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Investigar o quê???

Caso da propina: apenas sombras, nada mais...

Não tem sentido algum, além do oportunismo político, a tentativa do deputado Bira do Pindaré (PT) de instalar CPI para apurar suposto pagamento de propina a deputados.

O que se tem de concreto são matérias de blogs falando de “um deputado” e “um empresário”.

Mas que deputado? Que empresário?

Se há uma denúncia, tem que haver um autor – a menos que Bira do Pindaré considere os jornalistas os autores da denúncia.

E vai chamar todos para depor?

A menos que “um deputado” resolva falar e confirmar ter sido procurado por “um empresário”, que lhe assegurou ter repassado R$ 1,5 milhão para serem divididos entre os colegas, não há o que fazer na Assembléia.

A única medida prática da Assembléia é revogar a Lei Antibabaçu, agora sbo suspeita. Seria a punição exemplar a quem possa ter pago por ela.

Mas o objetivo da CPI de Bira pode ser percebido no discurso do seu líder oposicionista, Marcelo Tavares (PSB): “ Porque nós deputados somos suspeitos e a governadora e o secretário Luís Fernando, não?”.

É só isso que quer Tavares, criar embaraços para o governo – Aliás, é este o seu único objetivo na Assembléia.

E Bira do Pindaré apenas vai na onda dele.

Em busca de uma CPI sem fato determinado algum…

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O blog errou! Bira do Pindaré foi a favor do projeto antibabaçu…

Bira: discurso confuso e sem temporalidade

O blog equivocou-se, ontem, no texto sobre os parlamentares que estavam presentes na Assembléia Legislativa no dia da votação do projeto antibabaçu e pôs o deputado Bira do Pindaré (PT) como um dos que se posicionaram contra a proposta.

Não é verdade, apesar de o próprio Pindaré ter tentado reforçar esta idéia, ontem, em seu discurso – o que contribuiu para confundir o blog.

O fato é que Bira se mostrou a favor da proposta e ainda estimulou os colegas de oposição a também apoiar, sob alegação de que haveria uma emenda de interesse das quebradeiras de coco.

Zé Carlos articulou emenda

Mas a emenda – que garantia compensação ambiental à derrubada do babaçu – foi articulada não por Bira, mas pelos deputados Zé Carlos da Caixa (PT) e Rubens Pereira Júnior (PCdoB). E isso só no segundo turno das votações, do qual Pindaré nem participou.

Eu era contra a projeto. O Rubens Júnior me lembrou de uma emenda da ex-deputada Helena Heluy, que garantia a compensação. Inclusive, foi minha a idéia de que a compensação fosse feita na mesma área. E assim passou – conta Zé Carlos da Caixa.

Tavares desmentiu discurso de Bira

Ontem mesmo, o líder oposicionista Marcelo Tavares (PSB) desmentiu o colega do PT ao revelar os bastidores da bancada oposicionista durante a votação.

–  Na oposição, só a Deputada Eliziane não votou a favor do projeto. Todos nós votamos, porque ele foi discutido em uma audiência pública com a participação dos deputados Bira do Pindaré e Rubens Júnior, e era um consenso inclusive com as categorias de quebradeiras de coco. Então se havia um endosso do Deputado Bira do Pindaré eu votei a favor do projeto, e defendo que tenha necessidade de ter de fato uma apuração rigorosa – declarou o socialista, na tribuna da Assembléia. (leia aqui o discurso)

Pindaré não contestou o colega.

Pouco antes, em um discurso confuso e tenso, o próprio Bira leu notas taquigráficas – sem dizer de que discurso e de que data. Dizem assim as tais notas: E é isso que está em discussão, neste momento. Por isso, eu me posiciono contra o projeto de Lei do Deputado Stênio Rezende que visa à derrubada das palmeiras de babaçu”.

Em seguida, o petista falou da emenda de Rubens Júnior e assumiu: nós manifestamos opinião favorável à emenda”. Depois, acrescenta: “infelizmente, eu não estava na ocasião desta segunda votação, mas foi aprovada por esta Casa”. (leia a íntegra aqui)

Além de Marcelo Tavares, o titular deste blog conversou com os deputados Rubnes Júnior e Zé Carlos da Caixa. Todos confirmaram que Bira do Pindaré defendeu o projeto no primeiro turno e não participou da segunda votação.

