Baixa aprovação acende luz amarela na gestão de Brandão…

Palácio dos Leões considerou ruim o índice positivo de apenas 55,9% registrado na pesquisa Veritá, mas erra ao insistir numa política antiquada de publicização das ações do governo, com foco unicamente na mídia tradicional e investimento de milhões em jornais ainda impressos e TV aberta

 

Os canais tradicionais e a TV aberta ainda ficam ligados, mas a audiência já não percebe o conteúdo passado 24 horas

Análise da notícia

Um assunto com pouca divulgação na mídia política, mas com forte repercussão interna no Palácio dos Leões foi a baixa aprovação do governo Carlos Brandão (PSB), registrado na pesquisa Veritá divulgada esta semana.

Brandão apareceu com apenas 55,9% de aprovação, bem abaixo do prefeito Eduardo Braide (PSD), que superou os 70%; significa dizer que metade da população maranhense não se agrada do governo do sucessor de Flávio Dino (PSB).

O blog do jornalista Isaias Rocha abordou o assunto ressaltando que o próprio governo aponta culpados por esta baixa aprovação. (Leia aqui)

Este blog Marco Aurélio d’Eça também ouviu aliados, membros do governo, políticos e jornalistas sobre o tema. E a opinião é unanime: Brandão erra ao apostar suas fichas em um único modal de comunicação para publicizar as ações de sua gestão.

Com investimentos de milhões na chamada mídia tradicional – TV, rádio e até jornais – o governador está quase 24 horas por dia em evidência nesses canais; o problema é que o grosso da audiência já não está 24 horas nesses canais.

– A audiência migrou há tempos para o digital; a internet é hoje o principal meio de busca à informação. Em um estado como o Maranhão, a TV ainda registra audiência de quase 90%, é verdade, mas isso ocorre mais por hábito. Significa que a TV pode até estar ligada na sala, mas sem a atenção devida do telespectador – analisou um dos publicitários ouvidos pelo blog Marco Aurélio d’Eça.

A TV divulga, é fato, mas não forma opinião, não cria imagem de governo, que só é feita por formadores de opinião, analistas que expõem feitos e efeitos, causas e consequências das políticas públicas. 

A mídia migrou para os canais digitais; os profissionais precisam acompanhar esta evolução na formulação de políticas de mídia

Na avaliação dos profissionais de mídia – inclusive os que atuam diretamente no governo –  o grosso da audiência hoje se forma em torno de canais digitais, como as redes sociais, blogs, portais de notícia, canais de youtube e nos serviços de streamings.

– Mesmo os que estão à frente da TV, estão nos serviços de streamimg; a publicidade pode até ser maciça em canais como jornais, por exemplo, mas ninguém vê. É como colocar um outdoor gigante numa avenida por onde ninguém passa – comparou um jornalista que já atuou na comunicação de governos anteriores.

Segundo apurou o blog Marco Aurélio d’Eça, a política de Comunicação do governo Brandão é balizada por pesquisas que analisam a audiência de todos os canais disponíveis; mas há também uma forte influência política na destinação dos recursos, que favorecem grupos de mídia tradicionais.

Essa ideia confusa de fazer mídia – calçada em conceitos tradicionais e antiquados, focada em veículos já superados – foi tema do blog Marco Aurélio d’Eça, no post “Fim de escolas cívico-militares gera desinformação generalizada no MA…”.

Brandão tem um governo baseado no diálogo, uma imagem limpa para ser trabalhada; mas erra ao priorizar conceitos de quem não evoluiu na formação de políticas de comunicação.

– Sem os blogs, não existe. Pode passar na TV, entupir ouvinte e sair em capa de impresso todo dia. Não adianta – opinou um dos jornalistas no debate sobre o tema. 

Simples assim…

Blog Marco Aurélio d’Eça estreia no Threads…

Perfil do jornalista na nova rede social da Meta – espécie de Twitter do Instagram –  além das notícias já vinculadas na página tradicional, mais antiga em atividade no Maranhão, terá informações exclusivas, vídeos e comentários sobre o mundo político, econômico, social e cultural do estado a partir desta sexta-feira, 7

 

O acesso ao perfil do blog Marco Aurélio d’Eça na rede social Threads se dá por @marcoaureliodeca

O blog Marco Aurélio d’Eça estreou nesta sexta-feira, 7, seu perfil na nova rede social Threads, criada pela Meta como uam espécie de concorrente do Twitter

Disponível no perfil @marcoaureliodeca, a página repetirá as informações já divulgadas no blog – o mais antigo em atividade no Maranhão – mas terá notícias exclusivas, vídeos e comentários próprios.

