O ex-deputado Roberto Rocha (PSB) “viajou na maionese”, hoje, ao tentar defender o correligionário Marcelo Tavares das acusações de que teria desviado tíquetes-alimentação dos funcionários da Assembleia Legislativa.
Não se faz aqui juizo de valor da posição de Rocha ou do líder oposicionista, mas apenas se questiona o conteúdo do artigo, publicado em John Cutrim.
– Democracia pressupõe o mínimo de equilíbrio nas forças políticas, espaço para o contraditório, convivência com os contrários. Respeito as diferenças – ressalta o ex-deputado federal.
Como assim? O que tem a ver uma coisa com a outra?
Por acaso, para haver equilíbrio entre as forças políticas no Maranhão faz-se necessário que se ignore qualquer denúncia, qualquer crime, de alguém que se declare oposição?
No seu texto, Rocha atribui a denúncia contra Tavares à tentativa de desqualificar “a voz mais autorizada da oposição na Assembleia Legislativa”.
Com este argumento, o ex-parlamentar cai na vala comum dos oposicionistas profissionais do Maranhão, que santificam qualquer bandido apenas pelo fato de fazer oposição aos Sarney.
Por acaso, o fato de ser oposicionista deixa Marcelo Tavares acima de qualquer suspeita?
A denúncia contra o líder oposicionista é vazia por si mesma, apenas pelo fato de (ainda) não haver comprovado ligação inquestionável entre Tavares e as compras do ex-funcionário Márcio Pimenta.
Mas não convence tentar sacralizar o parlamentar com o surrado discurso “nós contra eles”.
É falar 1 quilo sem dizer 1 grama…