Não há depoimentos registrados do agiota Júnior Bolinha nas investigações da morte do jornalista Décio Sá.
A polícia já o ouviu várias vezes, mas nada foi registrado em papel.
O próprio Bolinha declarou só falar em juízo.
Bandido contumaz, envolvido em vários tipos de crime – de extorsão a assassinatos, de golpes contra empresas a roubo de carros – Júnior Bolinha também atuava como intermediador de pistoleiros, agenciador de matadores e contratante de assassinatos.
E nesta condição, sabe muito.
O que ele falar terá peso até maior que o depoimento de Gláucio Alencar ou mesmo do assassino confesso Jhonatan de Souza. Por isso a polícia prefere mantê-lo em sigilo.
De uma forma ou de outra, a polícia sabe com quem Bolinha se relaciona, as atividades que ele faz e as relações que mantinha com gente de todos os níveis sociais.
O delegados já não têm dúvidas, por exemplo, de que ele contratou a morte de Fábio Brasil. Se Gláucio Alencar teve ou não participação nisso, é o que está sendo investigado.
A polícia também sabe que Bolinha tinha motivos para odiar Décio Sá e soube que Décio sabia da sua participação na morte de Brasil.
O silêncio de Bolinha é a chave de todo o caso Décio.
Mas falando ou não, tudo virá à tona a partir dele…