A página no Threads seguirá o mesmo perfil do blog, focada em política, Economia e nos aspectos culturais do estado.

Ao contrário do perfil @marcoaureliodeca no Instagram, que alterna informações profissionais com o dia dia do autor, a página do Threads será exclusivamente profissional, voltada aos atores que compõem o cenário político no Maranhão.

Ideal para prefeitos, deputados federais, estaduais, vereadores e gente que forma o círculo de poder no Maranhão…

TV Mirante fortalece nacionalmente a cultura autêntica do Maranhão no São João…

Com programas quase totalmente dedicados às festas juninas, institucionais nos intervalos comerciais sobre os aspectos da festa, amplas reportagens nos telejornais da Rede Globo e comentários nos programas de variedades, emissora maranhense exalta o Bumba-Meu-Boi e as demais manifestações que transformam a arquitetura, a paisagem e o clima do estado no mês de junho

 

Imagens do Boi da Maioba ganham o mundo pela tela da TV Globo, enviada em reportagens quase diárias da TV Mirante de São Luís

Editorial

Principal emissora de TV do Maranhão, a Mirante, afiliada à Rede Globo, tem feito um importante papel na divulgação da cultura autêntica do Maranhão neste período de festas juninas.

A emissora dedica praticamente toda a sua programação à cobertura dos arraiais em São Luís e de outros aspectos da festa de São João no interior, fortalecendo o folclore maranhense.

Do “Arraial do Bom Dia Mirante”, passando pelas reportagens do JMTV 1ª Edição até chegar às matérias do JMTV2, são centenas de horas de programação dedicada a mostrar aos maranhenses e aos turistas a história do Bumba-Meu-Boi, Tambor de Crioula, Cacuriá, Quadrilha e Dança Portuguesa, manifestações que tornam o São João do Maranhão o mais diversificado do país.

Equipes da TV Mirante gravam diariamente nos arraiais de São Luís, com imagens usadas pela Rede Globo

A série “Guardiões da Cultura”, exibida no JM1, por exemplo, é um verdadeiro compêndio da história junina, espécie de manual eletrônico sobre o folclore maranhense.

Sob a direção do jornalista Alex Barbosa, além da programação local, a TV Mirante conseguiu ainda mais espaço em 2023 para amplas reportagens – principalmente da jornalista Regina Souza – 0 nos telejornais da Rede Globo, inclusive no Jornal Nacional, o principal programa da emissora.

As matérias de Regina – primeira mulher maranhense, negra, a ser correspondente da Globo no estado – explicam didaticamente o funcionamento de todas as manifestações culturais, com foco principal nos aspectos do Bumba-Meu-Boi e seus sotaques.

Informações sobre o São João do Maranhão também já foram mostradas nos programas Fantástico, Bom Dia Brasil, Jornal Hoje, Encontro, Mais Você, É de Casa e em todos os canais fechados do grupo Globo.

Com maior divulgação da cultura maranhense, arraiais lotam diariamente, não apenas com maranhenses, mas de turistas atraídos pela cobertura nacional

Trabalho como este – além de fortalecer o turismo – tem, a longo prazo, resultado direto na nacionalização da cultura maranhense, como ocorreu com o Axé, na Bahia, e o Frevo, em Pernambuco.

Mais o Maranhão leva vantagem, mais diversidade nos aspectos culturais que podem ser exibidos ao mesmo tempo.

Cobertura digna de aplausos, portanto…

Pauta das fake news é guerra da Globo contra plataformas digitais…

Após tentar por anos imputar a ideia de que apenas na internet existem notícias falsas – e se vender, sem sucesso, como única capaz de impedir isso – emissora carioca tenta agora usar o governo Lula e manipular o Congresso Nacional a encurralar empresas que vêm sistematicamente tirando seus espaços de audiência

 

Com o advento das redes sociais, o que era exclusividade da TV agora chega antes, e em massa, aos eleitores

Editorial

A Rede Globo decidiu mostrar abertamente a sua guerra pessoal contra as plataformas digitais que operam na rede mundial de computadores; sua campanha de difamação contra o Google e o Telegram tem muito mais a ver com guerra por audiência e público do que com supostos “ataques à democracia”.

