Além da investigação de desembargadores – revelada em depoimento do delegado Thiago Bardal – Secretaria de Segurança determinou também a catalogação de juízes e promotores no interior
Não é de hoje a tentativa do governo Flávio Dino (PCdoB) de monitorar autoridades do Judiciário, como revelou em depoimento o ex-chefe da Superintendência de Investigações Criminais (Seic), delegado Thiago Bardal.
No dia 20 de abril de 2018, o blog Marco Aurélio D’Eça revelou em primeira mão – assunto depois repercutido em toda a imprensa do país – a Circular nº 098/2018, da Policia Militar, determinando espionagem de adversários de Flávio Dino (PCdoB) que pudessem “causar embaraços eleitorais ao governador”. (Relembre aqui, aqui, aqui e aqui)
Numa parte desta Circular há uma tabela, que deveria ser usada por comandantes dos batalhões no interior, para catalogar juízes e promotores, como foi revelado no post “PM mandou catalogar até juízes e promotores…”. (Veja documento abaixo)
A obsessão da cúpula da Secretaria de Segurança Pública – e da PMMA – pela espionagem de autoridades se revelou ainda mais perigosa no final de 2018, já com Flávio Dino reeleito, quando o próprio delegado Bardal encaminhou ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) denúncia contra os desembargadores Froz Sobrinho e Tyrone José. (Relembre aqui)
No início de março passado, ele revelou ao juiz da 2ª Vara Criminal, que, além de Tyrone e Froz, tinha ordens do secretário Jefferson Portela para investigar também os desembargadores Guerreiro Júnior e Nelma Sarney.
Algo deu errado e o todo-poderoso da Seic acabou caindo preso, acusado de participação na mesma quadrilha de espionagem que a sua delegacia investigava.
E o resto da história já é de conhecimento público…