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Escândalo das máscaras gera críticas à omissão de Edivaldo

Pré-candidatos lamentam o escândalo sobretudo por ocorrer em plena pandemia de coronavírus, quando a população mais precisa de ações de saúde; omissão do prefeito em relação às coisas de sua gestão não irá absolvê-lo do julgamento que a história fará de sua passagem pelo comando de São Luís

 

Edivaldo Júnior sempre teve Lula Fylho como auxiliar mais próximo; estranha, portanto, que o prefeito se omita de sair em sua defesa pública ou exonerá-lo por envolvimento no escândalos das máscaras

O deputado estadual Dr. Yglésio (PROS) fez duras críticas à postura do prefeito Edivaldo Júnior (PDT) diante do escândalo de compra de máscaras superfaturadas em mais de R$ 2,3 milhões.

– É uma omissão tremenda deixar fritar o secretário de Saúde Lula Fylho sem uma declaração de apoio. Qualquer prefeito ou apoia ou exonera – afirmou Yglésio, que é pré-candidato a prefeito.

Na manhã da terça-feira, 9, a Polícia Federal cumpriu mandado de busca e apreensão na Semus para investigar esquema fraudulento de compras de máscaras superfaturadas em empresas fantasmas.

A Justiça quebrou os sigilos fiscais e bancários de Lula Fylho; mas, três dias depois, Edivaldo Júnior mantém-se absolutamente omisso em relação ao caso.

– Lula Fylho sempre foi o auxiliar mais ativo do prefeito; foi secretário de governo, braço direito. Ou dá a nota de apoio ou exonera – cobrou o deputado.

 

Para Dr. Yglésio, a postura omissa de Edivaldo só amplia o grau do escândalo envolvendo seu principal auxiliar: “a omissão não é uma opção”, diz o deputado

A omissão e o silêncio de Edivaldo Júnior – fortes características de sua gestão, aliás – levou outros pré-candidatos a comentar o caso de corrupção envolvendo seu auxiliar.

A maior parte lamenta que o desvio de verba tenha ocorrido exatamente no momento em que a população mais precisa de ações de saúde.

– Meter a mão no dinheiro público merece punição dura em qualquer tempo; mas tirar proveito da pandemia para fazer isso, além de crime é canalhice no mais alto grau, completa falta de humanidade – pregou o jornalista Jeisael Marx (Rede), em entrevista ao blog Atual7.

Na mesma linha se posicionou o deputado estadual Adriano Sarney:

– Lamentável que suspeitas de corrupção continuem acontecendo mesmo durante a maior crise de saúde, econômica e social que São Luis está passando.

A postura fugídia de Edivaldo Júnior é uma característica que marca sua gestão desde o início; há quase oito anos ele se esconde no momentos mais críticos, omitindo-se de assumir responsabilidades e cobranças. 

Além dos pré-candidatos, a imprensa também tem cobrado posicionamento do prefeito ou de sua equipe.

O blog Marco Aurélio D’Eça já encaminhou diversos pedidos de explicações a ele próprio ou à sua equipe de comunicação; também fez comentários via WhatsApp, Instagram e Twitter.

Até agora, tanto o prefeito quanto seus auxiliares mantêm silêncio sepulcral.

Característica da gestão, repita-se…

Gastão Vieira e Gil Cutrim assinam sugestões econômicas a Bolsonaro

Grupo Câmara Viva é formado por 18 deputados federais e encaminhou ao governo Bolsonaro 20 sugestões para aperfeiçoar as medidas econômicas de combate à pandemia de coronavírus

 

Gastão Vieira acompanha virtualmente reunião o grupo Câmara Viva

O grupo Câmara Viva, formado por 18 deputados federais, encaminhou ao presidente Jair Bolsonaro e ao ministro da Economia, Paulo Guedes, uma carta com 20 sugestões para aperfeiçoar as medidas econômicas de combate à pandemia de covid-19. O documento analisa as seis principais medidas apresentadas pelo governo federal, lista os entraves encontrados durante sua execução e elabora sugestões técnicas.

Os deputados maranhenses Gil Cutrim (PDT) e Gastão Vieira (MDB) compõem o grupo.

Formado por parlamentares de diferentes matizes ideológicas, o grupo se debruçou sobre as seguintes medidas: Auxílio Emergencial; Programa Emergencial de Suporte a Empregos (PESE); Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe); MPV 927 (flexibilização das relações trabalhistas); MPV 936 (suspensão de contrato e redução salarial); e as medidas do Banco Central.

