Por Fred Torremolinos*
Já está mais do que evidente que esses ataques gratuitos, de quem não quer nada, mas querendo tudo, fazem parte de uma orquestração planejada, até mesmo em detalhes, para detonar literalmente a candidatura da Eliziane, antes mesmo que seja lançada oficialmente.
Ou seja, os “Brazilian Snipers”, um genérico do “American Sniper”, ainda em cartaz, os franco-atiradores timbiras, para ser mais bem entendido, via redes sociais e blogs alinhados, já deram os ares da graça e começaram o fogo de artilharia contra o alvo: Eliziane Gama.
O propósito, como já insinuado por Bira do Pindaré – que não tem o menor cacife dentro da Ilha para se eleger, mesmo com apoio do governo estadual, até porque pelo andar da carruagem não se sabe como estará a popularidade do governador no período das eleições, tantas são as manifestações de desagrado contra seu governo nos blogs e, também, nas redes sociais -, é que o nome do candidato resultante da fusão do PP com o PSB seja posto para discussão e escolha entre os próceres dos dois partidos.
Significa que o Bira, com o devido respaldo do governo estadual, de quem é secretário, já tenha calibrado sua bússola para o ponto cardeal que deseja, mesmo infringindo o magnetismo voluntário do instrumento, que, a rigor, deve sempre apontar pro norte.
Mas como em política até os pontos cardeais sofrem influência dos mandatários de plantão, é possível que a ponta da agulha seja entortada, a peso de recursos que só Deus sabe, para desorientar a candidatura da Eliziane a tal ponto, que ela se perca por não mais saber para que lado fica o norte. Isto é, já começaram a torcer a agulha para provocar pane na rosa-dos-ventos da possível, provável ou suposta candidatura de Eliziane…
Bem,o Bira já fez o primeiro ensaio para dar o tom da música. Agora já está à espera de engrossar o coro dos que vão dizer amém à sua candidatura. Em assim sendo, serão dois os candidatos do governador, Bira e Edivaldo? Ou Bira entra na jogada pra tirar votos de Eliziane e, assim, levar a eleição pro segundo turno?
Há ainda que se considerar as demais candidaturas – da Rose Sales; do PSDB, indefinida no momento, mas que pode ser a do Luis Fernando; do Astro de Ogum, cogitada; do Ricardo Murad, em busca de uma sigla, já que o Roberto Costa diz que pelo PMDB ele não emplaca, etc.
Em síntese: o cenário hoje está mais embolado que Corrida de São Silvestre antes da largada.
E aí, nessa movimentação das peças do xadrez político, o que se percebe é o encurralamento da candidata Eliziane para receber o xeque-mate. Afinal, de que forças políticas ela dispõe para evitar o isolamento e o xeque-mate?
E como uma andorinha só não faz verão, é provável que Eliziane não consiga mesmo levantar voo rumo à prefeitura.
Vale lembrar que traições políticas acontecem com a mesma rapidez com que as nuvens se deslocam pelo espaço…
O padre Antonio Vieira dizia, em Sermão da Montanha, que no Maranhão até o céu mente, numa alusão à brusca mudança do tempo: sol a pino para, em seguida, desabar um temporal.
Essa analogia com a política casa mais que mãos e luvas.
Vale recorrer à biografia do deputado Lister Caldas: “quem viver, verá!”
*Jornalista carioca
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