A ameaça aberta do general Villas Boas é apenas uma das várias movimentações do Exército para trazer de volta o anos sombrios ao Brasil – agora com estímulo aberto de setores empresariais e políticos da elite brasileira
A mensagem do comandante do Exército, general Villas Boas, divulgada nesta terça-feira, 3, é uma ameaça aberta – e não mais velada – de que os militares estão na espreita pelo poder no país.
E isso é gravíssimo.
A ditadura militar, os anos de chumbo – ou a revolução, como alguns queiram chamar – foi o que de pior ocorreu na história do país. E só ocorreu porque a elite brasileira não aceitou ser governada por alguém de esquerda.
A fala tresloucada do general se deu exatamente no momento em que o Supremo Tribunal Federal decide o destino de outro home de esquerda, que as elites também não querem mais ver no comando do país.
– Nessa situação que vive o Brasil, resta perguntar às instituições e ao povo quem realmente está pensando no bem do País e das gerações futuras e quem está preocupado apenas com interesses pessoais? – disse o general.
Não cabe a qualquer militar – e muito menos ao general Villas Boas – fazer um questionamento desses como cidadão comum. Sua voz ecoará como sendo a de um agente de guerra; de alguém que sonda o terreno para atacar, princípio básico do Exército.
Pior: uma loucura militar dessas ainda encontra eco no seio da sociedade.
E encontra por que se trata da mesma sociedade que hoje põe nas cabeças das pesquisas um brutamontes ignorante, arcaico e descontrolado como o deputado federal Jair Bolsonaro.
Fantasmas da ditadura militar já rondam o país de norte a sul.
E as ameaças deles são cada vez mais claras…