Enquanto autoridades e políticos enchem a agenda de vacinação com uma série de categorias para furar a fila da vacina, pessoas saudáveis e ativas no mercado de trabalho – com até 59 anos – vão ficando para trás, expostas ao coronavírus; mas elas também correm risco de morrer
Editorial
O ativismo político de autoridades públicas em defesa de classes sociais e categorias profissionais incluídas na lista de prioridades da vacinação contra o coronavírus está causando uma injustiça social no Maranhão.
Pessoas com até 59 anos, relativamente saudáveis e ativas no mercado de trabalho estão expostas ao coronavírus sem nenhuma perspectiva de vacinação; apenas pelo fato de serem relativamente saudáveis e ativas no mercado de trabalho.
São homens e mulheres excluídos da lista de prioridades por não apresentar comorbidades, não fazer parte de nenhuma categoria beneficiada com o fura-fila e não estar em nenhum grupo profissional considerado de risco.
Mas estas pessoas também morrem de CoVID-19.
Desde que começaram as prioridades, a vacinação dessas “pessoas comuns” parou entre os com idade acima de 60 anos.
Na semana passada, a Prefeitura de São Luís até abriu cadastro para homens e mulheres com idade entre 55 e 59 anos, mas sem previsão de vacinação, uma vez que a lista de prioridades só aumenta.
Enquanto não são vacinados, milhares de cidadãos vão e vêm todos os dias para o trabalho, correndo os mesmos riscos de todos no contato com a CoVID-19.
Mas estão esquecidos pelas autoridades apenas pelo fato de serem “comuns”…