Com vice bolsonarista, Yglésio marca posição à direita…

Em convenção neste domingo, 4, no Gree Hotel, deputado estadual que concorre a prefeito de São Luís pelo PRTB homologará a chapa tendo como companheiro de chapa o ex-comandante da Polícia Militar, coronel Pereira

 

Bolsonaristas, coronel Pereira e Yglésio Moyses querem tratar o debate pela direita em São Luís

O pré-candidato do PRTB a prefeito de São Luís, Dr. Yglésio Moyses, tem focado sua pré-campanha no reforço à identidade bolsonarista; neste domingo, 4, ele consolida essa relação com a vaga de vice para o ex-comandante da PMMA, coronel Pereira.

Policial Militar há mais de 30 anos, Pereira atuou em 2022 como assessor da Secretaria de Segurança Pública do Ministério da Justiça no governo Jair Bolsonaro (PL).

Esta identidade bolsonarista Yglésio tenta construir estreitando a relação com o próprio ex-presidente e sua família, que já declararam apoio à sua candidatura em São Luís.

A convenção do PRTB  acontece no Gree Hotel, no São Francisco, a partir das 9h deste domingo, 4…

 

Dinistas contra-atacam base bolsonarista de Brandão na Alema…

Em resposta ao deputado Yglésio Moyses, que definiu os membros da esquerda dinista, petista, comunista e socialista como “inimigos íntimos” do governador – mas também citando outros parlamentares da direita – Calos Lula, Rodrigo Lago e Júlio Mendonça reafirmaram que os aliados de Bolsonaro tentam minar a relação do Palácio dos Leões com o grupo ligado ao ministro Flávio Dino

 

Os dinistas Carlos Lula, Rodrigo Lago e Júlio Mendonça acusam a base bolsonarista de tentar afastá-los de Brandão

Os deputados Carlos Lula (PSB), Rodrigo Lago e Júlio Mendonça (ambos do PCdoB) fizeram nesta quarta-feira, 3, forte discurso de contraponto, principalmente, ao colega Dr. Yglésio Moyses (PRTB), mas também direcionados a outros parlamentares ligados ideologicamente ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), mesmo na base do governo Carlos Brandão (PSB).

Yglésio havia declarado no dia anterior que os membros da esquerda dinista, petista, socialista e comunista são “inimigos íntimos” do governador, mesmo estando na base do Governo.

Inimigo oculto do Governo do Estado é essa cambada de gente bolsonarista ou falso bolsonarista, que tenta, o tempo todo, intrigar o Governo do Maranhão com Governo Federal. Inimigo oculto do Governo do Estado é quem tenta o tempo todo criar cizânia e criar divisão, porque sabe que é irrelevante. Sabe que a parcela da população que defende as suas paranoias é irrelevante, é pequena. É circunstancial”, bateu forte, Carlos Lula, para completar:

Minha política eu faço às claras. E eu tenho um lado e, mais do que lado, eu tenho posição. Minha posição é transparente. Eu não estou num dia de um lado e, no outro, do nada, eu viro, dou um cavalo de pau e não gosto mais do Lula, agora eu gosto é do Bolsonaro; não é, deputado Yglésio?”.

Presente no início da sessão, quando voltou a discursar contra os aliados do ministro Flávio Dino, Yglésio não permaneceu em plenário para acompanhar os discursos da esquerda.

Mais contundente ainda que Carlos Lula, o deputado Rodrigo Lago fez um histórico da aliança que venceu as eleições de 2014, lamentou que vem sendo atropelado como vice-presidente da Assembleia Legislativa, defendeu Márcio Jerry e também apontou Yglésio como o verdadeiro “inimigo oculto” do governo Brandão.

Inimigo é quem trabalha todos os dias para arrancar o governador de um governo de esquerda que nós elegemos e colocá-lo no colo do Bolsonaro. Todos os dias minam, atacam e tentam destruir a base sólida, construída lá atrás pelo então presidente da Embratur, depois candidato, governador eleito, reeleito, senador da República e, hoje, ministro do Supremo, Flávio Dino. É isso que nós não podemos deixar”, apontou Rodrigo Lago.

