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“Brincadeira de péssimo gosto”, dizem homens que ofenderam nordestinos..

Em vídeo que se espalhou na internet, Lucas Paolinelli Campos e Vinícius Silveira Raposo avaliaram que a vitória de Bolsonaro para presidente seria um passo para enquadrar nordestinos e nortistas

 

Os dois homens que ofenderam nordestinos pediram desculpas, mas devem ser investigados

Após polêmica nacional de um vídeo que eles mesmos espalharam na internet, o empresário Lucas Paolinelli Campos e o médico veterinário Vinícius Silveira Raposo divulgaram nota de retratação pública por ofensas ao Norte e Nordeste.

No vídeo, Paolinelli, que estava com um terceiro rapaz, ainda não identificado, diz que, após a vitória de Jair Bolsonaro, não precisaria mais “suportar esse pessoal do Acre, de Roraima, esse pessoal do Norte”.

Raposo, por sua vez, completou dizendo que “essa galera do Nordeste tem que parar de gastar o dinheiro que o Sudeste produz”. (Veja aqui o vídeo completo)

Na nota, os dois homens tentam justificar que o vídeo tratou-se de “uma brincadeira privada”. Mas reconhecem que o ato foi “infeliz e de péssimo gosto”.

– Aludido vídeo foi gravado em uma roda de amigos, e visava uma brincadeira privada, brincadeira essa que, reconhecemos ser infeliz e de péssimo gosto. Veiculada de forma contextualizada, tomou proporções inimagináveis, motivo pelo qual, de pronto, a rechaçamos e manifestamos total retratação – escreveram.

Lucas Paolinelli Campos é sócio da empresa mineira Ramos e Campos Importação e Exportação Ltda, conhecida como Primus Gemstones.

Vinícius Silveira Raposo, de acordo com o site Pragmatismo Político, é professor universitário, formado em medicina veterinária e integrante da Connect Horse, uma empresa de treinamento de cavalos.

Mesmo após as desculpas, os dois devem ser investigados por xenofobia…

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Edivaldo Júnior reage a ataques preconceituosos contra nordestinos…

Prefeito de São Luís classificou de “inadmissíveis” as declarações de três homens, divulgadas na internet, que atribuem à vitória de Bolsonaro o início de uma suposta perseguição a nordestinos no sudeste do país

 

O prefeito Edivaldo Júnior (PDT) reagiu com firmeza nesta quinta-feira, 10, a um vídeo que viralizou na internet, no qual três homens proferem ataques preconceituosos a nordestinos.

Em publicação, o pedetista pediu pelo fim da intolerância e disse ter orgulho de ser nordestino, maranhense e ludovicense.

– Inadmissível que o povo do Nordeste e do Norte continue sofrendo ataques preconceituosos. É preciso dar um basta nesta intolerância. Eu tenho orgulho de ser nordestino, maranhense e ludovicense! # MenosIntolerânciaMaisRespeito – publicou o prefeito em suas redes sociais.

No vídeo que se espalhou na Internet, os homens – cuja localidade onde estão não é identificada – usam o fato de Jair Bolsonaro ter sido eleito presidente para atacar pessoas do Norte e Nordeste.

– Agora é faca na caveira. A gente não vai mais suportar esse pessoal do Acre, esse pessoal de Roraima, esse pessoal do Norte – disse um deles, citando os dois estados. (Veja o vídeo acima)

Em seguida, outro ataca o Nordeste.

– Essa galera do Nordeste tem que parar de gastar o dinheiro que o Sudeste produz. A gente está cansado de produzir e essa mula, não sei o quê, não tem água – complementa outro, sob risos.

Edivaldo ganhou o apoio dos internautas, que também rechaçaram os ataques.

– Orgulho de ser maranhense, ludovicense. Orgulho da minha cidade, São Luís do Maranhão. Também orgulho do seu posicionamento, prefeito Edivaldo Holanda! Avante! – publicou uma internauta.