Há anos, a Rede Globo vem perdendo audiência para plataformas que operam na Internet em todos os seus segmentos – Instagram, YouTube, Facebook, por exemplo; contra estas redes, ela mantém uma campanha diária, tentando vender a ideia de que apenas na internet ocorrem as fake news, o que não é verdade.

Aproveitando-se do uso indiscriminado da internet pelo governo Bolsonaro (PL) e seus seguidores, a Globo manipulou a opinião pública e tentou ganhar credibilidade através dos seus portais e repetidoras, vendendo-se como “caçadora de fake news”, única no país capaz de mostrar “o que é fato e o que é mentira”.

Mesmo assim, perdeu ainda mais espaços com a chegada dos serviços mundiais de streaming, tipo Netflix, Prime Vídeo, StarPlay, DisneyPlus e diversos outros, que tomaram a audiência da TV aberta em todos os setores, dos filmes às novelas, do futebol às séries. 

Por mais ideológico que seja os analistas de mídia, não há um só que consiga negar que o projeto do governo Lula (PT) supostamente usado para o combate a fake news é, na verdade, um tentativa de controlar os meios de comunicação e a internet.

E foi exatamente isso que mostraram com suas ações o Google, semana passada, e o Telegram, nesta semana, fazendo a Rede Globo usar abertamente agentes do governo – como o ministro da Justiça Flávio Dino (PSB) – em sua tentativa de manipular o Congresso Nacional para encurralar a internet, as redes sociais e as plataformas digitais, que lhe tiram o sono.

O ataque à Democracia que a Globo imputa ao Google e ao Telegram, parte, na verdade, dela própria.

Os meios de comunicação tradicional – geralmente controlados pelas elites sociais e famílias de políticos – tinham o controle absoluto da informação até pelo menos 10 anos atrás; este monopólio foi quebrado pela internet com a chegada das redes sociais, que só tornaram os espaços públicos verdadeiramente democráticos para discussão dos mais variados assuntos.

Com a tentativa de encurralar a internet, esses veículos tradicionais, Rede Globo à frente, usam um governo também historicamente desejoso deste controle, para tentar voltar ao protagonismo, manipulando a opinião pública.

Isto, sim, um verdadeiro ataque à democracia…

A história de uma foto: um voo presidencial…

Coluna desta semana do blog Marco Aurélio d’Eça conta a primeira viagem de um grupo de jornalistas maranhenses e nacionais no antigo avião da Presidência da República, em 1999, entre Alcântara e São Luís

 

Marco Aurélio d’Eça com Marcelo Canelas, Dida Sampaio e outros jornalistas

Memória

Em 1999, o então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) veio ao Maranhão para uma visita ao Centro de Lançamento de Alcântara.

Foi a primeira vez que jornalistas puderam viajar no avião presidencial da Força Aérea Brasileira (FAB) dentro do território nacional – antes, essa permissão era dada apenas em voos internacionais.

Vieram de Brasília com o presidente os jornalistas Marcelo Canelas (Rede Globo), Ilimar Franco (O Estado de S. Paulo), Irineu Machado (Folha de S.Paulo), dentre outros.

Os jornalistas de São Luís juntaram- se a eles na base de Alcântara, já no retorno a São Luís, após travessia pela Baía de São Marcos na lendária Batevento.

Entre eles o titular deste blog Marco Aurélio d’Eça.

Marco Aurélio d’Eça, Silva Diniz e Marcelo Canelas, descendo do “Sucatão” em São Luís

Foi um voo de menos de 10 minutos, mas uma aventura histórica, retratada nas imagens que ilustram este post.

O fotógrafo Dida Sampaio, de O Estado de S.Paulo – que aparece ao lado de d’Eça no ônibus da FAB já no território de Alcântara – atuou em Brasília até ano passado.

