O cachimbo da paz entre Flávio Dino e Weverton Rocha…

Afastados desde as eleições de 2022 – quando o senador decidiu lançar-se ao Governo do Estado e o agora ministro decidiu-se pelo apoio ao governador Carlos Brandão – os dois líderes políticos estão em processo de rearticulação e reunificação de grupos, o que deve resultar em projetos eleitorais já em 2024, com foco principal em 2026

 

A velha e boa agenda de esquerda reaproximou Weverton de Flávio Dino, história que começa a ser contada novamente nesta sexta-feira, 25

O ministro da Justiça Flávio Dino (PSB) e o senador Weverton Rocha (PDT) estarão juntos nesta sexta-feira, 25, em uma solenidade no Palácio dos Leões com o governador em exercício Felipe Camarão (PT); a imagem dos três juntos precisa ser guardada para a história, assim como alertou este blog Marco Aurélio d’Eça, ontem, no post “Sem Brandão, Flávio Dino volta ao Palácio dos Leões…”.

Dino e Weverton estão em franco processo de refazer as pazes, estão de novo mais juntos no debate político, conversam como líderes partidários e de grupos que são; e devem estar aliançados – ou no mínimo próximos – já nas eleições de 2024.

O blog Marco Aurélio d’Eça ouviu durante toda a semana aliados de Dino e de Rocha – prefeitos, deputados, líderes partidários, militantes políticos – e soube diversas histórias sobre esta reaproximação.

Segundo interlocutores de ambos, o senador e o ministro já se reuniram fora da agenda e já dividiram a mesma mesa de jantar; a solenidade desta sexta-feira, 25 no Palácio dos Leões, porém, é a primeira agenda oficial em que os dois dividem os holofotes.

Mas terá simbolismo ainda maior por que, com eles, estarão seus principais aliados partidários e políticos, apontando para um caminho futuro; gente do PSB, do PCdoB, do PDT e também do PT.

História na agenda de esquerda

Em maio de 2021, o blog Marco Aurélio d’Eça publicou o post “pauta de esquerda tende a unificar agenda de Flávio Dino e Weverton…”. À época, o senador ainda alimentava a esperança do apoio do ainda governador ao seu projeto de poder.

Mas Dino optou por Brandão e a história desta decisão ainda está sendo contada aos maranhenses.

Já em 2023, novo post em Marco Aurélio d’Eça, desta vez em tom mais crítico, mostrando a ilusão de Weverton em estar em uma mesma chapa que Dino em 2026.

Mas o que parecia ilusão começa a tornar-se fato; e hoje se desenha em cores mais reais no Palácio dos Leões.

Simples assim…

PDT corre risco de esvaziamento em 2024…

Partido que protagonizou as eleições em São Luís entre 1988 e 2020 entrou em processo de autofagia desde o resultado das eleições de 2022 – por falta de projeto eleitoral e posicionamento político – e pode ter sua bancada reduzida na Câmara Municipal antes mesmo do início da campanha municipal

 

A forte campanha de 2022 deixou frustrados tanto Weverton quanto o PDT, que aprecem não conseguir reencontrar o rumo político

Análise da notícia

Sem perspectiva majoritária para as eleições municipais e sem um rumo político definido, o PDT corre o risco de desaparecer da Câmara Municipal antes mesmo do início da campanha de 2024.

Em 2023 o PDT completa 35 anos de protagonismo absoluto nas eleições da capital maranhense, desde a época de Jackson Lago, quando tinha um projeto político-ideológico claro no estado; mas em 2024 deve estar fora de qualquer debate majoritário.

A imprensa política vem tratando nos últimos dias da ameaça de debandada de vereadores, suplentes de vereadores e pré-candidatos à Câmara Municipal por falta de consistência na chapa que pretende disputar o pleito do ano que vem. (Leia aqui e aqui)

Histórico no partido, o ex-vereador Ivaldo Rodrigues já anunciou filiação ao PSDB; outro ex-vereador, Fábio Câmara, também não pretende concorrer às eleições pela legenda.

