Força policial vinculada ao Ministério da Justiça atuou ao lado do Gaeco, do Ministério Público e da Polícia Civil maranhenses em operação não usual no estado, envolvendo vereadores, ex-vereadores e ex-secretários da Prefeitura de São Luís
Análise da Notícia
A curiosa presença de policiais rodoviários federais durante operação do Gaeco e da Polícia Civil na Câmara Municipal de São Luís e em endereços ligado a quatro vereadores, um ex-vereador e ex-secretários municipais chamou a atenção do blog Marco Aurélio d’Eça nesta quinta-feira, 10.
Não há registros na história recente de operações deste tipo em que a força policial ligada ao Ministério da Justiça tenha estado presente.
Ao longo de 30 anos de cobertura jornalística o blog Marco Aurélio d’Eça presenciou, eventualmente, a Polícia Federal em parceria com as forças policiais estaduais, mas nunca a PRF.
Ligada ao Ministério da Justiça, a PRF precisa de autorização de Brasília para atuar em casos estaduais, mediante farta documentação escrita e pedido formal das forças de segurança.
A operação desta quinta-feira envolveu quatro vereadores, um ex-vereador e um ex-secretário da Prefeitura de São Luís; os recursos investigados são oriundos de emendas parlamentares liberados através do setor de cultura municipal.
Mas acabou repercutindo, de uma forma ou de outra, na pré-campanha de pelo menos quatro pré-candidatos a prefeito de São Luís: o atual presidente da Câmara, vereador Paulo Victor (PSDB), colega dos vereadores investigados; o atual prefeito Eduardo Braide (PSD), cuja Secretaria de Cultura teve que emitir nota explicando-se; o deputado estadual Neto Ev angelsita (União Brasil), titular da Sedes na criação do programa “Mais Renda”; e o ex-prefeito Edivaldo Júnior (sem partido), cuja gestão abrigou o ex-titular da Secult investigado;
Não há nos documentos do Ministério Público, da Polícia Civil e nem da própria PRF – muito menos em seus sites -a explicação para a presença desta força na ação.
E a presença de uma das forças do Ministério da Justiça na operação é sinal de que há algo bem maior por trás.
Mas precisa ser dito com a mesma transparência que exigiram dos investigados…