Pesquisa DataIlha confirma aquilo que já se percebia empiricamente nas ruas: um maior volume de campanha dos candidatos do DEM e do PCdoB, combinado com a incapacidade do republicano de ampliar seus votos; perda de pontos do líder é natural do processo
Rubens Júnior e Neto Evangelista parecem ter potencial para crescimento nas pesquisas, a ponto de disputarem o segundo turno
Análise de conjuntura
A pequisa do Instituto DataIlha, divulgada nesta quarta-feira, 21, pela TV Band, confirmou três pontos principais já observados nas ruas das campanha eleitoral em São Luís.
1 – o líder da disputa, Eduardo Braide (Podemos), que começou com 60% das intenções de votos, definhou e está agora com 39%, perda natural em um processo acirrado como o de agora;
2 – os candidatos Neto Evangelista (DEM) e Rubens Júnior (PCdoB) apresentam forte tendência de crescimento, resultado direto do maior volume de campanha e da estrutura que reúnem em torno de si – e estão na briga pelo segundo turno;
3 – Duarte Júnior (Republicano) mantém o mesmo patamar de votos da pré-campanha, sinal de que nem mesmo os apoios que viabilizou – como o vice-governador Carlos Brandão (PRB) e o deputado Josimar de Maranhãozinho (PL) – ampliaram sua base eleitoral, praticamente a mesma da eleição de deputado estadual.
É preciso esperar que a tendência apresentada pelo DataIlha se confirme nas demais pesquisas que estão anunciadas para esta semana; mas os números desta quarta-feira refletem o que se percebe nas ruas e na TV.
Apesar da euforia de aliados e setores da imprensa que torcem por Braide, é pouco provável que ele decida a eleição em primeiro turno, situação que já havia sido apontada, inclusive, no blog Marco Aurélio D’Eça.
Neste contexto, o mais natural no processo é que Neto Evangelista, ou mesmo Rubens Júnior, ganhem musculatura – como de fato estão ganhando – diante do maior volume que têm na campanha, com maior capilaridade no entorno de São Luís.
Duarte Júnior parece ter chegado ao seu teto eleitoral há meses; e nem o apoio de Josimar o faz superar este patamar, o mesmo da campanha de 2018
Duarte, por sua vez, mostra que tem uma base consolidada de votos, mas não consegue outros segmentos capazes de levá-lo ao segundo turno; isso pode ser resultado da falta de relação com a classe política, o que foi demonstrado desde o primeiro dia de seu mandato na Assembleia Legislativa.
O risco maior para o candidato republicano é se este percentual – que se repete ao longo de todo o último ano – já seja o seu teto; se for, não tem mais para onde ele subir e a tendência é definhar.
Talvez até por isso, os aliados de Braide torcem por Duarte no segundo turno, uma vez que ele, dificilmente, conseguirá agregar todos os votos dos demais candidatos que ficarem pelo caminho.
Diferentemente do que pode ocorrer caso Neto ou Rubens cheguem ao segundo turno.
Simples assim…
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