Cotado para vice, secretário de Braide publica estranha mensagem-desabafo…

Tido como homem-forte da gestão do prefeito de São Luís, Davi Col Debella – titular da pasta de obras – ensina que “ver pessoas como descartáveis é o fracasso de uma equipe de elite”, o que sugere mais um climão no corpo de auxiliares da prefeitura

 

Braide chegou a vislumbrar Col Debella como possível vice, mas parece que o titular da Semosp já não reza em sua cartilha

O secretário municipal de Obras e Serviços Públicos Davi Col Debella publicou nesta segunda-feira, 6, uma enigmática mensagem nas redes sociais que sugere relação azedada com o prefeito Eduardo Braide (PSD).

Cada pessoa entrega resultados de maneira única e exclusiva. Crer que as pessoas são descartáveis é a receita para o fracasso na composição de uma equipe de elite”, desabafou Col Debella.

Curiosamente, a mensagem do titular da Semosp ocorre em meio ao desgaste de Braide com obras mal desenvolvidas e cheias de polêmica, como a da igreja São Sebastião, no Anil, a do retorno do Calhau e a desnecessária obra de um centro de cidadania no cronicamente alagado bairro do Coroado.

Tido como homem-forte da gestão do prefeito de São Luís, Davi Col Debella chegou, inclusive, a ser cotado como possível companheiro de chapa de Braide nas eleições de outubro, como este blog Marco Aurélio d’Eça mostrou no post “Com 2026 no radar, Braide quer vice próprio…”.

Ninguém é substituível! Não existirá outro Ayrton Senna, Steve Jobs ou encarregado Francisco”, afirmou o secretário.

A expectativa diante da postagem é que o titular da Semosp tenha o mesmo destino de outros auxiliares de Braide, como Igor Almeida (Comunicação), Marquinho Duailibe (Cultura) e Liviomar Macatrão (Semapa). (Entenda aqui, aqui e aqui)

É aguardar e conferir…

“Vim apagar um incêndio”, diz Camarão, ao chegar à Assembleia…

Um dia depois do lançamento da candidatura do deputado Carlos Lula ao TCE-MA – com questionamentos sobre as regras do rito de escolha na Casa – vice-governador reúne-se com a presidente Iracema Vale para tentar apaziguar os ânimos na base do governo Carlos Brandão

 

Felipe Camarão tem a missão de apaziguar “ex-dinistas” na Assembleia Legislativa, que fazem parte do seu próprio grupo político

O vice-governador Felipe Camarão (PT) apareceu nesta quarta-feira, 28, na Assembleia Legislativa; e foi direto ao ponto, ao ser questionado por jornalistas sobre sua visita:

– Vim apagar um incêndio – afirmou.

Embora não tenha dado detalhes sobre o “incêndio”, está claro que a missão do vice petista é aparar as arestas criadas pelo lançamento da candidatura do deputado Carlos Lula ao Tribunal de Contas do Estado, o que pode atrapalhar os planos do governador Carlos Brandão (PSB), de eleger o advogado Flávio Costa.

Além de lançar-se candidato, Lula também questionou as regras de escolha do conselheiro do TCE-MA e ameaçou entrar na justiça alegando a inconstitucionalidade dela.

Lula faz parte do grupo mais próximo a Camarão no governo Brandão; ambos são remanescentes do chamado grupo de ex-dinistas, que tem ainda Rodrigo Lago e Othelino Neto (ambos do PCdoB), os principais questionadores da onipresença do governo na  Assembleia.

A missão do vice-governador é apaziguar os ânimos da turma ex-dinista, já que, com a ida de Flávio Dino para o Supremo tribunal Federal, ele passou a ser o líder e uma espécie de tutor deste grupo no governo. 

Felipe Camarão está com Iracema Vale desde as 9h30 desta quarta-feira, 28…

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Convenção de Brandão terá que dividir atenção com a de Edivaldo Júnior…

Aliados do governador-tampão no Palácio dos Leões ainda tentaram esvaziar a candidatura do ex-prefeito de São Luís, mas terão que conviver na capital maranhense com a oficialização do adversário, um dia depois de ver Weverton Rocha botar mais de 50 mil pessoas no Nhozinho Santos

 

Mero retrato nas mãos de Flávio Dino, Brandão tenta sair da condição de poste para tentar mudar o clima de divisão e de derrota em sua campanha no dia da convenção

Não será fácil a vida do governador-tampão Carlos Brandão (PSB) na convenção que oficializará sua candidatura a reeleição, neste sábado, 30.