Marco d’Eça com Dida Sampaio no ônibus da FAB, em Alcântara

Em 2020, Sampaio foi atacado por bolsonaristas em uma manifestação em Brasília. (Relembre aqui)

Vencedor dos prêmios Esso e Vladimir Herzog de Jornalismo, Dida Sampaio morreu em maio de 2022, em Brasília. (Saiba mais aqui)

A viagem com FHC, que estava acompanhado da então governadora Roseana Sarney (MDB) foi preparatória para a tentativa de lançamento do foguete a partir de Alcântara, o mesmo que explodiu em 2003, matando praticamente todas as mentes do programa espacial que atuavam no CLA. (Relembre aqui)

São histórias de 30 anos de Jornalismo.

Histórias que marcaram a vida do Maranhão…

Felipe camarão e o convidado da estreia do UQ! Podcast

Programa produzido e apresentado pelo jornalista Jeisael Marx e pela relações Públicas Brenda será transmitido via internet, a partir da próxima  quinta-feira, 23, em estúdio próprio, com tecnologia de ponta

 

Jeisael e Brenda comandarão o UQ! Podcast, inovação na comunicação maranhense

Inovando o segmento de podcast do Nordeste, o UQ! fará sua estreia nesta quinta-feira, 23, tendo à frente o jornalista Jeisael Marx.

O programa inaugural terá a presença do vice-governador Felipe Camarão (PT).

Idealizado, produzido, dirigido e apresentado por Jeisael Marx – que tem ao seu lado a estudante de relações públicas Brenda – o UQ! é o primeiro podcast do Maranhão a fazer transmissão multiplataforma, ao vivo e de alta qualidade, em várias redes sociais, como o Youtube, Instagram e Facebook.

A presença de Brenda traz equilíbrio ao UQ!, que trará experiência e juventude à mesa, com pontos de vista distintos sobre os temas que serão debatidos.

Produzido pelo Groove Studio, primeiro estúdio com equipamentos profissionais (broadcast) do Maranhão, e com estrutura única no Nordeste, o UQ! Podcast teve sua pré-estreia na última quinta-feira (16), quando foram apresentados os primeiros parceiros comerciais, o cenário.

Também foi apresentado o primeiro convidado: o Vice-Governador do Maranhão, Felipe Camarão (PT).

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30 anos de jornalismo…

2023 marca três décadas de atuação do titular do blog Marco Aurélio d’Eça na comunicação maranhense, em que praticamente sempre atuou no jornalismo político e praticamente pelo mesmo veículo, o jornal O EstadoMaranhão, extinto em 2020

 

Marco d’Eça e colegas com a ex-governadora Roseana na sala de sabatina do jornal O Estado, veículo que marcou toda a sua carreira

Desde que iniciou como aprendiz de repórter, na rádio Esperança FM, o jornalista Marco Aurélio d’Eça nunca mais parou de escrever no jornalismo maranhense.

Na emissora foi também redator, editor e apresentador do programa Redator 100, entrevistador do Ponto 100 e repórter do Clube da Notícia, até chegar ao posto de Diretor de Jornalismo.

Tudo isso antes mesmo de chegar à faculdade de Jornalismo, curso que iniciou em 1994, na Universidade Federal do Maranhão.

Na rádio Esperança FM ganhou o Prêmio Unicef de melhor programa de rádiojornalismo, com o Redator 100.

Mas foi no jornal O EstadoMaranhão, onde entrou em 1995, por intermédio de um seletivo público, que o jornalista passou toda a carreira.

Seu teste – uma reportagem sobre o ainda projeto dos terminais da integração – foi a manchete da edição do dia 12 de julho daquele ano.

No EMA, Marco Aurélio d’Eça passou seis meses entre as editorias de Cidades e de Polícia, pelas quais recebeu o Prêmio BEM de Jornalismo pela reportagem “Criaturas da Noite”, uma experiência com quem vive na noite de São Luís.

Foi de Marco d’Eça a matéria que revelou onde estava a carreta roubada em Itapecuru e que resultou na morte do delegado Stênio Mendonça, em 97, e na CPI do Crime Organizado, em 1999.

A série de reportagens de sua autoria sobre o processo que levou pra cadeia políticos, empresários e policiais envolvidos com bandidagem recebeu Menção Honrosa no Prêmio Airton Senna de Jornalismo, categoria regional.

