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“Já dá para saber que não adianta insistir”, diz Joaquim sobre Ester…

Membro da Academia Maranhense de Letras e ativo produtor cultural,  ex-deputado argumenta, em artigo, que o governador Flávio Dino só mantém a secretária de Cultura para não se dobrar às críticas

 

Ester Marques e Joaquim Haickel: amigos em rota de colisão

Ester Marques e Joaquim Haickel: amigos em rota de colisão

O ex-deputado Joaquim Haickel ironizou nesta quarta-feira, 29 – em artigo publicado no jornal O EstadoMaranhão – a performance da secretária Ester Marques à frente da Cultura no estado.

Ao comentar os diversos equívocos protagonizados pela professora-doutora, Haickel ponderou que o governador Flávio Dino (PCdoB)  só insiste em mantê-la no cargo para não se dobrar à “mídia sarneysista”. 

Para o intelectual da Academia Maranhense de Letras, no entanto, Ester Marques já deu.

– Sei que ficaria ruim para o governo substituir um secretário com menos de três meses de administração, mas com sete, já dá para saber que não adianta insistir –  disse o ex-secretário de Esportes.

Declarando-se um amigo decepcionado de Ester Marques, Joaquim Haickel repete o argumento comum entre as pessoas ligadas à Cultura, de que falta à professora-doutora a sensibilidade e o conhecimento mínimo das questões legais envolvendo a pasta.

Segundo Haickel, a professora-doutora chegou a desdenhar da lei que ela mesma ajudou a conceber.

– A própria secretária indagada sobre a Lei de Incentivo a Cultura, disse a um grupo de produtores culturais que a lei era muito ruim e que precisava ser mudada, quando disseram a ela que ela mesma fez parte da comissão responsável pela seleção dos projetos, durante três anos, ela desconversou e deu mais uma desculpa esfarrapada – destacou o acadêmico.

Leia aqui a íntegra do artigo de Joaquim Haickel…

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Ninguém aguenta mais…

esterSemana passada, durante um ato do governo, manifestantes pediram, mais uma vez, a saída da secretária de Cultura, Ester Marques, que a classe artística vê como arrogante e despreparada.

ester2As manifestações contra a secretária ganharam as ruas e as redes sociais. E hoje está previsto mais um ato público contra ela, a partir das 15h na Fonte do Ribeirão. os manifestantes vestirão luto pela destruição da cultura maranhense no governo Flávio Dino, que insiste na manutenção de Ester Marques.

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Ester Marques dando adeus à Cultura…

Ester Marques: o governador até gosta dela, mas ela é que não gosta de ninguém...

Ester Marques: o governador até gosta dela, mas ela é que não gosta de ninguém…

O governador Flávio Dino (PCdoB) pode até mudar de ideia nas próximas semanas – até para não mostrar que seu governo tem falhas.

Mas a secretária de Cultura, Ester Marques, está fora dos planos do governador.

Para a pasta já existe até nome definido, que deve ser anunciado nos próximos dias.

Ester falhou na Cultura em todos os aspectos: brigou com quase todos os auxiliares, perseguiu funcionários e fez uma gestão pífia do Carnaval e do São João. 

Sua saída deve ser anunciada de forma a amenizar o trauma da queda.

Haverá outras quedas no governo.

Mas esta é uma outra história…

Noite de poesia e homenagens no Teatro João do Vale…

O grupo Cultuar: poesia e performance

Joberval, Oberdan, Rosana, Régis, Novaes, Zé Raimundo, Carol e Wanda, o grupo Cultuar: performance

Acontece hoje no Teatro João do Vale, no Centro Histórico,  o primeiro sarau “Moinhos da Memória”, a partir das 19h30.

O evento é realizado pela Cultuar (Companhia de Cultura e Arte do Maranhão), e fará homenagem ao poeta Carlos Cunha.