Para o deputado federal Felipe Rigoni (PSB-ES), é preciso dar mais agilidade às medidas para alcançar um número maior de trabalhadores e empreendedores. “O longo prazo para análise dos pedidos de auxílio emergencial e a burocracia para acesso ao crédito destinado a microempreendedores são alguns dos exemplos de boas iniciativas que travaram no momento da execução”, pondera o parlamentar.

Um dos trechos da carta ressalta que o intuito do grupo Câmara Viva é “contribuir para o sucesso das ações propostas”. “Elaboradas em parceria com especialistas e envolvendo 18 parlamentares de diferentes partidos e ideologias, as propostas de aperfeiçoamento têm como único objetivo a busca por soluções para os entraves que afetam a vida de milhões de brasileiros”, continua o documento.

Assinam a carta os seguintes parlamentares: Christino Aureo (PP-RJ), Eduardo Cury (PSDB-SP), Enrico Misasi (PV-SP), Felipe Rigoni (PSB-ES), Flávia Arruda (PR-DF), Gastão Vieira (PROS-MA), Gil Cutrim (PDT-MA), João H. Campos (PSB-PE), Lafayette Andrada (Republicanos-MG), Marcelo Calero (Cidadania-RJ), Marcelo Ramos (PL-AM), Pedro Cunha Lima (PSDB-PB), Pedro Paulo (DEM-RJ), Professor Israel (PV-DF), Raul Henry (MDB-PE), Rubens Bueno (Cidadania-PR), Tabata Amaral (PDT-SP), Tiago Mitraud (Novo-MG).

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Barbearia era usada como depósito da máfia das máscaras…

Empresa de um dos envolvidos no esquema que superfaturou em mais de R$ 2,3 milhões a venda de EPIs para a Secretaria de Saúde de São Luís guardava produtos em meio a equipamentos e utensílios de corte de cabelo e barba

 

Barbearia de propriedade de um dos membros do esquema desbaratado pela Polícia Federal era usada como depósito de máscaras

A Barbearia Boss, de propriedade de Pedro de Moura Neto – um dos investigados da Polícia Federal na operação Cobiça Fatal”, que desbaratou quadrilha de venda superfaturada de máscaras em São Luís – era usada como depósito do esquema.

O blog de Werberth Saraiva divulgou nesta quinta-feira, vídeos com as imagens das caixas de máscaras espalhadas pelo salão onde deveriam ser realizados cortes de cabelos e barbas.

Pedro Moura Neto foi um dos alvos da Polícia Federal, que cumpriu mandado de busca e apreensão contra ele.

Um dos argumentos da Polícia Federal para convencer o juiz Régis Bonfim a autorizar a operação apontava a incapacidade estrutural das empresas para fornecer equipamentos à SEMUS.

O vídeo mostra que nem depósito as empresas tinham. (Veja abaixo)

O salão da Barbearia Boss foi usado pela máfia das máscaras pra guardar o material vendido para prefeituras

Segundo a Polícia Federal, o esquema, comandado pelo empresário Alexandre Chuairy Cunha, usava empresas fantasmas para ganhar as licitações; e vendia as máscaras com preços três vezes maior que o praticado no mercado.

Em São Luís, o desvio foi de mais de R$ 2,3 milhões na venda para a Secretaria de Saúde.

Todos os envolvidos – incluindo o secretário Lula Fylho – tiveram os sigilos fiscal e bancário quebrados…

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Denúncia sobre máscaras chegou ainda em abril à Câmara

Vereadores tiveram conhecimento das fraudes a partir de denúncias de bastidores; único a expor publicamente a questão da compra da prefeitura, Umbelino Júnior afirma ter sido ele o responsável por levar o caso até a Polícia Federal

 

Reportagem Especial

A fraude na venda de máscaras à Secretaria de Saúde de São Luís – que resultou na prisão de três empresários e na quebra do sigilo bancário do secretário Lula Fylho – chegou ainda em abril ao conhecimento de vereadores da capital maranhense.

À época, a denúncia – formulada por fornecedores descontentes e por servidores da própria Semus – já apontava aos parlamentares suspeitas de superfaturamento, que, segundo a Polícia Federal, superou os R$ 2,3 milhões em uma única venda. 

