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Por que o privilégio???

Neto Evangelista: com direito a ajudante-de-ordens

O deputado Neto Evangelista (PSDB) é o único parlamentar da Assembléia Legislativa, à exceção do presidente, a ter um militar à disposição 24 horas por dia.

O cabo bombeiro Santos, que é vinculado ao Gabinete Militar da Assembléia, atua como uma espécie de ajudante-de-ordens de Evangelistinha desde que o parlamentar assumiu o mandato, no início do ano.

Pela lei, todo militar disponibilizado pelo Executivo aos outros poderes deve ser vinculado diretamente aos gabinetes militares, atuando em funções inerentes à sua categoria profissional.

Para dispor da companhia de um destes militares, o deputado precisa se enquadrar em situações específicas.

– Se um militar da ativa estiver lotado em gabinete de deputado, caracteriza desvio de função – adverte o deputado Carlos Alberto Milhomem (PSD), ex-presidente da Assembléia.

O cabo Santos, é inclusive, um dos intelocutoes da greve dos militares. Em um vídeo divulgado no blog de Luís Pablo, ele aparece claramente usando o nome de Evangelistinha para ocupar a galeria da Assembléia. (Veja aqui)

O blog ouviu outros ex-presidentes da Casa, que também confirmaram a especificidade da lotação de um militar, e estranharam o fato de um destes militares estar à disposição de Neto Evangelista

De branco, cb Santos tenta convencer cel Pinheiro a liberar galeria...

Ex-presidente da CPI da Pedofilia, a deputada Eliziane Gama (PPS), por exemplo, também já teve militar à disposição do seu gabinte, mas pelo fato de, à época, ter sofrido ameaças de mortes.

Não há informações de que Evangelistinha tenha sido ameaçado ou se encontre em situação que necessite a presença de um militar ao seu lado, como “faz-tudo”.

Apenas a anuência do presidente Arnaldo Melo (PMDB) explicaria – sem justificar – a liberação do cabo Santos ao deputado Neto Evangelista.

Mas por que o privilégio???

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O oportunismo irresponsável de Flávio Dino, segundo Ricardo Murad…

Ricardo Murad vê oportunismo em Flávio Dino

O secretário de Saúde, Ricardo Murad (PMDB), clasificou de irresponsável a atitude do presidente da Embratur, Flávio Dino (PCdoB), sobre a greve dos policiais militares.

Em seu perfil no Facebook, Murad diz que Dino “afronta a Constituição  e a decisão da Justiça, mas se mantém longe da linha de frente, nas confortáveis instalações da Embratur”.

– Quero ver Flávio Dino se responsabilizar pela multa de R$ 200,00 por dia no soldo de cada policial que participa do movimento – provocou o secretário.

Flávio Dino e suas ilusões oposrtunistas

Advogado por formação, Flávio Dino é ex-juiz federal, e conhece – ou deveria conhecer a Constituição Federal.

Ao criticar Flávio Dino, Ricardo Murad também apelou aso líderes do movimento para que retomem a linha da negociação pacífica.

Na avaliação do secretário, o movimento é incentivado por “gente de fora do estado”.

 

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Cúpula da Segurança perdeu as condições de continuar…

Comando da Segurança demonstrou fraqueza desde o início

Se o Governo do Estado tem alguma reação ao movimento de greve dos policiais e bombeiros militares, ela deve ser tomada imediatamente, sob pena de se tornar inócua diante do caos que pode se abater na sociedade.

Seja ela uma medida de força ou de negociação, não pode ser marcada pela claudicância.

Mas o governo também não pode mais ter à frente da Segurança os atuais dirigentes. Eles perderam as condições de seguir à frente do sistema – do secretário de Segurança ao comandante do Policiamento Metropolitano; do comandante da PM ao comandante dos Bombeiros.

Aliás, todos eles deveriam mesmo pedir para sair, uma forma de oxigenar a Segurança Pública e garantir o moral da tropa após o incidente que ora se vive.

Quanto à greve, a ação do governo deve ser imediata.

Se for para prender os manifestantes, que faça logo. Se for para negociar reajuste salarial nas bases que entende justa para ambas as partes, que faça logo tambén.

O risco de uma onda de criminalidade é iminente e a Força Nacional, por maior boa vontade que possa ter, não está preparada para ações urbanas como as vividas no dia-dia das grandes cidades.

Esta é a situação em que está a sociedade.

