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Júnior Bolinha é a chave de tudo…

Bolinha: bom vivant que fazia qualquer negócio no crime

Não há depoimentos registrados do agiota Júnior Bolinha nas investigações da morte do jornalista Décio Sá.

A polícia já o ouviu várias vezes, mas nada foi registrado em papel.

O próprio Bolinha declarou só falar em juízo.

Bandido contumaz, envolvido em vários tipos de crime – de extorsão a assassinatos, de golpes contra empresas a roubo de carros – Júnior Bolinha também atuava como intermediador de pistoleiros, agenciador de matadores e contratante de assassinatos.

Preso, Bolinha mostrou-se um covarde compulsivo

E nesta condição, sabe muito.

O que ele falar terá peso até maior que o depoimento de Gláucio Alencar ou mesmo do assassino confesso Jhonatan de Souza. Por isso a polícia prefere mantê-lo em sigilo.

De uma forma ou de outra, a polícia sabe com quem Bolinha se relaciona, as atividades que ele faz e as relações que mantinha com gente de todos os níveis sociais.

O delegados já não têm dúvidas, por exemplo, de que ele contratou a morte de Fábio Brasil. Se Gláucio Alencar teve ou não participação nisso, é o que está sendo investigado.

A polícia também sabe que Bolinha tinha motivos para odiar Décio Sá e soube que Décio sabia da sua participação na morte de Brasil.

O silêncio de Bolinha é a chave de todo o caso Décio.

Mas falando ou não, tudo virá à tona a partir dele…

 

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Revelações de pistoleiro sugerem monitoramento de Décio Sá…

O detalhamento do assassinato do jornalista Décio Sá, feito pelo próprio executor, sugere que a vítima pode ter sido monitorada por uma terceira pessoa na noite do crime.

Versão do pistoleiro para localizar Décio: pouco crível

Segundo trechos do depoimento usados pela polícia no pedido de prisão dos envolvidos, o matador Jhonatan de Souza chegou a perder contato visual com o carro de Décio. Ele revela, no entanto, que decidiu seguir para a praia, até encontrá-lo novamente, ocasião em que efetivou o crime.

Versão pouco crível, que gera questionamentos.

Por que o bandido, ao perder o carro de Décio de vista, escolheu seguir exatamente para a Litorânea? Porque não foi até sua casa? Quanto tempo perdeu procurando de bar em bar na Litorânea?

É um tanto surreal que uma pessoa possa imaginar por si só, de cara, que outra tenha seguido para uma avenida como a Litorânea em plena segunda-feira.

Detalhe: o Estrela do Mar fica na parte São Marcos da Litorânea. O bandido já estava no Shopping do Automóvel, na altura do Quintas do Calhau, a uma distância considerável do local do crime.

Sair de bar em bar a procurar é de um amadorismo que não condiz com a montagem do crime.

O local do crime: só o matador o encontrou tão facilmente

O mais provável, segundo analistas da própria polícia, é que o bandido, após perceber que se perdera de Décio, tenha ligado para uma terceira pessoa, que decidiu monitorar para saber onde Décio estava.

É muito provável que, só a partir da informação desta terceira pessoa é que o bandido possa ter ido ao local do crime. Tanto que planejou deixar a moto do outro lado da avenida, no ponto exato para uma rota de fuga.

Este blog sempre levantou a hipótese de uma tocaia para Décio Sá, como prova o post “Perseguição ou Tocaia?”, publicado em 27 de abril.

A polícia só precisa saber agora se Jhonatan está escondendo alguém.

E quem é este eventual protegido…