7

Sarney em ação no xadrez da crise política…

sarney 3

Sarney atua como conselheiro de Dilma Rousseff

Da coluna Repórter Tempo

Quem apostou que com o fim do seu mandato senatorial o ex-presidente José Sarney mergulharia no anonimato dos “sem prestígio” e, angustiado, se dedicaria apenas à literatura, perdeu. Ao contrário do que lhe foi prognosticado por muitos, inclusive por cultuados analistas políticos da chamada grande imprensa, Sarney está politicamente vivo e, agora sem as obrigações do mandato na Câmara Alta, se movimenta com desenvoltura nos bastidores da política nacional, transformado que está numa espécie de conselheiro máster da presidente Dilma Rousseff, com o objetivo de tirar o governo da enrascada política em que se meteu por causa do cenário econômico de crise.

Ao mesmo tempo, Sarney se mantém ativo nas searas políticas do Maranhão e do Amapá, onde continua como principal referência dos grupos que seguem a sua orientação.

Aos 85 anos, Sarney está fisicamente bem e com a lucidez na plenitude, resultado de uma vida quase monástica e intelectualmente dedicada à política e à literatura.

Leia também

Dilma destaca o legado de Sarney…

O prestígio de Sarney…

Agora sem mandato, ele cultiva, mais do que nunca, a sua máxima preferida, segundo a qual a política só tem porta de entrada, daí sua movimentação no circuito Brasília-São Luís-Macapá.

No plano nacional, o ex-presidente da República está atuando intensamente como interlocutor da presidente Dilma, com quem conversou pelo menos três vezes nas últimas duas semanas, e oráculo do PMDB, que o mantém em posição de proa, principalmente nos momentos de crise.

Nos bastidores de Brasília, é corrente que a cúpula do PMDB não dá um passo sem ouvi-lo, a começar pelo presidente do Senado e do Congresso Nacional, senador Renan Calheiros (PMDB-AL).

Sarney mantém um frequente canal de conversas com o ex-presidente Lula, que também o consulta, independente de o momento ser ou não de crise. Continue lendo aqui…

5

Imagem do dia: o prestígio de Sarney…

imagem do diaMesmo sem mandato eletivo, o ex-presidente José Sarney tem sido um dos principais interlocutores da presidente Dilma Rousseff (PT) neste momento de crise. Sarney está em Brasília e atua como conselheiro na crise, ouvido por membros do PT, do PMDB e até dos oposicionistas. Respeitado em Brasília, o ex-presidente é garantia de resultados quando presente em reuniões e encontros políticos

2

Ditadura, 30 anos depois do fim…

sarneyPor José Sarney

A memória não retém o momento, o clima, a emoção.

Hoje, 15 de março de 1985 é apenas uma data, fonte de tantos julgamentos e versões. O tempo é uma invenção do homem, e as datas redondas nos seduzem a construir o passado.

Na história do Brasil tivemos momentos de grandes inflexões. Mas aquela data será julgada no futuro como um instante em que a história se contorcia. Ela marca o fim de um período marcado por revoluções, golpes de Estado, militarismo – agregação de poder político ao poder militar – e instalação de uma democracia de massa, que o país jamais conhecera.

Um Estado Social de Direito, o exercício pleno da cidadania, das liberdades individuais e dos direitos sociais.

Os que vivem hoje jamais poderão avaliar o que estava em jogo naquela noite de 14 para 15 de março. A nove horas de tomar posse, o abdômen de Tancredo Neves, presidente eleito, começava a ser aberto no Hospital de Base de Brasília. Não se sabia que ali começava o seu martírio e a sua agonia.

A realidade imitava a ficção. O país atônito. Os políticos envoltos em perplexidades não tinham nenhum grupo mobilizado. Reuniam-se improvisadamente na Câmara e no Senado. Os jantares organizados para antecipação da festa se transformavam em desorientação e tristeza. O ministro do Exército comunicava ao chefe da Casa Civil, Leitão de Abreu, que iria voltar ao seu posto de comando e desencadear uma ação para interromper o longo processo da transição.

No meio de tudo isso, dois homens aparecem, mostram grande espírito público e capacidade de gerir crises: Ulysses Guimarães e Leônidas Gonçalves.

