Alçado à condição de vice-presidente da Câmara Federal, após dois mandatos como membro do chamado Baixo Clero na Casa, o deputado federal maranhense Waldir Maranhão (PP) entrou no centro do furacão da crise política que movimenta Brasília.
Como se sabe, o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), vive ameaça clara de afastamento, sobretudo após a denúncia da Procuradoria Geral da República afirmando ter ele recebido propina de empresas ligadas à Petrobras.
E quanto mais aumentam as chances de queda de Cunha, mais Waldir Maranhão é chamado aos holofotes, como primeiro na linha de sucessão.
Mas a possibilidade de ascensão também desperta uma curiosidade da mídia em relação ao perfil do parlamentar maranhense. E as informações que surgem não são nada lisonjeiras para ele.
No final de semana, vários foram os colunistas que relembraram a ficha corrida de Maranhão. Ele é listado como um dos 32 parlamentares do PP investigados na Operação Lava Jato. Foi citado como um dos beneficiários de propina da empresa GDF.
O jornal O Globo descobriu também que Waldir Maranhão responde a processo no Supremo Tribunal Federal(STF), por lavagem de dinheiro e ocultação de bens.
Diante de todas estas informações, os jornalistas que cobrem Brasília entendem ser muito difícil que Waldir Maranhão assuma o posto de Cunha no caso de queda do presidente.
E o próprio deputado maranhense parece se esconder desta responsabilidade, mantendo-se discreto diante da crise.
Mas os holofotes estão focados nele, queira ou não…