O Diário da Assembléia do dia 4 de maio, seguinte à votação, confirma que o petista não participou da sessão.

Esta é a história correta. Em todos os seus detalhes…

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Estão acabando com a Polícia Militar…

Formatura da PM: só haverá coronéis na tropa?

Se os poderes Executivo e Legislativo não tomarem uma posição drástica, a Polícia Militar do Maranhão terá de fechar as portas.

Os fatos dos últimos meses mostram que a corporação já não tem o respeito interno e vem sendo tratada de acordo com conveniências pessoais por membros do Judiciário.

A absurda greve dos policiais militares é apenas um exemplo que fere de morte a briosa, com a quebra da hierarquia e disciplina.

Outros fatos marcantes de 2011 também imploram por medidas enérgicas e urgentes para se preservar a caserna.

Primeiro foi a determinação judicial para que o comando da PM promovesse diretamente a coronel um capitão que se considera apto ao posto. De acordo com a decisão, o oficial pularia dois postos – major e tenente-coronel – alcançando a mais alta patente com menos de 40 anos.

Depois, a mesma Justiça decretou a ilegalidade da greve dos PMs, mas cruzou os braços, como que se eximindo da responsabilidade de por fim ao movimento.

Por último, a decisão do desembargador Jorge Rachid Mubárack Maluf, que deu a um coronel – com prazo de permanência no posto já vencido – o direito de permanecer na ativa.

Pelas leis que regem a Polícia Militar, um coronel pode ficar  no posto por, no máximo, oito anos.  É uma forma de garantir a promoção aos que vêm atrás.

Rachid ignorou as regras militares e usou como justificativa o argumento de que “ninguém pode ser aposentado compulsoriamente aos 60 anos”.

Mas se os que estão à frente não saem, o que fazer com os que vêm atrás e também merecem ser promovidos?

Pelo argumento rachidiano, o capitão promovido à jato a coronel, bateria recorde no posto, ficando mais de 30 anos na ativa.

Seria o fim da Polícia Militar do Maranhão…

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Motinha nega pagamento a deputados por aprovação de projetos…

Motinha negou pagamento a deputado

O presidente do Sindicato das Empresas de Construção Civil do Maranhão, João Alberto Mota Filho, negou qualquer negociação financeira com deputados estaduais para aprovação de projetos de interesse de construtoras na Assembléia Legislativa.

– Nem o Sinduscon nem qualquer empresa a ele filiado participaram desta história, tenho certeza – afirmou Mota Filho, conhecido por Motinha, em entrevista à rádio Mirante AM, reproduzia hoje pelo jornal Atos e Fatos.

De acordo com as denúncias surgidas no início da semana, o próprio Motinha havia falado a um deputado da liberação de R$ 1,5 milhão pela aprovação do projeto Antibabaçu. O dinheiro seria rateado entre 30 parlamentares.

O problema da denúncia é que o deputado nunca se apresentou oficialmente para confirmar a conversa com o empresário. E agora, o próprio empresário nega qualquer contato com parlamentar.

– A Assembléia é um órgão sério e não acredito que tenha deputado recebendo propina de empresário – declarou João Alberto Mota Filho, em entrevista ao jornalista Roberto Fernandes.

A questão agora é com a Assembléia.

Se não há provas, não há corruptores e o suposto deputado que ouviu a conversa não fala oficialmente, que investigação pode ser feita?

O suposto escândalo da propina parece ter sido criado com um objetivo específico: tirar o foco da CPI dos R$ 73,5 milhões.

E fica mais evidente quando os aliados do prefeito Jão Castelo – Gardeninha Castelo (PSDB), Marcelo Tavares (PSB) e Bira do Pindaré (PT) – são os que mais insistem no assunto…

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Shopping da Ilha adia inauguração para o dia 20…

Terminou agora há pouco a reunião do Grupo Sá Cavalcanti que decidiu pelo adiamento para o dia 20 da inauguração do Shopping da Ilha.

A companhia decidiu levar em consideração os argumentos de alguns lojistas e optou por inaugurar o empreendimento somente quando os detalhes da obra estiverem concluídos.

