O professor Clóvis Saraiva deveria repensar a estratégia que tem usado para enfrentar a acusação de racismo e preconceito contra um aluno negro na Universidade Federal do Maranhão.
Cada vez que ele tenta comentar o caso, acaba se complicando mais.
Na última, em entrevista ao Jornal Hoje, da Rede Globo, saiu-se com essa: “O aluno, mesmo sendo negro, tem que saber se expressar em sala de aula (…)”.
Como assim, “mesmo sendo negro”??? Por acaso o fato de ser negro seria um impeditivo para saber se expressar?
A resposta do professor levou até a um questionamento do repórter, que viu preconceito na própria resposta do acusado de racismo.
Na primeira tentativa de se explicar, em nota de “Retratação Pública”, Clóvis Saraiva atacou mais ainda o estudante nigeriano que o acusa de perseguição e racismo.
O que parece é que o professor tem certa carga de preconceito enrustido – seja cultural, social ou racial – daqueles que se evidenciam apenas em debates sociológicos internos, e que ele não tem conseguido controlar diante de uma situação real.
O Ministério Público já determinou investigação do caso e a Ufma também vai apurar o desvio do professor.
Mas a instituição deveria pedir também que ele ficasse calado…