Quando, tomado de profunda emoção e saindo de uma depressão que escondi do país durante vários meses, voltado totalmente para o problema humano de Tancredo, disse a Ulysses que não desejava assumir sozinho, ele, rispidamente e mostrando sua fibra de grande chefe, me disse: “Não é hora de sentimentalismos, Sarney. Temos deveres com a nação. Um processo tão longo de luta pelas instituições não pode morrer nas nossas indecisões”.

O general Leônidas, já escolhido ministro do Exército, partiu para ações concretas: “Vamos ao Leitão de Abreu, não para discutir a sucessão, mas para dizer que amanhã, às 10 horas, o vice-presidente, conforme determina a Constituição, irá prestar juramento perante o Congresso e assumir a Presidência até o restabelecimento de Tancredo”.

E assim fez, em companhia de Ulysses e dos senadores José Fragelli e Fernando Henrique Cardoso. As mesas do Senado e da Câmara decidiram no mesmo sentido. O Supremo Tribunal Federal, convocado secretamente pelo presidente Cordeiro Guerra, deliberou que esse era o caminho da Constituição.

Quando me comunicaram as conclusões, às três horas da manhã, eu era um homem batido pelo imprevisto. Tomei posse “com os olhos de ontem” e enfrentei o desconhecido dos anos que estavam à frente.

Passados 30 anos, o brasilianista Ronald Schneider, que estudou as transições democráticas, diz que a do Brasil foi a mais exitosa.

Iniciou-se a Nova República com o lema “Tudo pelo social”.

Enfrentei 12 mil greves, convoquei a Constituinte, implantamos uma democracia social, rompemos com a ortodoxia econômica com o Plano Cruzado, alcançamos a mais baixa taxa média de desemprego de nossa história –3,59%.

Até hoje não se repetiu o crescimento econômico daqueles anos.

Relembro nesta data Tancredo Neves. Afonso Arinos disse: “Muitos deram a vida pelo país, mas Tancredo é o único que deu a sua morte pelo Brasil”.

Esta é a história destes 30 anos de paz social, de alternância de poder e da presença do proletariado nas decisões nacionais.

José Sarney, 84, membro da Academia Brasileira de Letras, foi presidente da República (1985-1990)
6

Cadeira cativa…

José-SarneyO ex-presidente José Sarney está com o prestígio em alta.

Não foi só Lula que fez questão de sua presença.

Na reunião com o ministro Joaquim Levy (Fazenda) e o PMDB no Jaburu, o vice Michel Temer também o convocou para estar lá.

Da coluna Panorama Político, de O Globo

2

Adriano Sarney presta homenagem ao avô, José Sarney…

Adriano Sarney: compreensão plena do momento político

Adriano Sarney: compreensão plena do momento político

O deputado estadual Adriano Sarney (PV-MA) ocupou a tribuna parlamentar na manhã desta quarta-feira (25/02), durante o grande expediente, para apresentar as suas ideias e metas como parlamentar e a sua percepção do papel da Assembleia Legislativa na sociedade e com os demais poderes.

Na oportunidade, o parlamentar também prestou uma homenagem ao avô, José Sarney, e ao pai, Sarney Filho, que foi um jovem atuante enquanto deputado estadual, aos 21 anos, nos tempos das diretas já.

O Deputado fez referência ao Parlamento como o coração da democracia e a síntese das forças e corrente políticas do Maranhão.

A Assembleia precisa ser um centro de debate. Na esteira da tendência observada no Congresso Nacional, não podemos ceder lugar à desenfreada e inconstitucional expansão do Poder Executivo em detrimento do Poder Legislativo. Não podemos ficar a reboque do Governo! – enfatizou o parlamentar.

Durante seu pronunciamento, Adriano apontou três iniciativas consideradas fundamentais para o fortalecimento do papel da Assembleia Legislativa: o orçamento impositivo, que fortalece a autonomia do Legislativo e limita a barganha do Governo ao tornar as emendas parlamentares despesas obrigatórias; a imposição das Medidas Provisórias pelo Executivo e que são grandes entraves ao exercício da Democracia e a necessidade de uma agenda positiva própria para a Assembleia independente da agenda do Governo.

