MP acompanha pagamento de indenizações de incêndio no Rio Anil Shopping…

Promotoria especializada na Defesa do Consumidor quer garantir o cumprimento integral do acordo que garantiu R$ 3 milhões às vítimas vivas do incêndio no Cinesystem, em março de 2023 e mais R$ 1,5 milhão por danos coletivos, que serão revestidos em equipamentos para a Prefeitura de São Luís; famílias de jovens mortas ainda mantém processos

 

Estado em que ficou a sala 3 do Cinesystem após o incêndio que resultou na morte de duas jovens no dia 7 de março de 2023

A 12ª Promotoria de Defesa do Consumidor vai acompanhar o cumprimento integral do acordo firmado pelo Rio Anil Shopping, pela empresa Cinesystem e pela BR Malls Participações com as vítimas vivas do incêndio ocorrido em março de 2023 e que resultou na morte das jovens Evellyn Gusmão Gomes Silva, 16, e Yasmin Gomes Campos, 21.

No total, o shopping e suas parceiras vão pagar cerca de R$ 3 milhões a 12 vítimas: Deise Jéssica Costa Chagas, Alexandre Magno Alves de Moura, Carlos André Pinheiro Viana, Naara Marcela da Motta Tavares, Aristóteles Rodrigues dos Santos Neto, Thayara Rodrigues Pinheiro dos Santos, Eduardo Vinícius França de Sousa, Maria Eduarda Baquil do Carmo e Aminadabes Gomes Silva e Filhos.

Leia também:

Além dos cerca de R$ 3 milhões às vítimas vivas, o Rio Anil Shopping, a BR Malls e o Cinesystem se comprometeram a investir R$ 1,5 milhão em equipamentos para a Prefeitura de São Luís, por danos coletivos.

  • são cinco caminhonetes cabine dupla, no valor unitário de R$ 185 mil;
  • três bombas de UBV para controle do Aedes aegypti, no valor unitário de R$ 125 mil;
  • investimento nos programas da Unidade de Vigilância de Zoonoses, no valor de R$ 200 mil.

As família das duas jovens mortas ainda mantém processos na Justiça…

Em uma semana, governo Lula mandou R$ 1,5 milhão para cidades que Brandão diz não sofrer com chuvas

Ao desmentir influenciadores digitais, celebridades, instituições e autoridades que recolhiam mantimentos para atender supostas vítimas de enchentes e alagamentos em 35 cidades maranhenses – e a sua própria Defesa Civil, que atesta os estados de emergência e de calamidade pública – governador expõe o que pode ser mais um escândalo de proporções nacionais para desviar dinheiro público em detrimento de outras terras – como o estado do Rio Grande do Sul – que verdadeiramente sofrem com a tragédia climática

 

O atenção de Brandão desmentiu todo mundo, da Cruz Vermelha à sua Defesa Civil, que fazem ações contra as enchentes no estado

Ao publicar em suas redes sociais nesta sexta-feira, 10, comunicado em que garante não haver nenhuma cidade maranhense “coberta por águas”, o governador Carlos Brandão (PSB) chamou os holofotes para o que pode ser um escândalo de proporções nacionais.

Somente na semana que passou – de segunda-feira, 6, à sexta-feira, 10 – o governo Lula (PT) já encaminhou mais de R$ 1,5 milhão a cidades maranhenses que declararam estar sofrendo os efeitos da chuva, com desabrigados, desalojados e necessitados de alimentos, roupas e higiene.

  • Foram R$ 486,9 mil para o município de Lagoa Grande, segundo a Portaria nº 1.396, de 6/5/2024, com base no processo nº. 59052.024465/2024-79;
  • outros R$ 434,9 mil foram para Carutapera, de acordo com a Portaria nº 1.397, de 6/5/2024 e com o processo processo nº 59052.024484/2024-03;
  • mais R$ 384,8 mil foram depositados para Lago da Pedra, com base na Portaria nº 1.368, de 3/5/2024 e no processo nº 59052.024085/2024-34;
  • para o município de Trizidela do Vale foram R$ 148,9 mil, segundo a Portaria nº 1.399, de 6/5/2024, e o processo nº 59052.024264/2024-71
  • em Boa Vista do Gurupi chegou mais de R$ 46,9 mil, conforme Portaria nº 1.398/24, de 6/5/24, e o processo nº 59052.024544/2024-80
  • o Ministério da Integração Regional renovou ainda o processo nº 59053.006402/2022-69, que já havia autorizado recursos para Mirador.