Hoje, a bancada do PDT está restrita aos vereadores Pavão Filho, Nato Júnior e Raimundo Penha; os dois primeiros também podem deixar o partido na janela partidária de abril para tentar salvar a reeleição. Embora continue filiado, Penha já está integralmente envolvido na campanha do colega Paulo Victor, que se filia nesta sexta-feira, ao PSDB.

Acéfalo desde que perdeu as eleições de 2022, o PDT não se reúne e não discute o processo eleitoral na capital maranhense.

Dirigente maior do partido, o senador Weverton Rocha está em compasso de espera por que aposta suas fichas em um rompimento entre o ministro Flávio Dino e o governador Carlos Brandão (ambos do PSB), na ilusão de estar na chapa do ex-comunista em 2026.

Sem essa garantia, o PDT vai vendo o tempo passar, com um forte processo de autofagia entre as lideranças; nomes como o ex-presidente da Famem, Erlânio Xavier, e o deputado Glalbert Cutrim mostram claro afastamento de Weverton, segundo revelara a mídia de São Luís. (Saiba mais aqui e aqui)   

Internamente, as lideranças históricas reclamam da falta de diálogo e debates nos diretórios; e da falta de um projeto claro de poder discutido com a militância, sobretudo em São Luís.

Sem força na capital, os olhos do senador-presidente têm se voltado para o interior, onde fortalece prefeitos e pré-candidatos a prefeito com articulação de emendas e recursos.

É a partir do interior que ele pretende retomar o protagonismo perdido a partir de 2022…

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Jackista diz que PDT perdeu até o direito de sentar à mesa das eleições 2024

Histórico no partido, ex-secretário Abdelaziz Santos faz em artigo críticas duras às lideranças – umas por omissão e falta de diálogo com a militância, outras por apostar em candidaturas sem discussão prévia com os movimentos organizados – e lamenta que, com um senador, um deputado federal, quatro deputados estaduais e três vereadores em São Luís a legenda “pareça cambalear”, “sem norte político”

 

Weverton, por omissão, e Penha, por posição pessoal, são os alvos principais de Aziz Santos pela letargia do PDT em São Luís

O ex-secretário Abdelaziz Santos – que comandou a Administração e o Planejamento nas gestões de Jackson Lago em São Luís e no Governo do Estado – voltou neste fim de semana a criticar a letargia do seu partido, o PDT, no debate sobre as eleições de 2024.

Sem citar nomes, Aziz Santos critica duramente “lideranças que falam apenas com quem querem e não ouvem a militância” e outras que “apostam em candidaturas deste ou daquele sem discussão prévia com movimentos organizados”.

O artigo “O PDT e suas idiossincrasias”, de Aziz, foi publicado nos principais jornais e  páginas de internet no sábado, 15 e domingo, 16.

– Tantas batalhas, tanto tempo de combate, de repente tudo isso jogado fora como se nada tivesse valido a pena. Ainda há tempo, senhores. Precisamos urgentemente sair desse pântano de areia movediça, convidar os movimentos organizados e a militância em geral para traçarmos os nossos rumos, a nossa caminhada – afirmou o líder jackista.

Embora não tenha citado nomes, tudo indica que o artigo de Abdelaziz é um recado direto ao senador Weverton Rocha e ao vereador Raimundo Penha, as lideranças mais expostas do PDT – por ação ou omissão – no que diz respeito à sucessão do prefeito Eduardo Braide (PSD).

A crítica a Weverton se dá pela omissão do debate, por “falar apenas com quem quer” e “não ouvir a militância”; já a provocação a Penha é por conta de sua insistência em tirar o PDT do jogo da sucessão e defender pessoalmente a candidatura do colega Paulo Victor (sem partido), “não se sabe bem o por quê”, segundo afirmou Aziz.

– Se pensarmos no cenário de São Luís, a nossa Capital, após o PDT ter comandado exitosamente o município por décadas, o quadro é de uma tristeza sem precedentes. Não há conversa, não se tem notícias de diálogo – afirmou o ex-secretário.

Este blog Marco Aurélio d’Eça também tem feito ponderações a respeito da postura do PDT na sucessão de Braide; a legenda, hoje comandada por Weverton Rocha está no poder em São Luís desde 1988, seja com prefeito próprio, seja participando de gestões.