Sou contra as Medidas Provisórias, apesar de ter votado a favor das recentes encaminhadas pelo Governador. Acredito que o Executivo deve deixar a função de legislar para os Deputados. Temos que ter uma agenda própria, como a defesa da Refinaria de Bacabeira – disse Adriano.

Adriano também defendeu a sua posiçao política de oposição ao Governo do Estado. “Vou cobrar e fiscalizar as ações do Executivo. Ficarei atento aos avanços e retrocessos da atual gestão com honestidade intelectual!”. O deputado foi enfático ao falar que não vai tolerar injustiças em relação aos governos anteriores.

Nunca, nunca colocarei interesses políticos, eleitorais ou pessoais na frente dos interesses coletivos do povo do Maranhão. Mas, da mesma forma, sempre acusarei medidas do Executivo que fujam das boas práticas daquele Poder. Uso como exemplo a clara pretensão em acabar com o acervo do ex-Presidente José Sarney que, independentemente de posição política, faz parte da história do Brasil e do Maranhão. Um museu não é feito para homenagear alguém, mas para guardar a memória para as futuras gerações. Dentro de 100 anos ninguém mais se importará com a querela política que vivemos hoje, mas existirá a necessidade de estudar e lembrar a passagem do primeiro maranhense como Presidente da República!.

9

Pleno apoio…

sarneyAo saber das criticas que a deputada Andrea Murad (PMDB) vem recebendo de colegas do seu próprio partido –  devido à sua atuação como oposição ao governador Flavio Dino (PCdoB) – o ex-presidente José Sarney a aconselhou a manter a firmeza de seu discurso.

andreaPara o ex-presidente as decepções estão sendo muitas.

E a deputada vem se destacando justamente por não temer em dizer a verdade.

– O Maranhão precisa saber a verdade sobre o governo que aí está e a jovem deputada vem sendo intransigente na defesa dos maranhenses – sentenciou o ex-presidente.

6

Incomodado com repercussão nacional, Flávio Dino tenta se explicar sobre convento…

Criticado até por anti-sarneysistas, como o colunista de O Globo Jorge Bastos Moreno, governador do Maranhão tenta agora justificar fechamento do prédio sob alegação de que a estrutura está comprometida

 

dinoNão repercutiu bem para o governador Flávio Dino (PCdoB) a decisão de desalojar do Convento das Mercês o acervo da Fundação da Memória Republicana, que conta a história da Nova República no Brasil.

E o desastrado vídeo em que os secretários Márcio Jerry e Bira do Pindaré debocham da situação, inclusive com palavrões, manchou ainda mais a imagem do novo governo.

Hoje pela manhã, o colunista do jornal O Globo, Jorge Bastos Moreno – um anti-Sarney empedernido – criticou a decisão do governo Dino, de fechar a fundação.

– Tenho maior respeito por Flávio Dino, acho ele incapaz de gestos pequenos. Mas  fechamento do memorial de um ex-presidente é drástico – afirmou Moreno, em seu perfil no twitter.

O colunista ressaltou ainda não ser a favor de Sarney, ma da história, o que levou o próprio Dino, viciado no Twiiter, a tentar se explicar:

– Convento das Mercês, de 1654, está em situação deplorável, ameaçado de desabamento, com escoras de madeira em várias estruturas – disse Dino.

mas o comunista não teve como esconder suas intenções, ao afirmar, no mesmo tuítte: – O que for de interesse da história será totalmente preservado. O que for abusivo não pode ser pago com dinheiro público.

O fato é que a patacoada do novo governo na Fundação da Memória Republicana repercutiu mal no país.

Imagine se o restante do país assistir ao vídeo onde Jerry e Bira ridicularizam e debocham da situação…

4

Por uns tempos…

José Sarney, Maranhão, HistóriaDa coluna Estado Maior

Tanto o senador José Sarney quanto a ex-governadora Roseana Sarney (ambos do PMDB) divulgaram mensagens natalinas aos maranhenses. Mesmo despedindo-se da vida pública, tanto Roseana quanto Sarney fizeram questão de agradecer ao reconhecimento do povo.

Sarney deixa a vida pública alcançando tudo o que um político pode querer; Roseana sai com um leque de ações pelo estado nunca antes registrado na história.

