De como Brandão operou com Lula e Sarney pelos Lençóis Maranhenses na Unesco

Beleza natural do parque maranhense e o empenho do próprio governador fortaleceram a candidatura a patrimônio natural da humanidade, mas o apoio significativo do presidente e do ex-presidente ajudaram a fortalecer a proposta na entidade ligada à ONU

 

Os Lençóis Maranhenses são, oficialmente, Patrimônio Natural da Humanidade, título outorgado pela Unesco

O governador Carlos Brandão (PSB) almoçou em uma tarde de fevereiro de 2023, em Paris, ao som de La Vi en Rose, canção de Édith Piaf interpretada pela maranhense Anna Torres; com ele à mesa estava ninguém menos que e o então presidente da Conferência-Geral do Fundo das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), embaixador Santiago Irazabal Mourão.

Naquele almoço, Brandão entregou a Irazabal as versões em inglês e em francês de duas cartas:

  • uma delas tinha a assinatura do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (PT);
  • a outra era de ninguém menos que o ex-presidente José Sarney, colega do embaixador.

Os dois documentos tinham o mesmo objetivo: defender a candidatura do Parque dos Lençóis Maranhenses ao título de Patrimônio Natural da Humanidade, o que foi confirmado nesta sexta-feira, 25, em Nova Délhi, na Índia.

É de se respeitar o empenho do governador maranhense desde que os Lençóis Maranhenses passaram a figurar como potencial patrimônio da Humanidade pela Unesco; Brandão trabalhou politicamente desde o início para mostrar ao mundo que o parque está pronto para servir a partir de Barreirinhas, no Maranhão.

Mas sua articulação com Lula e Sarney teve papel importante neste processo.

Lula – que, na condição de presidente, assinou a carta por serem os lençóis os únicos candidatos do Brasil – é ninguém menos que um dos mais populares chefes de estado no mundo; E Sarney é simplesmente Sarney, intelectual de renome mundial, que esteve na presidência da República quando Santiago Irazabal Mourão iniciava sua carreira de embaixador.

E assim, com detalhes de bastidores como estes, o Maranhão ganha o terceiro patrimônio da Unesco…

Imagens do dia: as articulações de Eliziane Gama e José Sarney…

Candidata declarada à presidência do Senado Federal, senadora maranhense tem-se aproximado do ex-presidente da República, que tem forte influências nos corredores de Brasília, no MDB e no governo Lula (PT) e interesse direto em evitar a volta do senador Davi Alcolumbre ao comando da Casa

 

As duas imagens que ilustram este post têm apenas dois dias de diferença entre elas.

A primeira foi tirada no sábado, 13, no ato de filiação do ex-senador Chiquinho Escórcio ao MDB; a outra é desta segunda-feira, 15, de uma visita da senadora Eliziane Gama (PSD) ao ex-presidente da República José Sarney (MDB).

  • Eliziane declarou oficialmente a este blog Marco Aurélio d’Eça, no sábado, a candidatura à presidência do Senado;
  • a senadora maranhense tem a preferência da cúpula do PSD e da maioria da bancada feminina no Senado;
  • Sarney tem prestígio na bancada do MDB e forte influência em setores do governo Lula e do PT.

Eliziane se movimenta desde janeiro de 2023 em busca de viabilização para concorrer ao comando do Senado, como registrou este blog Marco Aurélio d’Eça no post “A faixa própria que Eliziane Gama constrói para 2026…”.

Ela sabe que joga contra poderosos do Senado e da Câmara, mas sabe também que se tiver o apoio do MDB, de Sarney, e do PT do presidente Lula, garante meio caminho para a vitória.

Garantindo ao Maranhão a primeira mulher a presidir o Senado em 200 anos de história…

Escórcio reúne duas gerações de poder político em ato de refiliação ao MDB

Ex-senador teve a ficha abonada pelo ex-presidente da República José Sarney, que recebeu a visita da senadora Eliziane Gama, num encontro que acena para a sucessão no Senado Federal e também para as eleições de 2026

 

À vontade na festa do MDB, Eliziane Gama discursa, observada pelo presidente Sarney, por Chiquinho Escórcio e pelos dirigentes emedebistas

Poucas lideranças na história da política maranhense conseguiram o feito do ex-senador Chiquinho Escórcio neste sábado, 13: ele reuniu no mesmo evento o ex-presidente da República José Sarney e a senadora Eliziane Gama (PSD), representantes de duas gerações distintas da história de poder no Maranhão.