Em março, a Câmara Municipal havia aprovado emenda coletiva de R$ 3,1 milhões para a Secretaria de Saúde; e o secretário Lula Fylho havia garantido aos parlamentares que os recursos seriam usados na compra de Equipamentos de Proteção Individuais (EPI’s). (Relembre aqui)

Umbelino Júnior no almoxarifado da Semus: falta de máscaras supostamente compradas e material de qualidade inferior sendo distribuído aos profissionais

Em 14 de maio, o vereador Umbelino Júnior (PRTB) vistoriou o almoxarifado da Semus e visitou a sede da empresa Precision Soluções em Diagnóstico LTDA – a mesma cujo dono, Alexandre Chuairy, foi preso pela Polícia Federal.

– Consta a contratação da empresa Precision Soluções em Diagnósticos LTDA, cujo contrato firmado de n° 100/2020, confirma a compra de “270 mil unidades de máscara cirúrgica descartável tripla filtragem superior a 95% em não tecido”. O valor total dos materiais adquiridos chega a R$ 2.673.000,00 – informou, à época, release da assessoria do vereador. (Leia aqui)

Na visita que fez ao almoxarifado, Umbelino júnior esperava constatar 320 mil máscaras. Mas no local só encontrou 67.524, uma diferença, para menos, de 252.477 máscaras em relação à compra.

Lula Fylho tentou desqualificar o vereador com um vídeo gravado no próprio almoxarifado; e falou grosso o secretário, envolvendo o próprio prefeito em seu contraponto:

– A nossa gestão é séria. Prefeito Edivaldo é uma das pessoas mais sérias que conheço. E eu jamais colocaria minha biografia e de toda uma equipe em jogo – afirmou. (Veja o vídeo abaixo)

O vídeo em que Lula Filho diz que estava tudo normal com as compras da Secretaria de Saúde 

Os vereadores também foram ao almoxarifado, no dia 25 de maio; saíram de lá convencidos da mais absoluta normalidade nas compras.

– Não encontramos irregularidades e sabemos como funciona o setor de abastecimento da Prefeitura. Os materiais que se encontram nesta unidade são essenciais para a proteção e cuidado dos profissionais de Saúde da cidade – chancelou o vereador Dr. Gutemberg, médico e ex-secretário de Saúde, dizendo-se contente com o que viu. (Leia a íntegra aqui)

Com Gutemberg estavam o presidente da Casa, Osmar Filho (PDT), e os vereadores Sá Marques (Podemos) e Raimundo Penha (PDT).

Também nada viram de irregular no local. 

Vereadores analisam os mesmos documentos que Umbelino Júnior e a Polícia Federal analisaram; mas eles não viram nenhum tipo de irregularidade

Mas, nesta época, a Polícia Federal já estava de posse de dados e informações, segundo Umbelino Júnior, encaminhados por ele mesmo, como afirma em resposta ao titular do blog Marco Aurélio D’Eça, via Twitter, na manhã da quarta-feira, 10.

– Realizei as fiscalizações e, com base nas irregularidades que encontrei, encaminhei a denúncia para os órgãos fiscalizadores, entre eles a Polícia Federal – afirmou Umbelino. 

A denúncia resultou em vários pedidos de busca e apreensão e de prisão, que, a princípio, seriam efetivados só no dia 17 de junho.

De posse dos mandados expedidos pelo juiz Régis Bonfim, da 1ª Vara Federal de São Luís, a PF antecipou a ação, após vazamento, mas conseguiu prender os empresários.

Lula Fylho, por sua vez, teve os sigilos fiscal e bancários quebrados e vai ter que se explicar posteriormente à PF.

E o demais vereadores que fiscalizaram o almoxarifado da Semus devem explicações também à população…

Eduardo Braide também destinou emenda para coVID-19 a SLZ

Deputado encaminhou R$ 1 milhão para a prefeitura e chegou a orientar o prefeito Edivaldo Júnior pela aplicação direta na compra de Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s), o que eleva para R$ 14,6 milhões o total destinado por parlamentares exclusivamente para o combate ao coronavírus

 

Lula Fylho no almoxarifado central da SEMUs, que foi alvo da Polícia Federal após ser abastecido com mais de R$ 14,6 milhões em emendas e levantar suspeitas de superfaturamento na compra de EPIs

O deputado federal Eduardo Braide (Podemos) também destinou R$ 1 milhão de suas emendas parlamentares diretamente à Prefeitura de São Luís para o combate ao coronavírus.