Perspectiva artística do novo shopping...

Ontem, a direção do shopping divulgou nota confirmando a inauguração para a próxima terça-feira, depois que vazaram informações segundo as quais ainda faltavam muitos detalhes de segurança e conforto.

Apenas 129 das 260 lojas seriam inauguradas. Com o adiamento, o shopping ganhou prazo de sete dias para concluir o que falta.

Os convites que já haviam sido distribuídos para a apresentação privè de segunda-feria continuam valendo para o dia 19.

Quando o empreendimento será mostrado à imprensa e convidados…

 

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É só por isso, Marcelo Tavares…

 

Marcelo: esclarecimento ou tentativa de desvio de foco?

O líder da oposição, Marcelo Tavares (PSB) tentou hoje envolver o Governo do Estado nas investigações do suposto pagamento de propina a deputados como pagamento à aprovação de um projeto na Assembléia Legislativa. E saiu-se com o seguinte questionamento:

Porque nós deputados somos suspeitos e a governadora e o secretário Luís Fernando, não?

A resposta é simples, embora se saiba que a pergunta de Marcelo tem apenas o objetivo de, mais uma vez, anuviar as investigações na Casa.

Foram os deputados, e não o governo, caro líder, os apontados por um empresário como recebedores da propina de R$ 1,5 milhão.

E a revelação foi feita, caro líder, pelo próprio empresário supostamente pagador da propina. E a revelação foi feita por este empresário, senhor Tavares, exatamente a um dos deputados que ele considerava ter recebido o dinheiro.

O empresário que, supostamente, teria pago a propina citou os deputados, ñão o governo.

É só por isso, Marcelo Tavares! Só por isso…

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O homem-chave da propina é o empresário…

Motinha: ele disse ou não disse?

Se a Assembléia Legislativa quiser mesmo ir a fundo na investigação do suposto pagamento de propina de R$ 1,5 milhão a 30 deputados – em troca da aprovação do projeto que flexibiliza a derrubada de babaçu – há uma maneira simples de apurar.

Basta chamar para depor o empresário e presidente do Sindicato das Empresas de Construção Civil, João Alberto da Mota Filho, o Motinha.

Não precisa nem ser em CPI, basta uma audiência pública para que ele confirme ou não o que teria dito.

Foi Motinha quem teria revelado ao deputado Rogério Cafeteira (PMN), em uma festa de aniversário, que dera R$ 1,5 milhão ao deputado Stênio Rezende (PMDB) – coletado entre outros construtores – para que fossem divididos entre os parlamentares.

A história da conversa entre Cafeteira e o empresário está nos blogs de Luís Cardoso e de César Belo e foi confirmada pelo próprio parlamentar, em conversa com jornalistas e deputados.

Se o empresário confirmar a propina, aí Rezende terá mesmo que se explicar à Casa. Se, por outro lado, negar, aí é Cafeteira quem terá que se explicar aos colegas – independente disto, o projeto sob suspeita deve se revogado imediatamente.

De uma forma ou de outra, o empresário supostamente corruptor seria a chave para se chegar aos supostos deputados corruptos.

Simples assim…

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Só trinta deputados participaram da votação do projeto antibabaçu…

Exatamente trinta deputados estavam presentes à sessão do dia 3 de maio da Assembléia Legislativa, quando foi aprovado o Projeto de Lei nº 032/2011, que flexibilizou as regras de derrubada de babaçuais nas zonas urbanas das cidades maranhenses, beenficiando diretamente a empresas de construção civil.

Os presentes foram listados na ata da sessão, publicada no Diário da Assembléia do dia 4, um dia depois da votação.

Dos 30, apenas a deputada Eliziane Gama (PPS) não votou, segundo consta da publicação oficial da Casa, e revelada em primeira mão no blog do jornalista Jorge Aragão.

– Presidente, eu queria registrar o meu voto de abstenção Presidente. Exatamente atendendo essas novas solicitações dos movimentos para que a gente tivesse essa discussão – frisou a parlamentar, que queria uma audiência pública antes da votação da proposta.