Além de estar pressionado pela megaconvenção do senador  Weverton Rocha – que botou mais de 50 mil pessoas no Nhozinho Santos – Brandão ainda terá que dividir atenção com o ex-prefeito de São Luís, Edivaldo Júnior (PSD), também com convenção no mesmo dia.

Em clima de divisão por interesses de grupos por espaços de poder na chapa principal dele e de Flávio Dino (PSB), seu candidato a senador, Brandão chega à convenção com o risco de começar a perder aliados, caso não consiga responder à altura, hoje, ao que foi feito pelo principal adversário na noite anterior.

Além da estrutura da máquina comandada pelo Palácio dos Leões, o governador-tampão chega à convenção com apoio do grupo de Flávio Dino e do grupo Sarney, “ressuscitado” por ele e por Flávio, após derrotá-lo em 2014 e 2018.

Mas enfrenta o desgaste exatamente por esta aliança e pela falta de resposta às questões históricas do Maranhão, como a pobreza extrema e a falta de projetos de geração de emprego e renda. 

Com tudo isso, o tampão aposta exatamente na máquina do governo para tentar reverter o clima de derrota.

E alcançar ao menos o segundo turno…

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Sem pulso, Brandão enfrenta crises sucessivas entre sua base e secretários

Em menos de 30 dias no posto, governador-tampão viu estourar confusões com secretários e ex-secretários e com os deputados Duarte Junior, Márcio Jerry, Rubens Pereira Junior, Zé Inácio e Dr Yglesio; em todas, um personagem se destaca: o chefe da Comunicação Ricardo Capelli, homem de confiança de Flávio Dino que controla aliados, imprensa e o próprio inquilino do Palácio dos Leões

 

Homem de confiança de Dino, Capelli controla a imprensa alinhada – dinista e sarneysista – enquadra deputados e secretários e tenta se impor sobre o próprio Brandão, gerando crise atrás de crise

Análise da notícia

Em apenas 25 dias de mandato, o governador-tampão Carlos Brandao (PSB) já experimentou crises em sua base envolvendo os deputados Duarte Junior (PSB), Zé Inácio (PT), Rubens Pereira Junior (PT) e Dr. Yglésio (PSB), além da polêmica de supostas demissões em Imperatriz, envolvendo o chefe da Casa Civil, Sebastião Madeira, e aliados do deputado Márcio Jerry (PCdoB).

Duarte encarnou duas crises: a primeira quando chegou a procurar dirigentes partidários para trocar de partido, insatisfeito por não ter sido atendido em seus pleitos; depois, criticou duramente a bancada federal, sendo respondido por Márcio Jerry e obrigado a se retratar publicamente.

Pouco tempo depois surge o petista Zé Inácio anunciando-se pré-candidato a vice pelo PT, desafiando a autoridade do ex-governador Flávio Dino (PSB) – que impôs o nome de Felipe Camarão (PT) – e e abrindo mais um racha na já rachada base petista.

Rubens Júnior foi alvo de desgaste após ter curtido uma ironia contra o governo Dino/Brandão feita pelo oposicionista Edilázio Júnior (PSD) nas redes sociais.

Por último, veio o Dr. Yglésio, que partiu pra cima do governo cobrando recursos do futebol e acusando diretamente secretários por perseguição.

E a lista e tretas governistas no já enfraquecido governo-tampão nem precisa incluir a indireta pública do ex-secretário Rodrigo Lago, que mostrou insatisfação após não ter conseguido emplacar prepostos na Secretária de Agricultura Familiar. 

No meio ou por trás de praticamente todas essas crises uma figura se destaca: o secretário de Comunicação Ricardo Capelli, ele próprio já envolvido em disputa interna com o chefe da comunicação de campanha de tampão, o sarneysista Sérgio Macedo.

Mantido no cargo por imposição do ex-governador Flávio Dino, o carioca Capelli praticamente comanda o governo: mantém com mão de ferro a relação com a imprensa alinhada ao Palácio dos Leões – dinista e sarneysista – enquadra deputados e outros secretários e tenta influenciar na própria comunicação de campanha.

Homem de confiança de Dino, Capelli tenta se impor sobre o próprio governador-tampão, que se sustenta na resistência dos aliados do palácio, gerando mais crises internas.

O resultado de todo esse imbróglio é um governador fraco, sem pulso e sem comando do próprio governo.

E ele só tem mais 65 dias de governo efetivo, até se tornar candidato.

Se é fraco como governador, como será na pele de candidato?!?

