Cada vez que se cogita reabrir o assassinato do jornalista, um grupo formado por gente de vários segmentos parte pra cima dos setores responsáveis como se gritassem, em uníssono: “deixem tudo como está!!!”
Este blog diz desde 2012 que parece haver um pacto sombrio entre a mídia, setores da polícia, Ministério Público e Judiciário para deixar o assassinato do jornalista Décio Sá exatamente como está.
E agora, que a Secretaria de Segurança Pública decidiu reabrir o caso, este grupo voltou a gritar com força para que nada seja tirado do lugar.
Mas a quem interessa o abafa no caso Décio?!?
Porquê não se pode abrir a mínima possibilidade de que haja outras nuances?!?
O assassinato do jornalista ficou cercado por obscuridades desde o início das investigações, mas parece que todos os segmentos sociais – imprensa, judiciário, Ministério Público, igreja e até familiares da vítima – preferem que a coisa continue como está.
Mas há diversas perguntas sem respostas no caso.
Algumas delas:
1 – Quem ligou para o então vereador Fábio Câmara, pouco antes da morte de Décio, querendo saber onde se encontrava o jornalista?
2 – Quem eram os empresários presentes, às vésperas do assassinato, em uma farra no extinto empório Grand Cru com a presença dos indiciados Júnior Bolinha e Fábio Capita?
3 – Quem foi o oficial da Polícia Militar que apontou uma arma para o empresário Alessandro Martins, na garagem do edifício Two Towers e levou seu carro?
4 – Que fim levou o criminoso Valdêmio, delator do esquema montado para matar Décio e que, supostamente, foi assassinado em uma casa na Raposa?
5 – Qual o nível de envolvimento do ex-secretário e hoje deputado Raimundo Cutrim com os acusados de serem mandantes, com o próprio Décio e com a morte do jornalista?
Só por estas respostas já se justificaria a abertura do caso Décio, cercado por dezenas de outras obscuridades.
É impressionante como os segmentos sociais envolvidos parecem querer continuar no escuro.
Mas este blog vai continuar exigindo respostas.
A menos que também seja calado por estes atores sociais.
Simples assim…