A revista Veja está encurralada e tenta criar situações para escapar do escândalo que envolve o contraventor Carlinhos Cachoeira, fonte da revista.
Nem o mais incontido desejo do “furo de reportatgem” pode explicar as relações de jornalistas da revista com o criminoso que desencadeou um efeito-cascata capaz de destruir várias carreiras.
Nos últimos anos, a Veja conseguiu divulgar fatos que só o envolvimento pessoal do repórter poderia explicar.
A matéria com o diálogo entre o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) e o então presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes, é um destes fatos.
O repórter de Veja – íntimo de Cachoeira, como revelado hoje – publicou o diálogo, mostrando preocupação de Mendes e Demóstenes com casos no país da época.
Outro exemplo de envolvimento pessoal foi o episódio envolvendo o deputado federal maranhense Chiquinho Escórcio (PMDB).
Baseada em Cachoeira, Veja criou diálogos entre Escórcio e advogados para derrubar o então presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
Sabe-se agora que Carlinhos Cachoeira grampeava inúmeras pessoas, tinha em Demóstenes Torres um aliado forte no Senado e na reportagem de Veja os canais para pressionar os poderosos grampeados.
Encurralada com a CPI do Demóstenes, a revista paulista agora tenta responsabilizar o PT por sua própria relação criminosa.
E fatos virão à tona quando a CPI começar a funcionar…