A influenciadora Thaynara OG já vinha promovendo ações em favor de desabrigados em mais de 30 cidades maranhenses

É preciso deixar claro que algumas dessas cidades, de fato, sofreram alagamentos – embora Brandão tenha garantido não haver nenhuma sob as águas – mas chama a atenção o fato de que, mesmo em meio a essa calamidade, prefeituras como a de Lagoa Grande, por exemplo, não tenham disponibilizado em suas redes sociais qualquer publicação que mostrasse a situação de emergência.

A utilização, pelo ente beneficiário, dos recursos transferidos, está vinculada exclusivamente à execução das ações especificadas no art. 1° desta Portaria”, deixa claro o MIDR, no artigo 4º das Portarias assinadas pelo Secretário Nacional da Defesa Civil, Wolney Wolff Barreiros, publicadas nas edições do Diário Oficial da União dos dias 3 e 6 de maio.

 

Ao publicar em suas redes sociais uma postagem que desmente influenciadores do porte de Winderson Nunes e Thaynara OG, que se dispuseram a recolher doações para maranhenses em situação de emergência – e até a Cruz Vermelha Brasileira e sua própria Defesa Civil, que atesta a situação dos municípios nos pedidos de recursos – o governador Carlos Brandão age para proteger a imagem do seu governo, o que é legítimo.

Mas acaba por expor o que pode ser apenas o fio da meada de uma grande fraude contra o Ministério da Integração Regional.

Fraude que – se comprovada – torna-se ainda mais cruel diante da situação do Rio Grande do Sul…

Imagens do dia: A tragédia anunciada dos ferry boats em São Luís…

Alertado desde meados de 2022, o governo Carlos Brandão insiste em manter em atividade a embarcação chamada José Humberto, pondo em risco a população que faz a travessia entre a capital maranhense e a Baixada; além deste, o ferry São Gabriel também apresentou problemas na travessia nesta terça-feira, 17

 

O ferry José Humberto deu nova pane em pleno domingo, 15 e precisou ser rebocado para chegar a seguro no porto

…Já a embarcação batizada de São Gabriel encalhou nesta terça-feira, 17 e também precisou ser rebocada

O governo Carlos Brandão vem sendo alertado desde meados e 2022 sobre os riscos aos quais a população usuária do serviço de ferry boat está sujeita, sob sua responsabilidade; este blog Marco Aurélio d’Eça, por exemplo, já postou diversas vezes situações de risco e ameaças. (Relembre aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, mais aqui e também aqui)

mas o governador e sua equipe – agora a Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap) – ignoram solenemente todos os alertas.

No último domingo, 15, o ferry José Humberto, todo remendado, apresentou falha mecânica pela enésima vez e precisou ser rebocado. (Saiba mais aqui)

Já nesta terça-feira, 17, outra embarcação que faz a travessia São Luís Cujupe, o ferry São Gabriel, também precisou de reboque, após encalhar na Baía de São Marcos. (Entenda aqui)

Os episódios vêm se repetindo ao longo dos anos, com ameaça clara aos usuários dos erviço.

E sob a vista grossa do Capitania dos Portos e do Ministério Público…

Corpo de Bombeiros tem trabalho reconhecido em perícia no rio Anil Shopping…

Ao contrário do Instituto de Criminalística – cujo laudo foi denunciado ao Conselho Nacional de Justiça, ao Ministério Público e ao Conselho Nacional do Ministério Público – atuação dos oficiais militares, com relatório circunstanciado sobre o incêndio que matou duas pessoas em 7 de março, foi apontada em documento da Rede Cinesystem como “justa e neutra”

 

Corpo de Bombeiros em atuação no Rio Anil Shopping; blindagem da corporação impediu interferências externas na investigação

Cercados por polêmicas e até hoje estranhamente mantidos em sigilo pela Polícia Civil maranhense, os laudos periciais do Instituto de Criminalística e do Corpo de Bombeiros Militar sobre o incêndio que vitimou duas adolescentes, no Rio Anil Shopping, têm avaliação distintas dos envolvidos.

