8

Caso Décio Sá: o risco do precedente

A sensação de impunidade é um dos efeitos nocivos  da não elucidação do caso Décio Sá.

Sociedade e bandidos esperam com a mesma ansiedade a resposta da polícia ao brutal assassinato.

Sem a apresentação de executores, mandantes e demais envolvidos, fica o simbolismo de que, no Maranhão, qualquer um que incomode pode ser executado sem maiores consequências.

Os bandidos que mataram Décio saberão que podem voltar a matar por que jamais serão pegos pela polícia.  Será estímulo para outros bandidos sentirem a mesma garantia.

E a sociedade viverá eternamente uma insegurança.

Jornalistas, políticos, sindicalistas, advogados, padres, pastores…qualquer um que ousar desafiar as estruturas criminosas pode acabar como Décio Sá.

É este o simbolismo que representa a falta de respostas da polícia.

Algo que não pode se tornar real…

5

O agiotas no Maranhão…

A Rede Globo apresenta esta semana série de reportagens que mostra a ação de agiotas no Sul do país.

A prática de ameaças, chantagens e extorsão dos criminosos, gravada com autorização judicial, tem levado a polícia à prisão de várias quadrilhas.

No Maranhão, a coisa anda solta.

Agiotas negociam abertamente com prefeitos, fazem pactos com membros do Judiciário e do Legislativo e seguem a vida como verdadeiros cidadãos de bem.

A única ação contra agiotas no estado foi feita pela Polícia Federal, no ano passado.

Levou à cadeia o maior deles, conhecido por Pacovan.

Solto, Pacovan voltou à prática, e continua a agir criminosamente nos municípios.

Filhotes da agiotagem também agem nos ambientes políticos.

Sob a proteção de autoridades e a conivência da imprensa.

Assim é no Maranhão…

10

Domingos Dutra e Julião Amin também foram investigados por uso de “laranjas” na AL…

Dutrra também respondeu por uso de "laranja" na Assembléia

Não são apenas deputados estaduais os investigados pela Justiça Federal por uso de “laranjas” na Assembléia Legislativa.

Atual deputado federal, o petista Domingos Dutra também responde a processo, acusado do mesmo crime, assim como o ex-deputado federal Julião Amin (PDT) e o ex-deputado estadual Aderson Lago (PSB).

Todos eles foram deputados estaduais e nomearam “fantasmas” para cargos na Assembléia, ficando com o salário, restituição de imposto de renda e eventuais empréstimos.

Nos mesmos moldes da prática do deputado Carlos Filho (PV), revelada agora pelo juiz Gervásio Protásio dos Santos.

Julião Amin é outro investigado

O nome de Dutra e de vários parlamentares constam de “relatório parcial das investigações” da Polícia Federal, ao que o blog teve acesso ainda em 2009.

Dutra, Amin e Lago já prestaram depoimento e o caso está agora no Tribunal Regional Federal, de Brasília, em fase de conclusão e julgamento.

Além deles, são investigados os deputados Hélio Soares (PP), Stênio Rezende (PMDB), Manoel Ribeiro (PTB) e Camilo Figueiredo (PDT), além dos ex-deputados Joaquim Haickel (PMDB), Wilson Carvalho (PDT), Maura Jorge (DEM), Pavão Filho (PDT), Jura Filho (PMDB) e Rubem Brito (PDT).

Todos são acusados de crimes contra a Receita Federal…

7

CPI já sabe destino dos R$ 73,5 milhões desviados pela prefeitura…

 

Roberto Costa já tem documentos contra Castelo

A CPI que investiga o sumiço dos R$ 73,5 milhões das contas da Prefeitura de São Luís já tem em mãos o mapeamento completo do destino do dinheiro.

– Já sabemos que as contas dos convênios foram movimentadas pelo prefeito João Castelo (PSDB), o que caracteriza crime de responsabilidade. Estamos recebendo os extratos das contas que receberam o dinheiro para concluir o destino – explicou o relator da comissão, deputado Roberto Costa.