  • Além de Dr. Ygléiso Moyses, há outros bolsonaristas na base do governo Carlos Brandão, alguns ocultos;
  • os deputados de esquerda citaram também Mical Damasceno (PSD), Jota Pinto e Neto Evangelista (União Brasi).

O foco do discurso dos esquerdistas foi a sistemática mudança ideológica de Yglésio desde sua chegada à política, o que, inclusive, já foi tema deste blog Marco Aurélio d’Eça, em janeiro de 2023, o post “A confusão ideológica de Dr. Yglésio…”.

Eleito pela esquerda maranhense, defendendo o lulismo, chamando o Bolsonaro dos piores nomes possíveis em artigos, em vídeos, aqui da tribuna, três meses antes de assumir, ele diz: ‘olha, na verdade, eu sou Bolsonarista’; tira a capa vermelha e veste a capa azul. E agora quer levar o governo junto”, ponderou Rodrigo Lago.

Foi filiado ao PT, foi filiado ao PDT, foi filiado ao PROS, no PSB e, de repente, não mais que de repente, se descobriu aliado do Bolsonaro, o maior admirador. Deve ter até um cartaz lá no seu quarto de noite para ele ficar olhando e beijando”, provocou Carlos Lula.

Último a discursar, Júlio Mendonça seguiu a mesma sistemática de Carlos Lula e Rodrigo Lago, apontando Yglésio – mas também citando Mical Damasceno – como os verdadeiros inimigos do governo Brandão.

Querem nos colocar contra o governo Carlos Brandão. E isso custa caro para o governo. Custa muita coisa que está de forma obscura. Por que essa obsessão de nos atacar? Por que essa obsessão de atacar o deputado Márcio [Jerry]? Todos os dias vêm os deputados bolsonaristas nos colocar contra, todos os dias vão nos intrigar”, disse Mendonça.

Após o discurso do deputado comunista, o presidente em exercício Antonio Pereira (PSB) encerrou a sessão..

Mesmo com estrutura monstra, Duarte Jr. só aparece negativamente

Deputado federal não consegue criar uma pauta importante como candidato do PSB a prefeito e ainda se queima com o governo Carlos Brandão em agenda contra o próprio governador

 

 

Análise da Notícia

O deputado federal Duarte Júnior (PSB) tem a maior estrutura como candidato a prefeito de São Luís – maior até mesmo que a do próprio atual ocupante do cargo, Eduardo Braide (PSD); mesmo assim, ele parece apático em campanha, não gera nenhum fato positivo e só aparece em situações negativas à sua própria campanha.

O vídeo publicado nesta quinta-feira, 23, pelo perfil “Fuxicos do Kiel” nas redes sociais é um exemplo de jogo contra si mesmo que o candidato do PSB vem repetindo desde a campanha de 2020. (Veja acima)

  • O vídeo mostra Duarte festejando, ao lado do deputado Carlos Lula, crítica à política junina do governo Brandão;
  • Além do vídeo, o candidato se desgasta pela insistência com que defende o PL bolsonarista de Josimar Maranhãozinho. 

Nossa pré-campanha para a Prefeitura de São Luís segue ouvindo as pessoas. Na noite desta quinta-feira, reunimos fazedores de cultura da nossa cidade para discutir e construir juntos ideias e propostas que fortaleçam as nossas raízes culturais”, disse o próprio candidato, embasando as críticas ao governo. 

 

Duarte se abraça a cantador de Bumba-meu-boi em meio a fortes críticas dos fazedores de cultura á política junina do governo Brandão

Por imposição do grupo do ministro do STF Flávio Dino – e por falta de opção do grupo Brnadão – Duarte instalou-se candidato, ganhou o apoio do governo, pode montar nesta estrutura, tem o maior número de partidos numa coligação-ônibus montada na marra e praticamente toda a Câmara Municipal em seu palanque.

Mas não consegue aparecer como postulante à prefeitura, mesmo nas redes sociais, que sempre foram seu forte.

No início do ano, Duarte teve reunião com o publicitário Canabarro, que vai cuidar da sua campanha; sem conhecer a realidade das ruas e das redes sociais de São Luís, baseado apenas em uma única pesquisa qualitativa, esse publicitário mandou o candidato ficar calado e não se envolver em polêmicas com Braide.