Os três homens do vídeo – que já foi visto por quase 1 milhão de pessoas – estão sendo investigados pela Polícia Federal…

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Uma nova discussão de gênero…

Quando uma menina transexual é obrigada a usar banheiro masculino em uma escola, é sinal de que a ignorância ainda perpassa a rede social, tornando o Estado primitivo, acorrentado às imposições fundamentalistas

 

Editorial

Stheffany, exemplo de dignidade

Stheffany, exemplo de dignidade

É bestial que, em pleno século XXI uma menina transexual – e, portanto, mulher em essência – seja alvo de uma polêmica sobre o seu direito de usar ou não o banheiro feminino de uma escola pública.

Este blog já não deveria mais estar discutindo direitos GLBT ou condições de gênero, mas a ignorância e a cultura medieval, primitiva de parte da sociedade brasileira ainda forçam a abrir debates como este.

Stheffany Pereira, de 23 anos, aluna transexual do colégio Liceu Maranhense, foi retirada do banheiro feminino por um funcionário da escola, sob alegação de que era um homem e, portanto, não teria o direito de usar o sanitário.

Um absurdo!

Pior: nas redes sociais as críticas à vítima são ainda mais bestiais, calçadas no preconceito, na discriminação, na ridicularização de alguém que teve sua condição de gênero vilipendiada pela ignorância por aqueles que deveriam educar, instruir, ensinar…

Não é uma questão de “se sentir mulher”. Sthefany é uma mulher.

Para pessoas trans, a identidade e o corpo biológico representam tortura. Por isso, muitas tentam suicídio.

Impor a estas pessoas o uso de um banheiro levando em consideração apenas a sua genitália, insistir que estas pessoas são “homens vestidos de mulher” reduzi-las ao órgão sexual é submetê-las à indigência e à indignidade.

O cidadão tem o direito de viver de forma digna em ambiente escolar. E o Estado tem  obrigação de garantir este direito. Todos os estudantes precisam ter iguais condições para seguir seus estudos.

Infelizmente, no Brasil, o fundamentalismo religioso ainda prefere que o assunto continue a ser discutido, ad eternun, para evitar que estas pessoas alcancem a legitimidade e tenham seus direitos garantidos.

E o congresso, fortemente aparelhado por religiosos e fundamentalistas de direita, impede sistematicamente a obtenção destes direitos, que acabam sendo regulamentados na prática do dia dia ou em decisões de juízes mais progressistas.

Mas o que deveria estar sendo discutido hoje, era o COMO estas pessoas serão inseridas no contexto social, profissional e estudantil; e não mais o SE estas pessoas têm ou não direitos.

O índice de evasão escolar entre travestis e transexuais é altíssimo.

Na adolescência, quando estão no Ensino Médio, é que sofrem as piores situações na vida escolar. Violência sexual, agressões em banheiros masculinos, expulsão de salas de aula… Raras conseguem chegar à universidade.

E quando a propalada “discussão” tende a avançar, com o planos municipais de Educação, temas como a questão de gênero e a diversidade sexual ficam de fora por causa de tipos como Marcos Feliciano, Silas Malafaia e Jair Bolsonaro.

Felizmente há gente como Stheffany Pereira, que não aceita a indigência, impõe sua dignidade e vai buscar reparos, processando O Estado.

Por que é assim que deve ser…

Post inspirado em reflexão do jornalista Jock Dean, do jornal O EstadoMaranhão

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PF vai investigar ofensas a nordestinos…

http://ceticismo.net/wp-content/uploads/nordestino.jpgDo Uol

A Polícia Federal vai investigar quem são os responsáveis por dois perfis de redes sociais que ofenderam nordestinos na semana passada.

O pedido de apuração foi feito à PF pelo presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), Marcus Vinícius Furtado Côelho, com base na Lei de Racismo, que considera crime a discriminação por procedência nacional.