Como os documentos só deverão ser encaminhados pelo Banco Central na próxima semana, a CPI achou por bem adiar em alguns dias a coletiva em que seriam anunciados os crimes cometidos por Castelo.

Bacelar coordena os trabalhos da comissão

De acordo com o presidente da CPI, deputado Magno Bacelar, o dinheiro foi usado para pagamento de empresas ligadas a Castelo, mesmo com a decisão de bloqueio dos recursos.

Segundo ele, o prefeito será denunciado imediatamente à Justiça Federal e Estadual, ao Ministerio Público, ao Tribunal de Contas e à Polícia Federal.

– Crimes foram cometidos, isso é fato. E a CPI está no caminho certo – disse Bacelar.

A coletiva está prevista agora para o dia 12 de janeiro…

18

Polícia bandida…

Do blog de Gilberto Léda

É impressionante a velocidade com que se avolumam casos de crimes envolvendo policiais no Maranhão.

Quem é pago para proteger o cidadão está, cada vez mais, fazendo uso da sua facilidade de acesso a armas e da proximidade com a marginalidade para se misturar com o que há de pior no que diz respeito à criminalidade.

Esta semana, dois casos emblemáticos.

Em Paulo Ramos e Marajá do Sena, no interior do estado, policiais civis são acusados pelo Ministério Público de cobrar de donos de bares e similares um pagamento mensal de R$ 15, a título de uma tal “taxa de segurança pública”.

Além disso, os mesmos empresários são obrigados, ainda, a pagar R$ 60 cada vez que precisarem fazer algum evento de maior porte no estabelecimento. Uma seresta por exemplo.

Para desespero dos proprietários, nos dias de eventos ainda aparecem os policiais militares, cobrando para fazer a segurança das festas, num verdadeiro mercado negro da segurança que deveria ser pública.

O outro caso deu-se em São Luís.

Na última segunda-feira (22), o juiz titular da 2ª Vara Criminal de São José de Ribamar decretou as prisões preventivas de Júlio Cesar Pereira, sargento da PM, lotado no 8º BPM; e de Ivaldo Coelho, cabo reformado da PM.

Os dois são acusados do assassinato do traficante Robson Galvão, o Robica, em março deste ano, na Praia do Meio.

Segundo testemunhas, os dois policiais tinham envolvimento com o tráfico, e praticaram o crime como queima de arquivo.

São apenas dois casos, é verdade.

Mas reveladores de como, no seio da corporação, inda há muita polícia bandida…

12

Posto de onde pedreiro teria saído sem pagar abastece carros da PM…

 

Vieira, já abatido, é arrastado pelos PMs

Quem passa pela manhã no posto da Petrobras pivô da confusão que resultou na execução do pedreiro José Ribamar Vieira Batista pode perceber a fila de viaturas da PM.

É ali que o 6º Batalhão de Polícia Militar abastece os carros utilizados nas rondas policiais da região.

O posto fora apontado pelos policiais como o local onde Vieira teria abastecido R$ 10,00 de gasolina em seu carro e, segundo a versão dos PMs, saído sem pagar.

Detalhe: os médicos que fizeram a autópsia do pedreiro recolheram R$ 50,00 de sua bolsa, entregues à família da vítima.

Mas, e daí???

Daí que, até agora, os PMs envovlidos na execução são os únicos a sustentar que o pedreiro esteve mesmo no posto.

Ninguém no local se manifestou até agora, nem há qualquer prova de que o pedreiro tenha passado por lá.

O silêncio é total na empresa que abastece a frota da PM.

Será por quê???

27

Polícia-marginal…

A execução do homem que tentou fraudar uma compra de combustível é mais uma ação da polícia-bandida maranhense.

Foi execução por que os policiais não quiseram saber de diálogo – talvez até irritados pelo fato de o homem ter batido em uma de suas motos.

Nestes casos, eles não pensam duas vezes: matam!

Este blog não cansa de denunciar estes criminosos, que são muitos na estrutura das polícias – Civil e Militar – e usam a farda e o distintivo para cometer crimes.

É claro que há os bons policiais nas duas corporações. Infelizmente, os dados levam a crer que ainda são poucos.