Desde então, Duarte calou-se completamente em todas as frentes de atuação; vem sendo, inclusive, questionado nas próprias redes sociais; o seu grupo chego até a cogitar um candidato-laranja para fazer o trabalho sujo, mas não acharam ninguém disposto a se queimar por Duarte.

Esta história foi contada neste blog Marco Aurélio d’Eça no post “Duarte quer ‘laranja’ para se salvar na disputa contra Braide…”.

Sem o contraponto com Braide, auto-esvaziado na campanha e com outros candidatos surgindo com mais consistência no debate, o candidato socialista pode até ser ultrapassado por uma terceira via.

Mas esta é uma outra história…

Família Bolsonaro vai mesmo apoiar Yglésio em São Luís…

Espécie de porta-voz do ex-presidente, o senador Flávio Bolsonaro declarou em vídeo – além de criticar o posicionamento do PL maranhense – que o agora candidato do PRTB representa o pensamento da família no Maranhão; ele pediu apoio dos eleitores bolsonaristas ao deputado

 

Yglésio com Flávio Bolsonaro; candidato do PRTB quer reunir em torno de si a família do ex-presidente e os eleitores da direita bolsonarista e conservadora

O pré-candidato do PRTB a prefeito, deputado estadual Yglésio Moyses, vai mesmo ter o apoio da família do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) à sua candidatura em São Luís.

A primeira manifestação do clã bolsonarista foi feita nesta terça-feira, 9, pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), que funciona como uma espécie de porta-voz político do ex-presidente; Em Brasília dede segunda-feira, 8, Yglésio reuniu-se com o Bolsonaro zero1, que gravou vídeo pedindo apoio à sua candidatura.

– O Yglésio representa, sim, o nosso pensamento em São Luís – disse o senador carioca; o pré-candidato do PRTB deve divulgar o vídeo ao lado de Flávio em suas redes sociais ao longo desta quarta-feira, 10.

Além de pedir apoio dos bolsonaristas ludovicenes à candidatura de Yglésio, Flávio Bolsonaro também criticou o posicionamento do PL maranhense, que deve figurar na coligação do deputado federal Duarte Jr. (PSB).

– Lamento que o PL do Maranhão tenha tomado um posicionamento equivocado – disse o filho de Bolsonaro.

Ao longo da campanha, Yglésio deve receber manifestações de apoio de outros membros da família Bolsonaro, incluindo a ex-primeira-dama Michele e o próprio ex-presidente, que podem, inclusive, vir a São Luís.

Com esses apoios, Yglésio espera alcançar os 25% dos votos bolsonaristas da capital.

E somá-los aos da direita conservadora…

Direita Bolsonarista tem maioria dos candidatos em São Luís…

Com a entrada do deputado estadual Yglésio Moyses, campo extremista e conservador será dividido entre ele, Wellington do Curso, Eduardo Braide e Duarte Jr., que quer também parte do eleitorado lulista, cujo único candidato exclusivo é o ex-vereador Fábio Câmara, do PDT

 

Yglésio com a ex-primeira-dama Michele Bolsonaro; deputado vai levantar a bandeira do ex-presidente nas eleições de São Luís

Análise da Notícia

Candidato mais alinhado à direita bolsonarista, em contato direto com a família do ex-presidente, o deputado estadual Dr. Yglésio Moyses garantiu sua participação nas eleições de São Luís ao filiar-se ao PRTB, no último dia do  prazo; mas ele vai dividir o campo ideológico da direita – bolsonarista ou conservadora – com pelo menos outros três candidatos.

Dos cinco candidatos já postos à disputa, apenas o ex-vereador  Fábio Câmara (PDT) está exclusivamente no campo lulista e vai levantar a bandeira do presidente petista durante a campanha; além dele, o deputado estadual Duarte Júnior se posiciona na base de Lula, mas namora também com a base do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Um vídeo de Duarte declarando-se bolsonarista – publicado neste blog Marco Aurélio d’Eça ainda em 2020 já está, inclusive, circulando nas redes sociais e aplicativos de troca de mensagens. (Veja abaixo)

Além de Yglésio, flertam diretamente com a direita ideológica o próprio prefeito Eduardo Braide (PSD), embora este nem se manifeste quanto à questão política nacional, e o deputado estadual Wellington do Curso (Novo), que pretende conquistar a chamada direita conservadora, eleitorado-base do ex-candidato a governador Lahésio Bonfim.

