Sem apoio do poder público, sem nenhum aparelho estatal preparado para ações de proteção, voluntários que se aventuram na tentativa de garantir qualidade de vida a esses seres sofrem o descaso e a ridicularização do próprio semelhante
Desde que surgiu, em setembro de 2016, o blog Marco Aurélio D’Eça assumiu a causa que já fazia parte do cotidiano do seu titular: a defesa dos direitos plenos dos animais. (Relembre aqui, aqui, aqui e aqui)
Passados quase 15 anos, a percepção é de que a luta é inglória.
Não há nenhuma ação do poder público que valorize esta causa; não há nenhum equipamento público que posa garantir vida plena a animais desgarrados e abandonados.
Falta, por exemplo, um centro público de castração animal, o que garantiria qualidade de vida a cães e gatos e diminuiria a população de rua. Alguns parlamentares até destinaram emendas e recursos para a viabilização deste equipamento, mas o dinheiro se perdeu na burocracia e na corrupção estatal.
Os poucos voluntários que se aventuram na missão de dar direitos aos animais, são ridicularizados pelos próprios agentes públicos.
Um exemplo é a Delegacia do Meio Ambiente. (Entenda aqui)
O único período em que o setor destinado à proteção animal funcionou plenamente foi quando o titular era o delegado Sebastião Uchôa, ele próprio um defensor dos animais. Desde que Uchôa deixou a delegacia, no entanto, a especializada se transformou em uma espécie de mero cartório para licenças e autorizações.
No mundo moderno, a civilização que não respeita seus animais não evoluiu no conceito de civilização; e os dias sombrios em que vivemos, torna ainda mais incerto o futuro desta causa.
Mas, ainda assim, desistir jamais…
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