Números mostram Maranhão de miséria eterna…

Análises econômicas, sociais  ambientais e de desenvolvimento humano que começam a ser divulgadas – baseadas no Censo 2022 do IBGE – mostram que o estado segue a sua sina de pobreza e vergonha, baseado em uma economia de latifúndio e monocultura que enriquece forasteiros e empobrece a população, enquanto castas políticas se revezam historicamente no poder

 

Latifundiário, o governador Brandão comemora “bilhões” movimentados na AgroBalsas enquanto a população maranhense sofre com diarreia

Editorial

Os donos do poder no Maranhão – no Executivo, no Legislativo, no Judiciário e na mídia – comemoram esta semana o sucesso da feira AgroBalsas, que anuncia movimento de R$ 6 bilhões em negócios durante o evento, transmitido para todo o estado por meio de mídia financiada pelo governo Carlos Brandão (PSB). 

Nesta mesma semana, o IBGE, a Fipe e outros organismos de pesquisa começam a divulgar seus levantamentos econômicos, sociais, humanos e ambientais baseados nos dados do Censo 2022.

E o Maranhão é mais uma vez vergonha em todos os quesitos:

  • o endividado Maranhão fechará 2024 com déficit orçamentário de R$ 133 milhões, segundo estimativa da Firjan (Leia aqui)
  • segundo o PNAD, o estado tem taxa de desemprego no primeiro trimestre de 2024 20% maior que o último trimestre de 2023 (Veja aqui)
  • Maranhão tem 15% da população acima de 15 anos sem saber ler e escrever, segundo dados do Censo de 2022 (Saiba aqui)
  • vergonha das vergonhas: Maranhão lidera casos de diarreia no país, com 42 por 100 mil habitantes, segundo o SUS (entenda aqui)

Para efeito de comparação, os R$ 6 bilhões que a AgroBalsas e o governo Brandão anunciam por sua mídia parceira como movimento de apenas uma semana, é  maior que o orçamento da capital, São Luís, para todo o ano de 2024; mas o dinheiro da AgroBalsas não gera dividendo algum para a população maranhense, nem mesmo para a de Balsas.

A riqueza desta feira serve apenas ao agronegócio, ao latifúndio “estrangeiro” que explora a região com sua monocultura de soja, que abastece mercados da China e da Europa, deixando em Balsas e região apenas o solo degradado e a destruição do meio ambiente.

O Maranhão é miserável desde sempre; mas as famílias que se aproveitam desta miséria continuam a ocupar os postos de poder – em sua terceira ou quarta geração – no Executivo, Judiciário, Legislativo e Ministério Público, como castas hereditárias.

São os mesmos sobrenomes desde sempre. (Entenda aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, mais aqui e também aqui)

E o Maranhão seguindo sua sina miserável, comemorando venda de máquina agrícola para forasteiros milionários enquanto sua gente vai se esvaindo em diarreias.

Diarreia é conhecida nas camadas mais pobres por “caganeira”; “caganeira” festejada em transmissões milionárias ao vivo.

Simples assim…

Porto São Luís fecha acordo com mais três famílias de posseiros e divulga nota

O Porto São Luís, na região da comunidade do Cajueiro, vai movimentar cargas do mundo inteiro

O Porto São Luís insistiu na conciliação, com intermediação da Justiça, e conseguiu fechar acordo com mais três famílias de posseiros, das cinco que ocupam a área do empreendimento, na comunidade Parnauaçu, próximo ao Cajueiro.

As duas famílias que permanecem na área do empreendimento recusam-se a dialogar e exigem R$ 10 milhões para deixar o local.

Leia na íntegra a nota divulgada pelo Porto São Luís:

NOTA
PORTO SÃO LUÍS

1 – O Porto São Luís conseguiu acordo com três famílias de posseiros (pessoas que ocupam o terreno, mas não são donas da propriedade), das cinco famílias que ainda estão na área do empreendimento, no povoado Parnauaçu, próximo à localidade Cajueiro (região Itaqui-Bacanga).

2 – Os acordos foram obtidos durante audiências de conciliação – intermediadas pela Justiça – realizadas ao longo desta semana. Neste momento,  somente duas famílias seguem sem acordo. Cada uma está pedindo R$ 10 milhões para deixar a área do Porto São Luís. Os imóveis não têm benfeitorias que justifiquem quantia tão alta.

3 – Diante da recusa dos dois posseiros em sair, seguem paradas as obras do projeto do Porto São Luís de US$ 500 milhões – que deve gerar mais de 3 mil empregos diretos e cerca de 10 mil indiretos no pico da sua construção. 

4 – A presença das duas famílias inviabiliza a retomada das obras, principalmente em função da segurança desses próprios moradores. As equipes de construção do Porto São Luís operam com máquinas pesadas e obedecem a padrões rígidos de segurança. Não é permitido que pessoas circulem próximo a essas máquinas quando estão em operação, pois há um grande risco de acidentes graves. As obras também provocam muita poeira, tornando a área insalubre para habitação.

5 – O Porto São Luís esclarece que, desde que iniciou sua implantação no Cajueiro, tem cumprido as etapas de remanejamento das famílias de posseiros. Nas negociações são oferecidos indenização, pagamento de aluguel, ajuda de custo, apoio para a mudança ou guarda dos pertences, além de preferência nas vagas de emprego que surgem em cada etapa das obras. Cerca de 100 pessoas das comunidades do entorno estavam trabalhando nas obras do Porto São Luís em dezembro, antes da paralisação.