As ofensas foram postadas após a vitória eleitoral da presidente Dilma Rousseff (PT), quando uma série de tuítes e postagens do Facebook sugeriram a divisão do Brasil e a construção de um muro para separar o Nordeste e o Norte das regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul.

O pedido de investigação chegou ontem à Direção-Geral da polícia, e o inquérito deverá ficar sob responsabilidade da unidade de repressão a crimes cibernéticos.

Leia também:

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Revoltada, internauta destila ódio aos eleitores de Dilma…

 

O presidente da OAB cita principalmente o perfil de “Regina Zouki Pimenta” no Facebook. Numa postagem, o perfil diz desejar que o vírus ebola chegue ao Brasil pelo Nordeste e “mate a todos”.

– Bando de filhos da p… que destruíram nosso país e a economia por migalhas! Desejo que sejam tomados pela desnutrição, que seus bebês nasçam acéfalos, que suas crianças tenham doenças que os médicos cubanos não consigam tratar, que o Ebola chegue ao Brasil pelo Nordeste e que mate a todos! – afirma o post.

Após a publicação, o perfil foi tirado do ar.

A OAB também pediu para que o cidadão que se sinta ofendido ou que testemunhe atos de preconceito denunciem ao Ministério Público Federal.

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Os burros são aqueles que não sabem fazer as contas; Sul e Sudeste também deram eleição a Dilma…

Aqueles que estão latindo e babando de raiva contra os nordestinos pela vitória de Dilma Rousseff, esbravejam a palavra “burro” para desqualificar os votos e a vontade da democracia.

A burrice, no entanto, é da maioria deles que justificam suas ofensas com duas bases: uma é de que a maioria dos votos veio do nordeste e segundo a de que os protestos de junho foram apenas contra o governo da petista.

Nos dois quesitos, os racistas erram e muito feio:

Primeiro porque, se as contas forem feitas, o Sul e Sudeste foram as regiões com mais votos a Dilma, é só observar os números oficiais do TSE abaixo:

SP – 36% para Dilma (8,5 milhões de votos)
MG – 52% para Dilma (6,0 milhões de votos)
RJ – 55% para Dilma (4,5 milhões de votos)
ES – 46% para Dilma (0,9 milhões de votos)
PR – 39% para Dilma (2,4 milhões de votos)
SC – 35% para Dilma (1,4 milhões de votos)
RS – 47% para Dilma (3,0 milhões de votos)

Portanto, as regiões Norte e Nordeste do país deram MENOS votos a Dilma/PT (24,8 milhões) que o Sul e Sudeste (26,7 milhões).

E por último e que parece difícil de entender: os protestos de junho foram por tudo, menos pra colocar o PSDB de volta à presidência. Muitos, por exemplo, protestaram pelo péssimo sistema de transporte, responsabilidade das prefeituras, sistema inclusive à beira do sucateamento em São Luís.

Lembrando ainda que os protestos tiveram início devido ao aumento da passagem de ônibus urbano e interestadual em São Paulo, respectivamente representados por prefeitura pertencente ao PT e ao governo PSDB.

O resto foi um puro aproveitamento da situação: “protestar contra tudo isso que tá aí”, tudo o quê, a maioria, que mal pesquisa se uma corrente de whats app é verdadeira, não sabia dizer. Não passavam de uma grande massa de pessoas perdidas ideologicamente e de rebeldes sem causa, independente da idade cronológica.

E continuam assim, com comentários sem o mínimo de raciocínio lógico como estes; uma juventude perdida apenas em seu próprio mundinho onde um livro de história e uma pesquisa rápida no Google não teve vez.

A burrice, eles não sabem, está em viver de certezas e ignorar suas dúvidas.

Com redação de Aline Alencar

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Fábio Câmara denuncia racismo à Ampem…

Fábio entrega documentos a Augusto Cutrim

O vereador Fábio Câmara (PMDB) reuniu-se ontem com o presidente da Associação do Ministério Público (AMPEM), promotor Augsto Gomes Cutrim, para apresentar denúncia de ofensas raciais praticadas pelo comandante da Guarda Municipal de São Luís, George Bezerra.

