Laudo do Instituto de Criminalística já comprovou que a vítima morreu dentro da piscina da casa de prostituição, que já foi, inclusive, notificada pelo Corpo de Bombeiros por falta de equipamentos e pessoal habilitado para resgate e salvamento, obrigatórios para este tipo de funcionamento
O laudo do Corpo de Bombeiros que confirma funcionamento irregular da Rosana Drinks será usado como prova de responsabilidade da empresária
A família do jornalista Vinícius Maldine Vieira deve responsabilizar diretamente pela sua morte a proprietária da casa de prostituição Rosana Rodrigues, independentemente do resultado das investigações da Delegacia de Homicídios e Pessoa.
Rosana deve ser apontada civil e criminalmente com base em dois fatores:
1 – o laudo do Instituto Médico Legal confirma que Maldine morreu por asfixia por afogamento;
2 – o Corpo de Bombeiros notificou a Rosana por funcionar sem equipamentos e pessoal de apoio. (Relembre aqui)
Maldine morreu afogado na piscina da Rosana Drinks, que não dispõe de salva vidas e nem mesmo monitores
O advogado da família de Maldine analisa depoimentos, imagens e demais documentos do inquérito policial para denunciar Rosana Drinks tanto criminalmente q1uanto civilmente.
A empresária tenta mostrar à opinião pública – usando setores aliados na mídia – que Maldine estava sob efeito de drogas, na tentativa de responsabilizá-lo pela própria morte.(Leia aqui)
Os confrontos de versões – que devem esbarrar na Justiça – independem das investigações policiais, que devem ser concluídas após oitiva da última testemunha, o policial militar Bruno Campelo.
Empresário que acompanhou o jornalista na Mansão da Rosana prestou depoimento acompanhado de dois advogados e revelou que, enquanto a vítima era atendida na UPA, ele deixou o local “com receio de ser visto nervoso e descalço”, voltou para a Rosana e, de lá, seguiu para um posto entre a Maioba e a Raposa, onde, mesmo “desnorteado”, teve o discernimento de ligar para o advogado Natanael Tomaz de Aquino Júnior, um dos que o acompanharam à DHPP
Saymon acompanhou Allan Lepore no transporte de Maldine até a UPA do Ara, mas sua principal preocupação era ser visto daquele jeito no local
Este blog Marco Aurélio d’Eça teve acesso esta semana a todo o teor dos autos resultantes do Boletim de Ocorrência nº 111014/2024, referente à morte do jornalista e blogueiro Vinícius Maldine Vieira, no dia 1º de maio, na piscina da Mansão Rosana, no Olho d’Agua.
Até esta quinta-feira, 16, já haviam prestado depoimento as seguintes “testemunhas”:
Rosana Rodrigues Costa, dona da casa noturna que leva o seu nome;
Beatriz Alexandre Cavalcanti da Nóbrega, garota de programa;
Márcia Costa Meireles, a “Índia”, que dormiu com Maldine;
Saymon Aquino Araújo, que chegou com Maldine à casa;
e Allan Jorge Damous Lepore, que socorreu a vítima.
Um dos trechos do depoimento de Saymon Aquino: preocupação com a imagem durante passagem pela UPA do Araçagy
Este blog Marco Aurélio d’Eça vai destrinchar um por um dos depoimentos já prestados à DHPP; por ora, se prende ao depoimento do empresário Saymon Aquino, que chegou com Maçldine à Rosana; foi Saymon quem acompanhou Allan Lepore à Upa do Araçagy – Allan dirigindo e ele na carroceira, com Maldine já desacordado.
Mesmo diante de toda a situação de Maldine, Saymon tinha uma única preocupação na UPA, conforme seu depoimento à DHPP:
Em pouco tempo, Rafael da Juventude chegou à UPA; então o declarante pediu para Rafael ‘assumir’ a situação no hospital em razão de que estava nervoso, descalço, e com receio de ser visto naquelas condições no local”, declarou o empresário em seu depoimento.
Ele voltou para a Rosana, ficou por cerca de 30 minutos e seguiu – acompanhando do policial militar Bruno Campelo – para um posto na região entre a Maioba e a Raposa, onde mostrou outra preocupação, ainda segundo o próprio depoimento:
O declarante permaneceu no posto e resolveu ligar para o seu advogado Dr. Natanel”, por estar “totalmente desnorteado com toda a situação ocorrida”.
Este dr. Natanael é Natanael Tomaz de Aquino Júnior, que acompanhou o empresário em seu depoimento, ao lado do também advogado Áquilla Pereira Mascarenhas.