Mas desde o fracasso nas eleições de 2022, parece ter perdido o rumo e ressentindo-se de falta de liderança e diálogo, vivendo uma inédita “divergência conceitual interna…”.

– O PDT tem história ímpar e quadros excelentes para uma boa disputa eleitoral. Temos 4 deputados estaduais, 3 vereadores em São Luís, 1 deputado federal e 1 senador. Somos muitos. Falta diálogo, falta liderança. Apenas isso – desabafou o ex-auxilair de Jackson Lago.

No artigo “O PDT e suas idiossicrasias”, Aziz Santos aponta a artilharia também para Braide, que “no segundo turno ajudamos a eleger” em 2020.

– Se é verdade que este deixou de cumprir compromissos com o Partido, poderá ter o mesmo fim da Conceição, do Tadeu e do Holandinha. Se existiram politicamente ninguém sabe, ninguém viu – bateu Aziz.

O ex-secretário cobra postura das lideranças e recolocação do PDT nos trilhos do debate eleitoral, para evitar o fim melancólico do partido.

– Fala-se que o PDT hoje perdeu até o direito de sentar-se à mesa de negociações sobre as próximas eleições, tudo isso porque as lideranças não nos apontam caminhos – avalia.

Abaixo, a íntegra do artigo de Abdelaziz Santos:

O PDT e suas idiossincrasias

No passado, o PDT e o PT tinham uma coisa em comum: os governos do Brasil geralmente se inclinavam à direita e os partidos mais à esquerda abraçavam a política sem o desejo prematuro de poder. Posteriormente, ambos ganharam eleições importantes. O PT então encantou-se com o poder e decidiu abandonar seu Projeto de Nação ainda não consolidado, fixando-se num Projeto de Poder que o mantém até hoje na política brasileira, agora cada vez mais fragilizado. Sua liderança máxima, o Lula, aonde vai no exercício da Presidência é falando coisas de arrepiar: casos da Ucrânia, Venezuela, democracia relativa e outras bobagens que tais. A última é que o Governo está vivendo sua melhor fase com o Legislativo. Quer dizer, o Centrão manda e desmanda e isso é bom para o Governo, segundo o Presidente. Ficamos livres do Bolsonaro, mas não de bobagens

Já o PDT, diferentemente do PT, quando assumia funções de governo mostrava que era pela educação que se resolveria o nó górdio do atraso do Brasil e, exercendo ou não o poder, sempre empunhava as bandeiras do desarmamento mundial, da superação do subdesenvolvimento econômico e tecnológico do Terceiro Mundo, da garantia da soberania dos povos e, especialmente, em relação ao Brasil, da educação libertária. Enfim, o seu Projeto de Nação era a bússola, e mais importante do que o Poder.

Ocorre que, tendo perdido a alma com a morte do Brizola, o PDT perdeu-se nos descaminhos  da política. Mais recentemente ensaiou a candidatura de Ciro Gomes à Presidência e, não obstante, tudo o que este disse do PT e do Lula na campanha de nada serviu, pois o Partido resolve ironicamente compor o seu ministério, ao invés de adotar uma posição crítica ao governo, oferecendo sua contribuição ao Brasil, agora a partir do PND do Ciro. Triste!

Aqui, no Maranhão, vivemos tempos gloriosos sob a liderança do Jackson Lago, que perdia e ganhava eleições até assumir o Governo, logo deposto pelos Sarneys, servindo-se de golpe judiciário que manchou a biografia de vários ministros do TSE. O seu Projeto de Maranhão era claro. Com ou sem mandato, ao ser indagado qual o caminho a percorrer, a resposta era cristalina, ou seja, no caminho em que sempre estivemos, contrário às oligarquias que ajudaram a empobrecer a população que vivia – e vive – à margem do ciclo econômico do minério de ferro e da monocultura, e outros grupos que depredam a natureza em benefício dos seus próprios interesses, e a favor  da educação, da produção a partir do desenvolvimento local e da  inclusão das massas populares.