A emenda foi paga pelo Governo Federal no dia 13 de maio, e o próprio Braide falou publicamente como pretendia que os recursos fossem aplicados.

– Solicito ao prefeito Edivaldo Holanda Júnior (PDT) que utilize os recursos na compra de equipamentos de proteção (EPIs) aos profissionais e insumos para a rede de saúde de nossa cidade – postou o deputado em suas redes sociais. 

Braide fez questão de divulgar onde pedia que a emenda fosse aplicada pelo prefito Edivaldo Júnior: justamente na compra de EPI’s para a Saúde

Com a participação de Braide, a gestão de Edivaldo Júnior movimentou R$ 14,6 milhões nos últimos três meses, apenas para combate à pandemia. 

Foram R$ 8,4 milhões destinados pelos senadores Roberto Rocha (PSDB) e Weverton Rocha (PDT), e pelos deputados federais Marcio Jerry (PCdoB) e o próprio Braide.

Outros R$ 6,2 milhões foram destinados pelos vereadores de São Luís. (Releia aqui)

Com tantos recursos em caixa para o combate à coVID-19, o secretário de Saúde de São Luís, Lula Fylho, acabou figurando como suspeito da Polícia Federal na compra de EPIs superfaturados em mais de R$ 2,3 milhões.

Lula teve quebrados os sigilos fiscal e bancário, mas continua no cargo.

E Edivaldo júnior não se manifestou sobre a operação da PF…

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Saúde teve recursos extras de R$ 13,6 milhões em São Luís

Dinheiro repassado por membros da bancada federal maranhense (R$ 7,4 milhões) e por vereadores (R$ 6,2 milhões) foram usados exclusivamente no custeio de unidades de saúde, nas ações de combate ao coronavírus e na compra de equipamentos de proteção individual, como as máscaras, agora sob investigação da Polícia Federal

 

Lula Fylho (primeiro no alto, à esquerda) na audiência pública da Câmara Municipal em que declarou usar R$ 3,1 milhões das emendas parlamentares na compra de EPIs

Reportagem Especial 

A Secretaria de Saúde de São Luís movimentou – exclusivamente no combate ao coronavírus – nada menos que R$ 13,6 milhões em recursos extras, repassados por membros da bancada federal maranhense e por vereadores.

Segundo levantamento do blog Marco Aurélio D’Eça, foram R$ 7,4 milhões destinados por três parlamentares e outros R$ 6,2 milhões em emendas da Câmara Municipal.  

A Semus efetivou, entre março e maio, a compra de máscaras descartáveis superfaturadas em mais de R$ 2,3 milhões, segundo investigação da Polícia Federal. A compra culminou na prisão de empresários e na quebra do sigilo bancário do secretário Lula Fylho. (Relembre aqui, aqui e aqui)

No dia 20 de março, quando havia sido registrado o primeiro caso de coVID-19 em São Luís, os vereadores aprovaram emenda coletiva de R$ 3,1 milhões (cada um participando com R$ 100 mil) para ajudar no combate ao coronavírus.

Quatro dias depois, em 24 de março – em “inédita audiência pública virtual”, segundo o próprio release do Parlamento – o secretário Lula Fylho anunciou que os recursos destinados pelos vereadores seriam usados na aquisição de insumos e EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) para as unidades de Saúde.

Disse textualmente o secretário:

– Agradeço o apoio da Câmara e gostaria de afirmar que os R$ 3,1 milhões serão usados na compra de EPIs e insumos para ações de combate à expansão do vírus. (Veja a íntegra da audiência aqui)

 

Vereadores em visita ao almoxarifado da Semus, após as primeiras denúncias de suspeitas na compra de equipamentos contra a coVID-19

No dia 31 de março, a Câmara voltou a aprovar nova emenda coletiva de R$ 3,1 milhões, desta feita para “a Secretaria da Criança e Assistência Social usar no benefício a famílias carentes inscritas nos seus programas sociais e em situação de extrema vulnerabilidade”. (Entenda aqui)

No dia 16 de abril, a própria Prefeitura de São Luís publicou em sua página oficial notícia dando conta de que usaria os R$ 3,1 milhões dos vereadores para comprar EPIs.

R$ 7,4 milhões em recursos extras da bancada federal

Além dos recursos locais para uso contra a coVID-19, a prefeitura também teve recursos federais extras abastecendo sua conta para o combate à coVID-19.