Em 1996, Marcou Aurélio chegou à editoria de Política de O Estado, onde permaneceu até sua extinção. Foi repórter setorista na Câmara Municipal, no TRE e na Assembleia Legislativa.

Também acompanhou a então governadora Roseana Sarney pelo Maranhão e fora dele. Em 98, cobriu a eleição em um quarto de hotel em São Paulo, onde Roseana passou internada durante quase toda a campanha.

No EMA, Marco d’Eça ocupou a subeditoria e a editoria de política nos últimos 15 anos do periódico. Também escreveu a coluna Estado Maior, a mais prestigiada do estado.

Marco Aurélio d’Eça teve passagens importantes pela comunicação institucional.

Foi chefe de comunicação da Federação dos Municípios nas gestões de Ricardo Archer e Hildo Rocha, assessor de comunicação do Tribunal de Justiça e consultor de Imprensa da Associação do Ministério Público.

Entre 2003 e 2005 foi subsecretário de Comunicação da Assembleia Legislativa. Teve passagens também como secretário de gabinete na Câmara Federal e no Senado.

Nos últimos dois anos, Marco Aurélio d’Eça esteve na diretoria de Comunicação da Câmara Municipal de São Luís.

Em 2006 criou o blog Marco Aurélio d’Eça, o mais antigo e um dos mais influentes do Maranhão. É no blog que ele inicia um novo ciclo na carreira.

Toda essa trajetória, o jornalista deve contar em um livro cujo título “Mil manchetes de jornal”, fará uma leitura dos 30 anos de atuação relacionando os textos  a cada momento histórico destas três décadas no Maranhão.

E espera poder atuar por mais 30 anos na profissão que abraçou…

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Regina Souza é a nova correspondente da Globo no Maranhão…

Primeira maranhense, mulher e negra a assumir o posto, jornalista de Pinheiro substitui a Alex Barbosa, que assumiu a direção de Jornalismo da TV Mirante e vem implementando reformulações em todos os setores do jornalismo da emissora do São Francisco

 

Regina Souza será a primeira maranhenses correspondente da Globo; também a primeira mulher e a primeira negra no posto

Pela primeira vez desde que decidiu ter um correspondente nas capitais brasileiras, a Rede Globo terá uma maranhense no posto; trata-se da jornalista Regina Souza, natural de Pinheiro e com quase 30 anos na TV Mirante.

Mulher e negra, Regina Souza assume o posto em substituição a Alex Barbosa, que está no comando da diretoria de Jornalismo da emissora do São Francisco desde agosto.

Além de Regina Souza, a ascensão de Barbosa ao comando de Jornalismo da Mirante fortalece a presença de outras mulheres no comando dos programas maranhenses.

Vanessa Fonseca, que estava na Record de Salvador, dividirá a bancada do Bom Dia Mirante – que ganhará nova dinâmica – com o jornalista Clóvis Cabalau, segundo revelou em primeira mão o blog de Andressa Miranda, especialista na cobertura de notícias ligadas à própria imprensa.

Hoje apresentador do quadro Bastidores, Cabalau já começou a atuar na bancada do jornalismo, na véspera de Natal, na apresentação do JM2

Com a ascensão de Cabalau ao posto de âncora, o Bastidores deve ser assumido por Carla Lima, que já divide com ele a produção e apresentação do quadro.

Também já atuante na programação diária da emissora, a jornalista Tayse Feques deve ser efetivada na bancada do “Jornal do Maranhão 1ª Edição”, ao lado do competente Adailton Borba.

Uma das novidades da programação da TV Mirante a partir de 2023 também envolve uma mulher.

A apresentadora Paulinha Lobão está deixando a TV Difusora com o seu Algo Mais, que terá produção com padrão global; ela também fará programa na Mirante FM, nos moldes do que já faz na emissora da Cambôa.