Testemunhei a firmeza de princípios de Jackson Lago ao recusar acenos de aproximação ao grupo Sarney.  Jamais rendeu-se ao canto das sereias! Preferiu imolar-se a ser criminosamente ceifado em vida, por via dos que pregam a capitulação dos ideais a um projeto de poder. Faltam-nos, no Brasil e no Maranhão, homens dessa têmpera.

Após a morte do nosso grande  líder das oposições maranhenses, o PDT parece cambalear, não se vislumbra o norte político.  O que ouço diariamente dos pedetistas que me visitam é que as nossas principais lideranças regionais falam apenas com quem querem, não ouvem a militância, preferem submeter-se ao jogo tradicional da política menor.

No plano municipal a desgraça se repete. O pior de tudo é que se percebe uma espécie de medo da militância na interlocução com as lideranças do partido. Os que dele dependem para sobreviver merecem nossa compaixão. E os outros, que têm vida própria, silenciam por quê?

Se pensarmos no cenário de São Luís, a nossa Capital, após o PDT ter comandado exitosamente o município por décadas, o quadro é de uma tristeza sem precedentes. Não há conversa, não se tem notícias de diálogo. Fala-se que o PDT hoje perdeu até o direito de sentar-se à mesa de negociações sobre as próximas eleições, tudo isso porque as lideranças não nos apontam caminhos. Aqui e acolá, um ou outro dirigente sai na frente, não se sabe se autorizado ou não, a apostar em candidatura deste ou daquele personagem, sem discussão prévia com os movimentos organizados, não se sabe bem  o porquê. Triste!

Nas eleições passadas, mesmo sem candidatura própria, fizemos um bom primeiro turno e, no segundo, ajudamos a eleger o Braide. Se é verdade que este deixou de cumprir compromissos com o Partido, poderá ter o mesmo fim da Conceição, do Tadeu e do Holandinha. Se existiram politicamente ninguém sabe, ninguém viu.

E nosso legado? Tantas batalhas, tanto tempo de combate,  de repente tudo isso jogado fora como se nada tivesse valido a pena. Ainda há tempo, senhores. Precisamos urgentemente sair desse pântano de areia movediça, convidar os movimentos organizados e a militância em geral para traçarmos os nossos rumos, a nossa caminhada. O PDT tem história ímpar e quadros excelentes para uma boa disputa eleitoral. Temos 4 deputados estaduais, 3 vereadores em São Luís, 1 deputado federal e 1 senador. Somos muitos. Falta diálogo, falta liderança. Apenas isso.

Abdelaziz Santos

Weverton tem maior desafio de sua trajetória: controlar o próprio partido…

Senador tenta montar um discurso de oposição ao governo Carlos Brandão enquanto deputados federais, estaduais, vereadores, lideranças do PDT e aliados políticos se alinham publicamente ao projeto de poder que o Palácio dos Leões vem montando no estado desde janeiro, quando o atual governador tomou posse

 

Weverton votou a empunhar a bandeira histórica do PDT contra a hegemonia do poder no Maranhão; mas, como comandante, precisa definir o rumo do partido

Análise da Notícia

O senador Weverton Rocha (PDT) fez nesta terça-feira, 11, sua terceira manifestação pública de contraponto  ao governador Carlos Brandão (PSB), com quem disputou as eleições de 2022: de forma justa, cobrou de Brandão que não esqueça de lembrar a origem dos recursos quando anuncia benefícios para o Maranhão.

O senador pedetista foi um dos responsáveis pela aquisição de viaturas e armamentos entregues nesta segunda-feira, 10, para a Segurança Pública em São Luís e no interior; as emendas parlamentares do senador e de outros, foi ignorada por Brandão na cerimônia de entrega dos equipamentos. 

Ao reclamar nas redes sociais, Weverton põe as coisas no devido lugar.

Mas ocorre que na plateia do evento – e entre os beneficiários das viaturas e armas – estavam deputados federais, estaduais, vereadores, prefeitos, lideranças pedetistas e outros aliados políticos do próprio senador.

Derrotado nas eleições de 2022, Weverton Rocha vive hoje o maior desafio de sua reluzente carreira política: controlar o PDT, seu próprio partido.