Levantamento do blog Marco Aurélio D’Eça confirmou três fontes distintas de repasses, totalizando R$ 7,4 milhões a mais, exclusivamente para uso no combate ao coronavírus. 

No dia 30 de março, o deputado federal Márcio Jerry (PCdoB) anunciou recursos da ordem de R$ 5,3 milhões, divididos entre o Governo do Estado e a prefeitura, exclusivamente no custeio da rede de saúde. (Entenda aqui)

No dia 1º de maio, o senador Roberto Rocha anunciou que destinou R$ 1,4 milhão para uso no Hospital da Mulher, usado como referência da prefeitura no atendimento a pacientes de coVID-19.

E no dia 8 e maio o também senador Weverton Rocha (PDT) destinou mais R$ 1 milhão, para “ações de combate e prevenção à coVID-19”.

Policiais Federais no mesmo almoxarifado da Prefeitura de São Luís, constatando que a visita dos vereadores apenas chancelou a irregularidade da Semus

Outros milhões foram repassados voluntariamente pelo Governo Federal, e também por emendas parlamentares, à conta da Prefeitura de São Luís, para o combate ao coVID-19. (Entenda aqui)

Mas estes R$ 13,6 milhões são mais significativos para o atual momento por que podem estar no bolo da compra superfaturada de máscaras descartáveis, que resultou na operação “Cobiça Fatal”, da Polícia Federal.

E podem levar a novas investigações…

Prefeituras negam compra de máscaras do esquema que vendeu em SLZ

As gestões de Imperatriz e de Arame disseram não ter tido contato com as empresas acusadas de superfaturar o produto na capital maranhense em mais de R$ 2,3 milhões; PF lista municípios em que a quadrilha apresentou proposta

 

Polícia Federal, que começou a investigação por São Luís, investiga outras 10 prefeituras que mantiveram contato com o grupo acusado de fraude

As prefeituras de Imperatriz e de Arame informaram nesta quarta-feira, 10, que não contrataram nenhum tipo de negócios com as empresas da quadrilha comandada pelo empresário Alexandre Chuairy, preso nesta terça-feira, 9, sob acusação de faturar em mais de R$ 2,3 milhões a venda de máscaras descartáveis para a Prefeitura de São Luís.

Tanto Imperatriz quanto Arame aparecem nas investigações como municípios que tiveram algum tipo de contato com alguma das empresas do grupo – Precision Soluções, CJ Comércio Saneantes, Global Diagnósticos e Pleno Distribuidora. (Releia aqui)

Por intermédio de assessoria de imprensa, a Prefeitura de Imperatriz informou que as empresas ligadas a Alexandre Chuairy chegaram a apresentar propostas, mas não foi fechado nenhum contrato com nenhuma delas.

Já a Prefeitura de Arame se manifestou em Nota Oficial.

Declarando se pautar pelas regras da gestão pública, etc, etc, e etc…, a prefeita Jully Menezes também afirmou não ter fechado contrato com o grupo investigado pela PF.

– A Prefeitura Municipal de Arame/MA vem a público esclarecer à sua população e a todos que não adquiriu nenhum tipo de material ou insumo hospitalar, durante o período de enfrentamento do COVID-19, de nenhuma das empresas que são alvos da investigação da Polícia Federal – diz a nota, assinada pela prefeita.

A Polícia Federal cumpriu nesta etapa da operação “Cobiça Fatal” 14 Mandados de Busca e Apreensão e três prisões, exatamente a dos três empresários acusados.

Mas o delegado responsável pela investigação garantiu que há outras 11 prefeituras investigadas.

E novas operações serão efetivadas no próximo mês…

Rafael Leitoa acompanha doação de máscaras de proteção para UBSs de Timon

Equipamentos de proteção, do tipo “face shields”, foram  produzidas em unidade de ensino estadual, Colégio Militar Tiradentes V, em Timon

 

A produção de “face shields”, máscaras de proteção de face, feita por alunos do Colégio Tiradentes V, de Timon, tem fortalecido o combate ao coronavírus no município e protegido ainda mais os profissionais que atuam em várias frentes nos hospitais e postos da cidade.

Na tarde desta terça, 09, o deputado Rafael Leitoa, acompanhou o Tenente Coronel Sousa, diretor do Colégio Militar, na entrega de 60 “Face shields” produzidas no Laboratório Maker, que assim como a instalação do colégio em Timon, via parceria com o governo estadual e atuação direta do deputado Rafael Leitoa, é mais um ganho do município em parceria com o governo estadual.