Mas nem Sarney nem Roseana fecharam as portas para futuras participações e embates políticos. O senador, que tem mandato até 31 de janeiro, garante que continuará ativo, como ex-presidente da República e ex-presidente do Senado.Roseana, por sua vez, deve participar ativamente das articulações do PMDB já a partir de meados de 2015.

Pai e filha, ambos políticos renomados, sabem que o dever partidário o chamarão, cedo ou tarde, para as discussões e embates políticos e têm consciência de que não poderão resistir ao chamado.

Ex-presidente da República, ex-presidente do Senado e uma das vozes mais influentes do PMDB nacional, Sarney terá papel importante nos bastidores da condução do novo mandato da presidente Dilma Rousseff (PT), que se inicia em meio ás turbulências das denúncias relacionadas à Petrobras – e com uma clara tentativa da oposição capitaneada pelo PSDB de enfraquecer a presidente já ao longo do primeiro ano de mandato.

RRoseana Sarney vai passar uma temporada fora do país, mas estará de volta ao Maranhão em meados de abril. A data é significativa: primeiro, porque, é nesta data que se comemora os 100 primeiros dias de mandato do primeiro ano do novo comando do governo.

É também nesta data que se iniciam as discussões para o debate eleitoral de 2016. E como líder maior do PMDB no Maranhão, Roseana, dificilmente, terá como não se envolver no debate.

É por isso que a despedida que Sarney e Roseana fazem agora em suas mensagens de natal, muito mais do que um adeus, representa claramente um até logo.

14

Maranhão sem mais espaços no Governo Federal…

Futuro governo Flávio Dino

Flávio Dino com Dilma: ele vai indicar quantos?

O senador José Sarney (PMDB) foi, ao longo dos últimos 30 anos, desde que assumiu a presidência da República, o maranhense com maior influência nos bastidores da política maranhense.

Esta influência permitiu, além do comando do país, que neste mandato da presidente Dilma Rousseff (PT), o Maranhão tivesse dois representantes no ministério, o que incomodou, inclusive, líderes de estado mais ricos do país.

Mas Sarney anunciou aposentadoria da vida pública há duas semanas, quando se despediu do atual mandato de senador.

Agora, toda a responsabilidade pela influência que o Maranhão terá no cenário político nacional cabe ao governador eleito Flávio Dino (PCdoB), que disse necessitar mudar o Maranhão.

A presidente Dilma começou a anunciar ontem o seus ministros do próximo mandato.

E nenhum maranhense parece cotado para entrar na lista…

3

Uma história única…

O senador José Sarney (PMDB) encerrou ontem a sua participação na vida pública nacional, após mais de 50 anos de efetiva militância política.

José Sarney, Maranhão, História

O senador Sarney despede-se do Senado

E o fez com o orgulho de quem construiu trajetória única no país, chegando ao posto máximo do poder político brasileiro, que é a presidência da República.

Único maranhense a ocupar o comando de dois dos três poderes da República – foi presidente do país e do Congresso Nacional – Sarney é também o único ex-presidente vivo a se manter no poder mesmo após ter deixado a presidência.

Foi depois de deixar o Palácio do Planalto, em 90, que o maranhense chegou por quatro vezes ao comando do Senado, outra marca única em sua biografia.

Democrático e conciliador, o ex-presidente enfrentou de forma serena uma ferrenha oposição política em seu estado natal, que tentou por várias vezes destruir sua biografia; mas manteve a dignidade de permitir que os oposicionistas pudessem construir sua história sem represálias ou perseguições de qualquer tipo – e este é outro traço único na biografia de Sarney.

O maranhense de Pinheiro deixa a vida pública após ser deputado federal, governador, senador e presidente da República.

E também será o único líder político brasileiro a deixar o poder sem ser derrotado eleitoralmente.

O presidente da abertura democrática e das bases da solidez econômica no país é também o único entre os ex-ocupantes do Palácio do Planalto a construir – ao mesmo tempo em que participava dos embates políticos – uma carreira igualmente brilhante na literatura e na vida intelectual – com reconhecimento mundial de sua obra.

E este também é um traço único na biografia do político Sarney, que ilustra sua história de cinqüenta anos de vida pública.

História única no Maranhão e no Brasil…

Da coluna Estado Maior, de O EstadoMaranhão