A TV Mirante deve começar a anunciar nos próximos dias toda as novidades da programação para 2023…

César Pires destaca trajetória do jornal O EstadoMaranhão

Em histórico discurso na tribuna da Assembleia Legislativa, parlamentar lembrou da importância do matutino – que encerra suas atividades neste sábado, 23 – e citou importantes escribas com passagem pela redação, incluindo o titular do blog Marco Aurélio D’Eça

 

César Pires incluiu nos anais da Assembleia discurso em que fala da trajetória do jornal O EstadoMaranhão

A história do jornal O Estado do Maranhão foi destacada na sessão desta quinta-feira, 21, pelo deputado César Pires, que fez um reconhecimento da importância do matutino, cujas atividades serão encerradas neste fim de semana, quando circulará sua última edição impressa.

“Foi um importantíssimo veículo de comunicação que deu espaço às ideias, às angústias e as reivindicações de tantos maranhenses”, ressaltou ele.

César Pires fez um breve relato histórico de O Estado, desde a sua fundação há 62 anos pelo ex-presidente José Sarney e o jornalista Bandeira Tribuzzi, lembrando que o jornal foi uma escola para a formação de tantos jornalistas quando ainda nem havia uma faculdade de comunicação no Maranhão. E ao longo de seis décadas se consolidou como o maior jornal impresso do estado, sempre investindo na qualidade gráfica, na modernização e na produção do conteúdo de credibilidade.

– O jornal contribuiu demais para o desenvolvimento do Maranhão, proliferando ideias, atendendo aos reclamos populares. Quantas vezes vi naquelas páginas serem veiculados anseios, reclamações, ponderações, angústias do povo do Maranhão. Vi pessoas como eu, para dar exemplo dos inúmeros Césares, Joãos e Antônios que não tiveram oportunidade, como eu tenho, de enaltecer a história de um dos mais belos matutinos da história do Maranhão – declarou César Pires.

O deputado destacou ainda que O Estado foi o primeiro jornal online e precursor da policromia em suas páginas, assim como inovou ao criar o Caderno Alternativo para veicular aquilo de mais forte há no Maranhão, que é a sua cultura.

– Sou feliz por ter participado dessa história, desde quando veiculava as minhas angústias como líder da oposição, na primeira página, na página três ou na Coluna Estado Maior. E me refiro às inúmeras pessoas que também tiveram a oportunidade de um dia veicular as suas ideias no jornal O Estado do Maranhão, sem segregações.

Pires citou ainda luminares da intelectualidade e profissionais do jornalismo que construíram as páginas do jornal, incluindo o titular do blog Marco Aurélio D’Eça, que foi repórter, colunista, editorialista, subeditor e editor do periódico, conforme relatado no post “Minha Vida no jornal O EstadoMranhão”.   

– A credibilidade de O Estado foi construída por grandes nomes da Academia Maranhense de Letras, como Ferreira Gullar, José Sarney, Bandeira Tribuzi, Joaquim Itapary, Benedito Buzar, Lino Moreira, e do jornalismo maranhense, como Ribamar Correa, Clóvis Cabalau, Carla Lima, Marco D’Eça e Gilberto Leda. Todos fazem parte de uma história memorável e digna. O jornal finaliza sua circulação, mas jamais morrerá, porque deixou legados indestrutíveis da sua contribuição para o desenvolvimento do Maranhão. É um dos mais nobres e corretos informativos que tivemos no Maranhão. Minha gratidão a tudo aquilo que o jornal fez pelos maranhenses – finalizou César Pires.

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Minha vida no jornal O EstadoMaranhão…

A carreira jornalística que escolhi como profissão se confunde com parte da história do próprio veículo, onde comecei como repórter de Cidades, passei pela editoria de Polícia e cheguei à cobertura Política, em que fui repórter, subeditor e editor

 

Com Linhares Júnior e Carla Lima, entrevistando Roseana Sarney no projeto Sabatina O Estado, um dos mais importantes projetos do jornalismo político recente

 

Por Marco Aurélio D’Eça

Tive dois empregos diretos como jornalista em minha carreira profissional.

Em 1992, antes mesmo de entrar na faculdade de Jornalismo da Universidade Federal do Maranhão (Ufma), cheguei à rádio Esperança FM, onde fui repórter, produtor, apresentador, editor e diretor de Jornalismo.

A partir de 1995 ingressei no jornal O EstadoMaranhão, aprovado em um seletivo público, na maior reforma gráfica e editorial que o jornal experimentou.

Ali descobri a minha vocação para as letras do jornalismo escrito.