Muitos querem mesmo é se utilizar da corporação para cometer crimes.

A ameça ao traficante do Morro Zé Bombom é um exemplo disto. Só outros marginais poderiam fazer isso. O troco dado ao policial civil, mês passado, na Cohama, é outro exemplo de acerto de contas.

Sem falar no delegado espancador, nos policiais que extorquiram um casal na Cidade Operária e muitos outros, Maranhão a dentro.

Aliás, há suspeita de que um dos agentes de trânsito flagrados recebendo propina há dois meses seja também policial militar exercendo dupla função.

Boa parte daqueles que são pagos para proteger o cidadão se utilizam disto para roubar, extorquir, chantagear, achacar, traficar, espancar e matar, sem escrúpulo algum.

Lamentável para o Maranhão…

12

CNJ neles!!!

Elias Aquino: livre, contra todas as evidências

Acusado de ser o mandante do assassinato do empresário Marggion Laryenne Andrade, o corretor de imóveis Elias Orlando Aquino não passou nem 24 horas na cadeia.

A polícia não tem dúvidas de que Elias é o mandante do assassinato, mas lamenta uma nova interferência da Justiça em favor de criminosos.

Mesmo com o nexo causal confirmado (a morte teria a ver com uma transação de um terreno no Aracaçy, mal resolvida por Aquino ) e com o mandante sendo reconhecido pelos autores do crime, o provável criminoso foi solto por decisão do Tribunal de Justiça.

Mais uma decisão deste tipo na Justiça do Maranhão, que parece agir sobre influência das sombras.

Elias Orlando Aquino seria irmão do ex-deputado Orlando Aquino e parente de pessoa influente no TJ, segundo revela o blog de César Bello.

E quem fica presa é a família da vítima, injustiçada por uma justiça de interesses – corporativo, pessoal, familiar ou financeiro, seja qual for.

Guerreiro Júnior neles?!? Não!

CNJ em todos eles…

9

Que Polícia é esta???

No Coroado, polícia prende, negocia e solta...

Como pode um bandido conhecido das polícia entrar e sair nada menos que oito vezes na cadeia em menos de um ano, como revelou hoje o Jornal do Maranhão 2ª Edição?

Como pode um bandido já preso por roubo, entrar e sair inúmeras vezes na cadeia e continuar praticando crime?

E a ficha corrida deles não é coisa pequena, não: homicídios, tentativa de homicídios, assalto a mão armada, tráfico de drogas e roubo de veículos.

Mesmo assim, os dois conhecidos da Polícia – quem agem juntos a partir do Coroado – se juntaram para matar um comerciante no Cohatrac.

É impressionante que bandidos deste tipo possam continuar soltos.

Mais impressionante ainda é que os inquéritos abertos contra eles nem cheguem à Justiça – que poderia determinar a condenação.

No Coroado é comum bandidos comemorarem a soltura com festas, depois de negociar com a própria polícia a liberdade.

E não escondem de ninguém que pagaram por isso.

E voltam todos para o mundo do crime.

Uma, duas, oitos vezes seguidas…

5

Crime e violência no portal dos lençóis…

O turista peuano identificado por Juan Carlo escolheu a cidade de Barreirinhas, portal dos Lençóis, para passar o final de semana dedicado aos pais.

Acabou vítima de um golpe de facão que quase lhe e arranca o pescoço e lhe tira a vida.

A beleza dos lençóis está sendo esquecida diante da insegurança em Barreirinhas

Pior: o turista sequer pôde registrar ocorrência. Na delegacia, apenas o funcionário que vigia os presos estava trabalhando no fim de semana.

Tem crescido muito o número de crimes contra turistas em Bareirinhas.

A cidade é precária do ponto de vista administrativo, não oferece a menor estrutura para os milhares de turistas que vêm de toda parte do mundo – e agora passou a sofrer também com a falta de segurança e o aumento da ciminalidade.

E o descaso generalizado pode levar ao abandono de um dos pontos turísticos mais bonitos do mundo…

Mais detalhes em Cazombando.com