016.

E o que foi feito com este dinheiro…