O policial militar Bruno Campelo, parceiro de Saymon, ainda não depôs à DHPP…
Imagens divulgadas no fim de semana – claramente de interesse de Rosana Rodrigues, Saymon Aquino e Bruno Campelo, vistos ainda como testemunhas – deixa fortes lacunas e abre questionamentos importantes para elucidação da morte do jornalista, ocorrida há duas semanas; a pedido deste blog Marco Aurélio d’Eça policiais, advogados e especialistas em segurança assistiram ao vídeo. A conclusão é unanime: “há muito a ser explicado”
Análise da Notícia
Vazado no fim de semana, um vídeo com o que seriam “os últimos momentos do blogueiro Maldine Vieira” levantou ainda mais suspeitas na morte do jornalista, ocorrida no último dia 1º de maio, na piscina da casa noturna Rosana Drinks.
Claramente editado e legendado para corroborar a narrativa que aponta a vítima como culpada da própria morte, e para casar com os depoimentos das três principais testemunhas – a dona da boite, Rosana Rodrigues, o empresário Saymon Aquino e o policial militar Bruno Campelo – o vídeo deixa fortes lacunas.
Pior: as imagens se chocam frontalmente com as próprias legendas e com os depoimentos dessas três testemunhas, que, curiosamente, têm o mesmo advogado.
Está claro no vídeo – de mais de 17 minutos – que há imagens ocultadas, muitas das quais fundamentais para o esclarecimento do caso; não há dúvida, também, de que o conteúdo, da forma como foi divulgado, tenta responsabilizar só Maldine pelo seu fatídico dia.
Este blog Marco Aurélio d’Eça analisou o vídeo nesta segunda-feira, 13, o que gerou vários questionamentos:
1 – o que ocorreu atrás daquele armário no bar?!? Com quem Maldine brigava e com quem Saymon falava?!? Havia outra pessoa ali, além de Maldine?!?
2 – por que aquela moça chorava dentro do bar?!? O que ocorreu para ela chorar? O que tanto ela olhava e botava a mão na cabeça, em contrito?!?
3 – por que não foi apresentada nenhuma imagem do jornalista na piscina, que comprovasse a narrativa apresentada pelas testemunhas?!?
4 – por que não há imagens mostrando como e quem tirou Maldine Vieira da piscina e qual o estado do jornalista neste momento?!?
Saymon faz estranho gesto de mão estendida enquanto mulher observa o que seria briga entre Maldine e alguém que não aparece nas imagens
O vídeo foi encaminhado também a policiais, advogados e especialistas em segurança com os quais este blog Marco Aurélio d’Eça mantém contato pessoal; Ponderando-se opiniões de cada um – e as suas idiossincrasias – a conclusão é unânime: “há muito a ser explicado”.
Até agora, há uma clara tentativa das três principais testemunhas – Rosana Rodrigues, Saymon Aquino e Bruno Campelo – de usar setores da mídia para construir uma narrativa apontando que Maldine Vieira morreu por overdose e que eles fizeram tudo para salvá-lo.
O problema é que, a cada narrativa apresentada com este objetivo, mais dúvidas surgem.
Militares da Diretoria de Atividades Técnicas estiveram nesta quarta-feira, 8, na casa noturna em que o jornalista Maldine Vieira morreu afogado na semana passada, após cair (ou ser jogado) na piscina, onde não existem seguranças ou pessoal de apoio para auxiliar em eventuais resgates, além da ausência das licenças para funcionamento; proprietária tem prazo de 30 dias para adequar o estabelecimento, sob pena de ser fechada
Embora em área residencial, mansão adquirida pela Rosana Drinks funciona como casa noturna, mesmo sem as licenças necessárias
Os bombeiros detectaram irregularidades, inclusive ausência de pessoal para resgate na área de piscina, o que cooperou para a morte de Maldine
A mansão da empresária Rosana Rodrigues Costa, mais conhecida por Boite Rosana, onde o jornalista Maldine Vieira morreu afogado após cair ou ser jogado na piscina, funciona sem os devidos instrumentos e pessoal de segurança e apoio, além da ausência de licenças para funcionamento como casa noturna; foi o que constatou vistoria da Diretoria de Atividades Técnicas (DAT) do Corpo de Bombeiros, realizada nesta quarta-feira, 8.
De acordo com o que apurou o blog Marco Aurélio d’Eça, Rosana tentou justificar que a casa é uma residência, embora receba clientes 24 horas por dia – o que obrigaria a obtenção de Alvará com CNAE próprio, Licença da própria DAT, da Secretaria de Meio Ambiente e da Delegacia de Costumes.
A notificação do CBMMA com a autuação assinada por Rosana Rodrigues, que tem 30 dias para se adequar às normas exigidas para funcionamento
Faltam na casa também os equipamentos necessários para a obtenção das licenças – extintores, sinalização, luz de emergência – e pessoal apropriado, como bombeiros civis, seguranças e, principalmente, pessoal de apoio para resgate na área da piscina.
