Gêmeas do Coroadinho representam o Brasil na Olimpíada do Japão

Nascidas e criadas na comunidade Thalia e Thalita da Silva Costa são destaques da Seleção Brasileira de Rugby, após se destacar também no atletismo; família acompanha ansiosa os preparativos das irmãs em Tóquio, onde estão desde a semana passada

 

As gêmeas Thalia e Thalita são destaques no Rugby e estão representando o Coroadinho na Seleção brasileira da categoria que está no Japão

Uma dupla nascida e criada na comunidade do Coroadinho, nas proximidades do Centro de São Luís, está em Tóquio representando o Brasil na Olimpíada do Japão.

Thalia e Thalita da Silva Costa são gêmeas e estão na Seleção Brasileira de Rugby, uma das favoritas à medalha de ouro da modalidade.

– Eita felicidade. Eu o tempo todo estou emocionada com tudo isso – disse Ivanilde Costa, mãe das moças, que têm 23 anos.

Thalia e Thalita estão no esporte desde criança, primeiro nas corridas de rua, até se destacarem nas pistas de atletismo, pelo porte físico; sem perspectivas no esporte, decidiram se afastar e tentar faculdade e trabalho.

– Não demorou muito surgiu um convite a Thalia para participar de um treino de Rugby; como ela disse, foi amor à primeira vista, amor no primeiro contato, em fevereiro de 2017 – conta Ivanilde.

Em seguida, Thalita também decidiu experimentar a modalidade. 

Thalita mostrou logo cedo talento para o rugby, após treinar atletismo na adolescência

O porte físico, a força e a velocidade das irmãs gêmeas deram destaque às duas no Rugby; ainda em 2017 foram treinar no Delta Rugby, clube de Teresina (PI), chamando atenção da Confederação Brasileira de Rugby.

– Em 2018 veio a oportunidade de fazer o teste da seleção em São Paulo. Ela foi chamada para disputar os jogos sulamericanos do Cochabamba – conta a mãe, ainda moradora do Coroadinho, onde as meninas passam férias

Thalia em ação em seu clube: força e agilidade são vantagens para a modalidade

Desde então, as irmãs moram em São Paulo, onde estão à disposição da Seleção Brasileira.

A convocação para a Olimpíada foi só uma questão de tempo.

– Pra mim e motivo de muita felicidade poder contribuir de alguma forma para o crescimento desse esporte, e poder falar um pouco dessas meninas aguerridas. Que venha a medalha olímpica – torce a mãe, orgulhosa.

A Olimpíada do Japão começa na próxima quinta-feira, 22…

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FioCruz revela que coronavírus chegou ao Brasil antes do Carnaval…

Estudo publicado na revista do instituto revela que quatro semanas antes do registro do primeiro caso – o de um italiano que chegou da Europa, em 26 de fevereiro – o vírus já se espalhava pelo país, em contaminação comunitária

 

FioCruz aponta que o coronavírus circulou no país inteiro durante o carnaval, antes do primeiro caso confirmado oficialmente

O Instituto Osvaldo Cruz (FioCruz) divulgou nesta terça-feira, 12, estudo que aponta a presença do coronavírus no Brasil já na primeira semana de fevereiro, ou quatro semanas antes do carnaval.

O primeiro caso oficial no Brasil foi registrado em 26 de fevereiro; tratava-se de um italiano que voltava do seu país para São Paulo e foi diagnosticado com a coVID-19.

Mas, segundo o trabalho, publicado na revista Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, o vírus já estava no Brasil e atuou durante todo o carnaval, que se deu entre os dias 19 e 22 de fevereiro.

Os estudiosos classificam este período de “período de transmissão comunitária oculta” e reforçam a importância de medidas sanitárias assim que os primeiros casos importados surgirem. 

– A intensa vigilância virológica é essencial para detectar precocemente a possível reemergência do vírus, informando os sistemas de rastreamento de contatos e fornecendo evidências para realizar as medidas de controle apropriadas – diz o pesquisador do Laboratório de Aids e Imunologia Molecular do IOC/Fiocruz, Gonzalo Bello, coordenador da pesquisa. 

Para chegar a estas conclusões, a Fiocruz utilizou metodologia estatística de inferência, a partir dos registros de óbitos. Isso indica que, enquanto os países monitoravam os viajantes e confirmavam os primeiros casos importados da Covid-19, a transmissão comunitária da doença já estava em curso. 

A pesquisa é a primeira a apontar o período de início da transmissão comunitária no Brasil e reforça evidências preliminares de pesquisas conduzidas na Europa a partir de análises genéticas.

Corrobora ainda achados de estudos realizados nos Estados Unidos, que indicaram começo da propagação viral na cidade de Nova Iorque entre 29 de janeiro e 26 de fevereiro. 

Entenda aqui o estudo completo…