Saiu pior que o soneto a tentativa de emenda do professor José Cloves Saraiva, da Universidade Federal do Maranhão, para a polêmica envolvendo o estudante nigeriano Nuhu Ayuba.
Saraiva encaminhou nota de “Retratação Pública”, divulgada no blog de Jonh Cutrim, em que, praticamente, responsabiliza o próprio aluno – e a sua cultura – pela sua atitude.
Retratar-se significa reconhecer um erro e corrigi-lo. Se tentou corrigir um erro, o professor Cloves Saraiva, mostrou apenas antipatia e ressentimento pelo estudante, expondo publicamente problemas pessoais com ele.
– Ao perguntar o seu nome não houve qualquer sentido jocoso, visto que sua pronúncia no seu idioma induz isto no nosso (…) – diz o professor, sem esclarecer o que quis dizer com “induz isto…”.
Pelo que se entende do que o professor não explica, seria a pronúncia do nome de Nuhu que “induziu isto” na cabeça dele.
Mas Clóves Saraiva vai além na tentativa de “retratação” a Jonh Cutrim, expondo publicamente a situação do seu aluno, mesmo dizendo entender “as dificuldades naturais, como todo estrangeiro”.
– Reclamei a você e aos outros colegas que não compareciam as aulas, nem fizeram os exercícios e, principalmente você, não compareceu ao PRÉ-TESTE e nem fez a sua 1ª Avaliação, além disso, não fez o PRÉ-TESTE da 2ª Avaliação, nem as suas notas de aula no caderno desta disciplina foram escritas e apresentadas até hoje. É lamentável! (sic) – desabafa o professor.
E conclui, assim: deveria pelo menos se explicar, evitando interpretações errôneas sobre o seu atual comportamento como estudante da UFMA.
Tradução óbvia: na visão de Cloves Saraiva, Nuhu Ayuba é culpado por tudo que lhe aconteceu.
Isto sim é lamentável…