As máscaras foram entregues ao secretário municipal de Saúde, Vinícius Cabral, para serem usadas, segundo ele, em seis Unidades Básicas de Saúde – UBS, como mais um elemento de proteção aos profissionais que atuam diretamente no enfrentamento da covid-19.

Segundo Rafael Leitoa, da disponibilidade de um moderno laboratório, com impressora 3D, passando pela produção dos alunos até a doação à Secretaria Municipal de Saúde de Timon, é mais uma prova concreta de que a parceria com o governo estadual rende bons resultados, sempre.

“Desde a implantação do Colégio Militar Tiradentes, depois da realização Maratoninha Maker, que capacitou professores da rede municipal, posteriormente a implantação do primeiro Laboratório Maker, agora já estamos colhendo frutos com a produção das faces Shields em impressoras 3D, que já contemplou os profissionais da UPA/Timon com essas EPIs, agora os combatentes da linha de frente das UBS também receberão seus equipamentos produzidos aqui no CMT – V”, finalizou o deputado Rafael Leitoa.

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O estranho envolvimento do Maranhão em compra de respiradores…

Governo maranhense participou, em nome do consórcio dos estados do Nordeste, de compras dos equipamentos, tidos como retidos pelos Estados Unidos, operação negada pelo governo americano e investigada pela Polícia Federal

 

Os respiradores não foram entregues pelas empresas ao consórcio Nordeste, que, a princípio, tentou acusar os Estados unidos

A investigação do pagamento antecipado pelo consórcio nordeste por respiradores nunca recebidos – agora a cargo do Superior Tribunal de Justiça – investiga também duas outras operações envolvendo os Estados Unidos.

 O Consórcio Nordeste é o grupo que reúne os governadores nordestinos e que fez compras conjuntas de respiradores; o consórcio que está sendo investigado na operação Ragnarock, desencadeada no início de junho.

Mas as suspeitas remontam aos primeiros dias de abril, quando os governadores nordestinos começaram a comprar respiradores na China.

No dia 3 de abril, o Consórcio Nordeste “perdeu” a primeira carga de respiradores (600 no total), avaliada em R$ 42 milhões, e acusaram os Estados Unidos pelo confisco. (Entenda aqui)

No dia 4 de abril a embaixada dos Estados Unidos no Brasil negou que tenha feito qualquer tipo de apreensão de carga de respiradores, alegando serem falsas qualquer tipo de relatório neste sentido. (Relembre aqui)

Foi a partir daí que a Polícia Federal começou a desconfiar da história, começando a investigação pelo estado da Bahia.

No dia 16 de abril, o governo maranhense distribuiu release em todo o país comemorando o fato de ter realizado uma “operação de guerra” para supostamente “driblar os Estados Unidos na compra de respiradores”.

E aí a Polícia Federal entrou de vez na questão.

Em 3 de junho, a PF desencadeou a Operação Ragnarok, prendeu empresários e colheu documentos em vários estados. E chegou às empresas Hempcare e Biogeoenergy.

No dia 6 e junho, chegou a informação de que o Maranhão  também tinha envolvimento com a compra dos respiradores não entregues, com R$ 4,9 milhões de prejuízo. (Leia aqui)

E agora, como envolve governadores, o caso está sob a responsabilidade do STJ…

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Lula Fylho tem sigilos fiscal e bancários quebrados pela Justiça

Secretário de Saúde de São Luís também é investigado pela Polícia Federal na operação que resultou na prisão de três empresários acusados de vender máscaras descartáveis por preço três vezes maior que o praticado no mercado

 

Lula Fylho chegou a visitar este almoxarifado da Semus, investigado pela Polícia Federal

O juiz Régis Bonfim, da 1ª Vara Federal de São Luís determinou a quebra dos sigilos fiscal e bancário do secretário municipal de Saúde de São Luís, Lula Fylho.

Lula é um dos investigados na operação “Cobiça Fatal”, que desbaratou uma quadrilha acusada de fraudar licitação e superfaturar o preço de máscaras descartáveis para uso contra a coVID-19.

Em apenas um contrato com a Semus, a quadrilha superfaturou o preço em mais de R$ 2,3 milhões.

 Durante a operação, foram feitas buscas e apreensões na Secretaria de Saúde e no almoxarifado da Semus.

Os três empresários envolvidos estão presos…