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Menos de meia hora de chuvas e o Coroado já fica assim…

Abandonado pelo poder público e sem liderança política que encampe a luta do bairro, comunidade sofre com alagamentos cada vez mais frequentes, mesmo depois de mais de 50 ações condenando a prefeitura a resolver o problema de drenagem que já dura mais de 30 anos

 

Bastaram menos de 30 minutos de chuvas na tarde desta quarta-feira, 15, para que a maioria das ruas do bairro do Coroado ficassem como mostram as imagens deste post.

Uma situação que vem se agravando ano após anos.

Na noite de segunda-feira, com a violenta chuva que se abateu em toda São Luís, o bairro acumulou mais de um metro de volume de água em algumas ruas; e só conseguiu se livrar da enchente quase no amanhecer.

Abandonado pelo poder Público – Governo do Estado, prefeitura, Judiciário e Ministério Público – a comunidade do Coroado sofre sem drenagem há mais de 30 anos.

E a solução é tão simples, pelo menos para alguns setores do bairro: basta a desapropriação de um dos imóveis construídos irregularmente na avenida Carlos Macieira, às margens do Igarapé que corta o bairro.

E sem uma liderança política efetivamente ligada ao bairro, o abandono fica até pior, com políticos surgindo de tempos em tempos apenas por interesse de voto em troca de asfalto ou benefícios pessoais aos comunitários.

Bastaram menos de 30 minutos na tarde de hoje para que a maior parte das ruas do Coroado ficasse assim: triste realidade de 30 anos

Desde a gestão do prefeito Tadeu Palácio (PDT), a Prefeitura já foi condenada em mais de 50 ações pela Vara de Interesses Difusos e Coletivos, a resolver o problema de drenagem do Coroado.

Mas nunca sequer iniciou qualquer serviço deste tipo. (Relembre aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, mais aqui e também aqui)

Foram três ações na gestão de Palácio, outras tantas na gestão de João Castelo (PSDB) e uma inúmeras vezes no governo Edivaldo Júnior (sem partido); já se está no terceiro ano do mandato de Eduardo Braide (PSD)

E não tem quem obrigue a prefeitura a cumprir a decisão judicial.

Uma triste sina para um dos bairros mais próximos do Centro da Capital…

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Obra de João Castelo transforma Coroado em nova cracolândia…

Traficantes do João Paulo agora agem no Coroado

A interminável construção do Canal do Coroado, além dos transtornos comuns ao tipo de obra, está gerando um outro poblema social no bairro: o crescimento vertiginoso do tráfico de drogas.

Com a Avenida dos Africanos interdidata e às escuras, a área virou ponto de consumo e venda de crack, aumentando, inclusive, a participação de crianças e adolescentes na atividade.

Há mais de três meses, o prefeito João Castelo (PSDB) determinou a interdição de um dos lados da avenida.

Trecho interditado da Africanos

Era para durar apenas 15 dias.

A região interditada para tráfego de veículos vai da entrada do Parque Timbiras até a entrada do Pindorama. É um trecho de mais de dois quilômetros, cortando todo o Coroado, sem trânsito e sem luz.

Sem acesso, os carros da polícia também não podem circular.

E o tráfico corre solto a partir das 19 horas, diariamente.

E não há sequer pevisão para liberação da pista…

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Canal do Coroado: uma obra interminável…

Sem saida, a água fica empoçada, em meio ao lixo

As fotos que ilustram este texto foram publicados originalmente no blog Marrapá. São de autoria do professor Paulo Caribe.

Mostram a realidade em que se encontra o Canal do Coroado, obra da Prefeitura de São Luís que parece não sair do lugar há mais de dois anos.

Aminais passeiam por toda a extensão do canal

No dia 30 de agosto,  como informou o blog de Gilberto Léda, a prefeitura divulgou nota informando que a Avenida dos Africanos seria interrompida. As pistas seriam rasgadas para que fosse aberto a extensão da vala que garantirá a vazão da água do canal.

Segundo a própria nota, o trânsito ficaria em mão e contramão por 30 dias, quinze para cada pista (Releia aqui).

Até agora, só um pequeno trecho foi coberto

A nota completa exatamente um mês hoje e, até agora, nem a primeira pista foi rasgada. O único serviço realizado no período foi a divisão de uma das vias em duas, causando transtornos aos motoristas.

Neste período, duas chuvas mostraram os riscos a que estão expostos os moradores do bairro. Como as galerias não foram aberta para dar vazão as águas, o Coroado voltou a encher, desta vez com uma mistura de lama e fezes.

Qualquer chuva, leva o canal, netupido de lixo, a transbordar

Moradores mostram preocupação com o retorno do período das chuvas sem que a obra seja concluída.

A Prefeitura  nada diz sobre o trabalho anunciado e não realizado.

Como sempre…