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Opção é a palavra-chave…

A decisão do Supremo Tribunal Federal de garantir à gestante de fetos anencéfalos o direito de abortar, trouxe nova luz ao debate sobre o tema.

Em todos os pronunciamentos, os ministros usaram uma palavra que deve ser considerada a chave do debate.

Tudo se resume a uma questão de opção.

É a mãe quem deve decidir se quer ou não ter o filho.

Nesta decisão, deve pesar apenas os seus valores individuais, religiosos, culturais e familiares.

Mas é mãe quem deve decidir.

Nem a Justiça, nem a sociedade, muito menos a igreja e as organizações não-governamentais podem decidir por ela.

E isto vale para o aborto em qualquer cirscunstância – até aqueles sem cirscunstância alguma.

Este blog sempre defendeu – e defende – a descriminalização do aborto.

E é radical neste ponto, não estabelecendo qualquer limite para a decisão.

A mulher – e só ela – deve ter o direito de escolher se quer ou não ter uma criança.

Pouco importa se tiver sido irresponsável ao engravidar; não importa os riscos de extrair o feto.

Não deve importar nesta decisão qualquer fator externo.

Se ela quiser ter um filho anencéfalo, que tenha e pague o preço. Se decidir não ter, que faça a extração e, igualmente, pague o preço.

Se o feto não apresentar qualquer deformação e, mesmo assim, a mulher decidir não tê-lo, também deve ser respeitada em sua decisão.

A questão é da mulher e cabe a ela decidir.

Até por que, como disse um dos ministros em seu voto, qualquer que for a decisão, será sempre cercada de dor.

E a dor é, em primeira instância, apenas da mãe.

O STF foi perfeito ao se afastar da pressão religiosa – e das ONGs que são financiadas para tentar influenciar terceiros.

Uma isenção que deve ser mantida em outros julgamentos, como o da descriminalização da maconha, do aborto e a redução da maioridade penal.

Só assim, livre de amarras religiosas e sindicais, o Brasil avança…