O laudo do Icrim, que praticamente isenta o Rio Anil Shopping do ocorrido, já foi denunciado  ao Conselho Nacional de Justiça, ao Ministério Público do Maranhão e ao Conselho Nacional do Ministério Público, pela Redecine BRA Cinematográfica S.A., empresa que administra o Cinesystem, cujas salas foram destruídas no incêndio.

A empresa viu parcialidade e uma estranha relação dos peritos e delegados que investigaram o caso com a direção do Rio Anil Shopping, como revelado com exclusividade pelo blog Marco Aurélio d’Eça, no post “Cinesystem denuncia fatos graves e ameaça pedir nulidade de laudo do Icrim…”

Em relação aos Bombeiros, a empresa denunciante tem oura visão; para ela, os oficiais militares fizeram um trabalho integralizado, “ou seja, sem condutas que possam gerar questionamentos de parcialidade, sendo justo e agindo com total neutralidade”, segundo consta do item B.A.A.05. da Terceira Petição Intermediária apresentada pela Cinesystem.

Este blog Marco Aurélio D’Eça também já havia apontado a diferenças entre os laudos, no post “Icrim e Bombeiros divergem sobre incêndio no Rio Anil Shopping…”.

É preciso deixar claro que o relatório dos Bombeiros não apontam A ou B como culpados, mas apenas mostra as possibilidades de causas do incêndio, ao contrário do Icrim, que deixou claro em seu lado a impossibilidade de que o incêndio tenha ocorrido durante a implantação de manta asfáltica na cobertura do shopping.

Entregues desde o final de maio às autoridades policiais responsáveis pelas investigações, tanto o laudo dos Bombeiros quanto o do Icrim são mantidos em sigilo pela Secretaria de Segurança, embora o Ministério Público já tenha derrubado este sigilo, conforme revelado no post “Ministério Público derruba sigilo na investigação do incêndio do Rio Anil Shopping…”.

A pedido do deputado estadual Carlos Lula (PSB), o Corpo de Bombeiros e o Icrim serão chamados para apresentar os laudos na Assembleia Legislativa, em audiência pública.

Ocasião em que deverão ser esclarecidas todas as dúvidas – e suspeitas – do incêndio no Rio Anil Shopping.

Além de evitar o esquecimento temido pelas famílias das vítimas…

Ministério Público derruba sigilo na investigação do incêndio no Rio Anil Shopping…

Promotora de Defesa do Consumidor Litia Teresa Cavalcanti usou os artigos 4º, IV e art. 6º, II e III da Lei nº 8.078/90, para tornar público o inquérito e seus resultados, incluindo laudos do Icrim e dos Bombeiros, “tendo em vista o interesse da coletividade na elucidação dos fatos objeto da apuração”

 

Recorte do Despacho de Litia Cavalcanti sobre o sigilo das investigações do incêndio do Rio Anil Shopping

A promotora de Defesa do Consumidor do Termo Judiciário de São Luís Litia Teresa Cavalcanti, determinou em despacho no último dia 5 de junho, o fim do sigilo nas investigações do incêndio do Rio Anil Shopping, ocorrido no dia 7 de março, com duas vítimas fatais.

No DESPACHO-11ªPJESPSLS – 242023, Litia Cavalcanti argumenta que os laudos do Instituto de Criminalística e do Corpo de Bombeiros Militar indicam responsabilidade do Rio Anil Shopping e da fabricante do projeto utilizado no Cinesystem, reação pela qual tomou as providências.

Independentemente do despacho de Litia Cavalcanti, este blog Marco Aurélio d’Eça já havia divulgado, desde a terça-feira, 13, as conclusões dos laudos do Icrim e dos Bombeiros, apontando divergências entre eles, por entender que a informação – ainda “guardada” pelas autoridades policiais – é de absoluto interesse público.

Em seu despacho, a promotora de Defesa do Consumidor encaminha também à Secretaria Nacional de Defesa do Consumidor a informação do acidente, já que o projetor utilizado no Rio Anil Shopping, fabricado pela Barco LTDA., com sede em São Paulo, pode estar sendo usado em outras salas de cinema pelo Brasil

No post “Icrim e Bombeiros divergem sobre incêndio no Rio Anil Shopping”, o blog Marco Aurélio d’Eça publica trechos do relatório do CBMMA que contesta a afirmação do Icrim, segundo a qual o incêndio teve origem no projetor da sala 3 do Cinesystem. 