Além de muita poesia, haverá música e ate na mesma medida.Nas declamações, presença dos poetas Régis Furtado, José Raimundo Gonçalves, Wanda Cunha, Fernando Novaes e Joberval Bertoldo. A música ficará por conta os cantores Espirro, Oberdan Oliveira, Rogeryo Du Maranhão, Rosana Furtado, Thony Neto e Carol Cunha, neta do homenageado. E ainda haverá performances com os atores Josimael Caldas e Rossana Cunha. 

Atuando como entidade sem fins lucrativos, a Cultuar tem por finalidade apoiar e desenvolver ações para divulgar e incentivar toda e qualquer manifestação de cultura e arte nascida no Maranhão

O diferente neste sarau é a forma de desenvolvimento.

Durante todo o evento, haverá pinceladas de declamações de poesias, cantos e performances, de forma aleatória.

– Nosso trabalho é dividido em três quadros e é um momento bastante atrativo para a contemplação das artes – reflete Fernando Novaes, um dos participantes.

Os ingressos estão à venda na loja Ponto Branco, do Renascença, ao preço de R$ 20,00.

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O São João de Olga Simão…

Olga, da Sectec para a Cultura: peixe-fora-d'água

A secretária Olga Simão assume o comando da Secretaria de Cultura em um dos momentos cruciais da pasta – o início das discussões para os fetejos juninos, ponto forte da cultura maranhense.

Olga chega ao posto pelo fato de ser gente de confiança da governadora Roseana Sarney (PMDB).

Mas só isso não basta para tocar projeto tão importante.

Não se questiona aqui a correção pessoal e a lealdade da secretária, mas não se pode negar sua absoluta desambientação no setor cultural do estado.

Aliás, desde que deixou a secretaria particular de Roseana, Olga Simão virou “peixe-fora-d’água” em todas as pastas por onde passou.

Foi assim na Secretaria de Educação e, sobretudo, na de Ciência e Tecnologia.

Ouve-se que Olga recebe de Roseana missões específicas para cada setor por onde passa. Seria uma espécie de auditora pessoal da governadora.

Proposta interessante, mas a perda de tempo com estas “investigações” só atrasa ainda mais o desenvolvimento da gestão.

Além do mais, a adjunta da Cultura, Marlildes Mendonça, é uma auditora de carreira do próprio estado, que poderia muito bem se incumbir da missão proposta.

Obviamente que ninguém precisa entender tecnicamente de comunicação, de Saúde ou de Educação, por exemplo, para ser secretário destes setores, assim como na Cultura.

Mas a eficiência de gestão é fundamental em qualquer área…

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Zelinda Lima e Marlildes Mendonça são cotadas para a Cultura…

A pesquisadora cultural Zelinda Lima e a atual adjunta da pasta, Marlildes Mendonça,são o nomes cotados até agora para substituir Luís Bulcão na Secretaria de Cultura.

O secretário vai deixar o cargo para disputar vaga na Câmara Municipal de São Luís.

Zelinda, pesquisadora com anos de estudos no Maranhão

Zelinda Lima desenvolve trabalhos nas áreas de culinária, azulejaria e folclore maranhense, sendo reconhecida no mundo inteiro.

Alta funcionária pública, Marlildes Mendonça desenvolve trabalhos na área de pesquisa cultural nos municípios. Já foi também secretaria de Desenvolvimento Social e Controladora-Geral do Estado.

Marlildes já atua na Secretaria de Cultura e é uma das principais técnicas do governo

A governadora Roseana Sarney quer fortalecer a pasta, com a diversificação do setor, focado apenas em São João e Carnaval no período em que esteve sob o comando do atual secretário.

A dfinição do novo secretário deverá ocorrer quando a governadora retornar dos Estados Unidos.

 

 

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A levada pop de Mano Borges…

Mano em ação, no projeto carnavalesco "Manobloco".