Segundo a Ata, estavam presentes na Casa os deputados: Camilo Figueiredo, Carlos Alberto Milhomem, Carlos Amorim, César Pires, Cleide Coutinho, Doutor Pádua, Edilázio Júnior, Edson Araújo, Eduardo Braide, Eliziane Gama, Francisca Primo, Gardênia Castelo, Hélio Soares, Hemetério Weba, Jota Pinto, Léo Cunha, Luciano Leitoa, Magno Bacelar, Manoel Ribeiro, Marcelo Tavares, Marcos Caldas, Raimundo Cutrim, Rubens Pereira Júnior, Stênio Rezende, Valéria Macêdo, Vianey Bringel e Zé Carlos.

O Diário não registra quem votou contra ou a favor.

Hoje, em discurso na tribuna, Bira do Pindaré (PT) leu trechos das notas taquigráficas, que confirmam sua votação contrária à aprovação do projeto.

Os demais não se manifestaram…

Leia aqui a edição do Diário da Assembléia que registra a votação antibabaçu
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Os passos de Max Barros…

O deputado estadual e secretário de Infra-estrutura, Max Barros (PMDB), já deu quatro dos cinco passos programados para viabilizar sua candidatura a prefeito de São Luís.

O secretário ainda prefere dizer apenas que “pôs o nome à disposição do grupo” ao qual pertence, mas colhe frutos positivos nos pimeiros passos rumo à prefeitura. São eles:

Já na filiação, receptividade entre os partidos foi positiva

1º Passo: Pela primeira vez, um nome indicado pelo grupo da governadora Roseana Sarney (PMDB) conseguiu a adesão imediata de todas as correntes que o compõem, com demonstrações públicas de empolgação pela “escolha”.

2º Passo: o nome de Max Barros foi visto com respeito pelas várias correntes de oposição no estado. Mesmo tendo-o como adversários, estas correntes mantiveram-se em posição de expectativa pelo fato de nada terem para atacar a imagem do pré-candidato.

Max Barros: nome à disposição do grupo

3º Passo: A colocação do nome do peemedebista à disposição levou à criação de uma forte bancada na Câmara Municipal. Alguns vereadores chegaram a trocar de partido para fortalecer a bancada “pró-maxista”. O PMDB também recebeu adesões poderosas para a chapa proporcional.

4º Passo: com a apenas seis meses de disponibilização do seu nome, Max Barros já aparece com até 12% de intençõs de votos em levantamentos internos feitos pelos próprios adversários. É um patamar respeitável, embora o secretáio prefira manter a posição de que está apenas à disposição do grupo.

5º Passo: Só será dado com a consolidação de uma aliança com o Partido dos Trabalhadores. Para Max Barros, a repetição da coligação que elegeu Roseana Sarney é uma das condições para entrar na disputa.

E o debate sobre o tema se dará até junho de 2012…

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O exemplo de Alagoas…

Gazeta noticia decisão do TJ de prender PM desobediente

A edição do jornal Gazeta de Alagoas, ao lado, é do dia 25 de novembro. A manchete fala da determinação para prender o comandante da PM que descumpriu uma decisão judicial.

– TJ manda prender comandante da PM de AL – destaca o jornal.

A lei é clara, e para ser cumprida.

No mesmo dia 25 de novembro, os policiais militares do Maranhão se mantinham acampados na Assembléia Legislativa, numa greve já declarada ilegal pelo Tribunal de Justiça e em absoluto descumprimento ao Artigo 24 da Constituição Estadual.

No Maranhão, militares se mantinham na ilegalidade de um movimento

Greve ilegal mantida com a complacência de vários deputados, muitos deles advogados que juraram esta mesma Constituição.

A decisão judicial em Alagoas se deu por que o Tribunal de Justiça havia determinado ao comandante da PM que abdicasse da punição a um capitão, o que foi descumprido.

O coronel foi preso por desobediência legal – e o TJ já sugeriu também ao governador sua demissão sumária do posto.

No Maranhão, a ilegalidade foi defendida durante todo o período de greve.

Garotos  que garantiram mandato apenas por influência da história do pai, como Neto Evangelista (PSDB) – ou outros que se consideram sumidades, como Bira do Pindaré (PT) – ainda se acham no direito de subir à tribuna da Assembléia para reafirmar o compromisso com o erro.

E a Constituição é jogada debaixo do tapete da atuação parlamentar…