Partido mantém a tradição de se comportar como uma “cambada de caranguejos” e não consegue se entender sobre as indicações para as secretarias entregues pelo governador, que agora terá que decidir, ele próprio quem será nomeado para as pastas; disputa interna envolve, inclusive, o conselheiro Washington Oliveira, do TCE, cujo estatuto proíbe participação em política partidária
O saudoso jornalista Robert Lobato definiu a oposição e o PT maranhense, em 2013, como uma espécie de cambada de caranguejos, que, embora unidos, vivem se ferindo entre si. (Relembre aqui)
E o PT, mais uma vez, mostra-se como uma cambada neste atual momento de ocupação das secretarias que foram destinadas ao partido pelo governador Carlos Brandão (PSB).
Desde que ficou definido que caberia aos petistas as pastas da Educação, dos Direitos Humanos e do Trabalho, as correntes passaram a disputar os espaços, o que resultou em duas listas entregues ao governador.
A primeira lista tem a participação até do conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Washington Oliveira, que comanda uma corrente do PT; essa corrente indicou para a Educação o vice-governador Felipe Camarão; além dele, foram indicados Luiz Henrique Sousa para a Secretaria de Trabalho e Genilson Alves para a Secretaria de Direitos Humanos.
Este ofício é assinado pelo presidente regional do PT, Francimar Melo, do grupo de Washington.
Mas outro ofício foi encaminhado a Carlos Brandão nesta terça-feira, 28; nela, é ignorada a indicação de Felipe Camarão e são indicados para a pasta do Trabalho José Antonio Heluy, e para a Secretaria de Direitos Humanos o ex-titular Francisco Gonçalves.
Esta última lista de indicações tem assinatura de diversos ex-presidentes da legenda, como Raimundo Monteiro, Augusto Lobato, Fernando Magalhães, do suplente de deputado estadual Zé Inácio e do vereador de São Luís Jhonatan Soares.
Caberá agora ao próprio Brandão decidir quem nomeia e quem ignora nas listas encaminhadas.
O que, ao final, só aumentará a crise no PT…