Para se ter ideia da importância desta escolha, meu teste para o jornal – uma reportagem sobre os terminais de integração, à época apenas um projeto da então prefeita Conceição Andrade – acabou transformando-se na manchete de primeira página de O Estado; era o dia 12 de julho de 1995.

Não há dúvida de que minha carreira jornalística se confunde com pelo menos metade da história do jornal O EstadoMaranhão.

Naquela redação vivi as transformações pessoais, do mundo, da política maranhense e da própria profissão de Jornalismo no último quarto de século.

Tudo o que sei sobre a prática jornalística aprendi na redação da Avenida Ana Jansen 200, após rico embasamento teórico na Ufma e na Faculdade Estácio de Sá.

Tive a sorte de ter como mestres nomes como Ribamar Corrêa, Newton Ornellas, Jaqueline Heluy, Ademir Santos, Manoel dos Santos Neto, Mário Reis, Alfredo Meneses, Edivan Fonseca, Ribamar Cardoso, Benito Neiva e Pergentino Holanda.

Convivi com ícones do jornalismo maranhense moderno, como Clóvis Cabalau, Felix Alberto, Zeca Pinheiro, Karina Lindoso, Érica Rosa, Sílvia Moscoso, Wal Oliveira, Othelino Neto, Waldirene Oliveira, Edwin Jinkings e Francília Cutrim dentre vários outros.

No jornal O EstadoMaranhão pude descobrir e comandar jovens talentos, como Carla Lima, Gilberto Léda, Mário Carvalho, Ronaldo Rocha, Batista Matos e Décio Sá, maior repórter da história recente do Jornalismo, com quem convivi desde a infância, passando pelo ensino médio e pela faculdade.

Quando era garoto, ainda lá no bairro do Coroado, lia o jornal O Estado em exemplares antigos, que minha mãe trazia da feira. Gostava da coluna Estado Maior; nunca imaginei que, um dia, seria responsável por esta coluna, a mais importante do jornalismo maranhense.

Como repórter de o Estado testemunhei a ascensão do roseanismo, a partir do governo Roseana  Sarney – que se confunde com a minha própria chegada ao jornal – e a queda do sarneysismo, a partir do rompimento do governador José Reinaldo Tavares, em 2003.

Foto de 1996, em uma visita do então presidente Fernando Henrique Cardoso ao Maranhão; repórteres de todo o Brasil no avião presidencial

Foram nada menos que 12 coberturas eleitorais ininterruptas – 1996, 1998, 2000, 2002, 2004, 2006, 2008, 2010, 2012, 2014, 2016, 2018 – sendo o repórter com mais tempo a cobrir política por um mesmo veículo.

Pelo Estado conheci o Maranhão inteiro, nos Governos Itinerantes.

Foi minha a manchete com selo de exclusividade revelando o destino da famosa carreta roubada que deu origem à CPI do Crime Organizado, um dos mais importantes momentos da história política recente.

Com Roseana estive em São Paulo durante a campanha de 1998 – em que ela venceu em primeiro turno, sem precisar viajar pelo interior.

À época, a governadora internada no Hospital das Clínicas e eu fazendo o acompanhamento diário, encaminhando por fax matérias escritas à mão e digitadas na redação.

Em 2014, já como editor de Política, criei o conceito de texto final; o programa consistia no fato de que todos os membros da editoria eram, ao mesmo tempo, repórter, editor e paginador.

O modelo foi seguido depois por toda as editoriais do jornal.

Em 2016, idealizei, organizei e ancorei o projeto Sabatina O Estado, um dos mais importantes espaços jornalísticos na campanha eleitoral, que se repetiu nas eleições de 2018 e 2020.

Em 2018 decidi encerrar minha passagem por O Estado, em comum acordo com a direção da empresa; decisão acertada, que deixou portas abertas e uma amizade ainda sólida com a família e com todos que fazem a empresa.

Raramente escrevo em primeira pessoa no blog Marco Aurélio D’Eça, mas para testemunhar a importante história do jornal O EstadoMaranhão, é preciso narrar fatos.

E só quem viveu fatos tem a experiência de poder contar esta parte da história maranhense.

Uma história que jamais se encerrará com o fim da edição impressa do jornal, neste sábado 23.

Ela continuará por que é marca do próprio Maranhão…