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Brandão demite aliados de Flávio e Jerry em Imperatriz e militância culpa Madeira

Crise nos bastidores do governo-tampão no segundo maior colégio eleitoral do estado se dá pela histórica relação de guerra dos partidos do campo progressista com o ex-prefeito da cidade, tucano que hoje comanda a Casa Civil

 

Madeira é apontado como responsável pelo corte nas posições de Adonilson (sentado à direita do ex-prefeito), aliado de Márcio Jerry

A demissão de gente ligada ao ex-governador Flávio Dino (PSB), ao deputado federal Márcio Jerry (PCdoB), ao PT e outros partidos do campo progressista, tem gerado uma nova crise nos bastidores do governo-tampão de Carlos Brandão (PSB).

Os cortes nas estruturas do estado na região tocantina são apontados como uma ação do chefe da Casa Civil, Sebastião Madeira (PSDB), que sempre sofreu oposição do PT, do PCdoB e do PSB em Imperatriz.

Ex-prefeito da cidade, Madeira é hoje o chefe da Casa Civil do governo Brandão, responsável pelo comando da máquina do estado.

Os cortes teriam atingido diretamente posições do professor Adonilson Lima (PCdoB), ligado diretamente a Márcio Jerry; outros cortes atingiram outros membros do PCdoB e do PT.

As demissões promovidas pelo governo Brandão estão ocorrendo também em diversos municípios, o que acaba sendo usado por adversários locais e criando clima de instabilidade política no Palácio dos Leões.

Brandão tenta se livrar da imagem de “poste” de Flávio Dino, nomeando homens de confiança no governo; mas acaba por chamar gente da antiga elite política tradicional, o que gera insatisfação nos setores do campo progressista.

E ele só tem mais 70 dias para ajustar sua gestão antes da campanha…

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Brandão promete a mesma pasta a vários e gera crise entre aliados

Deputados Fábio Macedo, Duarte Júnior e Pedro Lucas, além do irmão da senadora Eliziane Gama, Eliel Gama, tinham espaços garantidos no futuro governo pelo vice-governador, que agora negocia com novos apoiadores de última hora

 

Para construir base eleitoral a qualquer custo, Brandão oferece o mesmo cargo a mais de um apoiador, o que tem provocado desgaste entre aliados

A tentativa de consolidar sua base eleitoral tem levado o vice-governador Carlos Brandão (ainda no PSDB) a gerar crises entre aliados por causa de espaços no futuro governo, que começa dia 2 de abril.

Já manifestaram insatisfação com as múltiplas negociações de Brandão o deputado federal Pedro Lucas Fernandes (União Brasil) e os estaduais Fábio Macedo (PROS) e Duarte Júnior (PSB).

Segundo apurou o blog Marco Aurélio D’Eça, o problema ocorre por que Brandão – para criar artificialmente uma base de apoio – tem loteado o governo prometendo a mesma pasta a dois ou até três pretensos apoiadores, o que gera o desgaste.

No caso de Duarte Júnior – que, segundo a imprensa ameaçou até deixar o PSB – Brandão teria oferecido o Viva Procon, gerenciado pela sua mulher, em troca do apoio do MDB.

A insatisfação de Macedo, ainda segundo apurou este blog, se dá pela decisão de Brandão de entregar o controle, do Detran ao deputado federal André Fufuca (PP); o deputado estadual tinha como certo que o órgão seria presidido pelo seu irmão, ex-prefeito de Dom Pedro Hernando Macedo.

Também esperava espaço de poder consolidado no governo Brandão o presidente do Cidadania, pastor Eliel Gama, que é irmão da senadora Eliziane Gama (Cidadania); a ele, também teria sido oferecido o mesmo Detran “dado” a Macedo e a Fufuca.

O problema para Eliel é que o Cidadania está e em federação com o PSDB, que já se posicionou pelo apoio a Weverton Rocha no Maranhão.

Para Pedro Lucas, que anunciou apoio ao vice-governador há duas semanas, a condição para garantia de espaços de poder é a entrega do União Brasil, hoje apoiando o senador  Weverton Rocha (PDT); para conseguir, Fernandes precisa vencer a queda de braço com o colega deputado Juscelino Filho.

A guerra de bastidores no governo Brandão tende a se intensificar depois do dia 2 de abril, quando a gestão começa de fato e o loteamento dos espaços tende a ser intensificado.