6 – A empresa também mantém negociação e diálogo intermediados pelas equipes de Serviço Social, Comunicação e Responsabilidade Socioambiental com os moradores que ainda se encontram na área do empreendimento. O objetivo é a saída negociada, pacífica e amigável.

7 – O Porto São Luís destaca que tem realizado ações de responsabilidade social na área do seu entorno. As ações já beneficiaram centenas de pessoas com atendimentos odontológico e oftalmológico, e, em março, serão iniciados cursos de profissionalização gratuitos para a comunidade, por meio do projeto Comunidade Ativa. 

8 – Por fim, o Porto São Luís espera que o bom senso prevaleça e as duas famílias que ainda ocupam a área do empreendimento saiam de forma pacífica e negociada, como já ocorreu com cerca de outras 90 famílias.

São Luís, 22 de fevereiro de 2020

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Famílias retiradas da reserva Awá-Guajá aceitam áreas disponibilizadas pelo Incra…

incra

José Ignácio, do Incra, com representantes das famílias e dos responsáveis pela desintrusão, na reunião com o juiz Madeira

Representantes dos trabalhadores retirados da reserva Awá-Guajá, em março, confirmaram ao juiz federal José Carlos do vale Madeira, que aceitaram as novas áreas de assentamento disponibilizadas pelo Incra.

– Gostamos muito da área que o Incra disponibilizou em Parnarama. No começo a gente achou que era ruim, mas depois que visitamos a área, vimos que o Rio Itapecuru margeia uma parte do assentamento, que já existem outras famílias produzindo lá e fomos muito bem recebidos pelos assentados – enfatizou Remi Soares Saraiva, do povoado Caju, em seu depoimento ao juiz.

A reunião ocorreu terça-feira (1°), às 15 horas, na Sede da Justiça Federal, em São Luís.

Também participaram da reunião os trabalhadores rurais Antônio Moraes da Silva, do povoado Cabeça Fria.

Eles representaram a comissão de trabalhadores rurais que visitou, no período de 26 a 30 de março, as áreas em Coroatá e Parnarama disponibilizadas pela Superintendência do Incra no Maranhã para assentar as 225 famílias desintrusadas.

Segundo os representantes informaram ao magistrado, das duas áreas oferecidas pelo Incra eles escolheram o assentamento São José/São Domingos, localizado no município de Parnarama.

Já Antônio Moraes da Silva, do povoado Cabeça Fria, disse que a notícia de que a terra em Parnarama é boa já está se espalhando entre as famílias cadastradas e, segundo acredita, mais da metade dos cadastrados está disposta a ir para o local.

– Na nossa visita ao assentamento vimos que lá as famílias plantam em lotes coletivos. Estamos dizendo ao Incra que iremos para Parnarama, mas queremos a demarcação individual dos lotes – ressaltou.

Para o superintendente regional do Incra no Maranhão (Incra/MA), José Inácio Rodrigues, a decisão da maioria de ir para Parnarama demonstra que o trabalho técnico da autarquia na escolha do local foi acertada e atende aos reais interesses do grupo, que é o de desenvolver-se e viver com segurança e dignidade.

– O Incra no Maranhão já vai providenciar apoio para o acampamento provisório das famílias, logística de transporte até a área e a infraestrutura básica para instalação das delas – disse.

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População rejeita construção do novo Socorrão em área do Calhau

A maquete do hospital, que já foi previsto para vários locais

O prefeito João Castelo (PSDB) já tinha a antipatia da classe política e do setor empresarial para sua idéia de construir um hospital de emergência na região do Sítio Rangedor, no Calhau. Agora é a popuplação quem se manifesta contrária ao projeto, segundo revela pesquisa do Instituto Escutec, divulgada hoje em “O Estado do Maranhão”.

Segundo o levantamento – que este blog anunciou em primeira mão, há duas semanas (reveja aqui) – os moradores de São Luís preferem a construção do novo hospital na periferia ou na região do Centro da cidade.

Castelo fará valer sua vontade?

Para 62,9% dos entrevistados, o novo Socorrão no Calhau só beneficiará os ricos. Apenas 9,8% acham que, mesmo no Calhau, o hospital beneficiará as classes menos favorecidas, que mais ncessitam de saúde pública.

A revelação é um alerta para o prefeito de São Luís –  já reprovado na avaliação geral, segundo a mesma pesquisa – que tem um ano para decidir se mantém o proejto pessoal ou se acata a chamada “voz rouca das uras”.

Afinal, uma eleição se avizinha…

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As cidades maranhenses que perderam população…

Dezenove municípios maranhenses tiveram queda na população, em relação ao Censo 2000, segundo os números populacionais divulgados ontem pelo IBGE.

A informação é do blog de Gilberto Léda.

Vejan a relação abaixo:

                                         2000              2010
Carolina                         23.991           23.979
Cururupu                      33.747           32.5894
Esperantinópolis          21.224           18.456
Gov. Nunes Freire       25.921           25.402
Guimarães                    12.641           12.105
João Lisboa                   24.598           20.381
Junco do MA                  5.533             4.020
Lago dos Rodrigues       8.443             7.799
Montes Altos                10.347             9.424
Pedreiras                       39.828           39.481
Pio XII                           28.413           22.016
Poção de Pedras           22.378           19.705
Porto Rico                       6.380             6.062
Riachão                          20.983           20.218
S. Félix de Balsas          5.144               4.688
S. Francisco do MA      12.854            12.163
São João do Caru          13.495            12.315
S. Luís Gonzaga            22.772            20.156
S. R. do Doca Bezerra     6.671              6.090