PDT corre risco de esvaziamento em 2024…

Partido que protagonizou as eleições em São Luís entre 1988 e 2020 entrou em processo de autofagia desde o resultado das eleições de 2022 – por falta de projeto eleitoral e posicionamento político – e pode ter sua bancada reduzida na Câmara Municipal antes mesmo do início da campanha municipal

 

A forte campanha de 2022 deixou frustrados tanto Weverton quanto o PDT, que aprecem não conseguir reencontrar o rumo político

Análise da notícia

Sem perspectiva majoritária para as eleições municipais e sem um rumo político definido, o PDT corre o risco de desaparecer da Câmara Municipal antes mesmo do início da campanha de 2024.

Em 2023 o PDT completa 35 anos de protagonismo absoluto nas eleições da capital maranhense, desde a época de Jackson Lago, quando tinha um projeto político-ideológico claro no estado; mas em 2024 deve estar fora de qualquer debate majoritário.

A imprensa política vem tratando nos últimos dias da ameaça de debandada de vereadores, suplentes de vereadores e pré-candidatos à Câmara Municipal por falta de consistência na chapa que pretende disputar o pleito do ano que vem. (Leia aqui e aqui)

Histórico no partido, o ex-vereador Ivaldo Rodrigues já anunciou filiação ao PSDB; outro ex-vereador, Fábio Câmara, também não pretende concorrer às eleições pela legenda.

Hoje, a bancada do PDT está restrita aos vereadores Pavão Filho, Nato Júnior e Raimundo Penha; os dois primeiros também podem deixar o partido na janela partidária de abril para tentar salvar a reeleição. Embora continue filiado, Penha já está integralmente envolvido na campanha do colega Paulo Victor, que se filia nesta sexta-feira, ao PSDB.

Acéfalo desde que perdeu as eleições de 2022, o PDT não se reúne e não discute o processo eleitoral na capital maranhense.

Dirigente maior do partido, o senador Weverton Rocha está em compasso de espera por que aposta suas fichas em um rompimento entre o ministro Flávio Dino e o governador Carlos Brandão (ambos do PSB), na ilusão de estar na chapa do ex-comunista em 2026.

Sem essa garantia, o PDT vai vendo o tempo passar, com um forte processo de autofagia entre as lideranças; nomes como o ex-presidente da Famem, Erlânio Xavier, e o deputado Glalbert Cutrim mostram claro afastamento de Weverton, segundo revelara a mídia de São Luís. (Saiba mais aqui e aqui)   

Internamente, as lideranças históricas reclamam da falta de diálogo e debates nos diretórios; e da falta de um projeto claro de poder discutido com a militância, sobretudo em São Luís.

Sem força na capital, os olhos do senador-presidente têm se voltado para o interior, onde fortalece prefeitos e pré-candidatos a prefeito com articulação de emendas e recursos.

É a partir do interior que ele pretende retomar o protagonismo perdido a partir de 2022…

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Ricardo Murad 2018…

Ao anunciar sua disposição na disputa pela prefeitura de São Luís, a deputada Andrea Murad fez questão de ressaltar, no discurso, o projeto do ex-secretário de Saúde

 

Andrea e Ricardo: projeto para o contraponto ao sistema comunista

Andrea e Ricardo: projeto para o contraponto ao sistema comunista

Um dos pontos mais significativos da declaração da deputada Andrea Murad (PMDB) sobre o interesse em disputar a Prefeitura de São Luís, envolveu o ex-secretário Ricardo Murad.

Veja o trecho da fala de Andrea:

– Tem muita gente esperando uma definição do meu pai. Ele me disse recentemente que prefere o desafio do governo e que irá disputar a eleição com Flávio Dino em 2018, por isso passou a incentivar a minha possibilidade de ser candidata (…) – ressaltou a parlamentar, logo no início de sua fala.

Está claro, portanto, que Ricardo Murad é, desde já, candidato a governador do Maranhão, em 2018.

Ele é a primeira liderança do chamado grupo Sarney, desde o resultado das eleições de 2014, a fazer essa manifestação pública, ainda que de forma indireta.

Aliás, o ex-secretário tem sido a única das lideranças históricas do grupo Sarney a se manter no embate conta o sistema comunista implantado por Flávio Dino.

E a tendência é que este embate se intensifique nos próximos anos.

Murad sabe da batalha que será o contraponto ao governador Flávio Dino (PCdoB), hoje no controle da máquina pública e disposto a tudo para manter seu projeto de poder.

De uma forma ou de outra, a eleição de 2016 também será o primeiro round do projeto de Ricardo.

É aguardar e conferir…