Para o setor empregatício do sistema de transporte de São Luís, ameaça de greve tem relação com a situação criada pelo Bilhete único, e afirma que a prefeitura usa a situação de caos instalado para justificar a licitação no setor
Empresários do setor de transportes disseram ao blog que a greve anunciada pelos motoristas tem ligação direta com uma grave situação provocada pelo bilhete único ou integrado.
Segundo ele, as empresas perderam mais de 500 mil passagens.
Para eles, a situação de caos instalada serve para a Prefeitura de São Luís justificar a licitação no setor.
– Será uma espécie de tábua de salvação para o sistema de transporte, ou seja, simplesmente fazendo o contrato de linhas para que os reajustes sejam automáticos – disse empresários ouvidos pelo blog.
Os empresários lembram, entretanto, que na recente audiência pública para debater o processo licitatório nada de concreto foi apresentado pela prefeitura.
Segundo eles, a audiência foi transformada apenas em uma palestra.
Informaram quatro lotes e o tipo de licitação, mas não falaram valores de tarifas, quantitativos de ônibus que iriam operar no novo sistema, e se será implantado um sistema sobre trilhos ou BRT.
Para eles, nada importante para os próximos 15 anos.
Eles destacam ainda que na audiência pública não foi apresentado documento tratando sobre a disponibilidade dos estudos preliminares sobre a licitação e que, conforme o empresário, devem existir.
Os empresários citam o artigo 4º, que altera o artigo 10 da Lei 3430 que trata sobre a licitação.
– O projeto básico, que irá integrar o edital como um de seus anexos, compreenderá o conjunto de elementos necessários à caracterização do serviço, compreendendo todas as características essenciais da sua operação, e será elaborado com base nas indicações dos estudos técnicos preliminares, que demonstrem a viabilidade técnica e econômico-financeiro do projeto – disseram.
– Se a situação está ruim hoje, podemos imaginar o que cai acontecer em maio quando os empresários terão que reajustar os salários dos rodoviários – questiona um empresário.