O ato teria sido praticado no dia 19 de dezembro de 2013 durante reunião de negociação entre a Prefeitura e os cooperados da Multicooper que não recebem salário há mais de 20 meses.

Afirma o Vereador que o Comandante o teria chamado de “preto”, “macaco” e “imbecil”.

Segundo Cutrim, ações dessa natureza devem ser fortemente combatidas, de modo a não comprometer as conquistas alcançadas durante todas essas lutas, travadas durante séculos, em busca da superação das desigualdades sociais que atingem as pessoas negras de todo o universo.

 – A sociedade brasileira clama por um mundo mais justo e igualitário, em respeito às diferenças. Por essa razão, é importante que tais condutas sejam devidamente apuradas e, por rigor, penalizadas, a fim de que não venham a se multiplicar por quem quer que seja – disse o presidente.

A AMPEM recebeu a denúncia e orientou o vereador a encaminhar representação à Procuradoria Geral de Justiça do Estado para que os fatos sejam devidamente apurados.

A entidade também encaminhará o caso  para providencias à Câmara Municipal de São Luís, Prefeitura de São Luís, Secretaria de Igualdade Racial, Ministério de Igualdade Racial e ao Centro de Cultura Negra do Maranhão.

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Que serviço Silas Malafaia prestou a São Luís???

Malafaia: lucros em nome da fé

Ridículo, sob todos os aspectos, o Título de Cidadão de São Luís que a vereadora evangélico-comunista (?) Rose Sales (PCdoB) quer dar ao controvertido pastor evangélico Silas Malafaia.

Malafaia é um daqueles mercadores televisivos, que enriqueceram com a exploração midiática da fé evangélica a partir de meados dos anos 90 e hoje dominam a programação das sub-redes de televisão no país.

Não há qualquer ação de Malafaia em São Luís que justifique um título de cidadão.

Rose Sales quer, portanto, mais uma vez, fazer proselitismo religioso com o mandado que lhe foi outorgado pelo povo.

Não justifica sequer o fato de, como pastor evangélico, ele estar diariamente levando mensagens de suposta esperança e paz.

Até por que, junto com as mensagens vão também a venda de livros e produtos “santos”, assinatura de revistas, passagens e bilhetes para eventos protagonizados pelo próprio.  

Silas Malafaia é só o titular de uma indústria milionária que cresce às custas da fé religiosa – como muitos outros, a exemplo de Edir Macêdo, RR Soares, Robson Rodovalho e Marco Feliciano.

O caminho é sempre o mesmo: a fortuna – a exemplo dos dois primeiros – ou a política, como Rodovalho e Feliciano.

Deveriam ter vergonha – ele e a vereadora – de cogitar uma comenda destas…

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Flamenguistas anti-nordestinos deverão ser investigados…

Chegou à Câmara Federal o caso envolvendo torcedores do Flamengo, que atacaram os nordestinos logo após o jogo em que o time carioca foi eliminado da Copa do Brasil pelo Ceará Sporting.

O deputado maranhense Chiquinho Escórcio (PMDB) cobrou d atribuna que a Câmara solicite investigação da Polícia Federal para encontrar os agressores.

Após o empate que eliminou o Flamengo, torcedores do clube passaram a agredir nordestinos por meio das redes sociais Facebook e Twitter (veja um dos exemplos ao lado).

O caso é parecido com o que ocorreu em outubro do ano passado, quando paulistas passaram a agredir os nordestinos, após a vitória da petista Dilma Rousseff (PT) sobre o paulista José Serra (PSDB).

Na época, uma estudante de Direito chegou a propor que umpaulista matasse um nordestino afogado.

Para Chiquinho Escórcio, o caso caracteriza racismo e deve ser investigado pela Polícia Federal.

Leia também o texto “Eles odeiam os nordestinos”