  • ex-presidente da República, quatro vezes presidente do Senado, ex-governador e ex-deputado federal, Sarney é o maior político vivo do Brasil;
  • ex-deputada estadual, ex-deputada federal, senadora da República, Eliziane Gama se prepara para concorrer à presidência do Senado em 2025.

O ato de refiliação de Escórcio ao MDB ganhou repercussão nacional por causa do momento político no Maranhão e no Brasil.

Chiquinho e José Sarney assinam a ficha de filiação do MDB, ao lado do secretáro -geral do parido, KécioRabvelo

A coluna “Brasília-DF”, do Correio Braziliense, registro o evento lembrando que o ex-senador serviu aos governos Lula, Dilma (ambos do PT) e Temer (MDB) e tem forte influência em Brasília.

Chiquinho, como é conhecido, nãos e junta ao partido a passeio; em outro do ano passado, ele escreveu um artigo defendendo a candidatura da senadora Eliziane Gama (PSD-MA) a presidência do Senado; E agora chega ao MDB para trabalhar nessa empreitada”, disse a coluna.

A refiliação de Escórcio ao MDB levou para a sede do partido também militantes partidários, lideranças políticas e candidatos do partido em São Luís e no interior.

O ex-senador deve acompanhar as campanhas emedebistas no interior maranhense.

mas vais e dedicar mesmo à articulação em Brasília…

Chiquinho Escórcio retorna ao MDB e terá ficha abonada por Sarney…

Mais leal aliado do ex-presidente da República o Maranhão e em Brasília, ex-senador e ex-deputado federal retorna ao partido em que sempre esteve como uma espécie de lugar-tenente para as eleições de 2026

 

O convite da refiliação de Chiquinho Escórcio no MDB, com a presença do ex-presidente José Sarney

O ex-senador e ex-deputado federal Chiquinho Escórcio anunciou em suas redes sociais seu retorno ao MDB, partido ao qual sempre esteve filiado no maranhão e deixou desde a última eleição que disputou, em 2018.

Mais fiel aliado do ex-presidente da República José Sarney, Escórcio assinará sua ficha de filiação – que será abonada pelo próprio Sarney – no dia 13 de julho, em evento na sede estadual do partido, em São Luís.

O presidente Sarney bateu o martelo para o dia 13 de julho a filiação do ex-senador e ex-deputado federal Chiquinho Escócio, ao MDB, na sede do Diretório Estadual do partido. Quem irá abonar a filiação será o presidente nacional de honra do MDB, o presidente José Sarney”, anunciou o ex-senador, em suas redes sociais.

Personagem importante na política maranhense desde a redemocratização do país, Chiquinho Escórcio teve papel fundamental no processo que mostrou a fraude eleitoral conduzida pelo então governador  José Reinaldo Tavares, que resultou na eleição do ex-governador Jackson lago (PDT), em 2006, e conseguiu reverter a eleição na Justiça Eleitoral. (Relembre aqui, e aqui)

Como membro do MDB, o ex-senador deve ser uma espécie de lugar-tenente do próprio Sarney no partido.

Sobretudo na sucessão estadual de 2026, pleito de forte importância histórica para o Maranhão.

Coisa que, certamente, Sarney também já percebeu…

O poderoso padrinho de Carlos Brandão em Brasília…

Ex-presidente da República José Sarney passou a ser o principal interlocutor do governador maranhense com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com influência para atrair recursos e obras para o estado, mas, sobretudo, na busca das posições político-eleitorais desejadas pelo afilhado nas eleições de 2026

 

Brandão ao lado de Lula, com Sarney, seu principal apoiador na relação com o governo do PT

Em 14 de julho de 2023, este blog Marco Aurélio d’Eça publicou o post “A guerra entre Flávio Dino e Sarney por Brandão em Brasília…”.  

À época, com a já estremecida relação do então ministro da Justiça com o governador  do Maranhão, o ex-presidente passou a ser o canal de articulação entre Brandão e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Ministro da Justiça tenta criar a ideia de que só ele é o caminho para Lula na capital federal – e até tem convencido disso algumas lideranças; mas o governador maranhense tem recorrido ao ex-presidente, que ainda mostra forte influência (…)”, afirmava o post.