O problema é que, depois disso, nenhum dos aliados poderá mais mudar de partido, caso seja preterido nas articulações…

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Médico, deputado Dr. Yglésio ganha relevância na pandemia…

Parlamentar ocupa cada vez mais espaços nas redes sociais, na mídia e no debate político diante da situação de risco e do isolamento social; e tem sido efetivo na formulação de políticas públicas, na solidariedade aos colegas e nas orientações à população

 

Dr. Yglésio em ação, como médico, em uma das unidades de saúde de São Luís, em plena pandemia de coronavírus

Nenhum dos outros oito pré-candidatos a prefeito de São Luís conseguiu se sobressair tanto nesta quarentena ocasionada pela pandemia de coronavírus quanto o deputado estadual Dr. Yglésio (PROS).

Médico, o parlamentar não apenas está na linha de frente das ações de combate ao coronavírus como também usa o mandato para buscar soluções econômicas, sociais e políticas, além de tranquilizar a população com orientações sobre a CoVID-19.

Foi Yglésio, por exemplo, quem iniciou, ainda em março, o debate pela redução na mensalidade de escolas e faculdades particulares, agora transformada em lei pela Assembleia Legislativa. (Relembre aqui)

No vídeo acima, Dr. Yglésio vai á UPA da Cidade Operária, para averiguar a situação de profissionais e pacientes 

 

Ativo nas redes sociais, Dr, Yglésio tem estado presente em todos os debates, e não apenas virtualmente.

Tem dado apoio efetivo e presencial aos colegas da área de saúde, cobrado ações governamentais que ajudem no combate à pandemia, se expondo às críticas e até ao próprio contágio pelo coronavírus. (Reveja aqui e aqui)

A pandemia de  coronavírus fez desaparecer o debate político sobre as eleições de São Luís; e com ela também sumiram os pre-candidatos, muitos dos quais sem saber o que fazer em situações de emergência.

É certo que um ou outro ainda tentaram encenar ações contra a CoVID-19 – anunciando doação de parte de salário ou liderando doações de alimentos e equipamentos. 

Nenhum destes, porém, conseguiu ser mais efetivo que o médico Dr. Yglésio, até pelas circunstâncias de sua atividade profissional.

E essa presença na crise pode fazer enorme diferença na memória da população…

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O triste destino do ministro Henrique Mandetta…

Eficiente nas ações contra o coronavírus no Brasil, ministro da Saúde ganhou a antipatia do tresloucado presidente Jair Bolsonaro que já acenou, em pelo menos duas oportunidades, substituí-lo, o que pode ocorrer antes mesmo de a pandemia passar

 

Bolsonaro começou a fritar Mandetta assim que percebeu ele se destacar mais à frente da crise do coronavírus

Se o presidente Jair Bolsonaro agir como Jair Bolsonaro, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, está com os dias contados à frente da pasta.

E seu único erro foi ser eficiente e  efetivo no combate à pandemia do coronavírus.

Enciumado com o sucesso do ministro – e diante da decadência da própria imagem como líder do país – o tresloucado Bolsonaro já acenou em pelo menos duas oportunidades que deve substituir Mandetta ao fim da pandemia.

Pior: essa demissão pode ocorrer antes mesmo de a crise do coronavírus passar.

Bolsonaro viu sua imagem virar caricatura no Brasil e no mundo com a defesa de ações arriscadas e de posições até perigosas diante da crise, enquanto Madetta se manteve firme na defesa das restrições sociais.

Desde que perdeu a guerra para o ex-ministro, tendo que recolher suas bobagens e aceitar o isolamento, o presidente passou a ter o ministro como alvo.

e sua vingança será demiti-lo da Saúde mais cedo ou mais tarde.

É Bolsonaro sendo Bolsonaro…

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Gastão chama Josimar de Maranhãozinho de megalomaníaco…

Deputado federal reage ao colega de bancada, acusado de tentar articular para ter o comando também do Pros no Maranhão

 

O deputado federal  Gastão Vieira veio a público nesta terça-feira, 4, para rebater especulações de que o também deputado Josimar de Maranhãozinho (PL) estaria articulando para tomar-lhe o controle do PROS no estado.

– O comando nacional do PROS sequer teve qualquer conversa com o deputado Josimar, por uma razão simples: no nosso partido não há filiados e parlamentares que respondem a processos cíveis e criminais na Justiça. Aos filiados, apoiadores e correligionários, sigam tranquilos. Gastão Vieira segue presidindo o PROS-MA. Qualquer notícia contrária não passa de desinformação e má-fé –  disse Viera, em nota distribuída à imprensa.

Segundo Gastão Vieira, a informação plantada em blogs que, segundo ele, são financiados por Josimar de Maranhãzinho, é mentirosa.

– Ao contrário das informações plantadas pelo megalomaníaco deputado que se acha dono do Estado, não há nenhuma negociação ou mudança de comando do partido do Estado – garantiu.