A maioria dos analistas políticos maranhenses entendem que a disputa nacional e a polarização entre Lula e Bolsonaro terão pouca influência na sucessão municipal; este blog Marco Aurélio d’Eça segue, por outro lado, o entendimento da classe política, para a qual o lulismo segue forte como opção eleitoral no Maranhão e na capital maranhense.

E será esse o foco principal de todos os candidatos…

“Minha restrição ao PL é por ser o partido de Bolsonaro”, declara Felipe Camarão

Vice-governador do Maranhão e coordenador da campanha do deputado federal Duarte Jr. em São Luís mostra pensamento diverso do candidato a prefeito e revela ao blog Marco Aurélio d’Eça que pretende uma aliança no campo progressista para a disputa na capital maranhense e em todos os municípios onde seu grupo estiver à frente das campanhas

 

Felipe Camarão quer a chapa de Duarte no campo de centro-esquerda, base do presidente Lula, mas o candidato a prefeito insiste em manter relações com o PL de Jair Bolsonaro

O vice-governador Felipe Camarão (PT) divergiu do seu candidato a prefeito de São Luís, Duarte Jr. (PSB), que não consegue se livrar da aliança pessoal que mantém com o deputado federal Josimar Maranhãozinho, presidente do PL, partido do presidente Jair Bolsonaro no Maranhão.

Duarte vai disputar a prefeitura por uma aliança que envolve todos os partidos da base do presidente Lula (PT) em São Luís, mas demonstra que não pretende se afastar do PL de Josimar, como revelou este blog Marco Aurélio d’Eça no post “Duarte repete em 2024 erro que tirou 2º lugarde Weverton em 2022…”.

– Não defendo união com políticos da extrema direita. Pessoas que são expressa e declaradamente Bolsonaristas, que defendem armas, que massacraram o Lula e que ofendem o PT diariamente; quanto ao PL de forma específica, minha restrição não é ao Josimar, pessoalmente, mesmo por que ele e outros do PL estão votando a favor das pautas do presidente Lula no congresso – afirmou Camarão, em conversa exclusiva com este blog Marco Aurélio d’Eça.

Ligado por questões extra-políticas ao deputado Josimar Maranhãozinho – segundo o próprio deputado federal do PL – Duarte Jr. quer incluir o partido de Bolsonaro na aliança progressista que será coordenada por Felipe Camarão, mesmo com a restrição do vice-governador e com o alerta do seu marqueteiro para que se afaste do bolsonarismo.

Felipe Camarão deixa claro que sua restrição não é a Maranhãozinho – que, segundo o vice-governador, tem votado a favor de Lula em Brasília – mas a Bolsonaro, seus filhos, e a Valdemar da Costa Neto, presidente nacional do PL.

– Penso que os eleitores podem não compreender bem, assim como eu, uma aliança de uma frente ampla de centro esquerda com o partido do Bolsonaro – reflete Felipe Camarão, mesmo entendimento que tem o marqueteiro Manoel Canabarro, responsável pela campanha de Duarte Jr.

Felipe Camarão disse que vai atuar diretamente, não apenas em São Luís, mas em todos os municípios que estiverem sob sua coordenação, para que as alianças contemplem o campo progressista, com eventuais alianças ao centro.

– Minha defesa é para que tenhamos candidaturas progressistas em todas as cidades. Do campo da esquerda e de centro esquerda, mas claro com abertura para apoios de partidos do centro. Isso é normal. Tanto que teremos boas parcerias com PP e União Brasil , por exemplo – explicou.

Coordenados pelo ministro dos Esportes André Fufuca, e pelo deputado federal Pedro Lucas Fernandes, PP e União Brasil são hoje aliados de Lula, do governador Carlos Brandão (PSB) e do próprio PT no Maranhão.