Foi exatamente pela ausência de gente qualificada na casa que Maldine acabou morrendo por afogamento, segundo o laudo do IML e conforme este blog Marco Aurélio d’Eça registrou no post “Maldine foi jogado na piscina, garante testemunha…”.
Orientada por advogados, Rosana disse aos bombeiros que vai “mudar a finalidade casa, para a de restaurante”.
Para se adequar à lei, a casa noturna tem prazo de 30 dias…
Já ouvido por profissionais de imprensa e por familiares da vítima, mas ainda ignorado pela polícia, empresário Allan Damous Lepore conta que acompanhantes do jornalista avaliaram jogá-lo debaixo do chuveiro, mas optaram por carrega-lo para a piscina, resultando em sua morte por afogamento, o que desmente versões já apresentadas por outras testemunhas
Mansão Rosana, onde Maldine Vieira morreu afogado na piscina, mesmo em companhia de pelo menos 10 “amigos” e “amigas”
Considerado testemunha-chave para as investigações da morte do jornalista Vinícius Maldine Vieira, no dia 1º de maio, na casa noturna Rosana, o empresário Allan Damous Lepore já contou a pelo menos três jornalistas uma versão do que aconteceu naquele dia que é diferente das apresentadas pelo também empresário Saymon Aquino, pelo policial Bruno Campelo, e pela dona da boite, Rosana Barbosa.
O jornalista Domingos Costa publicou a versão de Allan, com exclusividade, nesta quarta-feira, 8.
Pelo que noticiou o jornalista, Maldine pode ter sido vítima de Homicídio culposo ou de Preterdolo, como levantou o deputado estadual Dr. Yglésio Moyses (PRTB), destacado por este blog Marco Aurélio d’Eça no post “Dr. Yglésio cobra respostas para a morte de Maldine…”.
Maldine estava ‘desnorteado’, andando de um lado para o outro. Muitas pessoas tentaram acalmá-lo, mas sem sucesso, até que houve uma sugestão de ‘uma pessoa’ que estava na mesa dele para colocá-lo embaixo do chuveiro; só que ‘alguém’ da mesa [o qual ele não sabe dizer o nome] sugeriu colocar ele dentro da piscina, justificando que seria melhor para ajudar na recuperação dele”, contou Allan a Domingos Costa, segundo o jornalista. (Leia a íntegra aqui)
Allan Damous Lepore contou ainda mais a Domingos Costa:
disse que as pessoas da mesa, juntas, jogaram o jornalista na piscina;
após alguns minutos perceberam que ele estava se debatendo e se afogando;
que nesse momento, o policial Bruno [Campelo] pulou para tirá-lo, mas não conseguiu;
que ele próprio, o Allan, também pulou, mas quando conseguiram puxá-lo “já era tarde demais”.
De acordo com o que apurou o blog Marco Aurélio d’Eça, nenhuma das pessoas já ouvidas pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) – inclusive a própria Rosana – deu esta versão à polícia,
Foi Allan Lepore quem levou Maldine à UPA do Araçagy, em seu veículo, um Peugeot tipo furgão, por que – ainda segundo contou aos jornalistas – Saymon Aquino recusou-se a levar o companheiro de festa em sua Dodge RAM 2500.
O depoimento de Allan Lepore à polícia estava marcado para a terça-feira, 7.
Mas a pedido do seu advogado, foi transferido para esta sexta-feira, 10.
Em discurso na tribuna da Assembleia Legislativa, deputado relembrou as suspeitas já elencadas pela imprensa e – na condição de advogado – levantou a possibilidade de homicídio culposo ou preterdolo, quando a pessoa se omite de agir mesmo com risco de a outra morrer
Dr. Yglésio fez importante discurso na Assembleia Legislativa cobrando esclarecimentos na morte do jornalista Maldine Vieira
O deputado estadual e pré-candidato a prefeito de São Luís Dr. Yglésio Moyses (PRTB), levantou nesta quarta-feira, 8, em discurso na Assembleia Legislativa, novas questões sobre a morte do jornalista Vinícius Maldine Vieira, ocorrida no dia 1º, na casa noturna Rosana.
Para Yglésio, não há dúvidas de que a polícia precisa dar respostas urgentes para este caso, cercado por circunstâncias inexplicáveis; Maldine morreu na piscina da Boite Rosana, após passar a noite com o empresário Saymon Aquino, a quem já tinha acusado em seu blog.
Nós não podemos deixar essa situação do Maldine esquecida, como foi a do Décio Sá; em respeito à imprensa eu cobro aqui que seja esclarecida completamente esta morte e todas s suas circunstâncias”, discursou Yglésio.