A critica de Gastão repercutiu também nas redes sociais, mas não houve, ainda, resposta de Josimar…

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Imperatriz: Empresa que cobra com outdoor pode ter que devolver milhões à prefeitura

Cobranças indevidas vinham da outra gestão; 42 Pessoas, em 5 dias, passaram pelos mesmos 10 procedimentos; R$ 900 mil por ano por plantonista que não comparecia; Depois de descobertas, faturas foram “corrigidas”

 

Documentos que apontam para problemas com prestação de contas da clínica

O imbróglio entre a prefeitura e a Clínica Cirúrgica de Imperatriz, que foi parar em outdoors clandestinos em formatos de cobranças condenadas pelo Código de Defesa do Consumidor, não se resume a atraso de pagamentos.

Documentos que já passaram inclusive pelo Ministério Público demonstram que valores indevidos inflaram em
milhões de reais as faturas apresentadas pela prestadora de serviços.

Em junho deste ano, técnicos da Secretária de Saúde, Alair Firmiano, detectaram cobranças indevidas feitas pela Clínica Cirúrgica. Por exemplo, o contrato exigia a presença 24 horas por dia de dois cirurgiões no Hospital Municipal; ao invés disso só um comparecia e o outro, segundo a prestadora, “ficava de sobreaviso, em casa”.

Isso não vale, mas por essa manobra era cobrado a mais do município cerca de R$ 900 mil por ano.

Esse foi um dos itens que a Clínica Cirúrgica se viu obrigada a extirpar da conta apresentada, mas havia outros erros muito mais grosseiros, glosados e subtraídos da fatura: um dos associados praticava até 10 procedimentos por dia em até 12 pacientes diferentes, só que esses procedimentos eram exatamente os mesmos, como se isso
fosse plausível.

E mais: de 42 pacientes “atendidos”, somente 10 foram identificados; os 32 a mais não se materializaram nas buscas da auditoria feitas via Cartão SUS – documento de identidade dos usuários. No dia 13 de fevereiro deste ano, conforme relatório anexado na fatura de cobrança, um único médico praticou, em 12 pacientes diferentes, rigorosamente os mesmos 10 procedimentos; portanto 120 mini cirurgias no mesmo dia.

Se cada mini cirurgia durou 20 minutos, entre anestesia e tudo mais, ele teria se ocupado por 1.440 minutos, ou 40 horas, sem considerar que entre uma coisa e outra sempre há um intervalo, e entre um paciente e outro a necessidade de muito mais tempo, até para cuidados antissépticos.

Curiosamente, os mesmíssimos procedimentos ele fizera em 8 pacientes no dia 6 daquele mês; repetiu isso em 7 pacientes no dia 19; em 5 pacientes no dia 26, e em mais 3 pacientes no dia 27.

Mais curioso é que muitos desses procedimentos repetidos em 42 pacientes não são compatíveis com a finalidade do ambulatório da unidade dos Três 3 Poderes, como, por exemplo, sutura de lesão na boca. Chama a atenção, além da repetição, o fato dessas 42 pessoas terem passado por “extrações de unhas e calos”.

Outras aberrações se notam nos valores cobrados em diferentes meses para o item “urgência geral”; R$ 190 mil para o mês de março, quando teriam sido feitas 1.383 intervenções, e quantia igual (R$ 190 mil) para o mês de fevereiro, sem nenhuma intervenção descrita.

Ainda no mês de fevereiro de 2019, a Clínica Cirúrgica cobrou por 200 “cirurgias de pequeno porte” feitas em 44 pessoas, sem que esses pacientes e procedimentos tenham sido cadastrados no SISREG, Sistema de Regulação do SUS, o que caracteriza uma ação fantasma.

Essas inconsistências invalidaram as notas de 5 meses. A Clínica Cirúrgica deu ciência de que estava errada emitindo outras notas, anulando os itens glosados pelo município. De todo o remanescente, restam duas notas, uma delas do mês de junho.

“Não estamos atrasados em seis meses; há uma nota que tem esse tempo de espera, tudo porque
vamos esmiunçar tudo para não incorrermos no erro de pagar o indevido depois de descoberta essa prática. E vamos auditar todo o passado, inclusive do que foi pago antes dessa observação”- esclarece uma fonte da Secretaria de Saúde.

Pelo que se projeta em cima dos cinco meses já auditados, é provável que a Clínica Cirúrgica, ao final de tudo, ao invés de um crédito de R$ 500 mil, tenha que devolver alguns milhões, de tudo que foi faturado de maneira inconsistente desde a época da gestão passada.

Da assessoria