O que não é o caso do PL de Josimar Maranhãozinho…

Duarte Jr. repete em 2024 erro que tirou 2º lugar de Weverton em 2022…

Apesar do alerta de seu marqueteiro e da resistência dos seus aliados no PT e na esquerda, pré-candidato do PSB a prefeito de São Luís insiste em manter diálogo com o PL bolsonarista; e chega a dizer que, para o eleitor, “importa são os resultados”; postura “furta-cor” tirou do senador pedetista – que se dizia aliado de Lula, de Ciro Gomes e de Bolsonaro – o segundo lugar nas eleições para o Governo do Estado, em 2022

 

Com origem na direita, Duarte Jr. aproximou-se de Lula com articulação de Flávio Dino e de seus aliados no PT e no PCdoB, mas só a partir de 2022

Análise da notícia

O deputado federal Duarte Jr. assumiu nesta terça-feira, 2, em entrevista a uma emissora de TV repercutida no blog Marrapá, uma postura que o próprio senador Weverton Rocha (PDT) reconhece ter sido seu principal erro  nas eleições de 2022; filiado ao PSB, com apoio do PT e de toda a esquerda da base do governo Lula (PT), Duarte quer em seu palanque, mesmo assim, o PL, partido do presidente Jair Bolsonaro.

Na entrevista desta terça-feira, Duarte chegou a declarar: “o que importa são os resultados”.

– É claro que você tem um político de preferência, tem gente que apoia o Lula, tem gente que apoia o Bolsonaro; mas eu tenho certeza que quem está em casa, o que mais quer é a resolução dos seus problemas. Essa discussão, essa polarização eu acho que não faz o menor sentido” – disse Duarte, sem assumir sua própria preferência. (Leia aqui)

Essa mesma postura furta-cor foi adotada pelo senador Weverton Rocha nas eleições de 2022.

Filiado ao PDT de Ciro Gomes, aliado ao PT de Lula e com o PL bolsonarista em sua coligação, o senador não se definiu por nenhum candidato a presidente e acabou amargando o terceiro lugar na disputa pelo governo; hoje, o próprio Weverton reconhece ter sido este o seu principal erro.

O debate sobre a relação de Duarte Jr., ao mesmo tempo, com o PT de Lula e com o PL de Bolsonaro, começou quando este blog Marco Aurélio d’Eça revelou, com exclusividade, que o seu marqueteiro, Manoel Canabarro, desaconselhou a presença do PL bolsonarista em seu palanque; na reunião com Duarte, Canabarro usou o exemplo do próprio Weverton.

Esta posição anti-bolsonarista tem sido adotada também pelo vice-governador Felipe Camarão, filiado ao PT e futuro candidato de Lula nas eleições de 2026; Camarão é hoje o coordenador-geral da campanha de Duarte Jr.

Origem na direita

A relação de Josimar com Duarte vai além da questão político-ideológica, como afirma o próprio deputado bolsonarista

Mas embora tenha surgido na política pelas mãos do ex-governador Flávio Dino, Duarte Júnior sempre foi, conceitualmente, mais vinculado à direita.

Em 2020, quando disputou a prefeitura pelo PRB, ele chegou a declarar-se, orgulhosamente, em vídeo que rodou todo o primeiro turno, pertencer ao “partido do 10, partido de Bolsonaro”. No segundo turno, Dino assumiu a campanha e o afastou do bolsonarismo.

Esta história também foi retratada neste blog Marco Aurélio d’Eça, no post “Apoiado por Flávio Dino, Duarte declara: “sou do partido de Bolsonaro…”.

Mas a relação com o presidente regional do PL e colega Josimar de Maranhãozinho – que este próprio define como “pessoal, mas do que política” – se manteve, sobretudo após Duarte se eleger deputado federal.

Esta relação, que perpassa a linha ideológica e incide também na relação com o governo federal e com as emendas parlamentares, mantém o vínculo entre o deputado socialista e o proto-bolsonarista.

Mas esta é uma outra história…

Wellington já assume contraponto a Braide….