O tempo passou, Flávio Dino virou ministro do Supremo Tribunal Federal e viu seu grupo esvaziado na gestão brandonista, enquanto Sarney e seu grupo ganharam importante influência no Palácio dos Leões e na relação deste com o Palácio do Planalto.

  • Parte de Sarney os principais pedidos do governo Brandão a Lula, segundo afirmou o próprio presidente;
  • É Sarney também quem trata das relações político-eleitorais de Brandão com Lula e com o PT nacional.

Enquanto Brandão avança na relação com Lula, seus aliados eventuais e possíveis adversários em 2026 preferem manter silêncio, ainda tentando entender os movimentos do governador, como este blog Marco Aurélio d’Eça também mostrou, em maio, no post “Lideranças silenciam sobre aproximação de Brandão com Lula…”.

Nesta relação o governador já começa a mostrar ao presidente, inclusive, outras opções para o PT maranhense em 2026, diferentes das estabelecidas quando a relação com o grupo de Flávio Dino ainda era mais conistente.

Mas esta é uma outra história…

Miltinho Aragão reverencia José Sarney…

Deputado estadual de São Mateus destacou a homenagem que o ex-presidente da República recebeu na Assembleia Legislativa e ressaltou a importância de um homem do interior, como ele, “poder participar deste momento histórico”

 

Miltinho Aragão ao lado de José Sarney, já ostentando a Medalha Manuel Beckman

O deputado estadual Miltinho Aragão (PSB) destacou em suas redes sociais a participação na homenagem que a  Assembleia Legislativa prestou nesta quarta-feira, 19, ao ex-presidente da República, José Sarney (MDB).

O lendário político maranhense foi homenageado com a Medalha do Mérito de Manuel Beckman, maior honraria da Casa e uma das poucas no Brasil que ele ainda não tinha.

Uma lenda viva da política brasileira de todos os tempos. Está muito lúcido”, destacou Aragão, lembrando os 94 anos de Sarney.

Miltinho assumiu mandato na  Assembleia Legislativa há uma semana e tem sido um dos reforços da bancada do governo Carlos Brandão (PSB) em plenário; para ele, é uma honra participar do momento histórico.

Obrigado meu Deus por possibilitar um interiorano de São Mateus participar de momentos inesquecíveis”, desabafou, em suas redes sociais.

A honraria a José Sarney – que levou toda a sociedade maranhense à Assembleia, foi concedida pelo deputado Roberto Costa (MDB)…

A homenagem a Sarney na Assembleia…

Ao lado da filha Roseana, Sarney discursa na tribuna da Assembleia Legislativa

“Essa medalha muito me honra, pois é uma homenagem feita na minha terra”. Foram com essas palavras que o ex-presidente da República e escritor José Sarney, 94 anos, agradeceu pela entrega da Medalha do Mérito Legislativo ‘Manuel Beckman’, maior honraria concedida pelo Parlamento estadual.

A sessão solene em homenagem ao ilustre maranhense foi realizada na manhã desta quarta-feira (19), reunindo autoridades do Maranhão e outros estados.

Proposta pelo deputado Roberto Costa (MDB), a Medalha ‘Manuel Beckman’ foi concedida como forma de celebrar a trajetória, ainda em vida, do homem, político e escritor José Sarney.

Natural da cidade de Pinheiro, na Baixada Maranhense, o homenageado tem um legado imensurável para a política e letras brasileiras.

José Sarney foi recepcionado com honrarias dignas de sua importância na política, cultura e letras.

O 31º presidente da República Federativa do Brasil chegou acompanhado pela presidente da Casa, deputada Iracema Vale (PSB); do governador do Maranhão, Carlos Brandão (PSB); e dos deputados Antônio Pereira (PSB) e Roberto Costa (MDB), primeiro e segundo secretários da Mesa Diretora, respectivamente.

Logo na entrada, Sarney foi recepcionado com música orquestrada pela Banda do Bom Menino. Ainda no hall de entrada do plenário, ele participou de um momento de autógrafos em uma réplica de uma mesa presidencial de quando foi chefe do Executivo nacional, entre 1985 e 1990.

Nesse momento, autografou exemplares do livro “Saraminda”, uma de suas mais importantes e reconhecidas obras, ao lado de duas crianças alunas da Creche-Escola Sementinha, que funciona na Alema.