Em seu raciocínio, Yglésio Moyses levantou também alguns pontos obscuros:
uma pessoa de 1,75m morreu em uma piscina que tem 1,40m de profundidade;
o laudo do IML diz que ele morreu afogado. “Não foi por abuso de substância, o coração não parou”.
havia pelo menos 10 pessoas na casa, mas apenas uma se dispôs a socorrer Maldine na piscina da boite Rosana.
Com estes pontos levantados, Yglésio, que além de médico, é também advogado, entende que o caso pode ser enquadrado em pelo menos duas linhas de investigação criminal:
1- Homicídio Culposo, quando não há a vontade de matar, mas sim uma imprudência, negligência ou imperícia do autor. (Saiba mais aqui)
2 – Preterdolo, quando o agente provoca uma situação culposa que tem resultado mais grave que o esperado. (Entenda aqui)
Passados oito dias da morte do jornalista, não há nenhuma informação da polícia sobre as investigações.
Alvo de denúncias no blog do jornalista, o empresário Saymon Aquino o conheceu na noite anterior ao afogamento e foi o responsável por levá-lo à boite Rosana, para onde chamou também o policial militar Bruno Campelo; Outra peça, esta conhecida apenas por Alan – que levou Vieira à UPA do Araçagy – diz que Campelo esteve na piscina, onde a vítima se debatia, enquanto Aquino se divertia em uma mesa, com outras 10 pessoas
Saymon Aquino conheceu Maldine na terça-feira, 30, e o levou para a Rosana no clarear da quarta-feira, 1º
Desaparecido desde a última quarta-feira, 1º, quando veio à tona a morte do jornalista Maldine Vieira, o empresário Saymon Aquino é uma das peças-chave para desvendar o mistério em torno do afogamento, que ocorreu na casa de prostituição Boite Rosana.
Este homem só conheceu Maldine na noite anterior ao afogamento, mas foi personagem frequente em matérias do jornalista em 2023.
Uma rápida pesquisa deste blog Marco Aurélio d’Eça no blog Maldine Vieira, ainda disponível na internet, encontrou quatro posts:
Ainda durante o velório, na quinta-feira, 2, amigos próximos a Maldine Vieira relataram a linha do tempo desde a aproximação entre o jornalista e o empresário até o desfecho trágico, com a sua morte na piscina da boite Rosana.
o grupo de jornalistas se encontrava no Quatro Bar, na Península, ocasião em que Maldine Vieira fora apresentado a Saymon Aquino;
desde o início da noitada, Aquino tentava levar o jornalista para a Rosana, mas enfrentava resistência dos demais presentes;
diante do estado alterado de Maldine, alguns chegaram a propor levá-lo em casa, mas Saymon Aquino sempre os impedia;
os dois deixaram a Península ainda de madrugada, sozinhos, no carro do empresário, em direção à Boite Rosana.
A partir daí os relatos se parecem com os já divulgados pela imprensa, desde a morte do jornalista:
Symon Aquino e Maldine Vieira chegaram à boite Rosana entre 5h30 e 6h da manhã, com Maldine já em contato com uma das garotas da casa, com quem ficaria;
a convite do empresário, seu amigo policial militar Bruno Campelo, a segunda peça-chave, os encontrou já na casa, vindo de um plantão na PMMA;
sentindo-se mal, Maldine subiu a um dos quartos ainda pela manhã, e só desceu – já alterado – por volta do meio-dia, em crise psicótica;
o jornalista foi à piscina pouco antes das 14h; cerca de 10 pessoas bebiam na casa, entre elas a própria Rosana.
O PM Bruno e colegas se divertindo pouco antes da tragédia com Maldine
O vídeo que ilustra este post mostra Bruno Campelo na Rosana, em estado de euforia, pouco antes do desfecho trágico.
Há um outro personagem, chamado Alan – a terceira peça-chave – que já foi ouvido por alguns jornalistas; este cidadão, responsável por levar Maldine à UPA do Araçagy, dá uma versão para o caso totalmente diferente das pessoas já ouvidas, tanto pela imprensa quanto pela polícia.
Segundo Alan, quando Maldine Vieira estava na piscina, o PM Bruno Campelo esteve com ele e deixou o jornalista se debatendo; Symon permaneceu bebendo, indiferente, assim como as outras cerca de 10 pessoas na casa.
Foi Alan quem retirou o jornalista da piscina, já desfalecido, e o levou para a UPA; coube a Rosana comunicar a situação a um dos amigos de Maldine, mas com a recomendação de que o pai – o também jornalista Marcelo Vieira – “não deveria ficar sabendo.”
A notícia sobre a morte de Maldine Vieira começou a se espalhar a partir das 14h30 do feriado de quarta-feira, 1º. Saymon Aquino, Bruno Campelo e Rosana chegaram a ser ouvidos por jornalistas, e deram versões diferentes para o episódio.
E desde que a polícia iniciou as investigações, Aquino tomou rumo ignorado…