Depois de um período de silêncio de oito meses no pós eleição, o senador pedetista começou a se movimentar mais abertamente, se não como claro oposicionista, pelo menos como contraponto a Brandão; mas àquelas alturas, o único deputado federal do PDT – Márcio Honaiser – a bancada de deputados estaduais e, sobretudo, os vereadores do partido, já estavam absolutamente alinhados ao projeto de Brandão. 

O blog Marco Aurelio d’Eça registrou esta retomada de Weverton no post “Embora ainda tímido, Weverton quebra o silêncio…”.

Todos os deputados estaduais do PDT – Glalbert Cutrim, Osmar Filho, Cláudia Coutinho e Drª Viviane – estão na bancada governista e têm sido agraciados com ações de Brandão; entre os vereadores, o alinhamento é ainda mais intenso, com Raimundo Penha, Pavão Filho e Nato Júnior fechados, inclusive, com o projeto eleitoral de Brandão para as eleições de 2024. 

Não há dúvidas de que o período sabático experimentado pelo líder pedetista contribuiu para a debandada dos aliados, que inclui ainda prefeitos e parlamentares de outras legendas que somaram com ele nas eleições do ano passado.

Mas ainda há algumas dúvidas sobre atual momento político maranhense: haverá um desdobramento prático na guerra fria travada entre o governador Carlos Brandão e o ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB)? E este desdobramento significará dois grupos políticos na disputa pelo Palácio dos Leões em 2026?

Se aposta neste rompimento, Weverton toma a posição correta ao se posicionar – ainda que timidamente – em contraponto a Carlos Brandão, apostando no realinhamento a Flávio Dino, com quem sempre teve maior identidade ideológica.

Mas para ter, de fato, a importância necessária no embate de 2026 precisa vencer este atual desafio.

E tomar as rédeas do próprio partido…

PDT vive divergência conceitual interna nunca antes registrada em sua história no MA…

Presidente regional do partido, senador Weverton Rocha começou a ensaiar nos últimos dias uma postura mais oposicionista ao governo Carlos Brandão, mas os deputados federais, estaduais e os vereadores da legenda já mostram alinhamento à base governista, inclusive com encaminhamentos para as eleições municipais de 2024

 

Após seis meses de silêncio, Weverton retoma protagonismo de oposição no PDT, mas parlamentares do partido já estão alinhados a Brandão

Análise da notícia

A presença dos vereadores Raimundo Penha, Nato Júnior e Pavão Filho na reunião desta terça-feira, 27, com o governador Carlos Brandão (PSB), articulada pelo presidente da Câmara Municipal Paulo Victor (PCdoB) é a imagem mais clara do atual momento que vive o PDT no Maranhão.

Os vereadores pedetistas aparecem alinhados à base do governo Brandão exatamente no mesmo dia em que repercutiram no estado as novas declarações críticas do senador Weverton Rocha, presidente do partido, sobre o atual comando do Maranhão.

Derrotado nas eleições de 2022, o PDT vive uma inédita divergência conceitual interna.

Mais do que os colegas, inclusive, Raimundo Penha defende abertamente o alinhamento pedetista ao comunista Paulo Victor, uma das opções de Brandão na capital maranhense; mas Penha, Nato Júnior e Pavão Filho não são os únicos já alinhados ao governo Brandão.

Na Assembleia Legislativa, os deputados pedetistas Osmar Filho, Glalbert Cutrim e Drª Viviane também atuam como membros da base brandonista desde o início do atual governo.

Único deputado federal eleito pelo PDT em 2022, Márcio Honaiser também parece seguir em faixa própria e tem participado de todas as ações do Governo do Estado no interior.

O próprio Weverton viveu uma espécie de hiato desde o resultado das eleições, registrado neste blog Marco Aurélio d’Eça no post “O silêncio da oposição maranhense…”.

Terceiro lugar nas eleições de 2022 – e com um incerto caminho para a reeleição ao Senado em 2026 – o senador pedetista passou seis meses em silêncio sobre o Maranhão até se manifestar, semana passada, em entrevista ao imirante.com, registrada no blog Marco Aurélio d’Eça sob o título “Embora ainda tímido, Weverton quebra o silêncio…”.

