Presidente brasileiro mostrou-se claramente crítico em relação ao Irã, chamou o general morto de terrorista e disse que está pronto para apoiar qualquer medida contra o terrorismo no mundo, ignorando que a ação americana foi apenas um ato de vingança
Previsível, o presidente Jair Bolsonaro saiu em defesa do Estados Unidos na tensão internacional gerada pela morte do general iraniano Qasem Soleimani, em um atentado no aeroporto de Bagdah, no Iraque.
Bolsonaro não disse nada além do que se esperava dele.
– Nós sabemos a posição do Irã perante o mundo, o que os árabes pensam a respeito do Irã e como o abandono de apoio ao Irã vem acontecendo ao longo dos anos. Não podemos concordar em grande parte com o que acontece lá – ressaltou o presidente, ignorando totalmente os motivos que levaram ao ataque americano. (Leia mais aqui)
Segundo as agências internacionais, Soleimani foi morto como vingança pela invasão de manifestantes à Embaixada dos EUA no Iraque, que teria sido aprovada pelo general.
Mas para Bolsonaro, Suleimani era um terrorista.
– A vida pregressa dele (Suleimani) era voltada em grande parte para o terrorismo. Nossa posição aqui no Brasil é bem simples, tudo que pudermos fazer para combater o terrorismo, nós faremos – afirmou.
Ao contrário do que imagina a mente brilhante de Bolsonaro, Soleimani era, segundo a rede inglesa BBC, um dos mais populares generais do Irã, visto como herói nacional no Irã e respeitado internacionalmente pela luta contra o Estado Islâmico, o mesmo que os americanos dizem combater.
A morte do general causou um clima de tensão não apenas no Oriente Médio, mas em todo o mundo.
Isso, no entanto, é distante do alcance intelectual do ora presidente brasileiro…