Pré-candidato do Partido Novo em São Luís, deputado estadual atua no mesmo campo ideológico do prefeito e vai tentar aglutinar em torno de si os eleitores da direita conservadora e bolsonarista – usados por Duarte Jr. em 2020 – sobretudo com o apoio do ex-candidato a governador Lahésio Bonfim, que ficou em segundo lugar nas eleições de 2022

Wellington começou a se apresentar como o principal contraponto ao prefeito Eduardo Braide, buscando a polarização que pode levar ao segundo turno

Análise da Notícia

Lançado candidato há uma semana pelo partido Novo o deputado estadual Wellington do Curso vem fazendo, desde então, o contraponto ao prefeito de São Luís Eduardo Braide (PSD), numa clara estratégia de polarizar com o atual gestor e se cacifar para um eventual segundo turno; Wellington é hoje o principal adversário de Braide no campo da direita conservadora e bolsonarista.

O deputado do Novo pode se transformar no que o deputado federal Duarte Jr. (PSB) temia desde o início. O candidato governista teme o lançamento de outras candidaturas por que  corre o risco de ficar fora do segundo turno; por isso vem trabalhando na base governista a polarização com o prefeito.

Declaradamente bolsonarista nas eleições de 2020, Duarte agora não pode assumir este campo ideológico, e ainda vai ter que dividir o eleitorado do presidente Lula (PT) com o pedetista Fábio Câmara, que já vem pedindo votos como aliado do petista.

Solto entre os eleitores de direita – tanto os conservadores quanto os bolsonaristas – Wellington faz críticas diretas a Braide, a exemplo da cobrança deste feriadão por melhorias no Samu, serviço de saúde que ele vê como sucateado em São Luís; embora esteja em segundo lugar nas pesquisas, Duarte Jr. tem, evitado críticas a Braide.

Além da liberdade para contrapor o prefeito, Wellington conta também com o apoio do ex-candidato a governador Dr. Lahésio Bonfim (Novo), que ficou em segundo lugar em 2022, tanto no Maranhão quanto em São Luís; Lahésio já declarou que estará com Wellington pedindo votos nas ruas, feiras e mercados.

O acirramento da disputa – com Braide e Wellington buscando o eleitorado de direita e Duarte tendo que dividir o eleitorado lulista com Câmara – tende a diminuir a distância entre os quatro nomes já postos à disputa, na medida em que a campanha chegar de fato à TV.

Será quando se saberá mais claramente qual a importância do presidente Lula e do ex-presidente Bolsonaro na disputa.

E quem buscará, de fato, o eleitorado de cada um deles…

Ao atacar Maura Jorge, comunistas esquecem trajetória do seu próprio partido no MA

Citando nominalmente a prefeita de Lago da Pedra – e outros políticos e lideranças não-alinhadas à ideologia de esquerda – deputados Márcio Jerry, Rodrigo Lago e Júlio Mendonça fazem uma espécie de patrulha na base do governo Carlos Brandão, escondendo o fato de que foi o governo Flávio Dino quem abriu espaço para todas as expressões políticas, de esquerdistas a direitistas, de bolsonaristas a sarneysistas

 

Agora no PP, de André Fufuca, Maura Jorge passou a ser hostilizada por comunistas ao manter relações institucionais com o governo Brandão

Análise da Notícia

Tem repercutido muito mal nas redes sociais e aplicativos de troca de mensagens os ataques do deputado federal Márcio Jerry e dos estaduais Júlio Mendonça e Rodrigo Lago (todos do PCdoB) à prefeita de Lago da Pedra, Maura Jorge (PP). Nestes espaços é vista incoerência dos parlamentares diante da trajetória do próprio PCdoB no Maranhão.

Para chegar ao poder, num passado não tão distante, o PCdoB, uniu-se com toda sorte de siglas partidárias, inclusive de direita, abrindo mão de qualquer regulamento estatutário e coerência ideológica.

Márcio Jerry questiona em suas redes sociais as relações de Maura Jorge com o governo Carlos Brandão (PSB); essa patrulha é replicada na Assembleia Legislativa por Rodrigo Lago e Júlio Mendonça, que pregam o banimento ou isolamento não apenas da prefeita, mas de todas as lideranças da chamada direita, e do bolsonarismo, inclusive a deputada estadual Mical Damasceno (PSD), aliada de primeira hora de Brandão.

