A governadora Roseana Sarney (PMDB) evita qualquer discussão sobre sua sucessão neste momento – até por que, não faz sentido que ela abra este debate ainda no primeiro ano do seu governo.
Mas hoje, com a insistência do radialista Rogério Silva, na rádio São Luís AM, ela mandou uma espécie de recado aos oposicionistas que comemoram bom desempenho em pesquisas extemporâneas.
– Vou dizer uma coisa: quando estava no meio do meu governo, em 2000, meu candidato à epoca [o então vice, José Reinaldo Tavares] tinha só 2% nas pesquisas. Os outros beiravam os 45%, como o doutor Jackson [Jackson Lago, do PDT]. E o meu candidato venceu no primeiro turno – advertiu Roseana.
Roseana não fala em sucessão, mas, provocada, deixa claro a força eleitoral do seu grupo
Mesmo sem a citação nominal, tanto Roseana, na resposta, quanto o repórter, na pergunta, falavam da recente pesquisa Amostragem, que apontou o ex-deputado federal Flávio Dino (PCdoB) com até 64% das intenções de voto.
A própria Roseana fez a ponderação: – Não há avaliação que se sustente até lá [em 2014].
A governadora está corretíssima na avaliação.
E com um detalhe importante a seu favor: ao contrário dos anos 2000, quando Zé Reinaldo somava apenas 2%, agora, os dois nomes do governo – o ministro Edison Lobão e o secretário Luís Fernando Silva – apresentam 25% e 15%, respectivamente.
No caso de Luís Fernando Silva, que parece ser o preferido de Roseana, a preocupação, portanto, deve ser mesmo é dos comunistas.
Enfrentar um candidato apoiado pelo governo, que, desconhecido do grande eleitorado – e a três anos da eleição – alcança 15% das intenções de voto, é um risco para qualquer adversário.
Combinado com a pretensão da governadora de ficar até o final so seu mandato, este potencial se multiplica fortemente.
É necessário, portanto, analisar com serenidade a advertência de Roseana.
E não se arrepender depois…
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