O PDT foi protagonista nas eleições municipais de São Luís nos últimos 35 anos.

Venceu com candidato próprio os pleitos de 1988, 1996, 2000, 2004 e 2016; e esteve na coligação vencedora em 1992, 2008, 2012 e no segundo turno de 2020, com o atual prefeito Eduardo Braide (PSD).

Mas a altíssima aposta na vitória pelo Governo do Estado em 2022, sufocada por um inesperado terceiro lugar, inclusive em São Luís, parecem ter tirado do prumo a histórica legenda de centro-esquerda maranhense. 

Há evidentes sinais de que Weverton não sabe se busca reaproximação com o ministro Flávio Dino (PSB) – apostando no afastamento entre o comunista e o governador – se segue as bancadas na Câmara e na Assembleia e se aproxima de Brandão, visando 2026, ou se assume a liderança efetiva de uma oposição no estado.

Enquanto ele não define o próprio caminho, cada membro do PDT vai buscando construir uma história pessoal.

E, obviamente, garantir a perenidade da própria carreira política…

Projeto de Weverton Rocha beneficia os mais carentes na área da Saúde…

Senador conseguiu aprovar em plenário, proposta que garante oferta de Ecocardiograma Fetal e Ultrassonografias transvaginais no Sistema Único de Saúde, hoje só disponível para gestantes com gravidez de risco; é a segunda proposição que o parlamentar maranhense consegue transformar em lei em apenas quatro anos de mandato – o primeiro foi o que proíbe corte de energia às sextas-feiras e vésperas de feriado – sempre beneficiando a população mais pobre

 

Com forte articulação em plenário, Weverton consegue transformar em Lei seu segundo projeto em apenas quatro anos de mandato, feito pouco visto no Senado

Análise da notícia

Ganhou a mídia maranhense nesta semana a aprovação, pelo Senado, de um projeto do senador maranhense Weverton Rocha (PDT), garantindo que seja ofertados nos Sistema Único de Saúde (SUS) exames do tipo Ecocardiograma Fetal e Ultrassonografia Transvaginal.

Hoje, esses exames só são disponibilizados na rede pública a gestantes com gravidez de risco.

A proposta de autoria de Weverton começou a tramitar no Congresso pela Câmara Federal ainda em 2016, quando ele era deputado; com a aprovação no Senado, o projeto será encaminhado para sanção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

– As mães que têm plano de saúde já conseguem fazer o ecocardiograma no pré-natal; agora vamos garantir esse direito para as mães pobres do SUS – ressaltou o parlamentar, que ainda parabenizou o governo Lula por sinalizar positivamente para a viabilidade do projeto.

A proposta do senador maranhense tem um forte simbolismo social exatamente pelo fato de equipará as mães beneficiárias do SUS àquelas que têm plano de saúde e podem ser atendidas na rede privada; no caso das ultrassonografias transvaginais, serão garantidas na rede pública ao menos dois exames do tipo.

– Com a realização do ecocardiograma fetal, milhares de vidas serão salvas, porque os médicos terão condições de definir melhor sobre o suporte necessário na hora do parto ou poderão indicar tratamento ainda na barriga da mãe – comemorou Weverton.

Segundo o Ministério da Saúde, 30 mil crianças nascem com algum tipo de cardiopatia a cada ano e 40% delas precisam de cirurgia no primeiro ano de vida. 

É a segunda proposta de forte apelo social que Weverton Rocha consegue aprovar no Senado e transformar em lei em apenas quatro anos de mandato; a primeira delas, com forte repercussão nacional, impede as concessionárias de energia de cortar o fornecimento nas sextas-feiras e vésperas de feriado.

A maioria dos senadores não consegue este feito em um mandato inteiro.

E só para lembrar uma frase do próprio Weverton: “hoje também é sexta-feira; não há corte de energia”.