Depois, o homenageado foi recebido pelo coronel Emerson Bezerra, chefe do Gabinete Militar da Alema, que apresentou a guarda de lanceiros da Polícia Militar (PM). Em seguida, o ex-presidente José Sarney passou em revista as tropas militares, dirigindo-se ao plenário do Parlamento para o início das atividades solenes.

O ex-presidente com a presidente da Assembleia Legislativa Iracema Vale

A concorrida sessão foi conduzida pela presidente da Casa, deputada Iracema Vale (PSB). Além do governador Carlos Brandão e dos deputados Antônio Pereira (PSB) e Roberto Costa (MDB), compuseram a mesa dos trabalhos o ministro dos Esportes André Fufuca; o presidente do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA), desembargador Froz Sobrinho; a deputada federal licenciada Roseana Sarney; o procurador-geral de Justiça, Danilo José de Castro Ferreira; o presidente da Federação dos Municípios do Estado do Maranhão (Famem), Bigu de Oliveira; e o presidente da Academia Maranhense de Letras (AML), o também desembargador do TJMA Lourival Serejo.

Além da presença dos deputados que compõem a Assembleia, a sessão solene também reunião deputados federais, prefeitos, secretários de governos, familiares e amigos de José Sarney, além de diversas outras autoridades políticas.

Logo na abertura dos trabalhos, foi apresentado um vídeo contando um pouco sobre a trajetória de José Sarney, no qual diversas pessoas falaram sobre o legado do ex-presidente da República para a política, cultura e literatura.

Em seu pronunciamento, a presidente Iracema Vale destacou as contribuições de José Sarney para o Maranhão e Brasil, pontuando a importância da sua atuação no processo de redemocratização do país após o fim da ditadura militar

“Essa homenagem, na verdade, é a Casa que recebe, com a presença desse grande homem que fez muito para o Maranhão e Brasil, como a Constituição e a democratização do nosso país. Estamos muito felizes e honrados em poder compartilhar esse momento. José Sarney é político, poeta, gentil, delicado e conciliador. É fonte de inspiração para muitos”, completou a parlamentar.

O governador Carlos Brandão, em sua participação na tribuna da Alema, também destacou as contribuições de José Sarney para a consolidação da democracia no Brasil após a saída dos militares do poder.

“Sinto-me muito honrado em estar governador em um momento muito importante como esse. José Sarney dedicou a sua vida a servir o Brasil e escreveu uma parte importante na nossa história, que foi a consolidação da democracia. Sob sua liderança, o Brasil abriu caminho para a liberdade e participação democrática. Esse processo de redemocratização marcou o fim do autoritarismo e o início do estado democrático de direto”.

Mesmo aos 94 anos, José Sarney fez questão de discursar da tribuna por entender a simbologia e a importância daquele momento. Em seu pronunciamento, o homenageado agradeceu a todos, em especial a presidente Iracema Vale e o deputado Roberto Costa pela proposição da homenagem.

“Portanto, eu quero dizer que esta cerimônia tem para mim um significado extraordinário que muito me comove e, ao mesmo tempo, é um reconhecimento que eu recebo com a maior honra e maior gratidão. A gratidão é a memória do coração. A vocês todos que comparecem a esta solenidade, eu quero dizer que a memória do meu coração é de gratidão”.

O homenageado também falou sobre a importância do Parlamento para a sociedade.

“O Parlamento é o coração da democracia, pois é o Parlamento que representa verdadeiramente o povo, onde o povo tem a oportunidade de se expressar, por meio dos seus representantes, sobretudo, sobre todas as coisas, criticar, até mesmo a si próprio, quando os representantes aqui transmitem aquilo que eles receberam no cotidiano”, disse.

Assembleia homenageará ex-presidente José Sarney com a Medalha “Manuel Beckman”

O ex-presidente da República e escritor José Sarney, de 94 anos, receberá homenagem expressiva da Assembleia Legislativa do Maranhão. Fruto de proposição do deputado Roberto Costa (MDB), a Medalha do Mérito Legislativo “Manuel Beckman”, a mais alta honraria do Poder Legislativo, será entregue em sessão solene na quarta-feira, 19, às 10h, no Plenário Nagib Haickel, da Alema.