E os responsáveis estão de um lado e de outro…

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Deputados se sujeitam a “representante nacional” de cabos e soldados…

Grevistas tomam de assalto a Assembléia

Não passou de um espetáculo personalista a tentativa de reunião dos deputados estaduais com os “líderes” do movimento grevista de policiais e bombeiros militares, hoje, na Assembléia Legislativa.

Um representante da Federação Nacional de Cabos e Soldados, que veio da Bahia, danou-se a falar sem parar e praticamente não deu espaços para que os deputados se posicionassem.

Pior: apenas se submeteram a cantilena teórica do pracinha

De tudo entendia o homem: tentava vender a idéia de conhecimento absoluto dos supostos direitos dos militares e fez questão de ressaltar as credenciais de experiente participante de movimentos parecidos, em vários estados do Brasil.

– Jamais aceitaria tratar de greve de policial maranhense com alguém “da União Soviética” – comentou o deputado Carlos Alberto Milhomem (PSD), irritado com a abertura dada ao “estrangeiro”.

Com a desenvoltura do insuflador grevista, os deputados só tiveram a chance de garantir a permanência dos militares na Assembléia, que se transformou no acampamento do movimento.

Se o governo não agir rápido, seja para o que for, a coisa pode degringolar – alertou Milhomem.

E que o tiver se der feito, tem que ser feito logo.

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Assim já é deboche…

Militares desrespeitam a bandeira, amarrando redes em seus mastros

Os policiais militares extrapolaram todos os limites do bom-senso em seu acampamento na Assembléia Legislativa.

As imagens que ilustram estes textos – publicadas originalmente por Matias Marinho e Gilberto Léda – mostram o desrespeito e a falta de valor que os militares dão a símbolos que lhe deveriam ser caros.

Desde ontem, eles agridem a própria imagem da PM com atitudes que nada têm a ver com a greve, que deveria ser levada em clima de serenidade e respeito.

Primeiro, armaram redes nos mastros em frente ao prédio da Assembléia, uma agressão ao principal alvo de respeito na vida militar: a bandeira brasileira.

Como se vê na imagem, a bandeira do Maranhão está a meio-mastro, outra agressão à liturgia institucional, já que não têm autoridade para manipulá-la.

Pela manhã, deixaram indevidamente a bandeira maranhense a meio-mastro

Pior: com a complacência letárgica do comando da Assembléia Legislativa.

Na Assembléia, nenhum cidadão pode entrar se estiver trajando bermudas. Militares circulavam hoje pela manhã – inclusive na área interna da Casa – de bermudas, chinelos e até camisetas.

Na Assembléia, também é proibida a entrada de carros de som. Os seguranças da casa, é bom que se diga, ainda tentaram impedir a circulação deste tipo de carro, mas foram ameaçados pelos grevistas.

Outra demonstração de falta de autoridade do comando da Assembléia.

O hall da Assembléia se transformou em palco para partidas de damas e dominó; bancos e cadeiras são usados como camas e palanques.

Para tentar amenizar a situação, a única ação do comando da Casa foi evacuar o prédio… mas da presença dos funcionários – como se os grevistas precisassem ficar mais à vontade. 

E assim segue o movimento paredista dos bombeiros e policiais militares.

Que eles mesmos vão transformando em deboche…

 

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“É preciso serenidade”, diz Zé Carlos, sobre greve da PM…

Zé Carlos: diálogo é a melhor solução

O presidente da Comissão de Segurança da Asssembléia Legislativa, deputado Zé Carlos da Caixa (PT), pregou “serenidade de ambos os lados” para a solução do conflito entre o Governo do Estado e os militares em greve.

O deputado petista tem o mesmo entendimento deste blog em relação ao movimento.

– Não há dúvidas de que, como categoria diferenciada, os militares não têm direito à greve. Mas, também por serem diferenciados, eles não podem ser tratados como qualquer funcionário público – declarou Zé Carlos.

A crise entre PM e governo se acirrou por causa da proposta governista de incluir os benefícios reivindicados pela categoria no bojo de um projeto generalista, para todo o funcionalismo.

Este blog já defendeu que os militares não podem ser tratados de forma generalista, apesar de não poderem fazer greve. (Releia aqui)

Para encontrar a solução, segundo Zé Carlos da Caixa, é preciso o equílibiro, tanto do governo quanto dos líderes dos policiais militares.

Sem serenidade, as coisas não se resolverão – pregou o parlamentar…

 

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Globo chama de “baderna” movimento dos PMs…

Grevistas ocupam Assembléia

O programa “Bom Dia Brasil”, da Rede Globo, classificou hoje de “baderna insuflada por radicalismos” a inusitada greve dos policiais e bombeiros militares, iniciada desde ontem à noite, no Maranhão.

