Parlamentar que é acusado de assédio sexual, estupro de vulnerável e assédio moral contra vítimas será julgado por quebra de decoro parlamentar, mas já preparou a mulher, também acusada, para substituí-lo como candidata nas eleições de outubro
O presidente da Câmara Municipal de São Luís, vereador Paulo Victor (PSB), publicou nesta terça-feira, 6, edital de convocação dos vereadores para a sessão extraordinária que vai analisar o parecer que pede a cassação do vereador Domingos Paz por quebra de decoro parlamentar.
- Paz é acusado de assédio sexual, estupro de vulnerável e assédio moral contra as vítimas;
- as denúncias já vêm se arrastando desde 2021, com diversas idas e vindas judiciais;
- o vereador só será cassado se pelo menos 21 dos 31 vereadores votarem contra ele.
Enfrentando as denúncias desde o primeiro ano do mandado, com várias tentativas de protelação, Domingos Paz já tomou uma atitude para salvar a presença na Câmara: ele não disputará a reeleição em outubro, mas lançou a própria mulher como substituta; ela também enfrenta acusações de cumplicidade com o marido.
Na sessão de julgamento serão lidas as peças requeridas por quaisquer dos vereadores e pelo denunciado, e, a seguir, os que desejarem, poderão manifestar-se verbalmente, pelo tempo máximo de 15 (quinze) minutos cada um. Ao final, o denunciado ou seu procurador terá o prazo máximo de 2 (duas) horas para sua defesa oral”, explica o edital assinado por Paulo Victor. (Leia aqui a íntegra)
Domingos Paz é líder da igreja Assembleia de Deus em São Luís; apesar da acusação e crime hediondo, a denominação religiosa nunca se manifestou sobre as denúncias contra ele.
Caso perca o mandato, o vereador fica inelegível por oito anos;
a cassação na Câmara não elimina as ações criminais contra ele…