“José Sarney tem uma história e um legado reconhecidos no mundo todo. É um maranhense dono de uma trajetória vitoriosa, de dedicação ao Maranhão e a seu povo, além de ser autor de dezenas de livros. A Assembleia presta essa homenagem como forma de reconhecer esse trabalho do homem, do político e do escritor José Sarney”, afirmou a presidente do Parlamento Estadual, deputada Iracema Vale (PSB).

Para o deputado Roberto Costa, a concessão da Medalha “Manuel Beckman” será um marco na história da Casa. Também é uma forma de reconhecer em vida o legado de José Sarney para o Maranhão, tanto na política quanto nas letras.

“O ex-presidente José Sarney é um dos maiores estadistas do país e vai receber um justo reconhecimento dessa Casa legislativa, materializado na entrega da Medalha “Manuel Beckman”, afirmou Costa. O parlamentar observou, ainda, que o homenageado é autor da frase “Não há democracia sem Parlamento livre”, que ilustra a parede ao lado da tribuna e, dessa forma, já tem seu nome inscrito no plenário da Assembleia.

Exposição

A homenagem será marcada ainda pela exposição “Hoje é Dia de… José Sarney”, realizada em parceria com a Fundação da Memória Republicana, e composta por painéis que retratam capas de obras essenciais do autor, trechos desses títulos e críticas de destaque através dos tempos.

A exposição será instalada no hall de entrada do Plenário Nagib Haickel e destaca parte da produção literária do imortal membro das Academias Brasileira (ABL) e Maranhense de Letras (AML). José Sarney é autor de 120 obras, entre as quais “Norte das águas (contos, 1969), “Marimbondos de fogo” (poesia, 1978), “Sexta-feira, Folha (1994, crônica), “O dono do mar” (romance, 1995), “Saraminda” (romance, 2000) e “A duquesa vale uma missa (romance, 2007).

Na área política, também ocupou os cargos de deputado federal, governador do Maranhão, vice-presidente da República e senador.

Trajetória de José Sarney

José Sarney de Araújo Costa é advogado, nascido na cidade de Pinheiro (MA), em 24 de abril de 1930. Filho de Sarney de Araújo Costa e de Kiola Ferreira de Araújo Costa. É casado com Marly Macieira Sarney, com quem tem três filhos. Bacharelou-se pela Faculdade de Direito do Maranhão (1953).
Ingressou na Academia Maranhense de Letras (1953).

Entrou para a vida política em 1954. Oficial judiciário e diretor da Secretaria do Tribunal de Justiça do Maranhão. Professor da Faculdade de Serviço Social da Universidade Católica do Maranhão (1957).
Elegeu-se suplente de deputado federal pelo Partido Social Democrático (PSD), assumindo o mandato em 1956 e 1957.

Presidente da União Democrática Nacional – UDN/MA (1958-1965). Deputado federal pelas Oposições Coligadas, legenda integrada pela UDN, Partido Democrata Cristão – PDC e Partido Republicano – PR (1959-1966). Vice-líder da UDN na Câmara dos Deputados (1959-1960). Vice-presidente nacional da UDN (1961-1963).
Com a extinção dos partidos políticos e a imposição do bipartidarismo pelo AI-2, em 27 de outubro de 1965, ingressou na Arena, partido de sustentação do regime militar. Elegeu-se governador do Maranhão (1966-1970).

Senador pela Aliança Renovadora Nacional – ARENA/MA (1971-1979). Presidente do Instituto de Pesquisas e Assessoria do Congresso – Ipeac (1971-1983). Tornou-se presidente da Arena em 1979 e, no ano seguinte, com a instalação do pluripartidarismo, do Partido Democrático Social (PDS). Vice-líder da maioria no Senado (1978-1979).

Um dos fundadores do Partido Democrático Social – PDS (1979) e senador por essa legenda (1979-1985). Presidente da Comissão Diretora Nacional Provisória do PDS (1980).
Presidente nacional do PDS (1980-1984).

Academia Brasileira de Letras

Em 1980, foi eleito membro da Academia Brasileira de Letras. Em 1984, juntamente com outros dissidentes do PDS, passou a integrar a Frente Liberal, que o lançou como vice-presidente da República na chapa de Tancredo Neves, do PMDB, tendo sido eleito pelo Colégio Eleitoral em janeiro de 1985.
Assumiu interinamente a presidência, em 15 de março de 1985, em virtude da doença de Tancredo Neves e, com a morte de Tancredo, em 21 de abril, foi efetivado no cargo.