Em meio ao estilo folclorizado das músicas maranhenses, o cantor e compositor Mano Borges se destaca com sua levada pop e seu estilo contemporâneo. Ele é uma das atrações de hoje da Vila Junina, no São Luís Shopping.

Mano Borges é um dos melhores cantores maranhenses – senão o melhor.

Mantém o estilo característimo da MPM, mas inclui pitadas de sonoridade da Word Music, o que dá as suas músicas um estilo sofisticado, cosmopolita.

A belíssima “Você é Tudo”, por exemplo, não deixa nada a desejar em comparação com sucessos nacionais de Djavan, Lulu Santos e Samuel Rosa, só para citar alguns exemplos.

A canção, inclusive, é cogitada para ser incluída em dicos de artistas baianos.

um dos trabalhos discográficos de Mano Borges

Letrado, culto, mais do que um cantor maranhense, Mano Borges é um artista pop – no estilo musical, nas letras, nos arranjos e no visual.

Qualquer uma de suas músicas caberia perfeitamente em trilhas sonoras de novelas.

Desde as mais antigas, como Bangladesh, que caberia, por exemplo, na trilha de “Caminho das Índias”, recente sucesso da Globo, até as mais novas, como “Fácil de entender” ou “Os Nós”.

Eclético, Borges se reinventa a cada carnaval, a cada São João, mantendo um estilo próprio e adequado para cada época do ano no Maranhão.

Com a veia pop dos grandes artistas nacionais… 

Conheça aqui a discografia de Mano Borges  

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A cultura do Futebol…

Todo domingo, o programa “Fantástico”, da Rede Globo, tem um quadro que homenageia o cancioneiro brasileiro por meio do jogadores de futebol profissional do país.

Quem faz três gols em uma partida tem direito a pedir música, que é tocada durante a sessão “Gols do Fantástico”, apresentado por Tadeu Schmidt.

O festival de canções também revela um pouco da cultura musical brasileira. Os jogadores representam, em certa medida, a capacidade musical que tem o povo que habita o país.

Em sua maioria, as músicas pedidas vão do Pseudo-forró eletrônico ao Pagode, passando pelo Sertanejo Universitário (?), pelo breguérrimo Arrocha, pelo Axé e pelas histriônicas canções religiosas – católicas ou evangélicas.

Nada se vê de um Chico Buarque, um Milton Nascimento, um Gonzaguinha; nada se vê de um pop-rock do Legião Urbana, dos Paralamas ou do Capital Inicial. Ou mesmo as  chatinhas MPB de Adriana Calcanhoto, Maria Gadú e companhia.

Pop internacional – como U2 e Radiohead – ou clássicos como Guns i’n Roses, Queen e outros, nem pensar!

O gosto musical também revela o nível cultural e social do indivíduo.

Ninguém vê, em praias nos fins de semana, em portas de bar ou postos de gasolina um indivíduo com seu carro abarrotado de auto-falantes tocando um… Caetano Veloso, por exemplo!

É só o batidão do funk, a deseducação do Aviões do Forró & Cia ou a poluição sonora do pagode paulista.

E o futebol reflete isso.

São, em sua maioria, garotos pobres, com muito talento para o esporte e nenhum cérebro.

Que convivem em comunidades pobres, em meio aos “rebolations” e “quero não, posso não” da vida. Que deixam de estudar para se dedicar ao que pode mudar sua vida, levando mundo a fora a carga cultural apreendida.

Quando vencem, estes garotos passam a formar a elite econômica do país.

Embora sem formação cultural básica, falam até três ou quatro idiomas, têm milhões de dólares na conta bancária, mansões nas metropóles e espaço nos programas com maior audiência.

Formadores de opinião, passam a exibir seu gosto pessoal nestes espaços.

E influenciam quanto ao jeito de vestir, de falar  e quanto ao gosto musical, abrindo espaços para estes tipos musicais e formando outras gerações de brasileiros.

E o círculo vicioso da música descartável continua.

Em horário nobre…