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Acuado pelos números, Flávio Dino decide rebater Roberto Rocha na disputa pelo Senado

Ex-governador comunista vinha tentando ignorar os adversários, mas sentiu o golpe das articulações do senador petebista, que avançou fortemente nas últimas semanas; disputa entre os dois deve ser uma das mais acirradas do primeiro turno

 

Flávio Dino sentiu a ameaça de Roberto Rocha e decidiu fazer campanha em meio ao povo, o que vinha ignorando desde o ano passado

Tentando passar a ideia de distanciamento da disputa no Maranhão – debatendo apenas a questão nacional – o ex-governador Flávio Dino (PSB) vem dando cada vez mais sinais de incômodo com o crescimento da campanha do senador Roberto Rocha (PTB).

Em menos de uma semana, Flávio Dino tentou rebater números apresentados por Rocha sobre a miséria no Maranhão; e mostrou ainda mais incômodo ao dizer que o adversário trabalhista só apresenta projetos inviáveis no Maranhão.

– O que Roberto Rocha entende de números? – respondeu Dino, em Timon, para tentar rebater dados que mostram 40 municípios maranhenses em pobreza extrema. Em Timon, sua segurança chegou, inclusive, a agredir o repórter que fez a pergunta sobre a miséria.

Já nas suas redes sociais, Dino questionou a série de projetos apresentados por Rocha durante seus oito anos de mandato, numa clara acusação de golpe.

Até agora, Flávio Dino usava a tática de ignorar o debate sobre o Maranhão, tentando polarizar a discussão nacional, como se tivesse em uma disputa presidencial; a estratégia funcionou só enquanto ele não tinha adversário na disputa pelo Senado, o que inflava os seus números.

Repórter “Chumbo Grosso” é expulso por seguranças de Flávio Dino após fazer pergunta sobre o aumento da miséria do Maranhão no governo comunista

Desde que Roberto Rocha anunciou sua candidatura, com apoio de 11 partidos – incluindo os de três candidatos a governador – a diferença entre ele e Dino começou a diminuir sistematicamente, o que incomodou o comunista.

O ex-governador começou a participar mais de eventos públicos ao lado dos candidatos do seu grupo e chegou, inclusive, a substituir o governador Carlos Brandão (PSB) em entrega de obras e vistoria de serviços no interior, o que é uma ilegalidade.

Dino sonhava em superar a marca de 2 milhões de votos no Maranhão; é sua obsessão quebrar o recorde, hoje com o senador Weverton Rocha (PDT).

Mas, pelo andar da carruagem, além de não chegar a 2 milhões de votos, o comunista pode, inclusive, ficar sem a vaga no Senado.

O que, para ele, é o fim da carreira política…