A decisão da promotora traz para a investigação também a fabricante do projeto, que precisará se defender das acusações da polícia civil maranhense, já contestadas pelo próprio Cinesystem.

Leia aqui a íntegra do despacho de Litia Cavalcanti

Exclusivo!!! Cinesystem denuncia “fatos graves” e ameaça pedir nulidade do laudo sobre o Rio Anil Shopping

Rede de cinemas cujas salas foram atingidas pelo incêndio do dia 7 de março – resultando na morte de duas pessoas – encaminhou petição administrativa ao CNJ, ao Conselho Nacional do Ministério Público e aos promotores responsáveis pela investigação em que relata – e apresenta provas – de uma série de ações dos delegados Jeffrey Paula Furtado, George Antônio da Silveira Marques e Clarismar de Oliveira Campos Filho e dos peritos do Instituto de Criminalística, reforçando a suspeita de uma rede de proteção pública em favor do shopping, já denunciada neste blog Marco Aurélio d’Eça

 

Peritos oficiais almoçam com funcionários do Rio Anil Shopping numa relação indevida durante uma investigação de um possível crime que resultou em morte

A Redecine BRA Cinematográfica S.A. , dona do Cinesystem São Luís, que teve as salas de exibição destruídas pelo incêndio do dia 7 de março, no Rio Anil Shopping – fato que resultou na morte de duas pessoas – denunciou ao Conselho Nacional de Justiça, ao Conselho Nacional do Ministério Público e aos promotores de Justiça que acompanham às investigações uma série de ações dos delegados da Polícia Civil e dos peritos do Instituto de Criminalística que podem levar à nulidade do laudo e do inquérito que investiga as causas do fatal incidente.

Assinado pelo advogado Alex Ferreira Borralho, a petição Administrativa cita nominalmente os delegados Jeffrey Paula Furtado, George Antônio da Silveira Marques e Clarismar de Oliveira Campos Filho e apresenta imagens, vídeos, trocas de mensagens telefônicas e até almoços conjuntos de peritos com funcionários do Rio Anil Shopping durante os trabalhos realizados no local.

Apresentado às autoridades no dia 11 de maio, antes mesmo do fim das investigações, o documento da Cinesystem reconhece o trabalho realizado pelo Corpo de Bombeiros – que também elaborou laudo sobre o incêndio – mas põe dúvidas no trabalho do Icrim, segundo a Petição, fortemente contaminado por ações de agentes do próprio shopping e até mesmo de autoridades públicas interessadas na proteção da empresa maranhense.

Este blog Marco Aurélio d’Eça publicou, com exclusividade, na última segunda-feira, 12, as claras divergências entre os laudos do Bombeiros e do Icrim, detalhadas no post “Icrim e Bombeiros divergem sobre causa de incêndio no Rio Anil Shopping…”.

Mas essas suspeitas levantadas agora pela rede Cinesystem também já haviam sido levantadas no blog Marco Aurélio d’Eça, ainda em março, no post  “Estranhas ações sugerem rede de proteção ao Rio Anil Shopping no incêndio que matou duas…”.

Conjunto de fotos mostra acesso de funcionários do Rio Anil Shopping liberado em área interditada; e a mensagem do Whatsapp orienta como proceder

Uma das mais graves acusações recaem sobre o perito Cláudio José Sousa da Silva, que, segundo a empresa de cinemas, entregou as chaves da área interditada na investigação a funcionários graduados do Shopping Rio Anil, tornando o local vulnerável.

– Essencial detalhar que as áreas que ficaram acessíveis por força da atitude do perito Cláudio José Sousa da Silva, são as seguintes: sala que os peritos estavam utilizando, o corredor com equipamentos retirados das cabines de projeção, o corredor de acesso as salas e bomboniere, as salas de exibição e a cabine de projeção. Aliás, ratificamos mesmo antes da referida data já existiam facilidades de entrada de funcionários do Rio Anil Shopping, como relatado no item “B.C.A.01 – diz o documento. 

A partir deste episódio, relata o documento encaminhado às autoridades, começaram a sumir objetos alvos de perícia.

