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Lei Antibabaçu: Franere é a principal beneficiada…

Área do Gran park onde foram derrubados os babaçus

Em meio ao burburinho criado pelas “denúncias” de que deputados teriam rachado R$ 1,5 milhão para aprovar uma lei que flexibiliza a derrubada de babaçus no Maranhão, a principal beneficiada pelo projeto está passando ao largo.

A Lei Antibabaçu é uma criação da Franere, empresa de construção civil que tentava, desde 2008, derrubar os babaçus que incomodavam seu projeto para o “Gran Park”, no Barramar.

Foi Marcos Regadas, dono da empresa, quem pediu ao deputado Carlos Alberto Milhomem (PSD), ainda em 2008, para que assumisse a paternidade da proposta.

A história foi contada ao blog pelo próprio Milhomem, há mais de dois anos.

Só a Franere, em consórcio com a Gafisa, derrubou babaçus até agora em São Luís – aliás, antes mesmo da aprovação da proposta.

Fala-se muito em imensão Engenharia, muito no Sinduscon, mas ninguém toca na Franere –  a principal beneficiada.

Pelo menos até agora…

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Suposta propina de R$ 1,5 milhão põe deputados sob suspeita…

A Assembléia Legislativa tem uma providência urgente a tomar: revogar a Lei que autorizou construtoras maranhenses a derrubar babaçuais em áreas urbanas para fins de construção civil.

A votação do projeto está sob suspeita desde que o autor da proposta, Carlos Alberto Milhomem (PSD) foi à tribuna para falar da denúncia de que construtoras ratearam R$ 1,5 milhão com 30 deputados em troca da aprovação do projeto.

Milhomem apresentou, inclusive, requerimento à Mesa da Assembléia para que  o caso seja investigado pela CPI dos Convênios.

Os deputados César Pires (DEM), Magno Bacelar (PV) e Manoel Ribeiro (PTB) também foram à tribuna para cobrar investigações.

Outros deputados garantem ter ouvido dos próprios empreiteiros a “vaquinha” para pagar os deputados.

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Plenário da Assembléia sob suspeita

A falta de providência em relação a este caso pode colocar a Casa sob suspeita em muitos outros.

A quem interessaria, por exemplo, a aprovação da PEC da Bengala? E projetos que tratam do uso do solo urbano, áreas de navegação e até de transportes beneficiariam quem?

O projeto que libera a derrubada de babaçuais tramitou por três vezes na Assembléia, desde 2008.

Nas duas primeiras, tinha como autor o então líder do governo Jackson Lago (PDT), Edivaldo Holanda (PTC). As duas tentativas foram rejeitadas.

No início deste ano, voltou à tona, sob a autoria de Carlos Alberto Milhomem.

O projeto beneficia diretamente construtoras como Franere, Gafisa, Cirella, K2 Engenharia e outras com projetos em áreas de babaçu. 

A Assembléia precisa agora dar uma resposta à sociedade.

Sem um posicionamento claro, todo o seu processo legislativo fica sob suspeita…