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De volta ao debate político, Weverton Rocha reúne PDT para discutir eleições 2024

Senador reuniu parlamentares e líderes de segmentos sociais do partido e vai também reunir todas as regionais para preparar a legenda nos principais municípios; objetivo é eleger o maior número de prefeitos orgânicos, aqueles militantes pedetistas históricos em cada região

 

Weverton com as lideranças pedetistas nos parlamentos, nas prefeituras e nos movimentos sociais: preparatória para as eleições de 2024…

O senador Weverton Rocha deu nesta segunda-feira, 6, o primeiro passo para iniciar a participação efetiva do PDT nas eleições municipais de 2024.

Ao reunir deputados federais, deputados estaduais e vereadores do partido em São Luís, Weverton informou que a militância vai ser fortalecida em São Luís e em todas as principais regiões do Maranhão.

– Temos uma militância historicamente aguerrida e um time de lideranças políticas orgânicas capaz de representar bem o PDT nas principais regiões do Maranhão – disse o senador.

O segundo passo é reunir as chamadas regionais pedetistas, tanto em São Luís quanto no interior.

O PDT elegeu cerca de 40 prefeitos em 2020, mas nem todos permaneceram no partido ou alinhados ao projeto de poder pedetista; desta vez, Weverton quer garantir vitórias de lideranças orgânicas, aquelas que sempre militaram no partido e têm lealdade ao programa partidário.

Participaram da reunião com Weverton o deputado federal Márcio Onaiser, os estaduais Glalbert Cutrim, Viviane Coelho, Cláudia Coutinho e Osmar Filho, os prefeitos Erlânio Xavier e João Igor, além dos vereadores Raimundo Penha, Nato Júnior, Pavão Filho e Fábio Câmara.

O encontro reuniu ainda militantes dos movimentos Cultural, Negro, Mulheres, Diversidade, Juventude , Sindical, Comunitário e Eco, além de membros da Fundação Leonel Brizola.

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“Não é hora de disputa política”, diz Weverton, em ação por desabrigados

A 15 dias do prazo para escolha do candidato da base governista às eleições de outubro – e em meio à pressão do vice-governador Carlos Brandão por apoio dos partidos – senador atua de forma efetiva em busca de ajuda federal aos atingidos pelas chuvas no Maranhão, independentemente de onde ela venha

 

Enquanto Flávio Dino e Carlos Brandão preferem atacar Bolsonaro, Weverton vai em busca de recursos para o Maranhão no Governo Federal

Uma das mais ativas lideranças políticas maranhenses no enfrentamento dos problemas causados pelas chuvas no Maranhão, o senador Weverton Rocha (PDT) esteve nesta quarta-feira, 12, no Ministério da Saúde, em busca de ajuda para os desabrigados.

E deu um recado claro aos que insistem no debate político em meio aos problemas no estado.

– Não é hora de disputa política; todos temos que trabalhar juntos pelo maranhão neste momento difícil em que enfrentamos enchentes, influenza e CoVID-19 – disse o senador, em suas redes sociais, após encontro com o ministro Marcelo Queiroga.

Weverton foi em busca de medicamentos e recursos aos municípios maranhenses.

A ação efetiva do senador pedetista contrasta com a do próprio governador Flávio Dino (PSB) que – acometido de coVID-19 – atua nas redes sociais em agressivo debate político com o presidente Jair Bolsonaro (PL), enquanto aliados do seu vice, Carlos Brandão (PSDB), prefere atacar aliados de Weverton e lideranças que não aceitam a imposição do seu nome. (Saiba mais aqui)

– Quero deixar claro que sou oposição ao governo Bolsonaro, mas neste momento, o importante não é a política e sim a união em prol do Maranhão – defendeu Weverton.

O grupo de Weverton – que inclui os presidentes da Famem, da Assembleia, da Câmara Municipal, senadora Eliziane Gama (Cidadania), deputados federais, estaduais, vereadores e prefeitos – está todo mobilizado em defesa dos desabrigados e no combate aos surtos de gripe e á pandemia de coronavirus.

A mobilização envolve todos os municípios…

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Com base consolidada, Weverton articula novos apoios partidários…

Com a garantia do apoio de PDT, DEM, PRB, Cidadania, PP e PSL, senador busca novas alianças, que envolvem PT, Rede, PSOL e Podemos; além disso, mantém conversas com outros pré-candidatos

 

Com grupo consolidado em todo o maranhão, Weverton segue agora em busca de novas alianças, que incluem partidos e pré-candidatos a governador

Fortalecido com a reafirmação de apoio dos dirigentes de DEM, Cidadania, PP, PRB e PSL, o senador Weverton Rocha (PDT) mantém, ao mesmo tempo, conversas adiantadas com vários outros partidos.