Com relação aos delegados, dentre outras coisas, a Cinesystem acusa a todos de agir parcialmente em favor do Rio Anil Shopping, inclusive liberado a e entrada de peritos particulares contratados pela própria empresa maranhense, mas indeferindo pedidos da empresa denunciante.

O fato é que, independente do mérito da empresa de cinemas, a investigação do poder público maranhense resta-se comprometida por influências externas, o que deve levar exatamente às calendas gregas o processo contra o Rio Anil Shopping, como já havia alertado este blog Marco Aurélio d’Eça, no post “Famílias de vítimas de incêndio temem esquecimento após reabertura do Rio Anil Shopping…”.

E só quem perdeu nisso tudo foram exatamente as famílias das vítimas fatais…

Veja aqui a íntegra da denúncia da Cinesystem

Exclusivo!!! Icrim e Bombeiros divergem sobre causa de incêndio no Rio Anil Shopping…

Laudo do Instituto de Criminalística descarta que a colocação de manta asfáltica na cobertura do prédio tenha causado o sinistro e diz que uma explosão no projetor da sala 3 do Cinsystem seria a origem do fogo; CBMMA não descarta o uso do maçarico como causa e põe dúvidas sobre explosão na sala 3, que continuou a exibir filmes mesmo após o início da tragédia, que matou duas jovens e feriu outras 21 pessoas no dia 7 de março

 

Projetor do Cinesystem que o Icrim aponta como causado do Incêndio que resultou na tragédia do Rio Anil Shopping; Bombeiros divergem

O blog Marco Aurélio d’Eça teve acesso neste domingo, 11, com exclusividade, aos laudos do Instituto de Criminalística (Icrim) e do Corpo de Bombeiros Militar do Maranhão sobre o incêndio no Rio Anil Shopping, em 7 de março, que resultou na morte de duas garotas e deixou outras 21 pessoas feridas.

Os laudos são totalmente divergentes entre si.

O Laudo pericial do Icrim, nº 0022097/2023/PO, com 97 páginas – assinado pelos peritos criminais Aristoneide Costa Coelho, Antônio Fernando Barros, Cláudio José Sousa da Silva e Cássio Marques Freitas – aponta como local do início do incêndio a cabine de projeção da sala 3 do Cinesystem, “mais precisamente no projetor de filmes desta sala”.

– A causa foi um fenômemo elétrico na fonte de alimentação da lâmpada do projetor da cabine 3, não sendo possível  identificar o elemento ignitor do evento – determina o laudo do Icrim.

Os peritos do Icrim deixam claro a distância de 34,25 metros entre a área de colocação da manta asfáltica e as salas de cinema.

Já o Laudo Pericial de Incêndio nº 005, de 30 de maio de 2023, do Corpo de Bombeiros, não descarta a origem do incêndio como resultante do que denomina “chama aberta”, oriunda de maçarico, equipamento que estava sendo usado por operários na cobertura do shopping.

– O uso de chama aberta oriunda do maçarico, na presença de um comburente presente no local (dutos elétricos, papel cartão proveniente do gesso acartonado, plástico de revestimento das placas acústicas depositadas sobre o forro e etc…) são elementos capazes de formar a reação em cadeia e iniciar uma combustão. Soma-se a isto um ambiente de alta temperatura devido aos vapores acumulados pelas máquinas de projeção – diz, em sua página 11, o laudo do CBMMA, assinado pelos oficiais-peritos Antonio Eliberto Mendes, João Luís Gonçalves Lima, Leno Romeu Coelho Costa, Paulo Henrique Fernandes Oliveira e Léo Anderson Diniz Pereira.

Estado da sala 3 do Cinesystem após incêndio do Rino Anil Shopping; mas as duas jovens mortas estavam na sala 2, menos atingida pelas chamas

Ao contrário do Icrim, o Corpo de Bombeiros não estabeleceu dado conclusivo para a causa do incêndio na sala 3 do Cinesystem, apesar de reconhecer que foi esta a área mais degradada pelo incêndio.

Os bombeiros estabeleceram uma hipótese de o incêndio ter-se originado no entreforro da sala 3, “onde foi verificado resto de material de impermeabilização semelhante ao utilizado na impermeabilização do telhado metálico, cuja aplicação pode ser feita com colagem de asfalto quente, com ajuda de chama aberta de um maçarico ou por colagem de manta fria.” 