Para chegar ao poder em 2014, Flávio Dino precisou fazer alianças à esquerda, mas, principalmente, com os setores à direita e mais conservadores do estado.

O próprio Brnadão, que foi seu vice em dois mandatos, pertencia ao PSDB, partido antagônico ao  PCdoB e à esquerda lulista; antes mesmo do governo Brandão começar, em 2022,  Dino e o seu PCdoB  já haviam resgatado os sarneysistas, por exemplo, contra quem ele se elegeu e reelegeu.

Neste terceiro governo Lula, o  PT nacional tem buscado alianças com todas as correntes políticas, em busca de governabilidade, o que se reflete no slogan “União e Reconstrução”.

Se coerência é o critério, tá na hora de os deputados do PCdoB olharem para a própria trajetória e aprender com Lula, Flávio Dino e Sarney, que souberam e sabem muito bem o significado de pluralidade e coalisão. (Releia aqui, aqui e aqui)

Nas redes sociais, os comentaristas não têm perdoado a incoerência dos comunistas; entre os pedidos mais harmoniosos, há os que sugerem aos deputados largar as redes sociais e começar, efetivamente, a trabalhar pelo Maranhão, por que, para além de brigas partidárias, a realidade da população é o que mais importa,

Ou pelo menos deveria…

Duarte Jr. e Fábio Câmara vão dividir o eleitorado lulista em São Luís…

Pré-candidatos do PSB e do PDT são os únicos representantes da base do presidente da República na disputa pela prefeitura da capital maranhense, que tem mais representantes da direita conservadora e bolsonaristas, embora apenas Yglésio Moyses assuma abertamente seu campo ideológico

 

Duarte vai buscar a exclusividade de Lula em seu palanque, mas terá que dividi-lo com o candidato pedetista Fábio Câmara

Ensaio

Os pré-candidatos a prefeito de São Luís Duarte Jr. e Fábio Câmara são os dois únicos entre os postulantes às eleições de outubro que representam partidos da base do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Deputado federal, Duarte Jr. é do PSB, partido do vice-presidente Geraldo Alkimin e deve ter como vice um indicado pela Federação Brasil Esperança, que tem o PT e mais o PCdoB e o PV, apesar de flertar em busca de apoio do PL bolsonarista; Fábio Câmara, por sua vez, é do PDT, que tem dois ministérios e o vice-líder do governo Lula no Congresso Nacional, senador Weverton Rocha.

Duarte e Fábio Câmara vão dividir a atenção dos cerca de 35% de eleitores que votam sob qualquer circunstância em um candidato indicado por Lula, segundo pesquisas de 2023, quando ainda não havia necessidade de registro na Justiça Eleitoral.

Na disputa em São Luís, a maioria dos candidatos é da direita, das correntes conservadora ou bolsonarista, esta última também chamada de extremista.

O prefeito Eduardo Braide (PSD) não se manifesta quanto à ideologia; mas, apesar de filiado a um partido da base de Lula, nunca se manifestou em relação ao presidente e tem postura conservadora da direita católica desde os tempos em que foi deputado estadual.

Flertam com a base bolsonarista os deputados estaduais Wellington do Curso (agora no Novo) e Dr. Yglésio Moyses (em busca de partido)

Sob a coordenação do ex-candidato a governador Dr. Lahésio Bonfim, Wellington também não assume abertamente seu bolsonarismo – e tem dificuldade em explicar conceitos como direita e conservadorismo – mas nada tem a ver com a esquerda.

Yglésio está mais próximos dos Bolsonaro

Esta semana ele se reuniu tanto com o ex-presidente da República quanto com a ex-primeira-dama Michele Bolsonaro e com o senador Flávio Bolsonaro, além, de diversos ícones da direta conservadora; de todos os candidatos da direita, Yglésio é o único que assume abertamente sua condição de bolsonarista.

Ele quer alcançar os cerca de 25% de votos com influência direta deste campo político na capital maranhense…