Há um vácuo de poder no Maranhão. A ausência da governadora Roseana Sarney (PMDB) do debate político e do dia-dia administrativo do estado gera um vazio de lideranças em todos os níveis.
E este vácuo influencia também nas constantes crises vividas na Assembléia Legislativa, desde a posse do deputado Arnaldo Melo (PMDB) na presidência da Casa.
O governo briga com o governo em plenário.
A Oposição, em céu de brigadeiro, apenas estimula esta briga para colher os louros da crise governista.
Um interlocutor político de peso já teria chamado a bancada para reunião em Palácio e “enquadrado” eventuais rebeldias.
Mas sem esta referência no Executivo, ninguém sabe a quem recorrer.
Os mais experientes ainda buscam o atual secretário de Saúde, Ricardo Murad, que decidiu cuidar apenas do dia-dia de sua pasta.
Há uma evidente falta de norte à bancada.
De um lado os medalhões – raposas felpudas e experientes, ressentidas com a força dos garotos que levaram Arnaldo Melo ao poder.
Do outro, exatamente estes meninos – jovens parlamentares arrojados, mas sem a devida percepção do que é estar sendo usado como estopim de cizânias.
Sem o comando do Executivo, as duas bandas se engalfinham dia após dia, deteriorando as relações na base.
E a oposição agradece…