Ainda contrariando o laudo do Icrim, o relatório do CBMMA, diz que há na cabine de projeção da Sala 3 do Cinesystem dispositivos do tipo Sprinkler (espécie de chuveirinhos acionados pelo calor em caso de incêndio).

O laudo deixa claro: o acionamento [do Sprinkler] se inicia a partir de 68° C.

– Sendo assim, é possível e muito provável depreender que, caso o incêndio se iniciasse a partir da máquina de projeção da Sala 3, o acionamento do Sprinkler seria automático e suficiente para conter as chamas, evitando o alastramento do incêndio – diz o laudo, em sua página 14.

Esse acionamento do Sprinkler, explica o documento dos Bombeiros, “seria tardio se o incêndio se iniciasse acima do chuveiro automático, na região do entreforro, por exemplo, avançando, só a posteriori, para a área de projeção da sala 3.

Os dois laudos vinham sendo mantidos restritos pelas autoridades do Governo do Estado – e sobretudo por estranha pressão da chefia do Ministério Público, apesar de ser documento de teor público.

O blog Marco Aurélio d’Eça teve acesso não apenas a estes, mais a todos os documentos envolvidos na investigação, que deverão ser tornados públicos em posts subsequentes a este.

O blog entende que esta publicização da história do incêndio no rio Anil Shopping a fará devidamente esclarecida.

E as vítimas e suas famílias também devidamente honradas…

Famílias de vítimas temem esquecimento após reabertura do Rio Anil Shopping…

Centro de compras foi reaberto nesta quinta-feira, 23, após intensa pressão de agentes políticos em favor da empresa, que pertence à família do ex-senador  Clovis Fecury, mas investigações dos Bombeiros, da Polícia Civil e da Promotoria de Defesa do Consumidor ainda devem apontar responsáveis pelo incêndio que matou duas e feriu outras 21 pessoas

 

Rotina no Rio Anil Shopping já foi retomada, mesmo antes da conclusão das investigações do incêndio, como mostra imagem de O Imparcial

O blog Marco Aurélio d’Eça vinha apontando este desfecho há pelo menos uma semana, como alertou nos posts “Estranhas ações sugerem rede de proteção ao Rio Anil Shopping no incêndio que matou duas…” e “Classe política pressiona pela abertura do Rio Anil Shopping…”

E não deu outra: o Rio Anil Shopping reabriu as portas nesta quinta-feira, 23, após 15 dias interditado por causa de um incêndio nas salas do Cinesystem que resultou na morte de duas pessoas e ferimentos em outras 21.

E abriu sem a conclusão das investigações que devem definir culpados pela tragédia.

Familiares das jovens que morreram e das demais vítimas manifestaram-se nas redes sociais preocupadas com o esquecimento da situação de cada um, diante a retomada da rotina normal no Rio Anil Shopping.

Mas as autoridades envolvidas nas investigações garantem que não haverá desmobilização, mesmo diante da pressão dos pares e colegas ligados à política.

A promotora Lítia Cavalcanti – para que há responsabilidade direta do shopping no incêndio – já decidiu decretar sigilo nas investigações, para evitar tentativas de acesso aos autos com interesses outros.

Mesmo com a reabertura das lojas, o Cinesystem segue interditado, sem previsão nem mesmo para início das obras de reforma, uma vez que as salas ainda são palco de perícias e investigações.

A classe política e a elite financeira de São Luís venceu a batalha e garantiu aos colegas do Rio Anil Shopping a retomada dos negócios e consequente lucro.

Espera-se, agora, que a mesma dedicação seja demonstrada, sobretudo, às famílias enlutadas…

Classe política pressiona pela abertura do Rio Anil Shopping…

Agentes do governo estadual e do judiciário, deputados estaduais e até membros do Ministério Público agem nos bastidores alegando que o fechamento do centro de compras – palco de um incêndio que matou duas pessoas – causará prejuízos à economia e desemprego em São Luís; Promotoria do Consumidor decreta sigilo no inquérito que investiga responsabilidades

 

Deputados foram ao Rio Anil Shopping e saíram de lá convencidos da necessidade de sua reabertura; nenhuma visita às famílias vítimas do incêndio que matou duas

Editorial

Os deputados que visitaram o Rio Anil Shopping na última segunda-feira, 20, saíram de lá com uma convicção externada publicamente: “é preciso reabrir o Rio Anil Shopping, fechado desde o dia 7 de março”, após incêndio que matou duas pessoas e feriu outras 21.