Após o término de seu mandato presidencial, elegeu-se duas vezes senador pelo estado do Amapá (1991 e 1999). Presidente do Senado no período de 1995 a 1996 e 2003 e 2004.

Principais obras:

A Canção Inicial (1952, poesia)

A pesca do curral (ensaio, 1953)

A canção inicial (poesia, 1954)

Norte das águas (contos, 1969)

Marimbondos de fogo (poesia, 1978)
O parlamento necessário (1982, discursos, 2 volumes)

Falas de bem-querer (1983, discursos)

Dez contos escolhidos (1985)

Brejal dos Guajas e outras histórias (1985)

A palavra do presidente (1985-1990, discursos, 6 volumes)

Sexta-feira, Folha (1994, crônica)

O dono do mar (romance, 1995)

Mercosul, o perigo está chegando (1997, geopolítica)

Amapá, a Terra onde o Brasil começa (1998, história)

A onda liberal na hora da verdade (1999, crônica)

Saraminda (romance, 2000)

Saudades mortas (poesia, 2002)

Canto de página (2002, crônica)

Crônicas do Brasil contemporâneo (2004, 2 volumes)

Tempo de pacotilha (2004)

20 anos de democracia (2005, discursos, 2 volumes)

20 anos do Plano Cruzado (2006 discursos)

Semana sim, outra também (2006, crônica)

A duquesa vale uma missa (romance, 2007)

Maranhão – sonhos e realidades (romance, 2010)

Galope à beira-mar: Casos e acasos da política e outras histórias (memórias, 2018)

Fala de Sarney reflete o resgate do seu grupo no governo Brandão…

Dez anos depois de ver o candidato da filha derrotado pelo grupo que tinha o atual governador na chapa encabeçada por Flávio Dino, ex-presidente da República fala de uma "paz política" que beneficiou abertamente o sarneysismo; o que mudou no Maranhão nesta década do chamado

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Grupo Sarney torce – e age – contra Dino no STF…

Aliados do ex-presidente da República – que atua diretamente pela escolha de Bruno Dantas – entendem que a não indicação do ministro da Justiça – que até hoje é visto como adversário, apesar da aproximação dos últimos anos – seria uma derrota política importante, com forte influência no Maranhão

 

Sarney até sorri ao lado de Flávio Dino, mas não gostaria de vê-lo no Supremo Tribunal Federal

Para a maior parte da classe política maranhense fora do círculo mais próximo ao ministro da Justiça Flávio Dino, sua ida para o Supremo Tribunal Federal seria, também, uma forma de libertar politicamente o Maranhão; menos para o grupo Sarney. 

A maior parte dos políticos, ex-políticos empresários e profissionais liberais ligados ao ex-presidente da República José Sarney, a não-indicação de Dino seria uma derrota importante para o ex-comunista, que teria implicações diretas no Maranhão.

O próprio Sarney tem um candidato pessoal para a vaga no STF – o presidente do Tribunal de Contas da União, Bruno Dantas, por quem trabalha fortemente junto ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Adversários históricos desde 2006, quando Dino entrou na política, o ministro e o grupo do ex-presidente se aproximaram a partir de 2018, após duas derrotas impostas pelo ex-comunista, as duas em primeiro turno, incluindo a de 2018 sobre contra a atual deputada federal Roseana Sarney (MDB).

Em 2022, ao mesmo tempo em que apoiou o candidato de Dino ao governo, Carlos Brandão (PSB), Sarney ajudou Dino a ser eleito para a Academia Maranhense de Letras, em uma operação estranha de herança da cadeira que pertencia ao pai do ex-governador, o aliado de Sarney Sálvio Dino.

Mas nem Sarney, muito menos Roseana mostram-se à vontade como aliados dinistas.

O blog Marco Aurélio d’Eça tentou compreender os argumentos dos sarneysistas que veem numa derrota do ministro para o STF uma espécie de livramento do Maranhão das suas influências políticas; não conseguiu.

No entendimento deste blog Marco Aurélio d’Eça, o Grupo Sarney pode até conseguir impor derrota a Dino no STF; mas vai ter que aturar a hegemonia política do ex-comunista ainda por muitos anos.

Simples assim…