A política de aliança do senador pedetista inclui PT, Rede, PSOL e Podemos, o que pode levar sua coligação a somar nada menos que 10 partidos.

Em Brasília, onde se decide a política nacional e sua repercussão nos estados, Weverton fortalece suas articulações, enquanto mantém seu grupo unido no Maranhão, mesmo após pressões do governo Flávio Dino (PSB) em favor do vice-governador Carlos Brandão (PSDB).

Mantém também a base de prefeitos, ex-prefeitos, vice-prefeitos e ex-candidatos a prefeitos em todo o Maranhão.

Encaminhado nas alianças partidárias e com lideranças empenhadas no projeto “Maranhão Mais Feliz”, o senador inicia agora uma nova fase, de conversas.

Essas conversas incluem também outros pré-candidatos a governador, notadamente Edivaldo Júnior (PSD) e Josimar de Maranhãozinho (PSD).

Mas esta é uma outra história…

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Inseguro como candidato de Dino, Brandão contabiliza até partidos adversários

Rejeitado na reunião da base governista, vice-governador passou a usar uma frenética geração de fake news tentando criar uma situação de fato consumado em sua candidatura, o que só revela a inconsistência de seu projeto, prevista por adversários muito tempo antes

 

Carlos Brandão segue numa frenética geração de fatos na tentativa de se consolidar como candidato da base

Análise de conjuntura

O titular do blog Marco Aurélio D’Eça esteve em Barreirinhas no dia 7 de setembro, em conversa pessoal com o senador Weverton Rocha (PDT); na ocasião, travou-se um diálogo sobre a eleição de 2022 na qual, em linhas gerais, Rocha desenhou exatamente o cenário a partir da reunião de novembro, quando o governador Flávio Dino (PSB) iria anunciar o seu candidato.

À época, o senador – como todo o Maranhão – já sabia que Dino indicaria o nome do vice-governador Carlos Brandão (PSDB), até por motivos óbvios.

– A partir de então, passaremos a sofrer uma inclemente onda de notícias negativas, apontando nosso esvaziamento e até uma debandada geral da nossa campanha; isso tudo deve durar em torno de 30 a 45 dias, e precisamos suportar esta pressão e controlar a ansiedade, já que está tudo dentro do script – disse Weverton, exibindo um impressionante controle da situação e uma forte segurança em seu projeto.

Está acontecendo exatamente como desenhado pelo senador do PDT.

Conversa entre o titular do blog e o senador Weverton, ainda em setembro: fatos de hoje confirmam perspectivas de três meses atrás

Desde a reunião da última segunda-feira, 29 – quando Flávio Dino indicou o nome de Brandão, sem, no entanto, conseguir a adesão da base – o vice-governador passou a criar uma série de fatos tentando se consolidar como a opção definitiva ao governo.

E plantou até notícias absurdas sobre apoios e alianças.

De segunda-feira para cá, Brandão já anunciou apoio do Cidadania, desmentido pela senadora Eliziane Gama, e até do próprio PDT, de Weverton Rocha, pela simples presença do deputado pedetista Zito Rolim em um de seus eventos pós-anúncio de Dino.

A plantação das notícias em favor do vice-governador acabam revelando uma clara insegurança do seu projeto, sobretudo pela frustração de o governador não ter batido o martelo definitivamente.

E ainda levaram  um balde água fria com a pesquisa  Escutec divulgada ontem, na qual Weverton Rocha aparece com mais que o dobro dos votos do vice-governador, este ainda em briga pela terceira e quarta posições.

 2022 deve iniciar com Weverton Rocha e seus aliados em nova reunião de confraternização – mesmo em meio as fake news brandonistas sobre esvaziamento – ocasião em que deve apresentar novos encaminhamentos de alianças.

Exatamente como desenhado há três meses atrás…