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A rearrumação da oposição na Assembleia…

Mesmo com o choque de opiniões ainda se sobrepondo à convergência de ideias e ideais, os deputado oposicionistas já começam a encontrar o tom das ações – e do discursos –  garantindo vitórias importantes contra a hegemonia do governo Flávio Dino; bom para o povo maranhense

 

Andrea, Adriano, Souza e Edilázio na linha de frente

Andrea, Adriano, Souza e Edilázio na linha de frente

Formada em sua maioria por jovens parlamentares em início de carreira política – e por uma parcela diminuta de reeleitos que não sucumbiram diretamente os encantos do governismo – a bancada de oposição na Assembleia Legislativa já começa a dar o tom  de suas ações na Casa.

Vitórias recentes, como as de Adriano Sarney (PV) no caso do Conselhão; de Souza Neto (PTN), que enquadrou o Sistema de Segurança diante da soltura de um preso perigoso; e da própria Andrea Murad (PMDB), na denúncia relacionada ao leite especial, mostram que, acima das divergências pessoais latentes, os oposicionistas, juntos, podem fazer uma importante diferença na Casa.

E a oposição ainda pode contar com a experiência e serenidade do ainda jovem, mas firme, contundente e coerente Edilázio Júnior (PV) na formação de um quarteto mais ativo, que já começa a dar o tom e a pautar sistematicamente a gigantesca, mas heterogênea bancada do governo Flávio Dino (PCdoB).

E nem se pode dizer que a oposição seja só eles.

Nomes como César Pires (DEM), ainda indefinido quanto à independência em relação ao ex-grupo Sarney e a falta de afinidade com o ideais do novo governo; Roberto Costa (PMDB), mais tímido e desinteressado que no primeiro mandato; e Max Barros (PMDB), ainda pouco presente no debate, também já começam a dar contribuição fundamental para o sonhado, ainda que utópico,  equilíbrio de forças.

César, Roberto e Max: experiência para somar

César, Roberto e Max: experiência para somar

Andrea Murad já se destacou como ponta-de-lança.

O estilo dela é parecido ao do pai, aguerrido, impetuoso, ousado, mas sem perder o foco do debate e sempre embasado em dados oficiais.

Mais sereno, porém igualmente firme, Adriano Sarney tem a autoridade no argumento, e se soma perfeitamente à postura de Edilázio, que tem o mesmo perfil.

À linha de frente se soma Souza Neto, que que vai no ponto certo dos equívocos governamentais, forçando respostas e mudanças de posição.

Quando a autoridade do discurso de César Pires, a contundência provocativa de Roberto Costa, e a respeitabilidade histórica de Max Barros se somarem à energia dos jovens parlamentares, a tendência é que o Palácio Manoel Beckman possa voltar a ser palco dos grandes embates que viveu no passado.

É aguardar e conferir…

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“A menina ameaça falar”, diz trechos de conversa sobre assassinato de prostituta no Piauí…

Pode ser fruto de chantagem a mobilização de um escritório de advocacia de São Luís em favor da “estudante” Nayra Veloso, a Nayrinha, de Teresinha (PI).

Apontada como testemunha do assassinato da garota de programa Fernanda Lages, e presa por omitir informações à polícia, Nayrinha passou a ser assistida, gratuitamente, pelo advogado Ernesto Lopes, do escritório “Francisco Ramos e Ronaldo Ribeiro”, conforme revelou reportagem do jornal piauiense O Dia.

Mat´ria de O Dia sobre morte de prostituta

Este blog teve acesso a gravações supostamente autorizadas, que revelam conversas sobre o caso entre pessoas do Maranhão.

Na gravação, parece haver preocupação com o que Nayrinha possa falar:

 – A menina ameaça falar tudo – diz um dos telefonemas.

– dê assistência a ela – determina o outro.

O blog não conseguiu identificar quem é quem nas conversas.

De acordo com o blog de Gilberto Léda, a Polícia Federal incluiu os deputados maranhenses Luciano Leitoa (PSB), Marcos Caldas (PRB) e Carlos Filho (PV) nas investigações sobre a morte da garota de programa.

Há nos autos do inquérito ligações dela para os parlamentares.

A PF deixa claro não haver qualquer ligação dos deputados maranhenses com o assassinato de Fernana Lages.

A ligação deles na investigação se dá pelo fato de terem contatado Fernanda, em um momento ou outro, “para festinhas em Teresina”.

De qualquer forma, é uma dor de cabeça para os parlamentares…

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Os 18 salários dos deputados maranhenses…

Deputados receberam, desde sempre, 18 salários

A Assembléia Legislativa deve se adequar, por imposição da Constituição, às regras da Câmara Federal – sobretudo quanto ao subsídio dos parlamentares.

São estas imposições que estabelecem, por exemplo, o subsídio equivalente a75% do valor recebido na Câmara.

Esta adequação garante também que um deputado receba dois salários há mais, além dos pagos mensalmente, a título de ajuda de custo – um na abertura dos trabalhos e outro no fechamento de cada ano legislativo.

É assim na Câmara Federal e, por isso, deveria ser assim na Assembléia.

Mas a Assembléia maranhense resolveu “pagar” a cada deputado o equivalente a 2,5 salários logo na abertura dos trabalhos e outros 2,5 salários no fechamento do ano, totalizando cinco salários a mais a cada ano.

Por que a Assembléia resolveu se “desadequar” da Câmara pagando a deputados o que a Câmara não paga?

Se os deputados resolveram readequar a Casa às regras da Câmara, a partir de agora – como anunciou hoje o seu presidente, Arnaldo Melo (PMDB) – vão devolver o que receberam a mais neste tempo todo?

E o deputado Bira do Pindaré (PT), que, segundo Melo, ameaçou fazer discurso denunciando a história,  vai devolver o que recebeu em 2011, seu primeiro ano de mandato?

Perguntas que aguardam respostas…