O comentaria de Segurança da emissora, Rodrigo Pimentel, ex-capitão do Bope-RJ, usou o mesmo argumento já usado por este blog para falar sobre a paralisação.

 – É muito justa a reivindicação salarial da PM. Mas os militares não podem se sindicalizar. Sem isso, caem nas mãos de radicais. Lidera o movimento, aquele que grita mais no carro de som. É lamentável a opção pela baderna – afirmou Pimentel.

Ele lembrou que movimentos de intimidação como estes já ocorreram em Minas Gerais, Ceará e Rio de Janeirio, mas todos foram sufocados pelo governo.

Na tentativa de garantir a segurança da população, o governo maranhense convocou a Força Nacional e o Exército, que estão nas ruas desde ontem.

Os grevistas estão desde ontem na área externa da Assembléia Legislativa e ameçam ocupar o plenarinho da Casa.

E ameaçam só sair de lá quando os deputados incluirem suas reivindicações na proposta orçamentária…

 

 

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Vereadores devem convocar secretário municipal de Fazenda para esclarecer destino dos R$ 73,5 milhões desaparecidos…

Em breve, Mário Bitencourt deve voltar à Câmara...

Os vereadores deverão convocar para esclrecer sobre o destino dos R$ 73,5 milhões desparecidos das contas da Prefeitura de São Luís o secretário municipal de Fazenda, José Mário Bitencourt.

Além dele, devem chamar também a controladora-geral do município, Maria Marphisa Frota.

Para os vereadores, os dois têm condições de dizer onde foi parar o dinheiro, sumido desde 2009, quando deveria ter sido devolvido ao Governo do Estado. 

Mas a convocação dos auxiliares não desobriga a Câmara de chamar também o prefeito João Castelo (PSDB).

A diferença é que Castelo só pode ser convidado, enquanto os secretários serão convocados.

Mas as regras da etiqueta social ensinam:

Quem recusa convite, tem algo a esconder…

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Líder oposicionista força a barra por outra CPI na Assembléia…

Marcelo Tavares quer porque quer desviar o foco de Castelo

Mesmo com a CPI dos R$ 73,5 milhões prestes a ser instalada na Assembléia Legislativa, o líder da Oposição, Marcelo Tavares (PSB), insiste na coleta de assinaturas para uma outra, que investigaria todos os convênios entre governo e prefeituras.

– Já temos 12 assinaturas. A gente está tentando conseguir a outra CPI – afirmou Tavares, hoje à tarde, ao blog.

Ele ameaça, inclusive, nem indicar o nome da bancada para compor a CPI criada por Requerimento do governista Roberto Costa (PMDB).

Alguns deputados, no entanto, consideram que a insistência de Tavares-sobrinho visa criar embaraços para o funcionamento da CPI dos R$ 73,5 milhões.

Ele tenta desviar o foco de Castelo – acusa o vice-líder governista Magno Bacelar (PV).

Para insistir com o seu projeto, o socialista argumenta que a CPI criada por Costa seria limitada, por se restringi ao convênio da prefeitura.

Na semana passada, o argumento de Tavares foi contestado pela própria bancada oposicionista. O deputado Bira do Pindaré (PT) frisou que a dinâmica da investigação acabará abrindo espaços para apuração diversa à estabelecida no Requerimento original.

Outros parlamentares da oposição, como Rubens Pereira Júniro (PCdoB) e Eliziane Gama (PPS), já demosntraram, inclusive, interesse em participar da CPI dos R$ 73,5 milhões. 

Mesmo assim, Marcelo Tavares continua a colher assinaturas…

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Manoel Ribeiro em visita a Portugal…

Manoel Ribeiro: na Europa, até semana que vem...

O Diário da Assembléia Legislativa trouxe em sua edição de hoje o pedido de licença do líder do governo na Casa, Manoel Ribeiro (PTB), para uma viagem de uma semana à Europa.

O parlamentar viajou ontem para Portugal, onde deve permanecer até domingo.

Ribeiro participará na “Terra do Fado” de um encontro de afiliadas da rede Bandeirantes, da qual tem uma repetidora em São Luís.

A viagem do líder governista já estava pré-agendada, mas ele decidiu confirmá-la no início da semana.

O parlamentar participará normalmente das sessões da Assembléia Legislativa a partir de segunda-feira.