Por trás da pressão parlamentar há um jogo político que envolve agentes do Governo do Estado, do Poder Judiciário, da Assembleia Legislativa e até do Ministério Público pela reabertura do centro de compras.

É a elite maranhense tentando proteger o negócio da família do ex-senador  Clovis Fecury.

Nenhuma ação desses agentes públicos aponta para qualquer iniciativa ou providência em relação às famílias que perderam as duas jovens; o próprio chefe do Ministério público, Eduardo Nicolau, monitora dia e noite as investigações, agindo como espécie de advogado de defesa das empresas-alvo do incêndio.

A pressão desses agentes públicos nas investigações já foi denunciada pelo blog Marco Aurélio d’Eça, no post “Estranhas ações sugerem “rede de proteção” ao Rio anil Shopping no incêndio que matou duas”.

Diante destas pressões – que atingem promotores de justiça, oficiais do Corpo de Bombeiros, delegados e agentes da Polícia Civil e da Perícia Criminal – a promotora de Defesa do Consumidor, Lítia Cavalcanti, decretou sigilo no inquérito sob sua responsabilidade; é uma forma de evitar acesso com outros interesses ao material.

Mas até mesmo os agentes envolvidos na investigação admitem que a pressão vai mesmo forçar a reabertura do Rio Anil Shopping.

E a tendência é que as vítimas serão esquecidas na prateleira das histórias não resolvidas…

Promotora inclui empresa de estacionamento entre investigados do incêndio do Rio Anil Shopping

Lítia Cavalcanti, da Promotoria de Defesa do Consumidor, entendeu que a empresa SCP Estacionamento do Rio Anil Shopping-ParkMe também faz parte do polo passivo da investigação que apura responsabilidades no crime que resultou em duas mortes e mais 21 feridos, no último dia 7 em São Luís

 

O incêndio destruiu completamente as salsas do Cinesystem no Shopping Rio Anil, matando duas pessoas e ferindo outras 21

A promotora Lítia Cavalcanti publicou nesta terça-feira, 14, a Portaria nº 11ªPJESPSLS-32023 para aditar outra portaria, a de número 02/2023, incluindo a empresa SCP Estacionamento do Rio Anil Shopping – ParkMe entre os investigados do incêndio que destruiu as salas do Cinesystem, no Rio Anil Shopping, matando duas pessoas e ferindo outras 21, na tarde do último dia 7 de março.

De acordo com a portaria, que o blog Marco Aurélio d’Eça obteve com exclusividade, a empresa de estacionamentos teria cometido prática abusiva, ao impedir a fuga das vítimas, obrigando-as a pagar pelo estacionamento mesmo durante a tragédia.

Com a portaria, Lítia Cavalcanti já determinou que a empresa SCP Estacionamentos-ParkMe encaminhe relatório extraído do sistema de
pagamentos, informando a “quantidade e os valores correspondentes de tickets estacionamento pagos a partir das 15:30h do dia 07/03/2023”.

A investigação da Promotoria de Defesa do Consumidor vai buscar informações sobre as condutas adotadas na data do incêndio, “em especial as orientações da administração do Rio Anil Shopping acerca dos procedimentos de evacuação do público presente”.

Mesmo em meio às chamas que já consumiam boa parte dos cinemas, a ParkMe foi denunciada por impedir a saída dos consumidores tentado fugir do fogo

Chegaram à promotoria diversas denúncias dando conta de cobranças abusivas por parte da empresa, o que pode ter dificultado a evacuação do shopping, palco de um incêndio de grandes proporções, que destruiu as salas de cinema do local e provocou duas mortes.

Estes abusos foram publicados, inclusive, no blog Marco Aurélio d’Eça, no post “Relatos de ganância em meio à tragédia do Rio Anil Shopping…”

A SCP Estacionamentos passa a ser uma das três empresas investigadas como responsáveis pelo incêndio, que pode caracterizar crime de homicídio culposo, quando não há a intenção de matar.

Além dela, são investigadas o Cinesystem e o próprio Rio Anil Shopping…

Veja abaixo a Portaria da Promotoria do Consumidor: