Nenhum momento da história maranhense foi tão propício para a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito quanto o atual.
A CPI da Pistolagem, discutida na Assembleia Legislativa, pode até não ter a mesma repercussão que outra, parecida – a do Crime Organizado, em 1999 – mas terá tanta importância quanto. Eis os motivos:
1 – Uma investigação da Assembleia põe mais pressão na polícia maranhense pela elucidação, não só do assassinato do jornalista Décio Sá, mas também de todos os outros ainda sem solução;
2 – Só nos últimos meses foram quase dez assassinatos em que a polícia não conseguiu elucidar os assassinos ou prender os mandantes. Exemplos: caso Décio, caso Irmãos Queiroz; caso Biné, Caso Raimundo Cabeça e caso Marggion Laniere;
3 – Uma CPI na Assembleia garante a presença de mídia contínua repercutindo casos de pistolagem, o que acua mandantes, assassinos e gera o sentimento de denúncia na sociedade;
4 – Pela primeira vez, deputados governistas e oposicionistas concordam em uma investigação sem ranços políticos ou sem direcionamento contra A ou B, mas com foco na liberdade e na paz maranhense;
5 – O funcionamento da CPI leva o governo a acionar mais intensamente seu aparelho de segurança, evitando má-vontade e corpo mole, sob risco de desmoralização diante das investigações parlamentares.
Portanto, a CPI da Pistolagem é uma emergência no Maranhão.
Doa em quem doer…